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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.

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SEMINÁRIO:
 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. 
Profª. Lorena Boente.
Equipe composta por:
 José Lázaro Almeida Ferreira 08009626.
Cristiane Santos 0800-5785.
Camila Oliveira 08010511.
Reinaldo Santos Ferreira 08009980.
Lauro de Freitas 15/ 11/2017.
INTRODUÇÃO:
 A questão alvitrada neste estudo de seminário é a reprodução de uma abordagem sistemática quantitativa e analítica em torno da responsabilização Civil do estado, com base nas suas fundamentações jurídicas, na teoria da objetividade, da Teoria do Risco administrativo, da sua responsabilidade nas atividades perigosas, e, os excludentes de sua responsabilidade civil. Ao se tratar da responsabilidade civil do Estado, vamos devassar o conceito sob a vertente de dois aspectos que os classificam: o objetivo, e o subjetivo. Notadamente nos casos em que se verifica a presunção de culpa por falta ou omissão do serviço público.
A fim de delinear uma visão disciplinadora sobre o tema, albergamos a constituição, nossa Carta Magna, para fundamentarmos nossas pautas. Neste sentido, a constituição federal de 1988 representa um considerado avanço em termos sociais e jurídicos, consagrando definitivamente a formação e a consolidação do Estado democrático de direito, trazendo em seu artigo 37 parágrafo 6°, amparado por outros institutos como: pelo art. 43 do Codigo Civil, pelos arts. 143, 155, 181, e 182 do Código processual Civil de 2015, pela Lei 6.543/77, pelo Decreto n° 58.818/66, promulga a convenção N°94 da OIT, em contratos com órgãos públicos. 	Comment by mariana assis: Pagina 2 constituição federal, vade mecum, 2017, editora riddel, 24ª edição.
Nesta sistemática normativa sob princípios que lastram sua autonomia e legitimidade, a Lei dispõe de requisitos e restrições quanto a sua investidura e obediência de sua administração pública direta ou indireta, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Concomitantemente às pessoas jurídicas de direito público e de direito privado prestadoras de serviços públicos, qualificado também neste perfil responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade causarem a terceiros, nos casos de dolo ou culpa, por atos de comportamentos lícitos, ou ilícitos.
Neste ínterim, o presente trabalho acadêmico argumenta e analisa os fundamentos jurídicos embasadores da responsabilidade civil do Estado. Tendo suas disposições gerais e conceituais sob a matriz doutrinária do professor, mestre e doutor, Rodolfo Pamplona Filho e o jurista Pablo Stolze Gagliano. E, para fundamentar a teoria de risco e seus excludentes de responsabilidade: O professor yussef Said cahali, o eminente jurista, Celso Antonio Bandeira de Mello, e da eminente doutora e professora Maria zanella de Pietro.
Fundamentos jurídicos.
A ideia de responsabilidade civil está relacionada à noção de não prejudicar o outro, podendo ser definida como a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar o dano causado a outrem em razão de sua ação ou omissão. A noção de responsabilidade vem do dever jurídico em que se coloca a pessoa, seja ela em virtude de um contrato, seja ela em face de fato ou omissão que lhe seja imputado para satisfazer a prestação convencionada, ou para suportar as sanções legais que lhe são impostas onde quer, portanto que haja obrigação de fazer, dar ou não fazer alguma coisa, de ressarcir danos, de suportar sanções legais ou penalidades. A responsabilidade em virtude da qual se exige a satisfação ou o cumprimento da obrigação ou da sanção.
O conceito de responsabilidade, em reparar o dano injustamente causado, por ser próprio da natureza humana, sempre existiu. A forma de reparação deste dano, entretanto, foi transformando-se ao longo do tempo, sofrendo desta forma uma evolução.
A origem do instituto da responsabilidade civil parte do Direito Romano, está calcada na concepção de vingança pessoal, sendo uma forma por certo rudimentar, mas compreensível do ponto de vista humano como lídima reação pessoal contra o mal sofrido (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 11). Mesmo após o surgimento da Lei das XII Tábuas, que foi um marco do Direito Romano, ainda era possível identificar a presença da chamada Pena do Talião, que traz o princípio “Olho por olho, e dente por dente”. Com o passar do tempo à aplicação desta pena, entretanto, passou a ser marcada pela intervenção do poder público, que poderia permiti-la ou proibi-la.	Comment by mariana assis: NOVO CURSO DE DIRETIO CIVIL, EDITORA Saraiva, são Paulo 2003. Lei 10406 de 2002. E a lei 3071 de 1916. Na sua página 11.
Posteriormente, ainda vigorando a Lei das XII Tábuas, inicia-se o período da composição tarifada, onde a própria lei determinava o quantum para a indenização, regulando o caso concreto. Nas palavras de Alvino Lima, esta fase “é a reação contra a vingança privada, que é assim abolida e substituída pela composição obrigatória”. 	Comment by mariana assis: Nas palavras de Alvino Lima, esta fase “é a reação contra a vingança privada, que é assim abolida e substituída pela composição obrigatória” (LIMA, Alvino, Culpa e Risco, 1999, p. 21).
Conforme a doutrina majoritária leciona, a maior evolução do instituto ocorreu com o advento da Lex Aquilia, que deu origem a denominação da responsabilidade civil delitual ou extracontratual, que é também chamada de responsabilidade aquiliana. Como ensina Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho: “Um marco na evolução histórica da responsabilidade civil se dá, porem, com a edição da Lex Aquilia, cuja importância foi tão grande que deu nome a nova designação da responsabilidade civil delitual ou extracontratual”. Esta legislação destacou-se por trazer a substituição da multa fixa por uma pena proporcional ao dano causado.
O intitulado dammun injuria datum, regulado por esta lei, definia o delito praticado por alguém que prejudicasse a outrem, injustificadamente, por dolo ou culpa, tanto física como materialmente. Na jurisprudência da época “A indenização permanecia substituindo o caráter da pena, sendo que os textos relativos a ações de responsabilidade se espraiaram de tal forma que, em ultimo grau do direito romano, já não mais faziam menção apenas aos danos materiais, mas também aos danos morais.”.
No direito atual o sentido jurídico da responsabilidade está atrelado à ideia de contraprestação encargo e obrigação, portanto a tendência é de não deixar a vítima de ato ilícito sem ressarcimento de forma a restaurar seu equilíbrio moral e patrimonial. Neste sentido a responsabilidade civil é amparada pelo Direito pátrio constitucional nos moldes contemporâneos pelo código civil, pelo código processual civil, pelo Direito Administrativo demonstrando uma evolução jurídico-social sustentados pelo princípio da igualdade da legalidade da isonomia confirmando a submissão do poder público ao direito.
Com Maestria prossegue Celso Antônio Bandeira de Mello a fundamentação jurídica do estado moderno que acolhe o princípio da igualdade de todos perante a lei. Não há dúvidas de que o fundamento da responsabilidade consiste justamente no questionamento acerca da justificativa do Real motivo ensejador da reparação do dano. Mencione se a este propósito que no caso de comportamento ilícito comissivo ou omissivo jurídico ou materiais o dever de reparar o dano é a contrapartida do princípio da legalidade. 
A doutrina e a jurisprudência vêm entendendo que a responsabilidade objetiva do Estado (que é independente da existência de dolo ou culpa) só existe diante de uma conduta comissiva (ação) praticada pelo agente público. Desse modo, no exemplo da perseguição policial, onde o tiro do policial acerta um particular, teremos a responsabilidade objetiva do Estado, uma vez que estamos diante de uma conduta comissiva (ação).
Por outro lado, quando estivermos diante de uma omissão do Estado a responsabilidade deixa de ser objetiva e passa a ser subjetiva, ou seja, o particular lesado deverá demonstrar o dolo ou a culpa da Administração, em qualquerde suas modalidades: da negligência, imprudência e a imperícia são qualificadoras que tipificam a responsabilidade. 
TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO.
A formação do Estado Democrático de Direito, diante da evolução jurídico-social, responsabiliza o Estado quanto a sua celeridade, de não escusar-se das consequências da realização de suas funções. A responsabilidade objetiva consagra o princípio corolário do Direito Constitucional Brasileiro: o princípio da equidade/igualdade.
Indubitavelmente, a hipossuficiência dos administrados relativamente ao Poder Público fica em evidência quando o Estado realiza suas incontáveis atividades governamentais. Estão os administrados expostos aos riscos e prejuízos eventualmente causados pelos atos lícitos ou ilícitos do Poder Público.
O Professor Cahali, citando o entendimento de Hely Lopes Meirelles, cita que “baseia-se essa teoria no risco que a atividade pública gera para os administrados e na possibilidade de acarretar danos a certos membros da comunidade, impondo-lhes um ônus não suportado pelos demais.” Desse modo, consolidaram-se duas teorias fundadas nesse risco para proteção dos administrados dos eventuais danos provenientes da atividade estatais: teoria do risco integral e teoria do risco administrativo. Nessas teorias, consagradas pela responsabilização estatal objetiva, não mais era necessária à caracterização ou averiguação da “falta do serviço”, mas sim a “causa do serviço”[26].	Comment by mariana assis: CAHALI,yussef Said. Responsabilidade civil do estado. 4ª ver. E amp.- são paiulo,2012,pag.11.
Como visto, a responsabilidade objetiva é a obrigação de reparar/indenizar em razão da existência de um ato lícito ou ilícito que ocasionou danos a terceiros, bastando unicamente certificar o nexo de causalidade entre o comportamento e o evento danoso para configurá-lo.
Ambas as teorias estão abarcadas pelo supramencionado conceito, entretanto, com consequências distintas. Os atos do Poder Público podem ser comissivos ou omissivos e a doutrina não é unânime acerca da configuração de responsabilidade objetiva em um ou outro caso.
Celso Antonio Bandeira de Mello[30] e Maria Sylvia Zanella Di Pietro compartilham do entendimento de que os atos omissivos têm natureza subjetiva, uma vez que são sempre provenientes de atos ilícitos (eivados de negligencia, imprudência ou imperícia) e, ainda, diretamente ligados à necessidade apuração (dilação probatória) que constate a suposta omissão. Não divergem, pois, no que concerne aos atos comissivos – a responsabilidade deve ser objetiva (derivando de atos lícitos ou ilícitos).

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