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Meros = constituídos por elementos químicos > quanto maior o número de ligações dentro do mero, menor será a movimentação da cadeia polimérica; Polímero (Sólidos) – material orgânico ou inorgânico de alta massa molar, cuja estrutura consiste na repetição de pequenas unidades (meros). Macromolécula (cadeia polimérica) formada pela união de moléculas simples ligadas por ligação covalente. • Poli = muitos; • Meros = unidade de repetição da cadeia polimérica; • Massa Molar (MM) ≥ 10000 g/mol; Oligômeros (Líquidos). • Massa Molar (MM) < 10000 g/mol; Monômeros – molécula simples que dá origem ao polímero; Homopolímero - polímero cuja cadeia principal é formada por um único tipo de mero; Copolímero - polímero cuja cadeia principal é formada por dois tipos de meros diferentes; ____________________________________________________________________________________________________ Microestrutura: • A cadeia polimérica vai se empacotar formando o estado sólido, dependendo de suas características estruturais (estrutura química), da velocidade (taxa) de resfriamento e do meio em que ela está inserida. 1. Fase Amorfa: • Desordenado; total mobilidade rotacional; (novelo, aleatória ou enrodilhada), distância intercadeais são irregulares; 2. Semicristalino (regiões amorfas e cristalinas): • Cadeias lineares se organizam de forma ordenada, repetitiva e regular; (Zig-zag planar) • Tamanho médio maior que o a metade do comprimento de ondas luz; Propriedades Óticas dos polímeros Propriedade Ótica Amorfo Semicristalino Amorfo c/ Pigmento* Amorfo c/ Corante* Semicristalino c/ Pigmento* Semicristalino c/ Corante* Transparente ● - - ● - - Opaco - ● ● - ● ● Translúcido - ● - - ● ● • O pigmento e corante não influência no comportamento mecânico. • Pigmento → particulado; • Corante → moléculas curtas; ______________________________________________________________________________________________________ Tipos de ligações: • Ligações entre os meros → ligações fortes (covalentes) → ligações intramoleculares na mesma molécula; Determinam: estrutura química e o tipo de cadeia polimérica, rigidez/flexibilidade, estabilidades térmica, química e fotoquímica; Relação densidade x peso específico Fase Densidade Peso específico Amorfa ↓ ↑ Semicristalino ↑ ↓ • Ligações entre as cadeias poliméricas → ligações fracas (Van der Waals) → ligações intermoleculares. Determinam: temperatura de fusão cristalina, solubilidade, cristalinidade, difusão, permeabilidade a gases e vapores, deformação e escoamento envolvendo em todos os casos a quebra e formação de ligações intermoleculares; • Classificação das ligações: Iônica, coordenada, metálica e covalente; Tipos Cadeias Poliméricas: Cadeia Representação Dens. (g/cm³) Temp. fusão ̊C (Tf) Cristalin idade (%) Resist. Tração (Mpa) Elong (%) Termo plásticos Termo fixos Elastô meros Linear ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ● X X Ramificada ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ● X X Reticulada X ● X Ligações cruzadas X ● ● Cristalinidade e Cadeias • Quanto maior a cristalinidade: ↑ propriedades de densidade → Rigidez, estabilidade dimensional, resistência química, resistência a abrasão, dureza, Tf e Tg. • ↓ propriedades de resistência ao impacto, elongação na ruptura, claridade óptica, etc. • Para balancear boa resistência mecânica e transparência → é necessário cristalizar o polímero, mas em níveis baixos o suficiente para não afetar a transparência. Isto só é possível mudando-se a cinética de cristalização → reduzindo-se sua velocidade de cristalização e seu valor máximo. Ex: Garrafas PET. • Cadeias lineares facilitam o empacotamento, favorecendo a cristalinidade • Ramificações tendem a gerar volumes livres dificultam a cristalinidade. • Polímeros istotáticos e sindiotáticos tendem a apresentar cristalinidade. • Polímeros atáticos normalmente são amorfos. • A presença de grupos laterais na cadeia principal dificulta um empacotamento regular das cadeias, reduzindo a capacidade de cristalização. • Cadeias poliméricas rígidas facilitam o empacotamento. • Cadeias flexíveis dificultam o empacotamento. • Fatores externos → impurezas, aditivo, etc. Interações com o meio externo dificultam a cristalização final. • Impurezas / aditivos → se alojam entre as cadeias, dificultando o empacotamento e, portanto, reduzindo a porcentagem de cristalinidade > Termoplásticos e elastômeros. • Plastificantes (moléculas curtas) quando adicionados reduzem a cristalinidade, diminuem a viscosidade > afasta as moléculas > aumento do volume livre. • Agentes nucleantes facilitam a cristalização aumentando sua taxa de cristalização. • Alguns elementos-podem gerar flexibilidade da cadeia, caso do oxigênio e do enxofre, pois formam ligações flexíveis com o carbono. • Carga mineral > particulado, fibra > aumento da dureza. Classificação dos polímeros: 3. Termoplásticos: • Amolecem com o aumento de temperatura (processo de natureza física); • Endurecem com a diminuição da temperatura (processo de natureza física); • Número elevado de ciclos (amolecimento e resfriamento) causam degradação no termoplástico; • Recicláveis; • Ligação intermoleculares fracas (entre as cadeias poliméricas); • Polímero com cadeia linear ou ramificada; • Sem ligações cruzadas; Tipo Características Convencionais Baixo custo > baixo nível de exigência mecânica > alta produção > facilidade de processamento Especiais Custo elevado em relação aos convencionais > melhores propriedades > alta transparência > estabilidade térmica e química Engenharia Para itens de bom desempenho mecânico > alta exigência mecânica (rigidez) > estabilidade dimensional Engenharia Especiais Aplicação de altas temperaturas > alta quantidade de anéis aromáticos na cadeia principal > estabilidade térmica para usos ininterruptos. 4. Termofixos: • Curados (definição) com ou sem aquecimento não podem ser reamolecidos por aquecimento; • Cura: Matéria-prima: Resina Oligômera + Catalisador ou Agente de Cura a pressão (P) e temperatura (T) • Curadas irreversivelmente, se transformando em termofixos; • Insolúveis e Infusíveis; • Alta quantidade de ligações cruzadas; 5. Elastômeros: • Poliméricos com elasticidade e longas faixas de deformação na temperatura ambiente; • Vulcanização → Borrachas tradicionais; • Borracha vulcanizada: não amolece com temperatura. ↑Temperatura + Enxofre > Aumento da resistência mecânica, elasticidade. • Baixa densidade de ligações cruzadas; 6. Fibras Poliméricas: • Definidos pela condição geométrica de alta relação comprimento x Ø da fibra; • Em muitos polímeros, considera-se a relação: 𝐑𝐚𝐳ã𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐬𝐩𝐞𝐜𝐭𝐨 = Comprimento da Fibra Ø Fibra ≥ 100 • Polímeros empregados na forma de fibras são: - Termoplásticos; Polímeros Fíbras Plásticos Termofixos Termoplásticos Elastômeros Termoplásticos Convencionais Especiais Engenharia Engenharia Especiais - Com cadeias lineares orientadas no sentido do eixo da fibra → Orientação longitudinal; 7. Compósitos: • Mistura de vários materiais: matriz + reforço (partícula (cerâmica), fibra); Tg (temp. transição vítrea), Tf (temp. fusão) e Tc (temp.cristalização); Tg • Temperatura média (faixa de temperatura) → aquecimento de polímero de uma temperatura muito baixa para valores mais altos → permite que as cadeias poliméricas da fase amorfa adquiram mobilidade(possibilidade de mudança de conformação). • Abaixo da Tg, o polímero está no estado vítreo caracterizado por se apresentar duro, rígido e frágil. • Propriedades que alteram com a Tg: módulo de elasticidade, coeficiente de expansão, índice de refração, calor específico, etc. • Não ocorre mudança de fase, mas sim uma mudança de energia no sistema. Tf • Temperatura média (faixa de temperatura) → aquecimento de polímero desaparecem regiões cristalinas do material poliméricos com a fusão dos materiais. • A energia do sistema destrói a estrutura regular de empacotamento, mudando do estado borrachoso para o estado viscoso (fundido). Esta transição só ocorre na fase cristalina, portanto, só tem sentido se aplicada para polímeros semicristalinos. • Ocorre mudança de fase. Tc • Durante o resfriamento de um polímero a partir da temperatura acima de Tm, ele atingirá uma temperatura baixa o suficiente para que um número grande de cadeias poliméricas se organize espacialmente de forma regular. Esta ordenação espacial permite a formação de uma estrutura cristalina (cristalito ou lamela) naquele ponto. Considerações sobre a Tg e a Tm • Todo e qualquer fator que resulte em um aumento nas forças intermoleculares secundárias e na rigidez da cadeia aumentará ambos, Tg e Tm. • A presença de grupamentos rígidos dentro da cadeia principal vai promover rigidez à mesma, tendendo a aumentar Tg e Tm. • A presença de um grupo lateral volumoso tende a ancorar a cadeia polimérica, exigindo maiores níveis de energia para que a cadeia adquira mobilidade, aumentando o Tg e o Tm do polímero proporcionalmente ao seu volume. Por outro lado, a dificuldade de empacotamento gerada por este grupo volumoso dificulta a cristalização (reduzindo os valores da fração cristalina) podendo até impedi-la completamente. • A presença do grupo lateral de isomeria trans reduz a mobilidade da cadeia, acrescendo sua rigidez e, por conseguinte, aumentando ambos Tg e Tm. • O fator externo que mais altera os valores de Tg e Tfé a presença de plastificantes na forma liquida, ou sólidos de baixa massa molar, intencionalmente adicionados ou naturalmente absorvidos pelo polímero. • Moléculas do plastificante se alojam entre as cadeias poliméricas, afastando-as umas das outras, reduzindo as forças de atração intermolecular, aumentando a mobilidade das cadeias, reduzindo o nível energético necessário para dar mobilidade à cadeia toda, por conseguinte, reduzindo a Tg, aumento de volume livre. • T de amolecimento Tg=100 ̊C → Tg=150 ̊C (viscoso); • Rotação da cadeia carbono-carbono acontece somente acima da Tg; • Polímeros abaixo da Tg não há escoamento do material, rompe de uma vez pois não há mobilidade rotacional; Viscoelasticidade • Fenômeno pelo qual o polímero apresenta características de um fluido e de um sólido elástico ao mesmo tempo. • A fração plástica ocorre por causa do atrito entre as cadeias poliméricas > isso faz com que o polímero demore um tempo para responder à solicitação, gerando urna defasagem entre a solicitação e a resposta. • Levar em conta, como, principalmente, a massa molar, as temperaturas características Tg e Tf, e a temperatura na qual a medida está sendo feita. • De uma maneira simplificada, é comum classificar em três estados, com relação à temperatura, os estados físicos- mecânicos que um polímero semicristalino pode apresentar: - Vítreo > acontece em temperaturas abaixo de Tg > cadeias não têm energia suficiente para apresentar mobilidade > respondendo de forma elástica às solicitações > O polímero é rígido e frágil. - Borrachoso > acontece em temperaturas entre T g e Tm > nesta faixa de temperatura, o nível energético dá mobilidade somente à fase amorfa, mantendo a fase cristalina rígida > comportamento semelhante ao da borracha vulcanizada. - Viscoso > acontece em temperaturas acima de Tm. > alto nível energético > apresenta todas as cadeias poliméricas altamente móveis, com uma forte contribuição da resposta plástica a deformação. • Polímeros amorfos, que apresentam apenas os estados vítreo e viscoso. Dureza • Definição de dureza: É a medida da resistência oposta a penetração de uma superfície ou risco por um instrumento de dimensões determinadas sob carga também determinada; • Influenciada por: carga mineral, plastificantes, densidade de reticulação, cristalinidade e viscoelasticidade; • Diferenças entre a medição de dureza: - Definição de escalas e pontos; - Forma e tamanho do indentor; - Carga aplicada; - Taxa e tempo da aplicação da carga (comportamento viscoelástico - fluência); • Parte das macromoléculas deformadas plasticamente tendem a recuperar plasticamente > Efeito de relaxação de tensão. • Propriedade que varia de acordo com a mudança da concentração dos componentes do material, além da natureza do polímero Classificação das durezas de Metais x Polímeros: Durezas Materiais Tipo de material Brinell / Rockwell Metais Vickers Metais e cerâmicas Shore Polímeros, Elastômeros Barcol Alumínio, Chumbo, compósitos Dureza Shore: • Shore A: - Materiais moles; - Até a leitura de 90; • Shore D: - Materiais duros; - Leitura acima de 90; Dureza Barcol: • Alumínio, chubo, compósitos Abrasão: • Resistência a abrasão: resistência oferecida pela composição de borracha ao desgaste pelo contato com superfícies abrasivas em movimento. • Definida pela carga e velocidade > expressa em porcentagem. • Teste > compressão do corpo de prova sob carga determinada contra um abrasivo. Finalidade de desgastar uma porcentagem do corpo de prova para referência. • Poder abrasivo; Ensaio de tração: • Avaliar as propriedades mecânicas do polímero; • Solicitações estáticas; • Caracterização: taxa de deformação constante > velocidade de ensaio; • Resultado > Tensão axial de estriamento (tração) em função da deformação; • Conceito igual ao de materiais (ver Ciência dos materiais); • Módulo de Elasticidade (E) ≠ de Rigidez > porém quanto maior for o módulo de elasticidade, maior será a rigidez; • Comportamento frágil > sem ponto de escoamento > não se deforma plasticamente. • Comportamento dúctil > existe ponto de escoamento > tem limite elástico > logo após o limite, se deforma plasticamente. • Ductilidade > deformação plástica total > até o ponto da ruptura do material > avaliada pelo elongamento. • Tenacidade > capacidade do material absorver energia antes de romper; Um material dúctil com a mesma resistência a tração de um material frágil irá precisar de mais energia para se romper, por isto é mais tenaz. • Fatores estruturais que influenciam no teste de tração: - Peso molecular; - Ramificações e ligações cruzadas; - Cristalinidade > morfologia cristalina; - Copolimerização / Blendas poliméricas; - Orientação molecular; - Reforços, cargas, plastificantes, etc. • Fatores externos que influenciam no teste de tração; - Temperatura, tempo e velocidade de deformação; - Nível de solicitação mecânica; - Tipo de solicitação; - Ambiente; • Aumento da velocidade de ensaio é equivalente a diminuição da temperatura. • Se a velocidade é aumentada > impede o escorregamento e o acomodamento das moléculas > aumenta o módulo de elasticidade, e por sua vez a rigidez > diminui o enlogamento. • No teste de tração > há o desenovelamento > alinhamento > rompimento se o polímero está acima da Tg. • Na tração > área reduzida fica opaca pois há rearranjo dos cristais (semicristalinos)Teste de impacto • Medem o quanto de energia é necessária para quebrar o corpo de prova; • Relação com a tenacidade > resistência e ductilidade; • Obtém-se a energia absorvida até a fratura > comportamento dúctil-frágil; • Corpo com entalhe > concentrador de tensões > rompe o corpo de prova no local do impacto > menor resistência ao impacto; • Variando o raio do entalhe > varia a resistência ao impacto; • Corpo sem entalhe > maior resistência ao impacto; • Acima da Tg > resistência ao impacto maior > aumento de volume livre > atua como amortecedor; • A resistência ao impacto aumenta com o aumento da temperatura; • Para amorfos > a resistência ao impacto aumenta muito quando sua temperatura se aproxima da Tg ou maior a Tg. • Polímeros com altos valores de resistência ao impacto abaixo da Tg > tem Sub Tg’s; • Fatores estruturais que influenciam a resistência ao impacto: - Massa molar; - Cargas, reforços, plastificantes > plastificantes abaixam a Tg > aumentam a resistência ao impacto se a Tg está próxima a temperatura de ensaio; - Cargas rígidas em um polímero rígido geralmente diminuem a resistência ao impacto do polímero; • HIPS > Blenda + copolímero > PS + butadieno > Elastômero; • Polipropileno > material inerte; • O teste de resistência ao impacto não permite a microestrutura se arranjar;
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