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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE IBATUBA DO ESTADO DA BAHIA
JOANA PÉ DE VENTO, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, portador da carteira de identidade nº 9876543210, expedida pelo SSP, inscrito no CPF/MF sob o nº xxxxxxxxxxx, endereço eletrônico joanapedevento@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua Major Olivio Oliveira nº 15 Bairro Lomba Alta, nesta cidade, representado por seu advogado RODRIGO XXXX XXXXXX, endereço eletrônico rodrigo@hotmail.com, endereço profissional na Rua Correa Lima, 550 Bairro Santa Teresa , Porto Alegre, endereço que indica para os fins do artigos 77 inc. V, do CPC, vem perante este juízo propor:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo procedimento COMUM em face de JOAQUIM, brasileiro, casado, Policial Militar, portador da carteira de identidade nº 85648929, expedida pelo SJS, inscrita no CPF/MF sob o nº 4892567999, endereço eletrônico Joaquim45@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Coronel Oliveira nº 16 Bairro Lomba Grande, pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Autor Requer o benefício da AJG, conforme disposto pela redação da Lei 1060/50 e do artigo 5º, LXXIV da CF. Haja visto que o mesmo não possui provimentos suficiente para arcar com as custas processuais sem prejudicar sua subsistência. 
DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO. 
A Autora requer audiência conciliatória, conforme disposto no artigo 319, VII, CPC
DOS FATOS 
No dia 20 de dezembro de 2016, as vésperas das comemorações de fim de ano, a autora recebeu a notícia que seu filho me Marcos tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio XXX,
No mesmo dia a autora procurou um advogado para atuar no caso, sendo que o advogado cobrou R$ 20.000,00 de honorários, a autora sem condições de arcar com a despesa comentou com o réu o ocorrido, o qual vendo a necessidade da autora propôs de comprar seu carro avaliado em R$ 50.000,00 pelo valor cobrado por seu advogado, desesperado a autora fechou negocio com o réu, porem no dia seguinte a autora descobriu que a avó paterna de seu filho contratado outro advogado para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho, diante deste fato a autora procurou o réu para desfazer o negócio jurídico porem o réu não concordou, diante deste fato pede-se anulação. 
DOS FUNDAMENTOS
 O direito da autora encontra amparo inicialmente no artigo 104, III do Código Civil, uma vez que para ser válido, o negócio jurídico precisa ter forma escrita ou não defesa em lei. 
Também na seara civil, o dolo é configurado quando o se age com má-fé para obter para si ou para outrem alguma vantagem. Nesse condão, preleciona Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 415)
“Dolo é o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudica, e aproveita ao Autor do dolo ou a terceiro. Consiste em sugestões ou manobras, maliciosamente levadas a efeito por uma parte, a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe traga proveito, ou a terceiro” 
(Principais inovações no Código Civil de 2002. São Paulo: Saraiva).
Com base no Art. 157 do Código Civil em que por sua redação afirma que ocorre lesão quando uma pessoa sob premente necessidade se obriga a prestação manifestamente desproporcional, o que ocorreu no caso em tela, uma vez que a autora em um ato desesperado para tentar garantir o direito a liberdade de seu filho, se obrigou a celebrar o negócio jurídico relatado.
Adendo o Art. 171 também conforme disposto em seu inciso II, do Código Civil, o negócio jurídico é anulável por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores......
A jurisprudência já tem parecer favorável quanto a esta questão conforme a citação descrita;
Apelação Cível n. 2015.034409-4, de Barra Velha
Relator: Juiz Saul Steil
“APELAÇÃO CÍVEL. ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO. TRANSFERÊNCIA DE VALORES DA CONTA BANCÁRIA DA AUTORA PARA A DOS RÉUS. AQUISIÇÃO PELOS RÉUS DO ÚNICO BEM IMÓVEL DA AUTORA. AUSÊNCIA DE PROVAS DO PAGAMENTO. AUTORA QUE É TIA DOS RÉUS E OS RECEBEU EM SUA RESIDÊNCIA QUANDO PRECISAVA DE ATENDIMENTO POR TER FRATURADO O FÊMUR. RÉUS QUE SE VALERAM DE SUA FRAGILIDADE E POUCO ESCLARECIMENTO PARA OBTER VANTAGEM ILÍCITA. IRMÃ DA AUTORA QUE É MÃE E SOGRA DOS RÉUS QUE CONFIRMA AS ALEGAÇÕES DA AUTORA EM JUÍZO. VÍCIO DE CONSENTIMENTO PERFEITAMENTE DELINEADO NOS AUTOS. ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO QUE SE IMPÕE. DANOS MORAIS EVIDENCIADOS. QUANTUM. APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. ”
Desta forma, não restou alternativa senão a propositura da presente ação.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer a este juízo:
I. Gratuidade da Justiça 
II. Que seja concedida conforme solicitado a audiência de conciliação e a intimação de comparecimento do réu 
III. Que seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico celebrado entre os réus.
IV. Que seja procedente a condenação dos réus aos honorários da sucumbência.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental e depoimento pessoal dos réus. 
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00.
Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano).
RODRIGO XXXXX XXXXXXX
OAB/RS 88088

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