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Alucinação x Delírio (Psicologia)

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Delírio x Alucinação, qual é a diferença?
Priscilla Figueiredo
Personalidade e Comportamento
11/02/2016
Tanto os delírios quanto as alucinações são manifestações psicopatológicas, ou seja, ambos são sintomas de uma mente adoentada. Porém, eles são diferentes. E é muito comum vermos pessoas confundindo-os. Que tal então aprendermos a diferença entre eles hoje?
ALUCINAÇÃO
AS ALUCINAÇÕES SÃO EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS REAIS BASEADAS EM COISAS IRREAIS.
Ah, já começou confuso. Como assim?
Basicamente as alucinações são vivências bastante reais para a pessoa que está alucinando, mas o objeto ou acontecimento vivenciado é inexistente. Ou seja, a pessoa acredita e tem a experiência real de estar vendo, ouvindo ou sentindo algo que na realidade não está lá ou nem existe. E como a origem da alucinação é interna, a mente pode fazer com que o objeto/fenômeno alucinado seja ainda mais nítido do que os objetos/fenômenos reais, o que faz a convicção de que aquilo é real ser ainda maior.
A alucinação não se mantém na base do “possível”. Tudo o que é percebido pode ser alucinado e misturado dentro das alucinações. Por isso é possível alucinar com homens que voam, cobras falantes, golfinhos com pernas ou até mesmo com monstros coloridos de três olhos, asas ou chifres.
Outra característica importante das alucinações é que elas precisam de algum dos nossos sentidos para ocorrer (visão, audição, tato, olfato e paladar) e é a partir desses sentidos que são categorizados os tipos de alucinação.
TIPOS DE ALUCINAÇÃO
Alucinação Visual → Ver algo que não está realmente lá. Exemplo: enxergar um cachorro em uma praça vazia ou o famoso “ver um elefante cor de rosa”.
Alucinação Auditiva → Ouvir algo irreal. Exemplo: ouvir alguém chamando ou ameaçando. Uma alucinação auditiva famosa é o canto das sereias (como já dito no post sobre vozes alucinatórias).
Alucinação Tátil → Sentir algo o tocando quando não há nada. Exemplo: sentir as pernas sendo puxadas durante a noite.
Alucinação Olfativa → Sentir cheiros que não estão no ar. Exemplo: sentir o cheiro de um perfume muito diferente, sentir o cheiro de fezes ou algo podre.
Alucinação Gustativa → Sentir gosto de algo sem que essa coisa realmente tenha entrado em contato com a boca. Exemplo: Sentir o gosto de sangue ou terra.
OBS: As alucinações visuais e auditivas são as mais comuns, enquanto as olfativas e gustativas são mais raras e normalmente aparecem associadas.
DELÍRIO
            Os delírios não dependem de nossos sentidos para ocorrerem, mas dependem de algum estímulo externo real. Isso porque o delírio é como que uma interpretação errada da realidade. A pessoa delirante distorce os estímulos a sua volta e os vivencia de forma diferente.
Mas qual é a diferença de delírio para um inocente engano, então?
Um falso juízo para ser considerado delírio tem que apresentar três características:
A pessoa deve estar completa e inabalavelmente convicta do fenômeno.
Pessoas normais / saudáveis não conseguem ver ou compreender o fenômeno em questão, mesmo depois da argumentação do delirante.
O conteúdo não é plausível.
 
Qualquer fenômeno que apresente menos do que três dessas características pode ser apenas uma ideia delirante ou até, por que não, um engano.
TIPOS DE DELÍRIOS
Existem diversos tipos de delírios, mas os mais comuns são:
Delírio Persecutório ou de Perseguição → A pessoa acredita que é vítima de uma conspiração, que estão falando mal dela, que está sendo perseguida, espionada ou que estão tentando matá-la.
Delírio de Grandeza → A pessoa se sente superior aos outros. Acredita ser a pessoa mais inteligente, mais rica, ou mais importante do mundo. As pessoas com esse delírio se sentem especiais e imaginam que sua existência é de grande importância para toda a humanidade.
Delírio de Ciúme → A pessoa acredita, sem motivo justo ou aparente, que seu companheiro (a) está sendo infiel. Esse delírio pode acarretar diversas situações de perigo, como agressão física, privação de liberdade ou até homicídio.
Delírio Somático ou Hipocondríaco → A pessoa se queixa de sintomas, deformações e defeitos físicos que não existem. Por exemplo, alega que está emitindo um cheiro podre pela boca, alega que está infestada de insetos sob a pele ou que seus órgãos estão parando de funcionar.
Delírio Erotomático → A pessoa imagina um amor romântico com uma pessoa, normalmente, numa posição de “superioridade” a ela (ídolos, autoridades e etc). A crença é de que a pessoa alvo está perdidamente apaixonada pelo delirante. Já explicamos muito mais sobre a Erotomania aqui.
Delírio de Influência → A pessoa crê que seu pensamento está sendo controlado por outra(s) pessoa(s).
Delírio Melancólico ou de Ruína → A pessoa acredita que acontecerá algo terrível e não há nada que ela possa fazer para evitar essa catástrofe.
RESUMINDO: Qual é a diferença entre delírio e alucinação?
Bom, para finalizar vamos resumir a coisa toda. Alucinação é a vivência real de algo irreal e depende dos nossos sentidos para acontecer. Já o delírio não depende dos nossos sentidos, mas sim de um estímulo externo real que é interpretado de forma errada.
Ou seja, o delírio se diferencia da alucinação pela existência de um fenômeno / estímulo externo que é percebido de forma deformada e enganosa enquanto na alucinação não há estímulo externo nenhum.
É importante lembrar que tanto o delírio quanto a alucinação são sintomas de doenças psíquicas e devem ser devidamente tratados. Assim, caso conheça alguém que apresenta essas manifestações procure imediatamente ajuda profissional.

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