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* * Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática Aplicação prática das Dietary Reference Intakes (DRIs) para indivíduos saudáveis Camila C. Japur Nutricionista – Curso de Nutrição e Metabolismo – USP/RP Mestre em Ciências Médicas – FMRP/USP * * Histórico 1ª ed RDA (Recommended Dietary Allowances) Objetivo: Estabelecer padrões dietéticos de referência 1941 (2ª Guerra Mundial) Prevenção de Doenças Carenciais (exército e população civil vivendo com privações) Novas edições a cada 5 anos * * 1989 1 Publicação = 283 páginas National Academy of Science (NAS) A partir de 1997 RDA 8 publicações 5000 páginas Dietary Reference Intakes DRIs Committee on the Scientific Evaluation of Dietary - FNB, Institute of Medicine - IOM, National Academy of Sciences - NAS e Health Canada * * 1° publicação: 11 anos atrás 8° publicação: 3 anos atrás * * Grupo de especialistas selecionados pela Academia Americana de Ciências Basearam-se em evidências científicas disponíveis Destinadas apenas a INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS Estratificadas por sexo, faixa etária e estado fisiológico (gestantes e lactantes) Dietary Reference Intakes (DRI) (Referência de Ingestão de Nutrientes) * * Dietary Reference Intakes (DRI) Natureza da proposta Informação sobre: Balanço e metabolismo de nutrientes em diversos estágios da vida, Diminuição de risco de doença, Variações individuais nas necessidades, Disponibilidade e erros associados aos métodos do consumo dietético. * * RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES Objetivos Servir como guia para avaliação da adequação quantitativa da ingestão de nutrientes e planejamento de dietas para indivíduos e grupos populacionais. Definir um diagnóstico do consumo alimentar: A ingestão está adequada? Abaixo ou acima do ideal? Qual é o risco de deficiência ou excesso de tal nutriente na ingestão? * * RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES Objetivos Referência de limites para fortificação e desenvolvimento de novos produtos Redução do risco de doenças crônicas não-transmíssiveis * * EAR Estimated Average Requirement (Necessidade Média Estimada): Valor (mediana) de ingestão diária suficiente para atender a necessidade de um nutriente de metade (50%) dos indivíduos saudáveis do mesmo gênero e estágio da vida. Novas definições * * Estabelecendo as RDAs * * RDA Recommended Dietary Allowance (Ingestão Dietética Recomendada) Valor de ingestão diária suficiente para suprir a necessidade de um nutriente de quase todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis do mesmo gênero e estágio da vida. Novas definições * * AI Adequate Intake (Ingestão Adequada) Valor de consumo recomendável, baseado em levantamentos de dados experimentais, ou ainda de estimativas de ingestão de nutrientes para grupo(s) de pessoas sadias, e que se considera adequado. É usado quando a RDA não pode ser determinada É um valor de INGESTÃO e não de necessidade Novas definições * * UL Tolerable Upper Intake Level (Limite Superior Tolerável de Ingestão) Limite superior de ingestão diária prolongada de um nutriente que não apresenta efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos do mesmo gênero e estágio da vida. Novas definições UL não é recomendação!! * * Fundamentos para estabelecer a Ingestão Máxima Tolerada - UL Quando Possível: é baseado no NOAEL Quando não - LOAEL * * * * ESTÁGIOS DA VIDA Bebês 0 – 6M 7 – 12M Crianças 1 – 3A 4 – 8A Homens e Mulheres 9 – 13A 14 – 18A 19 – 30A 31 – 50A 51 – 70A > 70A Gestação e Lactação 18A 19 – 30 A 31 – 50 A * * EER - Estimated Energy Requirement (Necessidade Estimada de Energia) É a média da ingestão de energia que mantém o balanço energético em um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis com idade, gênero, peso, altura e nível de atividade física definidos. Crianças, gestantes e lactantes: EER considera as necessidades associadas – Deposição dos tecidos Secreção de leite Peso corporal: Excelente indicador da ingestão energética habitual Definições da Necessidade Energética * * Necessidade %população Gráf1 18 18 20 30 40 50 55 50 40 30 20 18 18 Concentração do Nutriente Plan1 0 2.5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 97.5 100 Concentração do Nutriente 18 18 20 30 40 50 55 50 40 30 20 18 18 Plan1 Concentração do Nutriente Plan2 Plan3 * * Estimada a partir de equações preditivas do gasto total de energia. Técnica da água duplamente marcada Necessidade Estimada de Energia (EER) As equações de EER só devem ser utilizadas para indivíduos dentro da faixa de normalidade de IMC. * * Gasto Total de Energia (TEE) Todos estes dados resultaram na seguinte equação: Em que: TEE em Kcal/dia, idade em anos, peso em quilos e altura em metros A: constante B: coeficiente de idade NAF: Nível de atividade física D: coeficiente de peso E: coeficiente de altura TEE= A - B x Idade +NAF x (D x Peso + E x Altura) * * 0 – 3m (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 175 (Kcal de energia de depósito) 4 – 6m (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 56 (Kcal de energia de depósito) 7 – 12m (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 22 (Kcal de energia de depósito) 13 – 35m (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 20 (Kcal de energia de depósito) EER para crianças (0 a 35 meses) EER= TEE + Energia de depósito * * Qual é a necessidade estimada de energia de um bebê do sexo masculino, de 8 meses e peso de 9,0Kg e comprimento de 71 cm? * * 7-12m : EER= (89 x Peso -100) + 22 Peso= 9Kg EER= 723 Kcal/dia Idade: menor que 35 meses Não leva em consideração a altura (comprimento) nem o sexo do bebê * * EER para crianças (3 a 18 anos) EER= TEE + Energia de depósito SEXO FEMININO: EER = 135,3 – 30,8 x Idade [a] + NAF x (10,0 x Peso [Kg] + 934 x Altura [m] ) + energia de depósito* SEXO MASCULINO: EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg] + 903 x Altura [m] ) + energia de depósito* * * EER para crianças (3 a 18 anos) EER= TEE + Energia de depósito *Energia de depósito: Para 3 a 8 anos: 20 Kcal / Para 9 a 18 anos: 25 Kcal Desvio Padrão da EER para crianças e adolescentes saudáveis Sexo feminino: 68 Kcal Sexo masculino: 58 Kcal * * COEFICIENTE DE NAF (3 A 18 ANOS): * * * * Qual é a necessidade estimada de energia de um garoto, de 10 anos, peso de 33,3Kg, altura de 1,41m, com atividade física moderada? * * EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg] + 903 x Altura [m] ) + energia de depósito Idade: 10 anos P= 33,3Kg A= 1,41m NAF= ? *AF moderada Energia de depósito= ? DP= ? *Energia de depósito: Para 3 a 8 anos: 20 Kcal Para 9 a 18 anos: 25 Kcal DP da EER para crianças e adolescentes saudáveis Sexo feminino: 68 Kcal Sexo masculino: 58 Kcal * * Substituindo: EER= 88,5 – 61,9 x 10 + 1,26 x (26,7 x 33,3 + 903 x 1,41) + 58 EER= 2252 Kcal/dia Considerando o DP (58Kcal): 2252 ± (2 x 58) Intervalo de ingestão de energia: 2136 – 2368 Kcal/dia * * EER para adultos (19 anos e mais) SEXO FEMININO: EER = 354 – (6,91 x Idade [a]) + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + 727 x Altura [m] ) SEXO MASCULINO: EER = 661,8 – (9,53 x Idade [a] + NAF x (15,91 x Peso [Kg] + 539,6 x Altura [m] ) Desvio Padrão da EER para adultos saudáveis: Sexo feminino: 162 Kcal Sexo masculino: 199 Kcal * * COEFICIENTE DE NAF (19 ANOS E MAIS): * * Calcule a necessidade estimada de energia de uma mulher, de 76 anos, peso de 61Kg, altura de 1,65 m, com atividade física leve. EER= 354 – (6,91 x Idade [a] + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + 727 x Altura [m]) Idade: 76a (idosa) /P= 61Kg /A=1,65m /NAF(PAL)= 1,12 / IMC = 22,4Kg.m² EER=1812 Kcal Considerando o DP (162Kcal): 1811 ± (2 x 162) Intervalo de ingestão de energia: 1487 - 2135 Kcal * * Nível de Atividade Física (NAF) Physical activity level (PAL) * * MET: Equivalente metabólico 1 MET = taxa de consumo de oxigênio de 3,5ml/min/kg peso corporal para um adulto PAL: Nível de atividade física = Razão do GET/GEB * * Exemplo de cálculo - PAL PAL (nível de atividade física)/HORA Atividades diárias Atividade leve sentado: 0,03 Esfregar, lavar: 0,2 Dirigir veículo: 0 Ler quietamente: 0 Limpar com aspirador de pó: 0,14 Andar com o cachorro: 0,11 Aguar plantas: 0,09 Atividade física Caminhar 2mph (3210metros):0,09 Nadar (lentamente): 0,02 Dançar: 0,11 * * Mulher, 35 anos * * Exemplo de cálculo Média do PAL= 1,1 + Média do PAL/dia Média do PAL/dia = Média do PAL na semana/ 7 dias Média do PAL/dia = 3,87/ 7 dias = 0,552 Se deixar de dançar (-0,66) = 3,87 – 0,66 = 3,21/7 = 0,45 GEB + ETA * * Exemplo de cálculo Média do PAL= 1,1 + Média do PAL/dia Média do PAL= 1,1 + 0,552 Média = 1,652 PA 1 se PAL ≥ 1 < 1,4 (sedentário) 1,12 se PAL ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo) 1,27 se PAL ≥ 1,6 < 1,9 (ativo) 1,45 se PAL ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativo) Se deixar de dançar = 1,1 +0,45 = 1,55 (IOM, 2002) COEFICIENTE DE NAF (19 ANOS E MAIS) * * Macronutrientes * * * * AMDR Faixas de ingestão de macronutrientes associadas à redução do risco de doenças crônicas, mas que provêem nutrientes essenciais para os grupos etários e gênero. * * Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) Intervalos de distribuição aceitável de macronutrientes * * PLANEJAMENTO DA DIETA PARA MACRONUTRIENTES: HOMEM; 24 ANOS; 1,81M; 85KG; ATIVIDADE FÍSICA LEVE EER = 3000 KCAL * * EER = 3000 KCAL *Fazem parte da gordura total * * Avaliação e planejamento da ingestão de micronutrientes em dietas de indivíduos saudáveis * * Avaliação de dietas de indivíduos * * A ingestão de micronutrientes atende às necessidades do indivíduo? * * Precisão da análise da dieta depende: Não é possível determinar exatamente se a ingestão supre as necessidades do indivíduo (IOM, 2000) * * Variações que ocorrem nas necessidades e na ingestão de nutrientes entre indivíduos Método de avaliação da adequação aparente proposto pelas DRIs Determina a PROBABILIDADE DA INGESTÃO DO MICRONUTRIENTE ESTAR ADEQUADA OU INADEQUADA * * (IOM, 2000) Estabelecer a necessidade do nutriente: Variabilidade intrapessoal da ingestão do nutriente Estimar a ingestão habitual: * * Para alguns nutrientes, é possível avaliar, aproximadamente, se a ingestão supre a necessidade. Sempre que possível, considerar: Parâmetros biológicos como ANTROPOMETRIA, ÍNDICES BIOQUÍMICOS, DIAGNÓSTICO e ESTADO CLÍNICO Totalidade das evidências não somente a ingestão dietética (IOM, 2000) * * Passos para a estimativa da adequação aparente da ingestão de micronutrientes 1. Obter a informação mais precisa possível sobre ingestão de nutrientes (dieta e suplementos) 2. Escolher a referência (DRI) mais adequada 3. Cálculo da adequação aparente da ingestão de nutrientes 4. Interpretação do resultado (IOM, 2000) * * Primeiro passo: ingestão habitual Como obter informações de consumo mais precisas? Seleção da metodologia mais adequada Recomendado: Registro de 3 ou mais dias ou mais de um recordatório 24h (Dias alternados e um dia do final de semana) (IOM, 2000) * * Coleta cuidadosa quanto aos alimentos consumidos, formas de preparo e tamanho das porções Utilização de suplementos (???) Considerações quanto à variações sistemáticas devidas à sazonalidade, doenças crônicas, transições alimentares Utilize uma fonte confiável como base de dados de composição de alimentos (IOM, 2000) * * Segundo passo: escolher a DRI mais adequada EAR é o mais adequado para indivíduos 50% dos indivíduos em um grupo apresentam necessidade do nutriente acima do valor de EAR e 50% abaixo (IOM, 2000) * * Por que não utilizar RDA para avaliar dietas??? RDA: metas de ingestão de indivíduos Se a ingestão habitual está acima, provavelmente está adequada O contrário não é verdadeiro: ingestão abaixo da RDA pode não ser inadequada. (IOM, 2000) * * Avaliação quantitativa Avalia a probabilidade da ingestão aparente do nutriente estar adequada. Terceiro passo: Cálculo da adequação aparente (IOM, 2000) * * Média de ingestão Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias) EAR Tabela DRIs DPnec 0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%) Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%) Vnec = (DPnec)² DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionais Vint = (DPint)² n Número de dias de inquérito alimentar avaliado z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) * * Média de ingestão Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias) EAR Tabela DRIs DPnec 0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%) Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%) Vnec = (DPnec)² DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionais Vint = (DPint)² n Número de dias de inquérito alimentar avaliado z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) * * Nutrientes com EAR / RDA OU AI EAR Tabela DRIs: BUSCAR O VALOR * * Para a mesma faixa etária: Nutrientes que tem EAR, terão RDA (RDA calculada a partir da EAR) Nutrientes que não tem EAR, não terão RDA e tem AI Ex: Carboidratos – AI para bebês, e não tem EAR e RDA - EAR e RDA para adultos, e não tem AI * * Média de ingestão Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias) EAR Tabela DRIs Vnec = (DPnec)² DPnec 0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%) Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%) DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionais Vint = (DPint)² n Número de dias de inquérito alimentar avaliado z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) * * Média de ingestão Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias) EAR Tabela DRIs DPnec 0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%) Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%) Vnec = (DPnec)² Vint = (DPint)² DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionais n Número de dias de inquérito alimentar avaliado z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) * * Tabela de desvio-padrão intrapessoal (DPint) Vint = (DPint)² Fonte: Adaptada de IOM, 2000 * * Fatores que afetam a variação diária da ingestão de nutrientes Variedade x Monotonia nas escolhas alimentares individuais (Basiotis et al., 1987; Sempos et al., 1985; Tarasuk and Beaton, 1991,1992) Dia da semana (Beaton et al., 1979; Tarasuk and Beaton,1992; Van Staveren et al., 1982) Férias e ocasiões especiais Clima Apetite, que pode estar relacionado à mudanças na atividade física, no ciclo menstrual... (Barr et al., 1995; Tarasuk and Beaton,1991) * * Atenção especial deve ser dada para nutrientes altamente concentrados em alguns alimentos que são consumidos apenas ocasionalmente. Ex: Vitamina A. (Gibson et al., 1985) Para se estimar a ingestão usual de vitamina A seria necessário avaliar meses de consumo Fígado de boi grelhado 1 bife (100g) = 14000 g de retinol * * Vitamina C * * Média de ingestão Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias) EAR Tabela DRIs DPnec 0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%) Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%) Vnec = (DPnec)² DPint Tabela obtida de dados de estudos populacionais Vint = (DPint)² n Número de dias de inquérito alimentar avaliado z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) * * Quantos dias de inquérito são necessários para avaliar o consumo? Estudo com 13 homens em 1 ano Avaliação da estimativa média de ingestão com precisão de ±10% da verdadeira ingestão Niacina: 53 dias Vitamina C: 249 dias Estudo com 16 mulheres em 1 ano Vitamina C: 222 dias (precisão de ±10%) 55 dias (precisão de ±20%) (Basiotis et al., 1987) * * Quarto passo: Interpretação z = Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) Se z positivo, o número encontrado deve ser somado a 0,5 Se z negativo, deve-se diminuir de 0,5 o número encontrado. * * EXEMPLO DE CÁLCULO A ingestão média de folato de um homem de 60 anos foi calculada, baseando-se em 7 registros alimentares * * Folato: EAR = 320g DPnec = 10% de 320 = 32 g Vnec = (32)² = 1024 DPint = 150 g Vint = (150)² = 22500 n = 7 dias Ingestão média = 89g Está adequada a ingestão? * * z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n) z = 89 – 320 / 1024 + (22500/7) z = - 231 / 1024 + (22500/7) z = - 231 / 1024 + 3214,3 z = - 231 / 4238,3 z = -231 / 65,1 z = - 3,54 * * z = - 3,54 Probabilidade da ingestão estar adequada: 0,5 – 0,4990 = 0,001 = 0,001 x 100 = 0,1% OU Probabilidade da ingestão estar inadequada: 100 – 0,1 = 99,9% * * Ingestão de folato do homem em questão necessariamente deve ser implementada, devido ao alto risco de inadequação * * * DPint alto (CV = 60 ou 70%) Vitamina A, C, E e B12, Carotenóides * DPnec alto Ferro para mulheres em idade fértil * Inquérito alimentar de apenas 1 dia Abordagem quantitativa não apropriada (IOM, 2000) * * Avaliação qualitativa Se a média de ingestão do nutriente for: Menor que a EAR: esta deve ser implementada Entre a EAR e a RDA: existe risco de inadequação, e provavelmente a ingestão deva ser aumentada Acima da RDA e um número expressivo de dias tiver sido avaliado: pouco provável que a ingestão seja inadequada (IOM, 2000) * * EXEMPLO: Ingestão média de vitamina C de um adolescente de 15 anos do sexo masculino é de 80mg, avaliada por uma seqüência de recordatórios alimentares por um período de 10 dias. Considerando que a variação intrapessoal da ingestão é elevada em estudos populacionais de consumo alimentar (DPint = 93 mg), avalie QUALITATIVAMENTE a ingestão deste garoto. EAR = 63 mg E RDA = 75 mg É possível que a ingestão seja adequada, porém deve haver cuidado para que a ingestão seja mantida diariamente * * Para avaliar risco de excesso de ingestão de nutrientes z= média de ingestão – UL / (DPint/n) (IOM, 2000) * * Para avaliar ingestão excessiva do nutriente, considerar: Fonte do nutriente Estado fisiológico do indivíduo Período de tempo de ingestão habitual aumentada do nutriente. * * UL de vitaminas (IOM, 2000) * * UL de minerais e eletrólitos (IOM, 2000) * * A ingestão média de niacina de uma mulher de 21 anos em registro alimentar de 30 dias é de 7mg, mas utiliza um suplemento que oferece 37mg. Há risco de excesso para esta vitamina? Avaliar risco de excesso de niacina: Formas sintéticas obtidas de suplementos e/ou alimentos fortificados Ingestão média= 7mg Suplemento = 37mg UL= 35mg DPint= 9mg n= 30 Resposta: UL: z= 37 - 35 / (9/30) z = 2 / (9/5,47) = z = 2 / 1,64 z = 1,21 z= média de ingestão – UL / (DPint/n) * * A ingestão de niacina está excessiva com confiabilidade de 88,69% OU 11,31% de confiabilidade de que a ingestão é segura z=1,21 0,5 + 0,3869 = 0,8869 88,69% * * Na ausência de deficiência clínica e/ou bioquímica de niacina que justifique o uso do suplemento nestes níveis, este deverá ser diminuído ou suspenso, devido ao alto risco de excesso. Suplementação em níveis maiores que o UL * * O que fazer com nutrientes cuja EAR ainda não foi definida? * * (IOM, 2000) * * Cálcio: AI = 1200mg Ingestão média = 350mg Está adequada a ingestão? Ingestão < que a AI: Não se pode concluir nada quantitativamente, porém é necessário o aumento da ingestão de cálcio * * Qual deveria ser a ingestão média de riboflavina em uma dieta de um homem de 45 anos para que se tenha uma probabilidade de adequação de 95%? a- registro alimentar de 3 dias b- registro alimentar de 7 dias c- registro alimentar de 30 dias EAR= 1,1mg DPint= 1mg Vint= 1 DPnec= 10% x EAR = 0,11mg Vnec= 0,0121 * * * * 3 DIAS 1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/3) 1,65 = (y – 1,1) / 0,345 0,5699 = y – 1,1 y= 1,67mg b) 7 DIAS 1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/7) 1,65 = (y – 1,1) / 0,1549 0,2556 = y – 1,1 y= 1,36mg c) 30 DIAS 1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/30) 1,65 = (y – 1,1) / 0,045 0,0749 = y – 1,1 y= 1,17mg EAR = 1,1 mg RDA = 1,3 mg Para que a ingestão avaliada em 3 dias atinja uma probabilidade de 95% em estar adequada, é necessário um consumo 30% maior que a RDA Porém, quando avalia-se 30 dias o consumo pode ser próximo à EAR DIMINUI OS ERROS DEVIDO À VARIABILIDADE DO CONSUMO!!!! * * Garantir que a dieta habitualmente consumida foi planejada com um risco baixo (aceitável) de inadequação de nutrientes e com risco mínimo de excesso para todos os nutrientes para os quais foram estabelecidos valores de DRIs. Planejamento de dietas para Indivíduos * * * * Ingestão de energia e nutrientes * * www.nap.edu Topics: Food and nutrition * * Clique em: Nutrition – Dietary Reference Intakes * * Relatórios completos das DRIs * * Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes: Applications in dietary assessment. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2000. Basiotis PP, Welsh SO, Cronin FJ, Kelsay JL, Mertz W. 1987. Number of days of food intake records required to estimate individual and group nutrient intakes with defined confidence. J Nutr 117:1638–1641. Sempos CT, Johnson NE, Smith EL, Gilligan C. 1985. Effects of intraindividual and interindividual variation in repeated dietary records. Am J Epidemiol 121:120–130. Tarasuk V, Beaton GH. 1991a. Menstrual-cycle patterns in energy and macronutrient intake. Am J Clin Nutr 53:442–447. Tarasuk V, Beaton GH. 1992. Statistical estimation of dietary parameters: Implications of patterns in within-subject variation—A case study of sampling strategies. Am J Clin Nutr 55:22–27. Beaton GH, Milner J, Corey P, McGuire V, Cousins M, Stewart E, deRamos M, Hewitt D, Grambsch PV, Kassim N, Little JA. 1979. Sources of variance in 24-hour dietary recall data: Implications for nutrition study design and interpretation.Am J Clin Nutr 32:2546–2559. Van Staveren WA, Hautvast JG, Katan MB, Van Montfort MA, Van Oosten-Van der Goes HG. 1982. Dietary fiber consumption in an adult Dutch population. J Am Diet Assoc 80:324–330. Barr SI, Janelle KC, Prior JC. 1995. Energy intakes are higher during the luteal phase of ovulatory menstrual cycles. Am J Clin Nutr 61:39–43. Referências bibliográficas * * Gibson RS, Gibson IL, Kitching J. 1985. A study of inter- and intrasubject variability in seven-day weighed dietary intakes with particular emphasis on trace elements. Biol Trace Elem Res 8:79–91. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for calcium, phosphorus, magnesium, vitamin D and fluoride. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 1997. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for thiamin, riboflavin, niacin, vitamin B6, folate, vitamin B12, pantothenic acid, biotin and choline. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 1998. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for vitamin C, vitamin E, selenium and carotenoids. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2000 Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for vitamin A, vitamin K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum, nickel, silicon, vanadium and zinc. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2001. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for energy, carbohydrate, fibre, fat, fatty acids, cholesterol, and protein and amino acids. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2002 Referências bibliográficas * * Camila Japur e-mail: camila@fmrp.usp.br * Altura e Idade Diminuição do TEE entre 10 e 7 kcal/ano * * * * * * * * * * * * EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual * EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual * * EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual * EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual * * * * EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual * * * * * * * * * * * * * * *
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