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PROJETO CONSCIENTIZAÇÃO NO TRANSITO

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PEDAGOGIA
PROJETO
“CONSCIENTAÇÃO NO TRANSITO”
AUTORA: 
POLO MOGI DAS CRUZES/SP
2017
AUTORA:
PROJETO:
 “CONSCIENTAÇÃO NO TRANSITO”
 Trabalho apresentado como requisito parcial a Disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógica, do Curso de Pedagogia, da UNIP sob a Orientação do professor: 
 
POLO MOGI DAS CRUZES/SP
 2017
SUMÁRIO
TEMA............................................................................................
JUSTIFICATIVA............................................................................
SITUAÇÃO-PROBLEMA...............................................................
PUBLICO-ALVO............................................................................
OBJETIVO.....................................................................................
EMBASAMENTO TEORICO.........................................................
PERCURSO METODOLOGICO....................................................
RECURSOS...................................................................................
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES................................................
AVALIAÇÃO..................................................................................
REFERENCIAS..............................................................................
ANEXOS...................................................................................
1.TEMA: “CONSCIENTAÇÃO NO TRANSITO”
2. JUSTIFICATIVA
 
 	Tendo em vista a necessidade de se realizar estudos e reflexões sobre o comportamento no Trânsito, principalmente os aspectos relacionados ao ambiente escolar, bairros e município, as abordagens educacionais vem a ser uma ferramenta a mais para contribuir com mudanças necessárias, no intuito de atingir os reais objetivos da Educação para o Trânsito.
 Desta forma, este projeto vem atender às necessidades da escola e da nova lei que inclui o Trânsito como um dos “Temas Transversais” a ser trabalhado na Educação Infantil. Justificam-se assim necessidade de se desenvolver o presente projeto.
3. SITUAÇÃO-PROBLEMA
 Um aluno da turma sofreu um grave acidente envolvendo um veículo automotivo em alta velocidade. Com isso a escola inteira ficou comovida, pois foi evidente a imprudência do motorista. A partir daí, houve uma curiosidade muito de saber como tais acidentes podem ocorrer com qualquer um de nós. Surgindo então a necessidade de um esclarecimento pelo professor de que todo o cuidado é pouco. Outro fator que nos levou a realização deste projeto e  fazer com que a escola cumpra o seu papel de educar cidadãos conscientes em relação a educação no transito, pois acreditamos que este trabalho deve ser realizados desde educação infantil. 
 .
4. PÚBLICO-ALVO
Educação Infantil de 4 a 5 anos
5. OBJETIVOS
 A educação no trânsito tem como objetivo formar o comportamento do cidadão enquanto usuário das vias públicas na condição de pedestre, condutor ou passageiro;
 conhecer as formas, cores e os significados das placas mais utilizadas no trânsito, do semáforo, da faixa de pedestres e demais componentes das vias públicas;
 conhecer locais de risco para brincadeiras; 
 visitar e explorar locais públicos da cidade que proporcionem novas aprendizagens;
 orientações para conduzir as crianças nos diversos meios de locomoção/transporte, assim como identificá-los;
 a criança como pedestre; 
 demonstrar atitude solidária frente a situações ocorridas no trânsito, no que tange habilidades importantes à segurança do pedestre e do próprio passageiro;
 contribuir para que as crianças ampliem seus conhecimentos sobre as regras de trânsito; 
 criar espaços e possibilidades para a promoção da cidadania a fim de que os alunos conheçam as regras de trânsito, adaptando-as à rotina escolar;
 conhecer melhor as leis do trânsito; 
 reconhecer as cores dos sinais do semáforo; 
 reconhecer cuidados básicos ao atravessar a rua;
 valorizar a função do guarda de trânsito.
 
6. EMBASAMENTO TEÓRICO
 A prioridade da sociedade, em qualquer circunstância é sempre a proteção à vida e o imperativo é vivê-la com qualidade, alegria e responsabilidade. 
 A necessidade de uma conscientização ampla e urgente sobre a Educação para o Trânsito é visível, dada a complexidade dos problemas que surgem no dia-a-dia de todas as cidades. Hoje toda a população está envolvida, sob diferentes aspectos, com os problemas relacionados ao trânsito. 
 As relações no trânsito envolvem valores e princípios fundamentais para um convívio social saudável: respeito ao próximo, obediência às leis, a solidariedade, prudência. O que se percebe em nossa sociedade é a fragilidade desses valores, revelando uma sociedade em crise, marcada pela agressividade, individualismo e desrespeito. 
 No Código de Trânsito Brasileiro, no Art. 76 afirma que: 
[...] A Educação pra o Trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, através de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. 
 As normas e condutas no trânsito devem ser compreendidas e assimiladas por todos. E a escola pode contribuir nesse processo. Ademais, é na infância e na adolescência que se verifica a maior aceitação de ensinamentos e de condutas. 
6.1 ELEMENTOS CONCEITUAIS: EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO 
 Não existe um tempo determinado para as pessoas educarem-se. E disso decorre que a educação acompanha o processo do viver. É preciso conceber a educação ao longo da vida como uma construção contínua da pessoa humana, dos seus saberes, aptidões e da sua capacidade de discernir e agir. Portanto, educação engloba o ensinar e o aprender e constitui-se num processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano visando a sua melhor integração individual e social. Ou seja, consiste em transmitir normas de comportamento técnico-científico (instrução) e moral (formação do caráter que podem ser compartilhadas por todos os membros da sociedade). Neste sentido, Brandão (1993, p.7) afirma que "Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela [...]". 
 A Educação é, antes de qualquer coisa, um ato de amor e coragem, que está ligada ao diálogo, à discussão e ao debate. Os homens enquanto seres humanos vivem em constante aprendizado, pois a cada dia adquirem novos conhecimentos, novos saberes. 
 O processo educativo configura-se sempre que surgem formas sociais de condução e controle da aventura de ensinar e de aprender e quando sujeita-se a pedagogia[4], torna-se ensino formal, cria situações próprias para seu exercício e constitui executores especializados. É quando estrutura-se escolas, alunos e professores. 
 Para Niskier (2001), a escola é considerada como agência educativa, no sentido que ela coloca em ação os principais meios para que sejam atingidos os parâmetros considerados ideais pela sociedade. Ela reproduz os modelos, as normas, as ideias da sociedade e da humanidade em geral. 
 Para Martins (2004, p.33), "a educação se processa por meio de razões e motivos. Um motivo é o efeito da descoberta de um valor. Há, pois uma estreita relação entre motivos e valores e entre valores e educação." 
 A escola, portanto, é concebida como um lugar de aprendizagem e não como um espaço onde professor se limitaa transmitir o saber ao aluno; deve tornar-se o local onde são elaborados os meios para desenvolver atitudes e valores e adquirir competências. 
 Desta forma, a escola desempenha um papel fundamental no processo de formação de cidadãos aptos para viverem em uma sociedade. 
6.2 DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO 
 Dentre os diversos acontecimentos que causam intranquilidade à sociedade, os acidentes de trânsito com vítimas, envolvendo não só os motoristas, mas também, os pedestres, vêm destacando-se. Trata-se de um problema preocupante, cuja solução é desafiadora, por envolver muitos fatores de ordem social e jurídica. 
 O trânsito caracteriza-se pela relação homem-necessidade de circulação, num contexto determinado. O trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais. Transitar é uma necessidade de todo ser humano. Todos, portanto, são usuários do trânsito, independente do papel que estejam desempenhando. 
 O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos, segmentos e indivíduos de uma sociedade. É um sistema extraordinariamente complexo, principalmente com as modificações ocorridas nas ultimas décadas na sociedade relacionando-se ao transito, fato que interfere a todos diariamente: para deslocarmo-nos, como condutores, passageiros ou pedestres; para despacharmos as mercadorias que produzimos; para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos. 
 Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis que preveem comportamentos e ações corretas, bem como infrações, multas penalidades e a responsabilização civil e criminal por nossos atos no trânsito, principalmente quando colocamos em risco a segurança e a vida, nossa e das demais pessoas. 
 O atual Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro de 1998, é muito mais rigoroso que o anterior, pois a nova lei prima pelo rigor na aplicação de punições. Se a gravidade da infração ultrapassar os limites da periculosidade normal, o autor do fato responderá por crime culposo. Ademais, as violações individuais dos direitos das demais pessoas, como o de ter um trânsito seguro, estavam tomando proporções alarmantes, refletidas em índices estatísticos de acidentes e mortes no trânsito brasileiro. 
 O homem, procurando encurtar distâncias tem negligenciado os limites impostos pelos padrões estabelecidos pela legislação (de trânsito) e, ainda, demonstrado ser deseducado no trânsito, através do desrespeito, provocações, demonstrações de superioridade, agressividade e violência. Isto decorre da "particularidade de o se humano possuir vários tipos de comportamento, ou seja, maneira de agir adquirida na vida social, que o distingue das outras espécies animais." (MARTINS, 2007, p.18). 
 Entretanto, é necessário conhecer e obedecer às leis de trânsito, exercendo a cidadania e respeitando uns aos outros, o que se pode conseguir por meio da educação, pois conforme Ferreira (1995, p. 22): 
 O estado define a formação do cidadão como um dos fins da educação, atribuindo às instituições de ensino, públicas e privadas, o dever de dotar os jovens de condições básicas para o exercício consciente da cidadania. Ou seja, deixa a cargo dessas instituições a tarefa de construir um processo de ensino e aprendizagem que possibilite aos jovens desenvolver hábitos e atitude que se viabilize a cidadania. 
 O Código de Trânsito Brasileiro, em seu parágrafo 2º, do artigo 1º: 
 O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. 
 Em nossa sociedade, o trânsito vem se tornando um ambiente de hostilidade, agressividade, que culmina no índice significativo de mortalidade, e as principais vítimas do trânsito são os jovens. No ano de 2000 de 15 a 29 anos representaram 32,7% das vítimas fatais. (ALDÈ, 2007). 
 O mais intrigante é que quase todos os jovens que estão morrendo no trânsito passaram pela escola nos últimos dez anos, mas sua formação não incorporou noções de segurança, respeito e cuidados com a própria saúde e a do próximo. 
 Para Martins (2007, p.19), "é preciso humanizar a realidade do trânsito, corrigindo os erros com campanhas educativas bem conduzidas e direcionadas pelos diversos meios de comunicação, valendo-se de estratégias diversificadas." Mas, o que se percebe é que as iniciativas na área de educação para o trânsito ainda são limitadas, pontuais. 
 Educar para o trânsito é preservar a vida, evitar acidentes, exercer a cidadania, no qual respeito, cortesia, cooperação, solidariedade e responsabilidade constituem os eixos determinantes da transformação do comportamento do homem no trânsito. 
 Sabe-se que esta não é uma tarefa simples e fácil. Pois, para transformar uma sociedade, é importante a participação, conscientização e o desejo de cada criança, adolescente, adulto ou idoso. É necessário que os pais, professores, empresários e as próprias autoridades percebam que atitudes corretas no trânsito podem salvar vidas. Ademais, as mudanças passam pela perspectiva do querer, pela opção. Neste sentido Martins (2007, p.83) ressalta que: 
 É necessário conscientizar o cidadão que a reeducação, a se iniciar nos bancos escolares, já nas primeiras séries, não pode se limitar à situação escolar. Ela precisa mobilizar as crianças, os familiares, a comunidade, o estado e a nação, tanto em relação à educação dos pedestres quanto à dos condutores, dos policiais e dos advogados e juízes, para que a atuação de cada um seja sempre de forma positiva. 
 A partir disso, o que pode ser desenvolvido são atividades educativas de trânsito através de situações reais, significativas e contextualizadas, que ativam a capacidade do aluno, dando ao professor a oportunidade de perceber o quanto ele já sabe e o quanto aprendeu sobre o tema. 
 A temática Educação para o Trânsito pode ser trabalhada de forma interdisciplinar envolvendo todas as áreas do conhecimento, pois conforme Martins (2007, p.93): 
 Falar sobre trânsito é, antes de tudo, falar sobre caminhos abertos á locomoção humana, caminhos que conduzem as pessoas, que traçam histórias dos lugares, que interligam espaços e que transportam riquezas. Isso sugere que falar sobre trânsito é falar sobre a vida e o progresso. 
 O trânsito, porém, mostra-se cada vez mais complexo, apresentando novas e desafiantes problemáticas para aqueles que tem a tarefa de administrá-lo ou entendê-lo com o objetivo de propor soluções. 
 Segundo Martins (2006, p.54), "uma vez que, da mesma forma que a educação, o trânsito caminha da super-especialização para a busca da generalização." Para entender o trânsito, é necessário compreender fenômenos de ordem social, psicológica, educacional, e até mesmo política e econômica. 
 No entanto o Detran (2007, p.03) ressalta que não é mais aceitável que continuemos restringindo o trabalho com o tema trânsito apenas as regras de circulação e ao ensino da sinalização, quando temos ao nosso alcance uma infinidade de propostas que podem instrumentalizar uma mudança duradoura. A educação para o trânsito apresenta poucos resultados se for realizada somente durante a Semana Nacional de Trânsito ou ainda em decorrência de algum acidente nas proximidades da escola. O trânsito é um tema rico, com inúmeras possibilidades a serem exploradas, e pode contribuir para uma melhor compreensão do nosso cotidiano, nossos hábitos e atitudes, assim como estimular discussões de ordem sócio-política. 
 É através da educação que podemos construir gerações de futuros condutores de veículos e pedestres mais concisos de sua cidadania e do valor do ser humano, que poderá iniciar nas escolas em níveis pré-escolar, fundamental e médio. Assim, é necessário um trabalho coletivo, com a participação de todaa sociedade, em prol da construção de um trânsito mais seguro, humano e solidário. 
 Outro argumento para que a referida temática seja trabalhada nas escolas, são os fortes laços que existem entre a escola e a comunidade em torno da escola, que todo conhecimento adquirido na escola, com certeza é repassado para os demais membros da família, como também aos vizinhos e, às vezes, levado ao conhecimento da comunidade a que pertence. 
 Desta forma a proposta deste projeto refere-se à importância de trabalhar a temática Educação para o Trânsito na escola, pois é uma forma de conscientizar os alunos dos perigos que existem no trânsito, quando não são tomados cuidados necessários. 
6.3 O TRABALHO COM A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO NA ESCOLA 
 A prática pedagógica necessita de suporte teórico para legitimar a construção do conhecimento. Nesse sentido, a experiência pedagógica “Educação para o Trânsito na Educação Infantil” referente ao trânsito utiliza informações contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais relacionados à questão da Ética, nas Diretrizes Nacionais de Educação para o Trânsito, Suplementos Informativos do Departamento Estadual de Trânsito / DETRAN-RS, dentre outros. 
 Através da educação nas escolas poderemos formar cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar a vida e o trânsito. A iniciativa tem por objetivo contribuir na construção de valores, como o respeito ao próximo para a proteção da vida, que é o nosso bem maior. Ainda, auxiliar na compreensão da criança em relação aos elementos e as situações vivenciadas no trânsito. 
 A Educação para o trânsito deve começar nas séries iniciais e aliar teoria e prática. As crianças devem ser orientadas para ter um comportamento adequado em relação à segurança necessária nas vias públicas, tanto na condição de pedestre quanto na de passageiro. Aqueles que usam bicicletas, skates, patins e patinetes devem aprender que existem faixas para ciclistas e outros lugares apropriados e seguros para a diversão, que excluem as vias públicas. Também não devem se esquecer de usar equipamentos de proteção e segurança. 
 Muitos motoristas e pedestres não seguem as leis, o que pode provocar a ocorrência de vários acidentes de trânsito. Os dados estatísticos mostram índices preocupantes. 
 Educação para o trânsito não se limita apenas a ensinar regras de circulação, mas também deve contribuir para formar cidadãos responsáveis, autônomos, comprometidos com a preservação da vida. 
 No cotidiano, o cidadão assume diversos papéis, em diferentes momentos: pedestre, passageiro, condutor. Devemos agir cooperativamente, seja como pedestre, passageiro ou condutor. Uma atenção ou uma delicadeza pode desarmar a irritação do outro. 
 O Código de Trânsito orienta a forma mais adequada do pedestre circular pelas ruas, utilizando, sempre que existirem, as calçadas, faixas de pedestres, passarelas, etc. Em determinadas áreas (como pontes), para que haja alguma proibição, é necessário que haja uma sinalização feita pelo órgão executivo de trânsito com circunscrição sobre a via. 
 A escola necessita acompanhar as mudanças sociais preparando o educando para saber transitar no espaço público, além de refletir sobre a questão da ética, ou seja, repensar sobre as diversas faces de conduta do ser relacionadas ao ato de transitar. 
 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais P.C.N.‟s (2001), trabalhar com o tema ética diz respeito às relações humanas presentes no interior e exterior da escola, posto que esta não é uma ilha isolada, ela ocupa um lugar importante nas diversas comunidades envolvendo as famílias dos alunos. A escola precisa estabelecer uma relação entre ética e trânsito estimulando, dessa maneira, a reflexão do aluno sobre sua conduta e a dos outros, a partir de valores e princípios que norteiam o cotidiano, tais como: respeito, diálogo, solidariedade e justiça. 
 Acreditamos que a transversalidade transpassa as disciplinas, tendo como principais objetivos potencializar valores, fomentar comportamentos e desenvolver posturas e atitudes frente à realidade social favorecendo, dessa maneira, a construção da cidadania do educando. Gullo (2000) defende as ações educativas que promovam a formação de atitudes contribuindo, assim, para um trânsito mais humano e para a melhoria da qualidade de vida. Entretanto, a visão fragmentada de homem e de mundo tem influenciado a ação dos educadores que formulam seus objetivos sem ouvir a criança e o adolescente, sem compreender sua vivência e sua percepção sobre a realidade do trânsito. 
 A Educação de Trânsito é concebida apenas como o ensino de regras e o treinamento de habilidades como únicas formas de atingir o objetivo de reduzir o envolvimento em acidentes. As Diretrizes Nacionais de Educação Para o Trânsito (2009) valorizam o desenvolvimento da temática no contexto transversal colaborando, dessa maneira, na formação integral do aluno. Para tanto, estabeleceram como referencial epistemológico os seguintes aspectos a serem trabalhados: convívio social, locomoção, comunicação e segurança do motorista, motociclista, pedestre, passageiro e ciclista. O convívio social é importante, pois no trânsito nenhuma atitude pode ser concebida sob o ponto de vista individual, visto que as pessoas se locomovem num espaço que pertence à coletividade. Vasconcelos (2001) afirma que no espaço público existe um relacionamento interpessoal onde podem ser criadas situações harmoniosas ou conflitantes, caracterizadas pela disputa de espaço ou interesse pessoal revelando, dessa maneira, a postura no ato de transitar. A escola deve trabalhar com os educandos princípios básicos de convivência, assim como valores primordiais nas relações interpessoais, tais como: tolerância, solicitude, fraternidade, compreensão, paciência, educação e respeito. 
 O tema comunicação no trânsito é desenvolvido com base na análise e na compreensão das mensagens transmitidas através da linguagem visual, sonora e gestual. Compreender, neste caso, não significa repetir ou memorizar, mas descobrir verdadeiramente o sentido das mensagens e sua importância na segurança dos transeuntes nas ruas. No tocante à locomoção no trânsito, as diretrizes defendem a promoção de situações que levem o educando à observação, à exploração, à análise, ao debate e à produção do conhecimento sobre os lugares onde os alunos vivem, assim como, conhecer os instrumentos de locomoção que favorecem o acesso a esses lugares. 
 Quanto à Segurança no Trânsito, de acordo com o inciso 2° do Artigo 1° do Código de Trânsito Brasileiro ( 2001 ) “O Trânsito em condições seguras é um direito de todos e dever dos órgãos componentes do Sistema Nacional de Trânsito, adotar medidas e assegurar este direito”. Cabe à escola difundir as principais atitudes a serem adotadas pelos alunos enquanto pedestres e ciclistas, assim como, repassar informações aos pais e aos comunitários enquanto atores que exercem o papel de pedestres, motoristas, ciclistas, passageiros e motociclistas. 
 Educar para o trânsito significa estimular a comunidade educativa a desenvolver hábitos e comportamentos seguros, transformando o conhecimento em ação. Para tanto, a escola não pode ser apenas uma mera reprodutora de conhecimentos desvinculados das reais necessidades da criança, deve cumprir o seu papel como agente social, preparando o aluno para conviver com a realidade. De acordo com Vasconcelos (2001), o trânsito é o “mundo da rua” por excelência, ou seja, é o universo da convivência entre estranhos - um espaço público compartilhado por gente que não se conhece pessoalmente, que tem seus próprios objetivos e que depende das ações e reações dos demais para alcançá-los. Portanto, cabe a todos nós assumirmos o papel de colaboradores na busca de um trânsito seguro, pacífico e solidário tendo como base a educação voltada para o resgate da cidadania e a valorização da vida. 
 A experiência pedagógica buscou atravésdas ações educativas referentes ao trânsito trabalhar também as dificuldades de aprendizagem em sala de aula de acordo com a faixa etária dos alunos, visando a leitura, escrita e oralidade. O professor deve acreditar nas potencialidades do aluno, abrindo espaço para novas conquistas e desafios através de ações pedagógicas que propiciem o despertar crítico. Nesse sentido, precisamos oferecer diferentes alternativas de leitura e propiciar momentos de análise e reflexão para transformar a leitura mecânica em leitura dinâmica. A maneira como a escola trata o ato de ler e escrever leva facilmente muitos alunos a terem aversão à leitura e consequentemente à escrita, o que é realmente um fator negativo no campo educacional. A leitura e a escrita não podem se reduzir a um conjunto de normas. O texto revela a representação do pensamento, portanto deve ser compreendido e interpretado de maneira objetiva e clara, significando ir além da simples dissecação a que se refere o formalismo das técnicas de leitura e escrita. 
 Vieira (1989) afirma que para o professor desenvolver a leitura em sala de aula é necessário levar em conta a relação de prazer que deve ser estabelecida entre leitor e texto. Para a autora, ao se desenvolver um trabalho de leitura desvinculado da obrigatoriedade, recupera-se o prazer pelo texto. Mediante o exposto, desenvolvemos essa experiência através de atividades criativas e diversificadas de leitura, oralidade e escrita, resgatando no aluno o interesse e auto-estima, pois o professor não deve se limitar a simples espectador no ato de aprender mas redefinir seu papel na dinâmica das relações sociais dentro e fora da sala de aula. A produção escrita foi desenvolvida com base nas experiências do educando, sendo solicitada, desde o início, a produção de seus próprios textos. A linguagem oral foi amplamente explorada nas ações do projeto, pois a atividade dialogada facilita a socialização do pensamento; combate a introspecção e resgate auto-estima do educando. 
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001): Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis à manifestação do que se pensa, do que se é, do que se sente. Assim, o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. (p. 49) O trabalho com a oralidade não se reduziu apenas em promover um espaço em que os alunos pudessem falar. 
 Cabe à escola melhorar seu desempenho oral e, consequentemente, o aprimoramento da expressão escrita. O ato de escrever possibilita a participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e do passado e em termos de possibilidades de transformação sociocultural futura, tornando-se instrumentos de aquisição, transformação e produção do conhecimento, além do que elementos importantes na construção da cidadania. 
 Acreditamos que o educador no contexto escolar deve ter o compromisso social na busca de uma educação crítica e transformadora encontrando novos caminhos, compartilhando com os outros o desejo de mudança na busca de uma escola mais fraterna, justa e humana. Neste sentido o projeto busca contribuir para formação dos educandos da Educação Infantil, para se tornarem adultos conscientes no que se refere a “Educação no Trânsito”. 
 Muitas vidas seriam poupadas se o causador de um acidente tivesse colocado em prática o que todos sabem: não beber antes de dirigir, revisar o veículo periodicamente, não ultrapassar em lugares proibidos e respeitar os limites de velocidade. Essas são ações geradoras de mais segurança e melhor qualidade de vida. 
7. PERCURSO METOLÓGICO
 Debates em rodinhas; discussão sobre a importância das regras de trânsito; e um circuito; poesias, músicas, desenhos, confecção de murais e de placas; 
 coletar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema em destaque. 
 dar oportunidade aos alunos de observar os diferentes sinais do Trânsito através de fotos, músicas e vídeos. 
 realizar atividades em grupos e individuais através de recortes e colagem sobre o tema acima. 
 passeios em alguns locais da cidade para observar o transito e os sinais.
 serão realizadas atividades envolvendo a confecção de cartazes com desenhos e mensagens, e expressões artísticas sobre o “Trânsito”. 
 visita e entrevista com guarda de trânsito.
8. RECURSOS
 HUMANOS: alunos, professores.
 MATERIAIS: teatro, quadro de giz; giz de cera; lápis de cor; tinta guache; cartolinas; papelão; espaço da sala de aula e pátio da escola; revistas; jornais; cola; brinquedos para a educação no trânsito; CDs e DVDs; televisão; aparelho de DVD portátil; papéis; carros motorizados infantis e velotrol, placas de trânsito e cones.
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
 conversa informal, para verificação sobre o conhecimento prévio acerca do assunto;
 conversa informativa sobre o cotidiano do trânsito;
 orientações sobre o espaço urbano; 
 observação do trajeto casa-escola e escola-casa; 
 meios de transporte: conhecer os meios de transporte, as diferenças de velocidade dos veículos nas ruas e estradas, os animais no transporte; 
 trabalha com confecções de carros, animais, veículos e placas; 
 texto informativo sobre comportamentos corretos no trânsito: pedestres, ciclistas, passageiros de ônibus, motociclistas e motoristas;
 confecções de cartazes; placas de sinais de trânsito; 
 entrevista com um agente de trânsito;
 jogral;
 conversa sobre lugares apropriados para brincar de skate, patins, patinetes, bicicletas e bolas;
 reprodução por meio de desenhos e pintura do trajeto escola-casa e casa-escola;
 confecção de um mural de notícias sobre o trânsito;
 visitação a cidade escola de trânsito – Detranzinho.
10. AVALIAÇÃO
 Será feita durante todo o desenvolvimento do projeto, considerando:
Observando a participação, interesse e entusiasmo;
Resolução de dúvidas;
Avaliando o desenvolvimento da criatividade dos alunos na confecção de cartazes;
Avaliação da elaboração de normas e regras estabelecidas pelos próprios alunos, para o trânsito nas dependências escolares;
Observando as mudanças comportamentais;
Culminância com a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, além da visita ao Detran;
11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALDÉ, Lorenzo. TRÂNSITO: medida de segurança. 
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1993. 
BRASIL, Lei nº 9.503, de 23 de Setembro de 1997. Código de Trânsito Brasileiro. 
BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de Setembro de 1996. LDB. 
FERREIRE, Nilda Tevês. Cidadania: uma questão para a educação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. 
FONTENELE, Sheila. Trânsito na Escola: uma questão de cidadania. 
ECCO, Idanir; BANASZESKI, Alexandra Auziliero. Educação para o trânsito: um olhar para o contexto escolar. Webartigo, 2009, 
MARTINS, João Pedro. A Educação de Trânsito: campanhas educativas nas escolas. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2007. 
Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/educacao-para-o-transito-um-olhar-para-o-contexto-escolar/15180/#ixzz47soNm5EB. Acesso em: dia 05 de maio de 2016. 
Disponível em: Revista Projetos Escolares – Educação Infantil p. 18-19, Editoras On line. Acesso em dia 10 de abril de 2016. 
Disponível em: http://www.slideshare.net/elizeteiran13/projeto-trnsito-9433641. Acesso em dia 10 de abril de 2016. 
Disponível em: http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/dect/art_trans_escola.pdf. Acesso em: dia 05 de maio de 2016.. 
Disponível em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materia.asp?seq=135. Acesso em: dia 05 de maio de 2016. 
Disponível em: DETRAN. Educação para o Trânsito na Escola: caminhos possíveis. 
Disponível em: http://www.vivamais.rs.gov.br/upload/artigo.Acesso em: dia 05 de maio de 2016. 
Anexos: fotos
MAQUETE DO TRÂNSITO
 
 
PLACAS DE TRÂNSITO
 
 
AMARELINHA
Jogral do Sinal Verde
TODOS 
Atravessar a rua, é super legal
mas não esqueça, de olhar o sinal.
VERDE
O pedestre, meu amigo,
tem um sinal diferente...
VERMELHO
é ele quem cuida,
da segurança da gente.
VERDE
Com o homem verdinho,
você pode atravessar,
mas se estiver vermelho,
É hora de parar.
AMARELO
Ao descer do ônibus,
espere para atravessar,
só coloque o pé na rua
depois que ele passar.
TODOS
Por carro é feito assim:
amarelo: atenção. Vermelho,
pra parar. Verde é só seguir
É fácil decorar.
AMARELO
Quem não respeita o guarda,
prova que não é sabido.
Atrás daquela farda,
tem sempre um bom amigo.
VERMELHO
Bicicleta no meio da rua,
é mesmo de amargar.
Ande perto do meio-fio,
pra você não se estrepar.
Poesia: Os Sinais e o Trânsito
-Todo menino sabido
Que gosta de se cuidar 
Tem sempre muito cuidado
Na rua ao atravessar.
-Olha para todos os lados 
Vê que carros não vêm 
Atravessa logo depressa 
Sem fazer nenhum vai vem
-Se o trânsito está carregado 
E é preciso nele andar, 
Obedecem todos os sinais 
Para o perigo evitar.
-Nos postes lá das esquinas 
Há três luzes diferentes, 
Uma é o Vermelho que pára, 
Outra é o Verde: siga em frente
-Mas o do meio meninos
Amarelo, cor de açafrão
É a lâmpada que pede a todos: 
Esperem... Muita atenção!
-Se as pessoas da cidade 
Transitar bem prevenidas 
Sejam de qualquer idade
Nunca serão surpreendidas.
-Nas estradas e rodovias 
Motoristas, tomem cuidado!
É expressamente proibido 
Dirigir embriagado.
-Motoristas não avancem 
A velocidade permitida
Pois as nossas estradas.
Não são pistas de corrida

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