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FAC – FACULDADE CURITIBANA
DISCIPLINA: HERMENÊUTICA
PROFESSOR ME: TIAGO LACERDA
ALUNA: ALINE RAMOS MACHADO
CURSO: DIREITO
4 PERÍODO – MANHÃ
CIÊNCIA DA HERMENÊUTICA JURÍDICA
Módulo V
A interpretação jurídica, nada mas é que a interpretação das normas diante de um caso concreto, no qual seus operadores ( advogados, doutrinadores) a utilizam e os juízes, já este lhe cabem a concretização da jurisdição. 
JURISDIÇÃO – ela tem o poder de dizer o direito, é um meio de traduzir as normas aos interlocutores diante de fatos concretos. É aí que sua interpretação ocorre com maior relevância.
INTERPRETAÇÃO JURISDICIONAL – decorre do princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto na C.F., onde o Poder Judiciário busca uma solução para todas as demandas que não estão regulamentadas em Lei.
É a jurisprudência brasileira quem hoje regulamenta as situações jurídicas, onde existem a ausência de regras. Assim, como é vedado ao judiciário deixar sem resposta os casos concretos sem regulamentação, também permite aos juízes o poder de criar regras jurídicas para o caso concreto, estranho, mas tudo é resolvido pela hermenêutica jurídica. O papel da jurisdição é tão eficiente, que preenche as lacunas vazias deixadas pelo legislador.
DOUTRINA – tem o papel de ensinar, são formados através de obras, pareceres em que os renomados juristas abordam um determinado assunto.
JURISPRUDÊNCIA – é considerada uma fonte formal, é o conjunto de decisões reiteradas num mesmo sentido, capazes de criar um padrão normativo e influenciar futuras decisões. Um exemplo, é o abandono afetivo antes mesmo da positivação no direito de família.
JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES E JURISPRUDÊNCIA DOS VALORES: CARACTERÍSTICAS, DIFERENÇAS, CRÍTICAS E CONTRIBUTOS À TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. – TEXTO V
A jurisprudência dos Interesses e a Jurisprudência dos conceitos passam a defender pontos intermediários como solução para as tensões entre o poder legislativo e o judiciário. Perceber na história do texto os limites para a interpretação judicial é o parâmetro proposto pela jurisprudência dos interesses. Já a jurisprudência dos conceitos assevera uma normatividade valorativa que escapa aos poderes das palavras, ou seja, do Legislativo.
I – Philip Heck e a formação da jurisprudência dos interesses: Problemas com os limites para definição dos interesses
	Esta escola foi formulada através da luta pela restrição da vontade judicial e pelo regresso ao espírito da lei e da vontade do legislador. Sua maior divulgação foi na Alemanha. A sua idéia central é a seguinte: a lei serve para resolver conflitos de interesses e, ao analisa-la, há que procurar, sobretudo, que interesses o legislador teve em conta e que critérios estabelece para resolver os conflitos entre eles. Para tanto Heck afirmava que a interpretação judicial estava atrelada ao próprio conceito de valoração da vida e seus interesses.
	A causa defendida como pressuposto necessário que deveria nortear e fundamentar uma decisão judicial deveria ser o motivo histórico e social que motivou o legislador a produzir o ato legislativo.
	O bem comum, segundo esta escola, foi definido pelo Legislador, e por este motivo deve ser seguido como roteiro de atuação pelo juiz.
	
	Os requisitos que a Jurisprudência de Interesses impõe ao juiz são: 1. Obediência às regras do Direito Positivo. Adequando aos interesses em lide. Contudo, a sua valoração deve a observância à valoração já feita pelo Legislador. 2. Ante a inexistência de norma a ser aplicada no caso concreto, ou quando inexistirem, mas forem contraditórias, o juiz deve iniciar uma busca pelo para subsumir do ordenamento, uma solução ao caso concreto que se alinhe com o que o legislador já tenha definido.
	Para Heck a atividade do juiz não é meramente cognoscitiva, mas também criadora. Contudo, sua capacidade de criar normas em casos de vácuos jurídicos deve ser efetuada em auxilio ao legislador devendo conformidade a todo sistema. A pequena fissura no modelo hígido do positivismo na jurisprudência dos interesses se dá na exata medida em que não foi precisamente delimitado como seria percorrido o caminho de retorno aos interesses do legislador à época de elaboração da Lei. Outro ponto em que Heck e a jurisprudência dos interesses se distanciam do positivismo jurídico é no combate à tese da autossuficiência do ordenamento jurídico. Para ele, as lacunas sempre existirão e devem ser lidas de acordo com os interesses propostos pelo Legislador.
	Contudo, a criação de normas é sinônimo de uma delimitação de interesses efetuada com primazia pelo Legislativo. Os valores teriam uma linha de aproximação com o Direito até o momento de criação legislativa e não após a interpretação judicial. Esta tese de criação de interesses jurídicos mediante normas é chamada de “teoria genética dos interesses”.
JURISPRUDÊNCIA DOS VALORES, RELATIVISMO NORMATIVO E ABSOLUTISMO AXIOLÓGICO
	A jurisprudência dos valores também é chamada de Wertjurisprudenz na doutrina alemã. A origem dessa escola de pensamento jurídico é oriunda nos tribunais, tanto o Alemão quanto o Americano. No direito norte-americano teve início com a doutrina dos preferred freedom, uma doutrina que distinguia os direitos fundamentais em duas classes. No direito alemão a técnica da jurisprudência dos valores é utilizada como técnica de estabelecimento de um catálago objetivo de valores fundamentais superprotegidos . Já nos EUA o estabelecimento deste catálago de direitos fundamentais patrimoniais e direitos fundamentais pessoais.
	Há vários problemas decorrentes desta escola de pensamento jurídico. O primeiro está na falta de uniformidade e precisão na determinação dos valores fundamentais. Outro está na forma de categorização de valores fundamentais pelo Tribunal e na indeterminação e no relativismo normativo. Nesse sentido, o tribunal corresponderia a tarefa de legislador direto dos valores tidos como essenciais à comunidade, o que levaria a um âmbito de decisão irrefreável.
	Habernas criticou duramente a jurisprudência de Valores, afirmando que a atribuição livre de valores pelo juiz lhe concedia um poder acima da racionalidade jurídica. Estas críticas não são apenas fatos históricos de discussões sobre a hermenêutica constitucional; elas estão no ápice da problemática da atuação judicial frente a normas de conteúdo valorativo tão amplo e subjetivo como os direitos fundamentais.
O CONTRIBUTO E AS CRISES HERDADAS PELAS ESCOLAS DA JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES E DOS VALORES À TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
	A questão central que alinha os temas jurisprudência dos interesses e dos valores com os direitos humanos está na hermenêutica constitucional diferenciada aplicada não só as normas constitucionais, mas, principalmente, aos Direitos Fundamentais.
	Os direitos fundamentais possuem uma característica aproximada dos valores morais: são fenômenos culturais, são realidades experimentadas pelo espírito humano, mas com uma diferença: a cogência jurídica.
	A maneira de visualização do âmbito de liberdade do juiz na aplicação da lei lato sensu traduzirá o tamanho da elasticidade que se conferirá à norma. Se considerarmos que o juiz deve limitar-se aos traços do Legislador e que em sua fundamentação deve remeter-se aos interesses em jogo não só da lide, mas também no tempo de elaboração da norma, estaremos diante de uma visão da jurisprudência dos interesses.
	
	Observe que as grandes influências para a doutrina brasileira ainda são o pensamento e decisões da Alemanha, na qual predomina uma hermenêutica de concretização dos direitos fundamentais muito assemelhada à jurisprudência dos valores. Uma herança da jurisprudência dos valores existente ainda hoje no Brasil é a formação de uma decisão com efeito vinculante atribuída ao STF.
	Ë impossível não perceber duas realidades: as normas axiológicas , após constitucionalizadas, recebem um nívelde delimitação que não as aprisiona, apenas as indica, num rol enumerativo; contudo, a força dos princípios implícitos e da elasticidade das normas explicitadas no texto constitucional, necessariamente, conferem uma liberdade perigosa ao judiciário que a escola da jurisprudência dos interesses também não poderia conter, mas que a escola de jurisprudência dos valores tem dado tanto impulso que se teme aonde esse modelo de valoração e criação de direitos pelo judiciário possa chegar. E este é o dilema não resolvido da hermenêutica constitucional: garantir normas com aspecto subjetivo e tentar diminuir o deciosionismo judicial.
A JURISPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS E O NEOKANTISMO – TEXTO 06
	Pode-se assinalar três períodos particularmente relevantes no desenvolvimento do pensamento alemão no decurso do século XX: o Historicismo, o Positivismo e o Neokantismo.
	As marcas da Escola Histórica do direito se fazem presentes de variadas formas nas teorias desenvolvidas ao longo a século XIX, e todo o debate que provoca orienta algumas das discussões mais importantes no século XX. A atitude anticodificadora para a legislação e os questionamentos sobre a concepção de lei são pontos de destaque nos seus estudos e análise, ao sustentar que o direito é fruto das tradições e da história de cada povo e que sua contínua evolução e transformação não eram compatíveis com a sistemática férrea e rígida de uma codificação, nos moldes do código Napoleão.
	Compenetrados nas ideias de que as leis e os códigos não estariam necessariamente em harmonia com o caráter do povo, acentuaram o desenvolvimento progressivo da ciência do direito e a necessidade de deixar fruir a tradição jurídica nacional.
	Os movimentos que se desdobram na filosofia de Hegel, seguem uma evolução que é contrária ao positivismo, especialmente, pela exigência ética baseada em valores ideais que, por sua vez, acompanham a filosofia transcendental de kant, e que não é contrária ao Hegelianismo.
	A despeito dos vários movimentos reputados idealistas, em todos os seus seguidores há o traço comum de serem idealistas em matéria epistemológica e em seus objetivos. Esses movimentos eram sete ao todo, e eram chamados de neokantistas ou neokantianos. Cinco foram logo superados, dois, entretanto, que eram os mais importantes, não somente floresceram, como se mostraram muito ativos. Fiéis ao espírito de Kant, encontraram forte eco até mesmo no período dos dois grandes conflitos mundiais.
	Nos últimos trinta anos do século XIX, prevaleceu o idealismo. Podem ser enumeradas, da seguinte forma, as escolas Neokantianas: 1. Fisiologista; 2. Metafísica; 3. Realista; 4.Relativista; 5. Psicológica; 6. Axiológica e 7. Logicista.
	A escola fisiologista buscava a interpretação das formas kantianas a priori como disposições filosóficas. A escola metafísica admitia a possibilidade de uma metafísica crítica e era formada, basicamente por Oto Leibmenn e por Joahannes Volkert. A escola realista manifestava-se no sentido da existência de uma coisa em si e encontrava expressão em Alois Riehl e Richard Honigswald. A escola relativista sustentava que o a priori kantiano era de natureza psicológica e relativa, e encontrava em Georg Simmel seu mais original representante. A escola psicológica, conduzida por Hans Cornelius se aproximava ainda mais do positivismo. A sua vez as duas , que se mantiveram verdadeiramente orientadas pelo espírito de Kant, foram a Escola Logicista, de Marburgo, e a Escola Axiológica, de Baden.
	À medida que ascendia o nazismo, essas duas escolas desapareceram. Isso porque a maior parte de seus representantes era de origem judaica. Sem renovação e sem novos estudiosos, tornou-se hoje mais uma referência crítica como centro de dogmatismos ou mesmos de sectarismo dogmático, mas que não podem deixar de ser mencionados, especialmente pela sua repercussão no Direito.
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