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Evolução do pensamento econômico

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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
PROF. ANDRÉ MOURÃO
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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Iniciou-se com o trabalho dos fisiocratas na França, mas precisamente com a publicação feita pelo escocês Adam Smith “A riqueza das nações”, em 1776.
Na Grécia Antiga, as primeiras referências conhecidas à Economia aparecem no trabalho de Aristóteles, em seus estudos sobre aspectos de administração privada e sobre finanças públicas.
Platão tinha algumas considerações de ordem econômica.
Xenofonte aparentemente foi quem cunhou o termo economia(oikonomia), no sentido de gestão de bens privados.
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MERCANTILISMO
No século XVI surge a primeira escola econômica.
Seu objetivo era a acumulação de metais preciosos. Sendo que através dessa acumulação é que se teria uma nação rica.
Com isso a política mercantilista acabou estimulando guerras, exacerbou o nacionalismo e manteve a poderosa e constante presença do Estado em assuntos econômicos.
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FISIOCRACIA
Significa “regras da natureza”
Surgiu no século XVIII, era uma escola francesa, como forma de reação ao mercantilismo.
Sustentavam que era desnecessária a regulamentação governamental, pois a lei da natureza era suprema, e tudo o que fosse contra ela seria derrotado. Que a função do soberano era servir de intermediário para que as leis da natureza fossem cumpridas.
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FISIOCRACIA
Que a terra era a única fonte de riqueza e que havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, a fim de se chegar na felicidade dos homens.
A riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza em atividades econômicas como lavoura, a pesca e a mineração.
Com o mundo constantemente ameaçado pela falta de alimentos, só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza.
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FISIOCRACIA
François Quesnay, autor da obra Table Économique, foi o primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre eles.
Originou o sistema de circulação monetária input-output(entrada e saída).
Por François Quesnay ser médico, associaram conceitos da Medicina à Economia como: circulação, fluxos, órgãos, funções e etc.
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FISIOCRACIA
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FISIOCRACIA
François Quesnay, foi um economista francês que se destacou como principal figura da escola dos fisiocratas.
Quesnay acreditava que somente a agriultura era criadora de riqueza, já que a indústria limitava-se a transformar a matéria. Assim, os indivíduos mais úteis à sociedade eram os grandes proprietários e os fazendeiros. Opunha-se às teorias mercantilistas, defendendo que os entraves à produção, circulação e consumo de gêneros deveriam ser suprimidos. 
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FISIOCRACIA
Trata-se pois de uma visão defensora da liberdade econômica, expressa na máxima laissez-faire, laissez passer (deixem fazer, deixem passar, este era um dos símbolos do liberalismo). O melhor Estado era aquele que menos governava e este só se deveria interessar com a manutenção da ordem, da propriedade e da liberdade individual.
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FISIOCRACIA
Quesnay achava que tem de haver liberdade econômica como diz na célebre frase: “Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même” ou seja, deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo. Cria a ideia de “oferta-procura”, isto é, quanto maior a procura do produto, maior seu preço. Contrariamente, quanto menor a procura, menor o preço. Se existir liberdade, produz-se e consome-se o necessário, logo, há estabilidade do preço e equilíbrio.
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OS CLÁSSICOS
Adam Smith foi um filósofo e economista escocês, teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.
Publicou o livro A riqueza das nações, em 1776, onde o livro é um tratado muito abrangente sobre as questões econômicas que vão desde as leis de mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra.
Ele entendia que a atuação da livre concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, como que guiada por uma “mão invisível”.
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OS CLÁSSICOS
Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".
Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores.
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OS CLÁSSICOS
Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.
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OS CLÁSSICOS
Seus argumentos:
1- laissez-faire => desburocratizar;
2- divisão do trabalho => maior produtividade;
3- Estado => deve servir apenas a proteção da sociedade.
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OS CLÁSSICOS - DAVI RICARDO (1772-1823)
É considerado um dos principais economistas do mundo.
Considerado como um dos fundadores da escola clássica inglesa da economia política, juntamente com Adam Smith e Thomas Malthus.
Aprimora a tese de que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a acumulação do capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda da terra.
Algumas obras: 
O alto preço do ouro, uma prova da depreciação das notas bancárias (The high price of bullion, a proof of the depreciation of bank notes), em 1810;
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OS CLÁSSICOS - DAVI RICARDO (1772-1823)
Ensaio sobre a influência de um baixo preço do cereal sobre os lucros do capital (Essay on the influence of a low price of corn on the profits of stock), em 1815; 
Princípios da economia política e tributação (Principles of political economy and taxation), em 1817 (reeditado em 1819 e 1821).
David Ricardo exerceu uma grande influência tanto sobre os economistas neoclássicos, como sobre os economistas marxistas, o que revela sua importância para o desenvolvimento da ciência econômica.
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OS CLÁSSICOS - DAVI RICARDO (1772-1823)
Os temas presentes em suas obras incluem a teoria do valor-trabalho, a teoria da distribuição (as relações entre o lucro e os salários), o comércio internacional, temas monetários.
A principal questão levantada por Ricardo nessa obra trata da distribuição do produto gerado pelo trabalho na sociedade. Isto é, segundo Ricardo, a aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo produtivo gera um produto, o qual se divide entre as três classes da sociedade: proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital). 
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OS CLÁSSICOS - DAVI RICARDO (1772-1823)
O papel da ciência econômica seria, então, o de determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação econômica, sem perder a preocupação com o crescimento em longo prazo.
A sua teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem beneficiar mutuamente do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial.
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OS CLÁSSICOS - DAVI RICARDO (1772-1823)
Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro num país, nem o valor monetário desse dinheiro, era o maior determinante para a riqueza de uma nação. Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que
contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes. Ao apresentar esta teoria, usou o comércio entre Portugal e Inglaterra como exemplo demonstrativo.
A equivalência ricardiana, uma outra teoria, é um argumento que sugere que em certas circunstâncias, a escolha entre financiar as despesas através de impostos ou através do déficit não terá efeito na economia.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Foi um filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX. Foi um defensor do utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por seu padrinho Jeremy Bentham.
A Inglaterra da década de 1850, na qual John Stuart Mill escreveu "Sobre a Liberdade", era uma sociedade profundamente conservadora, na qual os escritos de Mill advogando a liberdade econômica e moral do indivíduo sobre o Estado foram vistos como profundamente radicais.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Seus feitos quando criança eram excepcionais; com a idade de três anos foi-lhe ensinado o alfabeto grego e longas listas de palavras gregas com os seus equivalentes em inglês. Com a idade de oito anos tinha lido as fábulas de Esopo, a Anabasis de Xenofonte, toda a obra de Heródoto, e tinha conhecimento de Lúcio, Diógenes Laërtius, Isócrates e seis diálogos de Platão. Também tinha lido muito sobre a história da Inglaterra.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Com a idade de oito anos começou com o latim, Euclides e álgebra e foi nomeado tutor dos membros mais jovens da família. As suas principais leituras eram ainda em história, mas ele leu também os autores em Latim e Grego lidos normalmente nas escolas e universidades do seu tempo. Com dezoito anos, descreveu a si mesmo como uma "máquina lógica" e, aos 21, sofreu uma depressão profunda. Ele levou muitos anos para recuperar a autoestima.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Mill ficou horrorizado com o fato de as mulheres serem privadas dos direitos financeiros ou das propriedades e comparou a saga feminina à de outros grupos de desprovidos. Condenava a ideia da submissão sexual da esposa ao desejo do marido, contra a própria vontade, e a proibição do divórcio com base na incompatibilidade de gênios. Sua concepção de casamento era baseada na parceria entre pessoas com os mesmos direitos, e não na relação mestre-escravo.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Stuart Mill escreveu inúmeras obras ao longo da sua vida. Destacam-se aqui apenas algumas que são consideradas mais marcantes:
Sistema de Lógica Dedutiva (1843);
Princípios de Economia Política (1848);
A Liberdade (1859);
Utilitarismo (1861);
O Governo Representativo (1861);
Sujeição das mulheres (1869).
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Escrito em 1848, foi um dos compêndios econômicos ou políticos mais importantes da metade do século dezenove. Há uma consolidação do pensamento econômico clássico – todas as escolas estão nele presentes: Smith, Ricardo, Say, Fisiocracia, Mercantilismo, etc.
No primeiro livro, intitulado produção, Mill explora a natureza da produção, começando com o trabalho e sua relação com a natureza. Mill afirma que “os requisitos da produção são dois: trabalho e objetos naturais apropriados”. Por objetos naturais apropriados se entendem o capital, a terra e meios de produção.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Mill afirma mais adiante que “o trabalho no mundo físico é, portanto, sempre e somente empregado para colocar os objetos em movimento; as propriedades da matéria, as leis da Natureza, fazem o restante”. Essa visão do trabalho como deslocador de objetos físicos é importante, pois destaca o fato de que os objetos físicos não são capazes de variabilidade por si só; o que estabelece a variabilidade é o trabalho humano.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Assim, o fator trabalho receberia o equivalente à sua contribuição - o salário - e o fator capital o equivalente ao seu lucro. Referindo-se à renda da terra, Mill afirma que “a renda (...) é o preço pago pelo uso de um agente natural apropriado.
Esse agente natural é certamente indispensável como qualquer outro implemento; mas ter de pagar um preço por ele não o é.” Ainda que Mill não compartilhe da ideia de “contribuição de fatores”, sua visão universalista do processo de produção provoca confusão. 
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Por exemplo, a noção que tem de capital (meio de produção) não se aplicaria somente a uma economia de trabalho assalariado voltada para a obtenção do valor excedente (a organização econômica que prevalece nos últimos duzentos anos), mas a qualquer organização econômica. Em suas próprias palavras: “supus que os trabalhadores sempre subsistem a partir do capital; e este é um fato óbvio, ainda que o capital não seja necessariamente fornecido por uma pessoa denominada capitalista”.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Assim, toda e qualquer sociedade teria um fundo de capital que possibilita as condições de produção, ou de reprodução, em períodos posteriores. Nesse sentido, todas as pessoas seriam capitalistas. Há simplesmente grandes e pequenos capitalistas.
No livro segundo, denominado Distribuição, Mill diz que esta é uma questão das instituições humanas somente. Diz ele que “A distribuição da riqueza, portanto, depende das leis e costumes da sociedade.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
As regras pelas quais ela é determinada são feitas pelas opiniões e sentimentos que as partes dirigentes estabelecem e são muito diferentes em épocas e países diversos; e poderia ser ainda mais diferente se a Humanidade assim escolhesse”. 
O terceiro livro trata da troca e a lógica pela qual Mill percebe o mundo econômico é a seguinte: a riqueza é produzida segundo leis naturais;
a seguir, ela é distribuída segundo leis convencionadas; finalmente, é trocada, também segundo leis convencionadas e consistentes com as leis da distribuição. A troca se dá no mercado;
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Os bens são trocados por valores equivalentes. Daí a questão do valor ser básica para a compreensão do processo de troca. 
Já o quarto trata da influência do progresso da sociedade sobre a produção e a distribuição, aonde, para Mill, a impossibilidade de se evitar, em última instância, o que ele denominou de estado estacionário, não deveria ser vista com pessimismo. O estado estacionário seria, por definição, o da Economia que se reproduz sem ampliação.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Segundo Mill, isso poderia ser bom, pois seria consistente como “o melhor estado para a natureza humana,(...) no qual embora ninguém seja pobre, ninguém deseja ficar mais rico, nem tem razões em temer ser passado para trás, em virtude do esforço de outros para ir em frente”. Por fim, a influência do governo é tratado no livro cinco. Simplificando a posição de Mill, podemos dizer que a interferência do governo tem aspectos bons e aspectos ruins; portanto, a interferência deve ocorrer de forma a maximizar os aspectos bons e a minimizar os aspectos ruins.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Um critério fundamental de “bom” e “ruim” é o efeito sobre a “liberdade do indivíduo”; se esta é restringida, é ruim; se ampliada, é bom.
LIBERDADE
Nessa obra Mill se refere à natureza e aos limites do poder que pode ser exercido legitimamente pela sociedade sobre o indivíduo. Mill desenvolve com maior precisão do que qualquer filósofo anterior o princípio do dano.
O princípio do dano assegura que cada indivíduo tem o direito de agir como quiser, desde que suas ações não prejudiquem as outras pessoas.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Se a ação afeta diretamente apenas a pessoa que a está realizando, então a sociedade não tem o direito de intervir, mesmo que se tenha a sensação de que o indivíduo esteja se
prejudicando. Parafraseando Mill, “sobre si mesmo, sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano”. Mill argumenta, entretanto, que os indivíduos são prevenidos de fazer algo ruim para eles mesmos ou sua propriedade pelo mesmo princípio do dano, pois ninguém vive isolado e, feito dano a si mesmo, os outros serão, também, prejudicados.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Ele isenta desse princípio aqueles que são incapazes de se autogovernar, como as crianças pequenas ou aqueles que vivem em sociedades retrógradas.
Stuart Mill diz que o despotismo é uma forma de governo aceitável em sociedades que são “atrasadas”, porque nelas se observam barreiras para o progresso espontâneo. O déspota, porém, deve estar revestido de bons interesses.
Embora esse princípio pareça simples, há várias complicações. Por exemplo, Mill explicita que em “dano” podemos incluir atos de omissão ou de comissão.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
A questão sobre o que podemos considerar uma ação de autoestima e que ações, se de omissão ou comissão, constituem relações danosas sujeitas à regulação continua a exercitar os intérpretes desse filósofo.
Na Liberdade, Mill trata, também, de defender a liberdade de expressão. Ele argumenta que a liberdade de discurso é uma condição necessária para o progresso intelectual e social.
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OS CLÁSSICOS - JOHN STUART MILL (1806-1873)
Diz ele que permitir que uma pessoa expresse publicamente uma opinião falsa é produtivo por dois motivos: primeiro, os indivíduos são propensos a abandonar crenças errôneas se eles se envolvem em uma discussão aberta de ideias; segundo, ao forçar os outros indivíduos a reexaminar e reafirmar suas crenças no processo do debate, estas são protegidas da depauperação em um mero dogma.
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OS CLÁSSICOS – JEAN-BAPTISTE SAY (1768-1832)
Foi um economista francês, formulador da chamada a Lei de Say, Jean nasceu em uma família de mercadores de tecidos, fortemente influenciada pelas ideias iluministas.
Após a Revolução Francesa chegou a exercer a ocupação de jornalista em periódicos liberais franceses, onde aproximou-se das ideias de Adam Smith e do estudo da ciência econômica, a qual passou a se dedicar ao mesmo tempo que administrava uma indústria têxtil.
De 1794 a 1800 Say editou um periódico chamado 'La Decade philosophique, litteraire et politique,' cujos textos expunham as doutrinas de Adam Smith.
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OS CLÁSSICOS – JEAN-BAPTISTE SAY (1768-1832)
Lei de Say
Muitas vezes a Lei de Say é resumida da seguinte maneira:
A oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos ;
"A oferta cria sua própria procura”, ou seja, o aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços.
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Foi um economista britânico. 
É considerado o pai da demografia por sua teoria para o controle do aumento populacional, conhecida como malthusianismo.
Filho de um culto e rico proprietário de terras, amigo de Hume e Rousseau.
Em 1805, foi nomeado professor de história e de economia política em um colégio da Companhia das Índias (o East India Company College), em Haileybury.
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Expôs suas ideias em dois livros conhecidos como Primeiro ensaio e Segundo ensaio: "Um ensaio sobre o princípio da população na medida em que afeta o melhoramento futuro da sociedade, com notas sobre as especulações de Mr. Godwin, M. Condorcet e outros escritores" (1798) e "Um ensaio sobre o princípio da população ou uma visão de seus efeitos passados e presentes na felicidade humana, com uma investigação das nossas expectativas quanto à remoção ou mitigação futura dos males que ocasiona." (1803).
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Tanto o primeiro ensaio - que apresenta uma crítica ao utopismo - quanto o segundo ensaio - onde há uma vasta elaboração de dados materiais - têm como princípio fundamental a hipótese de que as populações humanas crescem em progressão geométrica. Malthus estudou possibilidades de restringir esse crescimento, pois os meios de subsistência poderiam crescer somente em progressão aritmética. Segundo ele, esse crescimento populacional é limitado pelo aumento da mortalidade e por todas as restrições ao nascimento, decorrentes da miséria e do vício.
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Suas obras exerceram influência em vários campos do pensamento e forneceram a chave para as teorias evolucionistas de Darwin e Wallace. Os economistas clássicos como David Ricardo, incorporaram o princípio da população às suas teorias, supondo que a oferta de força de trabalho era inexaurível, sendo limitada apenas pelo fundo de salários.
Para Malthus, assim como para seus discípulos, qualquer melhoria no padrão de vida de grande massa é temporária, pois ela ocasiona um inevitável aumento da população, que acaba impedindo qualquer possibilidade de melhoria.
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Foi um dos primeiros pesquisadores a tentar analisar dados demográficos e econômicos para justificar sua previsão de incompatibilidade entre o crescimento demográfico e à disponibilidade de recursos. Apesar de ter assumido popularmente que as suas teses deram à Economia a alcunha da ciência lúgubre (dismal science), a frase foi na verdade cunhada pelo historiador Thomas Carlyle em referência a um ensaio contra a escravatura escrito por John Stuart Mill.
Seus dois ensaios estão permeados de conceitos cristãos, não se pode deixar de frisar que cristão de origem protestante como os de mal, salvação e condenação.
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Escreveu também: 
Princípios de economia política (1820);
Definições em economia política (1827).
Em suas obras econômicas, Malthus demonstrou que o nível de atividade em uma economia capitalista depende da demanda efetiva, o que constituía, a seus olhos, uma justificativa para os esbanjamentos praticados pelos ricos. A ideia da importância da demanda efetiva seria depois retomada por Keynes.
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OS CLÁSSICOS – THOMAS MALTHUS (1766-1834)
Thomas Maltus representa o paradigma de uma visão que ignora ou rebaixa os benefícios da industrialização ou do progresso tecnológico. Ernest Gellner afirma em Pós-modernismo, razão e religião: "Previamente, a Humanidade agrária vivia num mundo Malthusiano no qual a escassez de recursos em geral condenava o homem a apertadas formas sociais autoritárias, à dominação por 'tiranos', 'primos' ou ambos".
Para o autor, a diferença entre as classes sociais era uma consequência inevitável. A pobreza e o sofrimento eram o destino para a grande maioria das pessoas.
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A TEORIA NEOCLÁSSICA
O período neoclássico teve início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX. Nesse período, privilegiam-se os aspectos microeconômicos da teoria, pois a crença na economia de mercado e em sua capacidade autorreguladora fez com que os teóricos econômicos não se preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômico.
Os neoclássicos sedimentaram o raciocínio matemático explícito inaugurado por Ricardo, procurando isolar os fatos econômicos de outros aspectos da realidade social.
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A TEORIA NEOCLÁSSICA – ALFRED MARSHALL (1842-1924)
Foi um dos mais influentes economistas de seu tempo. Seu livro, Princípios de Economia (Principles of Economics) procurou reunir num todo coerente as teorias da oferta e da demanda, da utilidade marginal e dos custos de produção, tornando-se o manual de economia mais adotado na Inglaterra por um longo período.
O método de Marshall, o qual influenciou boa parte dos economistas ingleses posteriores, consistia em utilizar a Matemática aplicada como meio de investigação e análise de fenômenos econômicos, e o raciocínio lógico e as aplicações práticas (isto é, a aplicação a partir de fatos reais) como meio de exposição
desses mesmos fenômenos. Assim, considera-se que seu método analítico-matemático foi uma de suas maiores contribuições para a moderna Ciência Econômica.
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A TEORIA NEOCLÁSSICA – ALFRED MARSHALL (1842-1924)
A introdução do elemento tempo, por Marshall, na teoria econômica conseguiu unir as duas mais fortes e antônimas teorias, de sua época, sobre o valor.
Segundo a Economia Política Clássica, o valor é agregado pelo trabalho no processo de produção; é, por conseguinte, o custo de produção. Por outro lado, a Escola Marginalista entendia o valor de uma mercadoria através da capacidade da mesma em satisfazer necessidades humanas, sendo definida pela utilidade marginal.
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A TEORIA NEOCLÁSSICA – ALFRED MARSHALL (1842-1924)
Com a introdução do fator tempo, na distinção entre longos períodos e curtos períodos, Marshall conseguiu determinar a importância tanto do custo de produção (para longos períodos) como da utilidade marginal (para curtos períodos), na formação do valor das mercadorias.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Foi um economista britânico cujos ideais serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática. Ele defendeu uma política econômica de Estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos – recessão, depressão e booms. Suas ideias serviram de base para a escola de pensamento conhecida como economia keyesiana.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
As obras mais famosas de Keynes foram:
As consequências econômicas da paz (The economic consequences of peace); 
Tratado sobre a moeda (Treatise on money); 
Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money).
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Na década de 1930, Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico, opondo-se às ideias da economia neoclássica que defendiam que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as ideias econômicas de Keynes foram adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão retumbante que quase todos os governos capitalistas adotaram suas recomendações.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
A influência de Keynes na política econômica declinou na década de 1970, parcialmente como resultado de problemas que começaram a afligir as economias estadunidense e britânica no início da década (como a Crise do Petróleo) e também devido às críticas de Milton Friedman e outros economistas neoliberais pessimistas em relação à capacidade do Estado de regular o ciclo econômico com políticas fiscais. Entretanto, o advento da crise econômica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento keynesiano. A economia keynesiana forneceu a base teórica para os planos do presidente estadunidense Barack Obama, do primeiro-ministro britânico Gordon Brown e de outros líderes mundiais para aliviar os efeitos da recessão.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
O impacto da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda nos meios acadêmicos e na formulação de políticas públicas excedeu o que normalmente seria esperado, até mesmo de pensadores tão destacados como John Maynard Keynes. A razão para seu extraordinário sucesso, frente a defesa de longo tempo da “doutrina herdada” e à recepção geralmente negativa nos círculos não-acadêmicos na época de sua publicação, em 1936, é que a obra tinha alguma coisa para todos.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Anterior ao pensamento keynesiano, a Microeconomia estuda as relações individuais entre os vários agentes econômicos. Estabelece que as forças de oferta e de procura provocariam processos de ajustes para o equilíbrio em todos os preços e valores, plena utilização dos fatores de produção, e um preço de equilíbrio para o uso de cada um. Os desvios desses níveis eram considerados temporários. De modo geral, a análise anterior do preço e do valor assentava-se em hipóteses baseadas no “laissez-faire” e a aplicação de tal teoria implicava a perfeita mobilidade dos fatores no seio de uma economia auto-reguladora. Poder-se-ia exemplificar como casos específicos da Microeconomia a procura pelo trigo ou o nível salarial de uma determinada indústria.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Por outra visão, a Macroeconomia cuida dos totais ou agregados. Trata da renda nacional total, e como a mesma é afetada pelos gastos e poupanças totais. A Microeconomia está incorporada a esta. Observa o comportamento da economia total e reconhece que o dano de uma das partes é prejudicial ao todo. A ideia de fluxo é da mais alta importância pelo fato de que a renda total nacional da sociedade deve ser mantida em certos níveis para garantir os níveis considerados desejados pelos intervencionistas de investimentos, economias e emprego.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
É uma espécie de conceito de equilíbrio geral: todo elemento da economia depende de todos os demais elementos. Contrariando a Microeconomia, não aceita o laissez-faire, considerando-o, na verdade, uma filosofia inteiramente indigna de confiança e que pode ser julgada grandemente responsável pelas violentas perturbações no nível das atividades comerciais e pelo desemprego subsequente. Contudo, a Macroeconomia é anterior a Keynes.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
J. M. Keynes discordou da lei de Say, que Keynes resumiu como : “a oferta cria sua própria demanda”.
 Assim como Thomas Malthus, não acreditava que a produção de mercadorias geraria, sempre e obrigatoriamente, demanda suficiente para outras mercadorias. Poderiam ocorrer crises de superprodução, como ocorreu na década de 1930. Para ele o livre mercado pode, durante os períodos recessivos, não gerar demanda bastante para garantir o pleno emprego dos fatores de produção devido ao "entesouramento" das poupanças. Nessa ocasião seria aconselhável que o Estado criasse déficits fiscais para aumentar a demanda efetiva e instituir uma situação de pleno emprego.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
A teoria dos ciclos comerciais, seja ela monetária ou não em sua maneira de apreciar a questão, interessa-se primordialmente pelos problemas das rendas e empregos flutuantes; esses problemas preocuparam os economistas por muitos anos. Os estudos primitivos sobre os ciclos comerciais raramente empregaram muita evidência empírica, mas pelo menos nos Estados Unidos a macroanálise existiu durante meio século. Keynes fez a ênfase recair inteiramente sobre os níveis de renda, que segundo ele, afetavam os níveis de emprego, o que constitui, naturalmente, uma ênfase diferente da encontrada nos estudos anteriores. É provavelmente verídico que toda a economia keynesiana tenha-se destinado a encontrar as causas e curas para o desemprego periódico.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Keynes não encontrou solução alguma para o problema em quaisquer trabalhos sobre Economia Política então existentes, sendo os seus esforços, portanto, grandemente exploratórios. Desviou-se claramente da maioria das teorias econômicas anteriores, até mesmo da de seu professor, Alfred Marshall, a qual era considerada pela maior parte dos eruditos quase sacrossanta. É verdade que muitas de suas ideias combinaram com as dos economistas anteriores, como Lauderdale, Malthus, Era, Sismondi, Say, Quesnay e outros. Keynes combinou suas próprias teorias e os desenvolvimentos anteriores em uma análise que ocasionou transformações na Economia aceita em grau que raiou pela revolução.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
O objetivo de Keynes, ao defender a intervenção do Estado na economia não é, de modo algum, destruir o sistema capitalista de produção. Muito pelo contrário, segundo o autor, o capitalismo é o sistema mais eficiente que a humanidade já conheceu (incluindo aí o socialismo). O objetivo é o aperfeiçoamento do sistema, de modo que se una o altruísmo social (através do Estado) com os instintos do ganho individual (através da livre iniciativa privada). Segundo o autor, a intervenção estatal na economia é necessária porque essa união não ocorre por vias naturais, graças a problemas do livre mercado (desproporcionalidade entre a poupança e o investimento e o "estado de ânimo" ou o "[espírito animal]", dos empresários).
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Para Keynes, o investimento depende da interação entre a eficiência marginal do capital e da taxa de juros. Keynes não considera, como muitos dos autores neoclássicos, a taxa de juros como um custo de empréstimo ou de financiamento, nem mesmo um custo de oportunidade correspondente ao retorno proporcionado pelos ativos aplicados no mercado financeiro, em relação ao investimento em bens de capital produtivo e nem a diferença de preço entre bens de capital e bens de consumo. A taxa de juros, segundo o próprio autor, é "uma medida da relutância daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do seu controle líquido sobre ele". Ou seja, é o prêmio que um agente econômico recebe ao privar-se de sua liquidez.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Essa preferência pela liquidez de seus ativos por parte dos agentes econômicos se justifica por causa de incerteza quanto ao futuro dos eventos econômicos e do resultado futuro dos investimentos passados e presentes. Por essa razão, os indivíduos preferem manter sua riqueza na forma de dinheiro.
Por isso, segundo Keynes, a taxa de juros representa um limite ao investimento produtivo, apenas por ser um trade-off do investidor, quando aplica seu capital em uma ampla carteira de ativos, entre o investimento (capital produtivo) e a liquidez (capital monetário).
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
É bastante discutível as razões pelas quais a eficiência marginal do capital deve ser necessariamente decrescente conforme o volume de investimento. O que ocorre, segundo Keynes, são expectativas de retornos declinantes com o nível de investimento para, de um lado, um dado tamanho (ou crescimento) do mercado, e do outro um crescente risco financeiro associado ao endividamento e à perda de liquidez.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
O declínio da eficiência marginal do capital decorre de sua escassez decrescente com o volume demandado, como ocorre com qualquer ativo de capital. Para ativos de capital produtivo, o limite para o investimento é dado pelo mercado dos bens produzidos com esse capital. O declínio do seu rendimento marginal se dá devido aos crescentes custos financeiros decorrentes de amortizações e dívidas contraídas pela empresa investidora, ou ainda o fluxo de desembolsos para o pagamento desses mesmos bens de capital, o que reduz a condição de liquidez da empresa. Esses fatores aumentam os riscos financeiros assumidos pelos investidores, o que faz com que as suas expectativas de retorno sejam cada vez menores.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Em resumo, Keynes percebe o investimento produtivo como um fenômeno monetário, ao invés de autores clássicos que desvinculavam poupança de investimento. A conotação monetária do investimento para Keynes envolve também em reconhecer que as próprias definições do investimento produtivo e de preferência pela liquidez encontram-se interligados pela mútua dependência de expectativas referentes à incerteza frente a acontecimentos futuros.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
A peculiaridade das expectativas de longo prazo associadas ao investimento produtivo está principalmente na maior duração do período de comprometimento do investidor com ativos produtivos duráveis, isto é, de baixa liquidez, o que acarreta a dificuldade ou impossibilidade dos erros de correção, por baixos custos, dos erros de previsão quanto aos futuros da economia e dos mercados. Torna-se, portanto, essencial para que os agentes econômicos tomem decisões seguras, buscando minimizar a incerteza.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
Porém, como Keynes considera a incerteza uma força endógena ao sistema capitalista, a solução adotada pelos agentes econômicos que possuem ativos é, ao invés de eliminar, contornar as incertezas de suas expectativas pelo recurso da adoção de normas de comportamento convencionais. Essas normas de comportamento convencionais, segundo Keynes, consistem em "supor que o presente estado de coisas continuará indefinidamente a menos que haja razões específicas para esperar mudanças".
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
As expectativas de longo prazo não estão sujeitas à revisão repentina, e por isso não podem ser afetadas pelos resultados futuros, e nem eliminadas. Não podem haver, portanto, comportamentos cautelosos, na forma de expectativas adaptativas (e muito menos expectativas racionais), que amenizem as incertezas e estabilizem os investimentos. Pois, a incerteza é uma característica intrínseca do sistema capitalista. Ou seja, em suma, a reação natural dos indivíduos às incertezas quanto aos acontecimentos econômicos futuros é se guiar por um comportamento convencional, que aplaina o caminho do investimento por intermédio de um não desprezível componente inercial das expectativas.
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A TEORIA KEYNESIANA – JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
As suas ideias e as dos seus seguidores foram adotadas por vários governos ocidentais e também por muitos governos do terceiro mundos. Constituem, até hoje, a essência da política econômica mantida nos Estados Escandinavos, cujas populações desfrutam dos melhores padrões de vida do mundo. A sua influência começou a diminuir a partir dos anos 70 com a ascensão dos monetaristas, provocada pela crise do dólar norte-americano de 1971, durante o governo Nixon, quando os Estados Unidos se viram obrigados a interromper a conversibilidade do dólar em ouro, mas ressurge depois de 1986 com a publicação do teorema de Greenwald-Stiglitz e o surgimento dos economistas novo-keynesianos. Em 1998, em meio à crise asiática, o economista Paul Krugman defendia que "Keynes é ainda mais importante hoje do que há 50 anos".
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A TEORIA KEYNESIANA
Para Keynes, um dos principais fatores responsáveis pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia , determinado pela demanda agregada ou efetiva.
Para Keynes, numa economia de recessão, não existem forças de autoajustamento, por isso se torna necessária a intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos.
Tal posicionamento teórico significa o fim da crença no laissez-faire como regulador dos fluxos real e monetário da economia, e é chamado princípio da demanda efetiva.
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A TEORIA KEYNESIANA
Os monetaristas=> privilegiam o controle da moeda e um baixo grau de intervenção do Estado.
Os fiscalistas ou keynesianos=> recomendam o uso de políticas fiscais ativas e acentuado grau de intervenção do Estado.
Os pós-keynesianos=> realizaram uma releitura da obra de Keynes, procurando mostrar que ele não negligenciou o papel da moeda e da política monetária, enfatizam o papel da especulação financeira e, como Keynes defendem um papel ativo do Estado na condução da atividade econômica. 
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MARXISTAS
Tem como principal obra O Capital de Karl Marx (1818-1883), economista alemão que desenvolveu quase todo o seu trabalho com Friedrich Engels (1820-1895) na Inglaterra, na segunda metade do século XIX.
O marxismo desenvolve uma teoria do valor-trabalho e
consegue analisar muitos aspetos da economia com seu referencial teórico. A apropriação do excedente produtivo (a mais-valia) pode explicar o processo de acumulação e a evolução das relações entre classes sociais.
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MARXISTAS
Para Marx, o capital aparece com a burguesia, considerada uma classe social que se desenvolve após o desaparecimento do sistema feudal e que se apropria dos meios de produção. A outra classe social, o proletariado, é obrigada a vender sua força de trabalho, dada a impossibilidade de produzir o necessário para sobreviver.
O conceito da mais-valia utilizado por Marx refere-se à diferença entre o valor das mercadorias que os trabalhadores produzem em dado período de tempo e o valor da força de trabalho vendida aos empregadores capitalistas, que a contratam. Os lucros, juros e aluguéis (rendimentos de propriedades) representam a expressão da mais-valia.
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MARXISTAS
Assim sendo, o valor que excede o valor da força de trabalho e que vai para as mãos do capitalista é definido por Marx como mais-valia.
Ela pode ser considerada o valor extra que o trabalhador cria, além do valor pago por sua força de trabalho.
Marx foi influenciado pelos movimentos socialistas utópicos, por Hegel e pela teoria do valor-trabalho de Ricardo. Acreditava no trabalho como determinante do valor, tal como Adam Smith e David Ricardo, mas era hostil ao capitalismo competitivo e à livre concorrência, pois afirmava que a classe trabalhadora era explorada pelos capitalistas.
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MARXISTAS
Marx enfatizou muito o aspecto político de seu trabalho, que teve impacto ímpar não só na ciência econômica como em outras áreas do conhecimento.
As contribuições dos economistas da linha marxista para a teoria econômica foram muitas e variadas. Entretanto, a maioria ocorreu à margem dos grandes centros de estudos ocidentais, por razões políticas. Consequentemente, a produção teórica foi pouco divulgada. Um exemplo é o trabalho de M. Kalecki(1899-1970), economista polonês que teria antecipado uma análise parecida com a da teoria geral de Keynes. Contudo, o reconhecimento de seu trabalho inovador só ocorreu muito tempo depois de 1933, quando publicou pela primeira vez seu Esboço de uma teoria do ciclo econômico.
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OS INSTITUCIONALISTAS
Tem como grandes expoentes os norte-americanos Thornstein Veblen (1857-1929) e John Kenneth Galbraith (1917-2007).
Dirigem suas críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais, daí o nome de institucionalistas.
Rejeitam o pressuposto neoclássico de que o comportamento humano, na esfera econômica, seja racionalmente dirigido e resulte do cálculo de ganhos e perdas marginais. Consideram que as decisões econômicas das pessoas refletem muito mais as influências das instituições dominantes e do desenvolvimento tecnológico.

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