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TG ESTUDOS DISCIPLINARES V LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS

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LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS/INGLÊS 
 
 
 
ESTUDOS DISCIPLINARES V 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO EM GRUPO - TG 
 
 
 
 
 
 
Vitória Carolina Santos e Silva	RA: 1642299
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polo Macedo – Guarulhos
2017
Reinvenção
A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... - mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada, 
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na treva, 
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível 
reinventada.
Cecília Meireles
Como você interpreta a “reinvenção” da vida, proposta no refrão do poema pela autora? Explique o sentido para a repetição do vocábulo “vida” no refrão: “Porque a vida, a vida, a vida,/ a vida só é possível/reinventada”. 
Reinvenção é um poema de autoria da escritora e poetisa Cecília Meireles. Ele é composto por três estrofes de seis versos, e três refrãos de dois versos, conforme SILVA (2004, pág 97). É uma obra composta de versos com ritmo e rima, contendo metáforas, metonímia, anáfora, e a personificação. Cecília é uma autora conhecida por tratar de temáticas sentimentais e esse tipo de linguagem é uma marca registrada dela. 
	No poema a escritora 	apresenta a ideia de que a vida não pode ser vivida sem novas experiências, sem ser reinventada. Na primeira estrofe onde a autora diz: “Ah! Tudo bolhas que vêm de fundas piscinas de ilusionismo... – mais nada” é como se a vida fosse apenas um “abismo” de ilusões, na qual encontra-se o engano de sua mente e sentidos, em que ela deixa de viver para apenas existir, sem propósito, sobrevivendo com uma insatisfação com a realidade e a necessidade de reinventar ou criar um novo mundo.
	Pode-se interpretar na segunda estrofe, onde diz: “Vem a lua, vem, retira as algemas dos meus braços. Projeto-me por espaços cheios da tua Figura”, que ao anoitecer, ao imergir em seus pensamentos ela pode fazer sua reinvenção através de sua mente, projetando-se onde tanto almeja, livrando-se da realidade, tornando sua vida mais leve, sem mentiras, sem superficialidade, livrando-se do fardo do dia-a-dia, mas apenas em seu subconsciente. 
	A necessidade de reinventar da vida é que ao fazer tudo novo a vida poderia proporcionar mais verdades, um prazer em viver e não apenas existir, ultrapassando barreiras em busca da felicidade irreal, abstrato e imaterial. 
	Cecília Meireles repetiu a palavra “vida” para enfatizar a ideia de que a vida é algo que não se pode estagnar. A vida passa em um piscar de olhos, mesmo que haja decepções, não se pode parar para que você possa se curar, a vida continuará. Com o uso de metáforas e metonímias no poema e exorta a visão de que se trata das vicissitudes transformacionais no entorno do viver que acaba se fazendo a vida.
	Conforme o último verso do poema: “porque a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada”, é necessário reinventar a vida para ser possível vivê-la. Reinventar, de novo, algo que já existe, dar novo sentindo à vida. Porque viver exige uma reinvenção, mudanças, melhoras, prazeres novos. Tornar sonhos reais, e acima de tudo não desistir, pois a vida só é possível reinventada.
REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICAS
MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972, p. 94.

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