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Biossegurança e Saúde dos Profissionais de Saúde

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1 
 
SUMÁRIO 
1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 
2 – BIOSSEGURANÇA .............................................................................................. 4 
2.1 - BIOSSEGURANÇA EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE ............................. 6 
2.1.1 Classificação das Áreas Hospitalares ............................................................ 6 
3 - INFECÇÕES .......................................................................................................... 7 
3.1 - TIPOS DE INFECÇÕES ...................................................................................... 7 
3.2 - INFECÇÕES HOSPITALAR .............................................................................. 10 
3.2.1 Histórico .......................................................................................................... 10 
3.2.2 Conceito .......................................................................................................... 12 
3.2.3 Prevenção de infecções hospitalares ........................................................... 15 
4 – RISCOS A EXPOSIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ............................ 26 
4.1 TIPOS DE RISCO ............................................................................................... 26 
4.1.1 Riscos de Acidentes ...................................................................................... 26 
4.1.2 Riscos Ergonômicos ...................................................................................... 26 
4.1.3 Riscos Físicos ................................................................................................ 27 
4.1.4 Riscos Químicos ............................................................................................ 27 
4.1.5 Riscos biológicos ........................................................................................... 28 
4.1.6 Resíduos radioativos ..................................................................................... 28 
5 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO À SAÚDE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ...... 29 
5.1.1 Luvas ............................................................................................................... 29 
5.1.2 Calçando Luva Estéril .................................................................................... 30 
5.1.3 Máscaras, óculos de proteção ou escudo facial ......................................... 32 
5.1.4 Protetores respiratorios(respiradores) ......................................................... 33 
5.1.5 Avental ............................................................................................................ 34 
5.1.6 Gorro ............................................................................................................... 35 
5.1.7 Jaleco .............................................................................................................. 35 
2 
 
5.1.8 Calçado ........................................................................................................... 36 
6 - DOENÇAS OCUPACIONAIS .............................................................................. 36 
6.1 DOENÇA OCUPACIONAL E ACIDENTE DE TRABALHO ................................. 37 
6.2 SAÚDE DO TRABALHADOR .............................................................................. 37 
6.3 PROBLEMAS COMUNS A EXPOSIÇÃO BIOLÓGICA ....................................... 38 
6.4 LISTA DE DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO DO MINISTÉRIO 
DA SAÚDE ............................................................................................................. 39 
6.4.1 Riscos no Sistema respiratório ..................................................................... 39 
6.4.2 Ruído e afecção auditiva ............................................................................... 43 
6.4.3 Radiações Ionizantes ..................................................................................... 44 
6.4.4 Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos 
(Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em 
profissões e/ou condições de trabalho especificadas) .................................... 45 
6.4.5 Algodão, Linho, Cânhamo, Sisal ................................................................... 46 
6.4.6 Agentes físicos, químicos ou biológicos, que afetam a pele, não 
considerados em outras rubricas ....................................................................... 46 
6.5 DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS RELACIONADAS COM O 
TRABALHO ............................................................................................................ 47 
6.5.1 Tuberculose .................................................................................................... 47 
6.5.10 Malária ........................................................................................................... 49 
6.5.11 Leishmaniose Cutânea ou Leishmaniose Cutâneo-Mucosa .................... 49 
6.5.2 Leptospirose ................................................................................................... 47 
6.5.3 Tétano .............................................................................................................. 48 
6.5.4 Dengue [Dengue Clássico] ............................................................................ 48 
6.5.5 Febre Amarela ................................................................................................ 48 
6.5.6 Hepatites Virais .............................................................................................. 48 
6.5.7 Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) .............................. 48 
6.5.8 Dermatofitose e Outras Micoses Superficiais ............................................. 49 
6.5.9 Candidíase ...................................................................................................... 49 
3 
 
6.6 NEOPLASIAS (TUMORES) RELACIONADOS COM O TRABALHO (GRUPO II 
da CID 10) .............................................................................................................. 49 
6.6.1 Neoplasia maligna do estômago ................................................................... 49 
6.6.2 Neoplasia maligna do pâncreas .................................................................... 50 
6.6.3 Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos seios paranasais .................. 50 
6.6.4 Neoplasia maligna da laringe ........................................................................ 50 
6.6.5 Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão .......................................... 50 
6.6.6 Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros 
(Inclui “Sarcoma Ósseo”) .................................................................................... 51 
6.6.7 Outras neoplasias malignas da pele............................................................. 51 
6.6.8 Neoplasia maligna da bexiga ........................................................................ 51 
6.6.9 Leucemias ....................................................................................................... 51 
6.7 DOENÇAS DO SANGUE E DOS ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS 
RELACIONADAS COM O TRABALHO .................................................................. 52 
6.8 DOENÇAS ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E METABÓLICAS RELACIONADAS 
COM O TRABALHO ............................................................................................... 53 
6.9 TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM 
O TRABALHO ........................................................................................................ 53 
7 - PREVENÇÃO PRIMÁRIA ....................................................................................63 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 64 
 
4 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
A biossegurança é um processo funcional e operacional de fundamental 
importância em serviços de saúde, não só por abordar medidas de controle de 
infecções para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde, mas por ter 
um papel fundamental na promoção da consciência sanitária, na comunidade ou 
sistema onde atua dando importância a preservação do meio ambiente, na 
manipulação e no descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes e da redução 
geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais. 
 A biossegurança é um processo progressivo, que não inclui conclusão em 
sua terminologia, pois deve ser sempre atualizado e supervisionado e sujeito a 
exigência de respostas imediatas ao surgimento de microrganismos mais resistentes 
e agressivos identificados pelas notificações de Controle Epidemiológico da SMS. 
Considerando a disposição e interesse de nossos profissionais, e 
conscientes das limitações e dificuldades que estas mudanças impõem, nossa 
expectativa é de que possamos qualificar nossa prática, agregando conhecimentos e 
potencializando nossa resolutividade nas questões relacionadas a condições 
biosseguras de trabalho para as quais nossa comissão foi constituída e 
permanecerá comprometida e disponível. 
 
 
2 – BIOSSEGURANÇA 
 
A lógica da construção do conceito de biossegurança, teve seu inicio na 
década de 70 na reunião de Asilomar na Califórnia, onde a comunidade científica 
iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade. Esta 
reunião, "é um marco na história da ética aplicada a pesquisa, pois foi a primeira vez 
que se discutiu os aspectos de proteção aos pesquisadores e demais profissionais 
envolvidos nas áreas onde se realiza o projeto de pesquisa". A partir daí o termo 
biossegurança, vem, ao longo dos anos, sofrendo alterações. 
Na década de 70, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a definia como 
"práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o homem". O 
foco de atenção voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos riscos biológicos 
o ambiente ocupacional. 
5 
 
Já na década de 80, a própria Organização Mundial de saúde ( OMS ) 
incorporou a essa definição os chamados riscos periféricos presentes em ambientes 
laboratoriais que trabalhavam com agentes patogênicos para o homem, como os 
riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos. 
Nos anos 90, verificamos que a definição de biossegurança sofre mudanças 
significativas. Em seminário realizado no Instituto Pasteur em Paris, observamos a 
inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos 
envolvendo tecnologia de DNA recombinante, em programas de biossegurança. 
Outra definição nessa linha diz que "a biossegurança é o conjunto de ações voltadas 
para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de 
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, 
visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a 
qualidade dos resultados". Este foco de atenção retorna ao ambiente ocupacional e 
amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade. 
Uma outra definição, baseada na cultura da engenharia de segurança e da 
medicina do trabalho é o "conjunto de medidas técnicas, administrativas, 
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes em 
ambientes biotecnológicos". Está centrada na prevenção de acidentes em ambientes 
ocupacionais. Conjunto de procedimentos técnicos que devem ser 
adotados/praticados diariamente e que não devem ser esquecidos pelos 
profissionais atuantes na área assistencial de saúde. 
Os profissionais devem estar conscientes tanto de suas responsabilidades 
no atendimento aos clientes, como dos cuidados de biossegurança, visando, a 
proteção contra as doenças infecciosas no seu ambiente de trabalho, controle da 
AIDS e de outras patologias, melhor assistência aos pacientes. 
Se a biossegurança também pode ser compreendida como uma ação 
educativa, deve ser entendida então, não somente como um processo de aquisição 
de habilidades e conteúdos que objetivam preservar a saúde humana e ambiental, 
pois, como foi discutida neste ensaio, a idéia de educar ultrapassa a noção de 
transmissão de conhecimentos e treinos; educação implica em compartilhamento de 
ações em levar em consideração as disposições, hábitos dos agentes, e sobre tudo 
em conceber os agentes realmente como sujeitos de aprendizagem, envolvendo os 
indivíduos em sua totalidade, considerando suas diferenças e singularidades. 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 - Biossegurança em Estabelecimentos de Saúde 
 
Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com 
material biológico que esteja sujeito a radiações, ou que manipule material pérfuro-
cortante ou, ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico (microondas, 
ultra-som, autoclaves), deve: 
• Estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio, 
autocontrole e comportamento; 
• Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos 
operacionais padrão do setor; 
• Agir com tranqüilidade e sem pressa; 
• Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua 
necessidade, os equipamentos de proteção individual e coletivo (jaleco, 
avental, óculos, protetor facial, cabelos presos, luvas, botas, máscara, 
avental de chumbo, câmara de exaustão, cabina de segurança biológica 
e química). 
Nos setores de maior trânsito e fluxo de pessoas, as sinalizações gerais das 
áreas restritas e permitidas devem ser freqüentes e devem estar visíveis. As 
referidas sinalizações devem ser expressas, também, em "braile" para os deficientes 
visuais; ou com indicação simbólica ou monitor para os analfabetos. 
 
 2.1.1 Classificação das Áreas Hospitalares 
 
Área Crítica: a que oferece risco potencial para aquisição de infecção seja 
pelos procedimentos invasivos realizados, ou pela presença de pacientes 
7 
 
susceptíveis às infecções. Ex.: Centro Cirúrgico e Obstétrico, Berçário, UTI, 
Hemodiálise, Laboratório, CME, Banco de Sangue, área suja de lavanderia etc. 
Área Semi-crítica: possui menor risco de infecção, são ocupadas por 
pacientes que não exigem cuidados intensivos ou de isolamento. Ex.: Enfermarias, 
Apartamentos e Ambulatórios. 
Área não crítica: todas as áreas não ocupadas por pacientes e aquelas 
destinadas a exames de pacientes. Ex.: Escritórios, Almoxarifado, Setor de 
Radiologia e Consultórios. 
 
3 - INFECÇÕES 
 
Infecção é uma doença que envolve microrganismos (bactérias, fungos, 
vírus e protozoários). Inicialmente ocorre a penetração do agente infeccioso 
(microrganismos) no corpo do hospedeiro (ser humano) e há proliferação 
(multiplicação dos microrganismos), com conseqüente apresentação de sinais e 
sintomas. Estes sinais e sintomas podem ser, entre outros: febre, dor no local 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afetado, alteração de exames laboratoriais, debilidade, etc. As infecções podem 
acometer diversas localizações topográficas de um indivíduo (partes do corpo), ou 
disseminar-se pela corrente sangüínea. Alguns agentes têm “preferência” por 
determinadas localizações topográficas, assim a localização da infecção depende do 
tipo de microrganismo. 
3.1 - TIPOS DE INFECÇÕES 
 
Dora
Realce
8 
 
Existem 13 tipos: 
• Infecção aérea – infecção microbiana adquirida através do ar e 
dos agentes infectantes nele contidos. 
• Infecção critogénica – infecção de porta de entrada 
desconhecida. 
• Infecção direta – infecção adquiridapor contacto com um 
indivíduo doente. 
• Infecção endógena – infecção devido a um microorganismo já 
existente no organismo, e que, por qualquer razão, se torna patogénico. 
• Infecção exógena – infecção provocada por microorganismos 
provenientes do exterior. 
• Infecção focal – infecção limitada a uma determinada região do 
organismo. 
• Infecção indireta – infecção adquirida através da água, dos 
alimentos ou por outro agente infectante, e não de indivíduo para indivíduo. 
• Infecção nosocomial – infecção adquirida em meio hospitalar. 
• Infecção oportunista ou Oportunística – infecção que surge por 
diminuição das defesas orgânicas. 
• Infecção puerperal – infecção surgida na mulher debilitada e 
com defesas diminuídas, logo após o parto. 
• Infecção secundária – infecção consecutiva a outra e provocada 
por um microorganismo da mesma espécie. 
• Infecção séptica ou Septicemia – infecção muito grave em que 
se verifica uma disseminação generalizada por todo o organismo dos agentes 
microorgânicos infecciosos. 
• Infecção terminal – infecção muito grave que, em regra, é causa 
de morte. 
 
 
Bactérias Causadoras de Infecção 
Cocos Gram-positivos 
Aeróbios Estrafilococos 
Estreptococos 
9 
 
Anaeróbios Peptococos 
Peptoetreptococos 
Cocos Gram-negativos 
Aeróbios Acinobacter 
Outros 
Microaerófilos Naesseria 
Anaeróbios Veillonela 
Bacilos Gram-positivos não-esporulados 
Aeróbios Corinebactérias 
Listeria Lactobacilos 
Micobactérias 
Nocardia 
Anaeróbios Actinomyces 
Bifidobactérias 
Eubactérias 
Lactobacillus 
Propioniobactérias 
Bacilos Gram-positivos não-entéricos 
Aeróbios Bordetella 
Brucella 
C. granulomatis 
Franscisela 
Hemophilus 
Aneróbios Actinobacilos 
Bacilos Gram-positivos entéricos 
Aeróbios Citrobacter 
Escherichia coli 
Klebsiella sp. 
Proteus (ex. P. mirabilis) 
Providencia 
 
Anaeróbios Bacteroides 
Fusobacterium 
10 
 
Campylobacter (ex. C. jejuni) 
Espirados Treponema 
Borellia 
Leptospira 
Formas "L" (sem parede 
celular) 
Micoplasma 
Bactérias na forma L 
Fungos 
Aspergillus 
Blastomyces 
Candida (ex. C. albicans, C. Tropicalis) 
Coccoioides sp (ex. C. neoformans) 
Histoplasma capsulatum 
Paracoccidioides braziliensis 
Zigomicoses (ex. Mucors e Rhizopus) 
Protozoários 
Leishmania 
Trypanosoma 
 
 
3.2 - INFECÇÕES HOSPITALAR 
 
3.2.1 Histórico 
 
Ignaz Philipp Semmelweis, médico obstetra é considerado o pai do controle 
de infecções hospitalares. 
Em meados de 1840, este médico observou diferença de número de casos 
de infecções puerperais (infecções pós-parto) em duas clínicas do hospital de Viena. 
Na primeira clínica, as gestantes eram examinadas por estudantes de medicina que 
circulavam livremente entre a sala de autópsia e nesta enfermaria. Na segunda 
clínica, os atendimentos eram realizados por parteiras e o número de infecções 
puerperais era muito menor. 
11 
 
É importante lembrar que nesta época ainda não se conheciam os estudos 
de Pasteur a respeito da origem das infecções, então a existência de 
microrganismos não era conhecida. 
Certa vez, durante a realização de uma necropsia, um dos amigos de 
Semmelweis, foi ferido acidentalmente por um bisturi. Este profissional adquiriu uma 
infecção similar à das puérperas, levando Semmelweis a concluir que o mesmo 
havia sido contaminado pela “matéria cadavérica” que foi introduzida no sistema 
sangüíneo. Tal qual o bisturi da dissecção que introduziu material cadavérico na 
corrente sangüínea do patologista, as mãos contaminadas dos médicos estudantes 
carregavam material cadavérico da sala de autópsia para a mulher durante o exame 
de toque vaginal e o parto. 
Em maio de 1847 Semmelweis tornou compulsório para todos os médicos, 
estudantes de medicina e pessoal da enfermagem a lavagem das mãos com uma 
solução clorada, reduzindo drasticamente a mortalidade por infecção puerperal. A 
queda dos índices de infecção puerperal foi importante: de 12,24% para 1,89%. 
Florence Nightingale foi uma enfermeira que atuou de maneira decisiva na 
guerra da Criméia, em 1854. Ela melhorou as condições sanitárias do hospital de 
atendimento de feridos de guerra, instalando condições adequadas de higiene na 
cozinha, lavanderia e quartos dos pacientes. Com isto, obteve significativa redução 
de mortalidade. Além disto, durante a noite, costumava fazer suas rondas com um 
lampião, levando assistência, afeto e conforto aos doentes, tendo sido imortalizada 
com o título “A Dama do Lampião”. 
Demonstrando conhecimentos em estatística, usou de métodos científicos, 
apresentando estes dados em gráficos, iniciando registro de óbitos e dados dos 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3.2.2 Conceito 
 
Infecção hospitalar ou Infecção Nosocomial é toda infecção (pneumonia, 
infecção urinária, infecção cirúrgica) adquirida dentro de um ambiente hospitalar. A 
maioria das infecções hospitalares são de origem endógena, isto é, são causadas 
por microrganismos do próprio paciente. Isto pode ocorrer por fatores inerentes ao 
próprio paciente (ex: diabetes, tabagismo, obesidade, imunossupressão, etc.) ou 
pelo fato de, durante a hospitalização, o paciente ser submetido a procedimentos 
invasivos diagnósticos ou terapêuticos (cateteres vasculares, sondas vesicais, 
ventilação mecânica, etc.). As infecções hospitalares de origem exógena geralmente 
são transmitidas pelas mãos dos profissionais de saúde ou outras pessoas que 
entrem em contato com o paciente, ou seja, resumi-se que a infecção hospitalar é 
uma síndrome infecciosa (infecção) que o indivíduo adquire após a sua 
hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Entre os exemplos de 
procedimentos ambulatoriais mais comuns estão: cateterismo cardíaco, exames 
radiológicos com utilização de contraste, retirado de pequenas lesões de pele e 
retirado de nódulos de mama. 
A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que 
esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. 
Somente um profissional treinado (médico ou enfermeiro com qualificação especial 
em Infecção Hospitalar) pode relacionar sinais e sintomas de infecção com 
procedimentos realizados em unidades de saúde e realizar o diagnóstico de infecção 
hospitalar. 
 O atendimento em unidades de saúde apresenta atualmente grande 
evolução tecnológica. Pacientes que no passado iriam evoluir a óbito, atualmente 
não só sobrevivem, como têm boa expectativa de vida, muitas vezes, sem seqüelas. 
Situações como as de acidentes automobilísticos graves, recém-nascidos 
prematuros ou de baixo peso e indivíduos que necessitam de transplante de órgãos, 
são uma demonstração de como o atendimento hospitalar evoluiu. 
Em contrapartida, esta melhoria no atendimento e avanço tecnológico 
aumentou o número de procedimentos possíveis de serem realizados num hospital. 
Procedimentos que, ao mesmo tempo em que prolongam a vida, trazem consigo um 
risco aumentado de infecção. 
13 
 
Muitos destes procedimentos são invasivos, isto é, penetram as barreiras de 
proteção do corpo humano. A primeira barreira de proteção do corpo é a pele, 
entretanto, é a que mais freqüentemente é rompida por procedimentos hospitalares 
(ex.: punção de veia para instalação de soro ou coleta de sangue). Ou seja, a 
melhoria no atendimento possibilita maior sobrevida, mas têm o ônus de elevar o 
risco de infecção. 
Estas técnicas invasivas favorecem a penetração de microrganismos que 
não pertencem ao corpo do hospedeiro. Para evitar que esta penetração ocorra, os 
procedimentos precisam ser padronizados de modo a serem desenvolvidos de 
maneira asséptica (sem a penetraçãode microrganismos). 
No Brasil, para reduzir os riscos de ocorrência de infecção hospitalar, um 
hospital deve constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), 
que é responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta 
higienização das mãos dos profissioanis de saúde; o controle do uso de 
antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies. 
Estudos apontam medidas de combate à infecção hospitalar: 
A infecção hospitalar é causa de grande preocupação das instituições de 
saúde do Brasil. Enquanto a média mundial de índice de infecção é 5%, o país 
apresenta o porcentual de 15,5% entre os pacientes internados, conforme dados do 
Ministério da Saúde. Um número que assusta não só os pacientes, como também as 
instituições de saúde, que, por conseqüência, têm suas despesas elevadas. 
Para evitar e tratar a infecção hospitalar, além de permitir que o doente 
tenha um atendimento de qualidade e seguro, uma série de estudos coordenados 
pelo Dr. Victor Rosenthal, especialista no assunto, revelou que programas de 
educação e implementação das melhores práticas no ambiente hospitalar 
associados à utilização de sistemas fechados de infusão podem reduzir, em alguns 
casos, em mais de 80% os riscos de infecção da corrente sangüínea. 
As primeiras pesquisas começaram em 2000 na Argentina e nos anos 
seguintes hospitais de outros países (México, Brasil e Itália) foram concluídas e 
incluídos no projeto desenvolvido pela Baxter - empresa global e diversificada no 
segmento de saúde nas áreas de medicamentos, equipamentos médicos e 
biotecnologia. 
14 
 
O objetivo é avaliar a incidência de infecções da corrente sangüínea nos 
centros estudados e como medidas de prevenção podem reduzir o tempo de 
internação, a mortalidade e conseqüentemente os custos hospitalares. 
Dados epidemiológicos do Dr. Rosenthal, que lidera um consórcio 
internacional de controle de infecção hospitalar, já mostraram que o Brasil se 
destaca como um dos países com maior índice de infecções da corrente sanguínea 
associada ao uso de cateteres venosos entre os países que usam sistema aberto de 
infusão. Esses países, segundo o especialista, possuem índices bem superiores aos 
apresentados pelos padrões norte-americanos. 
Para avaliar alternativas eficazes no combate à infecção hospitalar, o Dr. 
Rosenthal seguiu alguns critérios nos centros estudados. Primeiramente, foram 
medidos os níveis basais de infecção da corrente sanguínea associadas ao uso de 
cateteres venosos centrais. Em seguida, foi introduzido um programa educacional 
com toda a equipe de profissionais médicos e de enfermagem a fim de colocar em 
prática as diretrizes de prevenção estabelecidas pelo Centro de Controle de 
Doenças (CDC) como, por exemplo, a higiene correta das mãos. E por fim, houve a 
substituição do sistema aberto de infusão utilizado nos hospitais, incluídos no 
estudo, por sistema fechado com bolsas flexíveis, ou seja, aquele que não necessita 
da entrada de ar para seu funcionamento e escoamento total da solução. 
Hospitais participantes No Brasil, o Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, 
foi o centro estudado e teve como investigador principal o infectologista, Dr Reinaldo 
Salomão. Foram avaliados 1.127 pacientes em três UTIs. Após adotar as medidas 
descritas acima, foi registrada redução de 54% nos índices de infecção da corrente 
sanguínea adquirida durante a internação e as despesas hospitalares diminuíram 
significativamente, uma vez que na análise comparativa, um paciente infectado 
permaneceu internado (utilizando recursos do hospital e antibióticos) em média 23 
dias a mais que um paciente não-infectado. 
Na Argentina a diminuição de pacientes infectados foi de 64%, o que 
proporcionou uma redução de 83% nos gastos do hospital para o tratamento de 
pacientes infectados e 91% na taxa de mortalidade. E no México, a redução de 
pacientes com infecção hospitalar atingiu 82%. Os dados consolidados do Brasil 
estão sendo apresentados pelo Dr Rosenthal nos mais importantes congressos 
mundiais de controle de infecção durante todo o primeiro semestre desse ano. 
15 
 
Sistemas fechados de infusão serão obrigatórios Os sistemas fechados já 
são obrigatórios em diversos países do mundo como Estados Unidos e Austrália e, 
predominantes em países vizinhos como a Colômbia. No Brasil, a Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, conforme resolução RDC 45, que a 
partir de 2008 todos os sistemas abertos de infusão deverão ser substituídos pelos 
sistemas fechados. 
Alguns hospitais já utilizam o sistema fechado com bolsas flexíveis como o 
Hospital das Clínicas, Hospital Albert Einstein, Sírio Libanês, Santa Catarina e São 
Luiz e vários outros serviços de saúde do Brasil. 
Diferentemente dos recipientes rígidos e semi-rígidos, os sistemas fechados 
de infusão para soluções parenterais que utilizam bolsas flexíveis, não necessitam 
de elementos externos adicionais, como entrada de ar e equipos com filtro. Essas 
bolsas são produzidas em PVC na sua maioria ou por outros tipos de plásticos. 
Desta forma, o sistema isolado e vedado, evita infecções por microrganismos do 
ambiente externo. 
A Baxter é uma das empresas que introduz a bolsa plástica e os sistemas 
flexíveis fechados. Presente há mais de 35 anos no mercado e utilizada em cerca de 
140 países, as bolsas flexíveis Viaflex são consideradas um avanço significativo na 
administração com eficiência e segurança de soluções e medicamentos aos 
pacientes. 
 
3.2.3 Prevenção de infecções hospitalares 
 
a) Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH 
 
Segundo a portaria do Ministério da Saúde n. 2616, de 1998, todos os 
hospitais devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. 
O Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) é obrigatório no 
Brasil, desde 1983. Sua existência em todos os hospitais brasileiros visa manter sob 
controle a iatrogênia conhecida como infecção hospitalar, atuando como “assessor 
do dirigente hospitalar”. Tem a função de diagnosticar e vigiar a freqüência e 
distribuição do fenômeno entre os hospitalizados e egressos; intervir, por diversos 
meios, na padronização da qualidade de condutas profissionais invasivas nos 
pacientes e na orientação da escolha terapêutica; e, de maneira sistêmica, prevenir 
16 
 
e controlar fontes e formas de transmissão de microorganismos entre clientes, 
trabalhadores e ambiente, de modo a manter em alto nível a qualidade assistencial 
prestada. 
Uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) possui 
profissionais que deverão executar as seguintes tarefas: 
9 Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos 
previamente estabelecidos. 
9 Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e 
definir se a ocorrência destes episódios de infecção está dentro de 
parâmetros aceitáveis. Isto significa conhecer a literatura mundial sobre o 
assunto e saber reconhecer as taxas aceitáveis de infecção hospitalar para 
cada tipo de serviço. 
9 Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados 
na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de 
microrganismos), diminuindo o risco do paciente adquirir infecção. 
9 Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se 
refere à prevenção e controle das infecções hospitalares. 
9 Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmo 
sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital. 
9 Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando 
se trata de pacientes hospitalizados. 
9 Oferecer apoio técnico à administração hospitalarpara a aquisição correta 
de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área 
física das unidades de saúde. 
É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam 
treinamento para a atuação nesta área. Há exigência legal para manutenção de pelo 
menos um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital. Isto está 
regulamentado em portaria do Ministério da Saúde. 
Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH. Eles 
contribuem para a padronização correta dos procedimentos a serem executados. 
Estes profissionais devem possuir formação de nível superior e são: farmacêuticos, 
microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica 
e obstétrica. Representantes da administração do hospital devem atuar também na 
CCIH para colaborar na implantação das recomendações. 
17 
 
 
b) Lavagem das Mãos 
 
A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade 
(sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o 
desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mão enluvada. A lavagem 
das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. Devemos 
lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, 
assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao 
banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a 
retenção de germes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existe uma gama enorme de momentos, durante o nosso trabalho, que a 
lavagem das mãos está indicada. Mesmo que, durante os procedimentos, as luvas 
sejam utilizadas, após a retirada das luvas as mãos devem ser lavadas. A luva irá 
nos proteger de uma contaminação grosseira de matéria orgânica, porém a 
microporosidade da luva, a sua fragilidade que ocasiona furos e a possível 
18 
 
contaminação na sua retirada, indica que ocorreu contato de microrganismos na 
pele de nossas mãos. Sendo assim, mesmo com o uso de luvas, as mãos devem ser 
lavadas após a sua retirada. Vamos as indicações dos momentos em que as mãos 
são lavadas: 
- após trocar fluidos, secreções e itens contaminados; 
- após a retirada das luvas; 
- antes de procedimentos no paciente; 
- entre contatos com pacientes; 
- entre procedimentos num mesmo paciente; 
- antes e depois de atos fisiológicos; 
- antes do preparo de soros e medicações. 
Para a realização da lavagem das mãos necessitamos das seguintes 
instalações físicas: 
- pia; 
- saboneteira suspensa e vazada para sabonete em barra ou dispensador de 
sabonete líquido. No caso de dispensador, se não for descartável, estabeleça uma 
rotina de limpeza semanal; 
- toalheiro com toalhas de papel; 
- torneira com fechamento automático, preferivelmente. 
Ao lavarmos as mãos estabelecemos uma seqüência de esfregação das 
partes da mão com maior concentração bacteriana que são: as pontas dos dedos, 
meio dos dedos e polegares. Vejamos a técnica da lavagem das mãos: 
- posicionar-se sem encostar na pia; 
- abrir a torneira; 
- passar o sabão (líquido ou barra) na mão; 
- friccionar as mãos dando atenção às unhas, meio dos dedos, polegar, 
palmas e dorso das mãos (tempo aproximado de 15 segundos); 
- enxaguar as mãos deixando a torneira aberta; 
-enxugar as mãos com papel toalha; 
- fechar a torneira com a mão protegida com papel toalha, caso não tenha 
fechamento automático. 
É importante lembrar que para melhor remoção da flora microbiana as mãos 
devem estar sem anéis e com as unhas curtas, caso contrário, uma carga 
microbiana ficará retida nestes locais sendo passíveis de proliferação e transmissão. 
19 
 
Na lavagem rotineira das mãos o uso de sabão neutro é o suficiente para a remoção 
da sujeira, da flora transitória e parte da flora residente. O uso de sabões com 
anticépticos devem ficar restritos a locais com pacientes de alto risco e no 
desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos e invasivos ou em situações de surto 
de infecção hospitalar. 
 
c) Materiais Usados na Assépsia : 
 
Álcool Glicerinado 
Geralmente as instalações físicas no ambiente de trabalho têm poucas pias 
e temos uma demanda grande de trabalho, de forma que lavamos poucas vezes as 
mãos comparadas ao número de vezes em que a lavagem das mãos está indicada. 
Para substituir a lavagem das mãos, indicamos a aplicação de um anticéptico de 
ampla e rápida ação microbiana que é o álcool glicerinado. O álcool glicerinado é 
composto de álcool 70% mais 2% de glicerina para evitar o ressecamento das mãos. 
Ele irá destruir a flora aderida aplicação do álcool glicerinado nas mãos no momento 
da aplicação, porém as mãos não devem apresentar sujidade visível. Neste caso 
indica-se a lavagem das mãos com água e sabão. 
 
Vejamos como usar o álcool glicerinado: 
 
- aplicar o álcool glicerinado (3 a 5 ml) nas mãos e friccionar em todas as 
faces da mão até secar naturalmente; 
- não aplicar quando as mãos estiverem visivelmente sujas. 
O álcool glicerinado também pode ser usado como anticéptico após a 
lavagem das mãos. Neste caso, a lavagem das mãos e posterior antissepsia está 
indicada antes de procedimentos invasivos como punções, sondagens, 
cateterizações e incubações. Outra indicação de aplicação do álcool glicerinado 
após a lavagem das mãos é em caso de exposição da pele ao contato direto com 
sangue e secreções. 
 
 
 
 
20 
 
d) Antissepsia das mãos 
 
A antissepsia é uma medida para inibir o crescimento ou destruir os 
microrganismos existentes nas superfícies (microbiota transitória) e nas camadas 
externas (microbiota residente) da pele ou mucosa, através da aplicação de um 
germicida classificado como antisséptico. A descontaminação depende da 
associação de dois procedimentos: a degermação e a antissepsia. A degermação é 
a remoção de detritos, impurezas e bactérias que se encontram na superfície da 
pele, sendo utilizado para esse procedimento sabões e detergentes neutros. A 
antissepsia, como descrito acima, é a utilização de um antisséptico com ação 
bactericida ou bacteriostática que irá agir na flora residente da pele. Existem vários 
tipos de antissépticos com diferentes princípios ativos e diferentes veículos de 
diluição como degermante sólido(sabão) ou cremoso; aquoso ou alcoólico. Variam 
também na sua ação, concentração e tempo de efeito residual. 
 
Os antissépticos 
 
São indicados para a antissepsia das mãos dos profissionais e para pele ou 
mucosa do paciente em áreas onde serão realizados procedimentos invasivos ou 
cirúrgicos. Os antissépticos alcoólicos devem ser aplicados após a limpeza da área 
envolvida quando esta apresentar sujidade visível. 
 
Antissepsia das mãos antes de procedimentos cirúrgicos: 
• Instalações físicas: 
- pia; 
- escova c/ cerdas macias desinfetada e de uso individual ou descartável; 
- dispensador com sabão neutro ou antisséptico degermante; 
- dispensador com antisséptico alcoólico (obrigatório se não for usado 
antisséptico degermante); 
- compressas esterilizadas. 
 
• Técnica da antissepsia (escovação) das mãos: 
- retirar jóias e adornos das mãos e manter unhas aparadas e sem esmalte; 
- aplicar o sabão ou antisséptico degermante nas mãos (+ ou - 5 ml); 
21 
 
- iniciar com a escovação, somente nas unhas e espaços interdigitais, 
durante 01 minuto. 
Esfregar sem uso de escova, com as próprias mãos, a palma, dorso e 
antebraço do membro 
durante 04 minutos. Estabeleça uma seqüência sistematizada para atingir 
toda a superfície da mão e antebraço num tempo total de 05 minutos. Proceder a 
antissepsia no outro membro; 
- enxaguarabundantemente as mãos e antebraço com água corrente; 
- manter os braços elevados com as mãos acima do nível dos cotovelos; 
- fechar a torneira com o cotovelo, caso não tenha fechamento automático; 
- secar as mãos e antebraço com compressa estéril; 
- aplicar antisséptico alcoólico, obrigatoriamente se foi usado apenas sabão 
neutro para a esfregação. 
 
e) Manipulação de Instrumentos e Materiais Contaminados 
 
Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções 
e excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e 
mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de 
microrganismos para outros pacientes e ambientes. Todos os instrumentos 
reutilizados têm rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos 
ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou 
profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo 
realmente descartados e se em local apropriado. 
 
f) Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção 
 
Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, 
tesouras e outros instrumentos de corte tenham cuidado para não se acidentar. A 
estes materiais chamamos de instrumentos perfuro-cortantes. Eles devem ser 
descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser 
colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Nunca recape agulhas 
após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e 
22 
 
não as quebre ou entorte. Para a reutilização de seringa anestésica descartável ou 
carpule, recape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e 
pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a 
não utilizar a mão neste procedimento. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser 
transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja. 
 
 
 
 
 
 
g) Ambiente e Equipamentos 
 
Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de 
superfícies do ambiente e de equipamentos. Colabore na supervisão para conferir se 
estas medidas estão sendo seguidas. Proteja as superfícies do contato direto, como 
botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores com barreiras do tipo 
filme plástico (PVC), papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este 
procedimento impede a aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na 
hora da troca de barreiras entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do 
equipamento. 
 
h) Roupas e Campos de Uso no Paciente 
 
Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos corporais, 
secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços 
de saúde que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de 
lavanderia, própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas. 
 
i) Vacinação 
 
Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B 
e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de 
23 
 
todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. 
Vacina é proteção específica de doenças. Previna-se! 
 
j) Higienização do Ambiente 
 
A higiene tem como objetivo remover a sujidade. Entende-se que os 
resíduos retém microrganismos que podem, em algum momento, ser transmitidos 
tanto por contato direto como através de poeira suspensa no ar. Outro aspecto 
importante é o bem estar proporcionado por um ambiente limpo e organizado, 
mesmo sendo em instalações físicas simples. Antes de iniciar o processo de limpeza 
e desinfecção do ambiente, este deve ser organizado de modo que todos os objetos 
e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a limpeza, 
além de contribuir para as condições de trabalho da equipe. Lembramos ainda que 
as instituições de saúde tem o dever de dar o exemplo dos princípios básicos da 
promoção da saúde, que são: a higiene do ambiente, do corpo e dos alimentos. Por 
definição a limpeza é a remoção ou retirada de sujeira através de fricção de uma 
superfície com água e sabão ou detergente. Quanto maior o acúmulo de sujidade 
em uma superfície, maior será o tempo e força de fricção para sua remoção. Em 
ambiente fechado de assistência à saúde utiliza-se a varredura úmida, feita através 
de rodo e panos úmidos. Não se utiliza varrer ou espanar as superfícies para não 
dispersar partículas de poeira que podem se depositar nos artigos hospitalares, 
serem inaladas pela equipe e usuários, ou ainda, contaminar ferimentos expostos. 
O nosso ambiente de trabalho pode ser dividido em área física 
compreendendo o piso, paredes, teto, portas e janelas; o mobiliário compreendendo 
cadeiras, mesas, balcões, macas, bancadas e pias; e ainda, equipamentos 
eletroeletrônicos e artigos hospitalares específicos da assistência. O 
reprocessamento destes dois últimos será abordado no próximo capítulo. 
 
Área física: Mobiliário: 
Paredes Balcões 
Portas Cadeiras 
Área física: Mobiliário: 
Paredes Balcões 
24 
 
Portas Cadeiras 
 
A limpeza deve obedecer princípios básicos. São eles: 
 
• Periodicidade 
Limpeza concorrente que é aquela realizada diariamente e logo após 
exposição à sujidade. Inclui o recolhimento do lixo, limpeza do piso e superfícies do 
mobiliário geralmente uma vez por turno, além da limpeza imediata do local quando 
exposto à material biológico. 
Limpeza terminal que é aquela geral, realizada semanal, quinzenal ou 
mensalmente conforme a utilização e possibilidade de contato e contaminação de 
cada superfície. Inclui escovação do piso e aplicação de cêra, limpeza de teto, 
luminárias, paredes, janelas e divisórias. 
Indicação da rotina de limpeza terminal e concorrente de área física: 
• Área critica : semanal, duas vazes por turno; 
• Área semi-critica: semanal, uma vez por turno; 
• Área não-critica: mensal, duas vezes ao dia. 
• Seqüência 
 
- Como primeiro passo, recomenda-se o recolhimento do lixo; 
- Inicia-se a limpeza do local mais alto para o mais baixo, próximo ao chão; 
- Limpa-se a partir do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado; 
- Inicia-se pelo local mais distante dirigindo-se para o local de saída de cada 
peça. 
 
• Materiais 
Luvas de borracha, baldes(2), panos(2), rodo, escovas (para chão, 
sanitário), esponjas de aço, palha de aço, carrinho de limpeza, sacos de lixo 
(branco, verde e preto), papel higiênico, papel toalha. 
 
• Produtos químicos 
Sabão ou detergente, sapólio, hipoclorito de sódio 2% a 2,5% (alvejante 
como Q-Boa®, Clarina®, Alvex®), pinho ou outro desinfetante aromatizado para 
25 
 
sanitários, álcool 70%, ceras líquidas siliconadas de preferência anti-derrapante 
usadas na limpeza terminal de piso. 
 
• Técnica indicada 
Seguir a técnica dos dois baldes: 
1° Preparar um balde com a solução de água e sabão ou detergente 
equivalente a uma colher de sopa do detergente paracada litro de água. 
2° Preparar o outro balde com água pura para o enxágüe. Esta água de 
enxágüe deve ser renovada quando estiver suja. 
3° Aplica-se na superfície o pano com a solução de água e sabão, 
friccionando (força mecânica) para soltar a sujidade. 
4° Enxaguar o pano na água de enxágüe e aplicar na superfície removendo 
o sabão 
e a sujeira. 
5° Enxaguar o pano novamente, torcê-lo e aplicar na superfície removendo o 
excesso 
de umidade. Pode-se usar dois panos, um para cada balde, facilitando a 
técnica. 
 
 
 
 
Dicas importantes: 
Em ambiente fechado de assistênciaà saúde utiliza-se a varredura úmida, 
feita através de rodo e panos úmidos. Não se utiliza varrer ou espanar as superfícies 
para não dispersar partículas de poeira. No caso de limpeza de piso, parede e teto, 
podemos utilizar o rodo com o pano para executar a fricção. 
Para coleções de sangue, vômitos, urina e outros fluidos, indica-se a 
aplicação de hipoclorito 1 a 2%(alvejante) sobre a secreção, deixando agir por 
minutos antes de remover com trapos ou papel a serem desprezados no lixo ou 
então deve-se trocar a água de enxágüe que limpou o pano sujo. Em caso de 
superfície suja com sangue ressecado, aplicar água oxigenada líquida 10 volumes 
antes da limpeza. O hipoclorito puro pode também ser usado para remover manchas 
e mofo de superfícies (alvejamento). 
26 
 
Atenção: o hipoclorito corroe superfícies metálicas e desbota tecidos. 
Na limpeza do mobiliário é de fundamental importância que se recolha e 
guarde em locais específicos todos os objetos e materiais que ocupam as 
superfícies a serem limpas. Para superfícies metálicas, plásticas, fórmicas e de 
granito, indica-se a aplicação de álcool 70% após a limpeza para a desinfecção. 
De preferência para o mobiliário utilizamos baldes menores e panos 
específicos para esta finalidade. Se isso não for possível os baldes e panos devem 
ser lavados antes da limpeza de outro local. 
 
 
4 – RISCOS A EXPOSIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
4.1 TIPOS DE RISCO 
 
(Portaria do Ministério do Trabalho, ( MT ) Nº. 3214, de 08/06/78) 
9 Riscos de Acidentes 
9 Riscos Ergonômicos 
9 Riscos Físicos 
9 Riscos Químicos 
9 Riscos Biológicos 
9 Riscos Radioativos 
 
4.1.1 Riscos de Acidentes 
 
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em 
situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São 
exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, 
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento 
inadequado, etc. 
 
4.1.2 Riscos Ergonômicos 
 
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas 
características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando 
27 
 
sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual 
de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a 
responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos. 
 
4.1.3 Riscos Físicos 
 
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que 
possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões 
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, 
ultra-som, materiais cortantes e pontiagudos. 
 
4.1.4 Riscos Químicos 
 
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de 
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da 
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através 
da pele ou por ingestão. 
Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de acidentes inerentes 
às suas propriedades específicas. Devem ser consideradas todas as etapas de seu 
descarte com a finalidade, de minimizar, não só acidentes decorrentes dos efeitos 
agressivos imediatos (corrosivos e toxicológicos), como os riscos cujos efeitos 
venham a se manifestar a mais longo prazo, tais como os teratogênicos, 
carcinogênicos e mutagênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou 
inorgânicos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, teratogênicos. 
Para a realização dos procedimentos adequados de descarte, é importante a 
observância do grau de toxicidade e do procedimento de não mistura de resíduos de 
diferentes naturezas e composições. Com isto, é evitado o risco de combinação 
química e combustão, além de danos ao ambiente de trabalho e ao meio ambiente. 
Para tanto, é necessário que a coleta desses tipos de resíduos seja periódica. 
Os resíduos químicos devem ser tratados antes de descartados. Os que não 
puderem ser recuperados devem ser armazenados em recipientes próprios para 
posterior descarte. 
28 
 
No armazenamento de resíduos químicos devem ser considerados a 
compatibilidade dos produtos envolvidos, a natureza do mesmo e o volume. 
 
4.1.5 Riscos biológicos 
 
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, 
vírus, entre outros. 
Classificação de risco biológico: 
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 
a 4 por ordem crescente de risco (anexo 1), classificados segundo os seguintes 
critérios: 
9 Patogenicidade para o homem. 
9 Virulência. 
9 Modos de transmissão. 
9 Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes. 
9 Disponibilidade de tratamento eficaz. 
9 Endemicidade. 
 
4.1.6 Resíduos radioativos 
 
Compostos por materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos 
com baixa atividade provenientes de laboratórios de pesquisa em química e biologia, 
laboratórios de análises clínicas e serviços de Medicina Nuclear. São normalmente, 
sólidos ou líquidos (seringas, papel absorvente, frascos, líquidos derramados, urina, 
fezes, etc.). Resíduos radioativos, com atividade superior às recomendadas pela 
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), deverão ser acondicionados em 
depósitos de decaimento (até que suas atividades se encontrem dentro do limite 
permitido para sua eliminação). 
Procedimentos Específicos para o Descarte: 
9 Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos. 
9 Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à 
natureza do produto radioativo em questão. 
29 
 
9 Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos 
afiados, contaminados por radiação, em recipientes específicos, com 
sinalização de radioatividade. 
9 Os containeres devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de 
produto químico e concentração, volume do conteúdo, laboratório de 
origem, técnico responsável pelo descarte e a data do descarte. 
9 Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um 
local previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento. 
9 Considerar como de dez meias vidas o tempo necessário para obter um 
decréscimo quase total para a atividade dos materiais (fontes não 
seladas) empregadas na área biomédica. 
9 Pessoal responsável pela coleta de resíduos radioativos devem utilizar 
vestimentas protetoras e luvas descartáveis. Estas serão eliminadas 
após o uso, também, como resíduo radioativo. 
9 Em caso de derramamento de líquidos radioativos, poderão ser usados 
papéis absorventes ou areia, dependendo da quantidade derramada. 
Isto impedirá seu espalhamento. Estes deverão ser eliminados juntos 
com outros resíduos radioativos. 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
Os Procedimentos estabelecidos para a eliminação de rejeitos radioativos 
foram padronizados pela Norma CNEN-NE-6.05 (CNEN, 1985). 
O pessoal envolvido na manipulação desses rejeitos devem receber 
treinamento específico para realização dessa atividade, além de uma regular 
vigilância médico sanitária. 
 
 
5 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO À SAÚDE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
5.1EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
5.5.1 Luvas 
As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em 
procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções 
30 
 
(exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de 
artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material 
biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente,pois podem conter 
uma alta concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, 
antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender 
outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico 
aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para 
evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há 
repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis 
estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de 
borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente. 
 
5.1.1 Calçando Luva Estéril 
O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, 
para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por 
isso requer muita atenção. 
As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de 
manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a 
utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração 
endotraqueal, curativos extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o 
material de curativo. 
Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em 
locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas. 
Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em 
tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o 
fabricante. 
Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre 
uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação. 
Observe que existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. 
Elas existem para facilitar a abertura do papel, sem que ocorra o risco de 
tocar nas luvas e contaminá-las. Então, segure nas abas abra os dois lados que 
revestem as luvas. 
As luvas estão dispostas corretamente a sua frente, onde: a luva da mão 
direita está a sua direita, e a luva da mão esquerda, está a sua esquerda. Isso na 
31 
 
maioria dos fabricantes. A maioria das luvas não tem lado anatômico, mas ficam 
dispostas nesse sentido, devido a dobra existente do polegar. 
Agora, prepare-se para calçar a luva na mão dominante. Com sua mão não 
dominante, segure a luva pela face interna da luva (que vem dobrada 
propositalmente). 
Lembre-se: enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde 
a luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna. 
Agora, introduza os dedos da mão dominante, calmamente, procurando 
ajustar os dedos internamente. Realize esta etapa da melhor maneira possível, mas 
não se preocupe se os dedos ficarem mal posicionados dentro da luva. Continue o 
procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito 
arriscado tentar arrumar a posição dos dedos, você pode contaminá-la). 
Após esta etapa, introduza até que sua mão entre completamente na luva, 
sempre a segura. 
Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos 
colocar a luva na mão esquerda (não-dominante). Lembre-se, que agora estamos 
com uma luva estéril na mão dominante, não podemos tocar em lugares que não 
sejam estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor. Com 
a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por 
dentro da dobra existente). Esta dobra existente no punho da luva servirá de apoio 
para segurar a luva, sem que ocorra o risco de contaminar a luva. 
Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua 
mão esquerda (não-dominante) na luva, semelhante ao realizado na primeira, mas 
agora, com a cautela de não tocar com a luva na pele da mão esquerda ou em 
locais não-estéreis. 
Siga esta etapa, até introduzir toda a mão esquerda na luva. 
Agora, havendo a necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até 
mesmo melhorar o calçamento da luva, faça com ambas as luvas, porém evite 
manipular a luva na região dos punhos, caso esta não possua mais as dobras de 
segurança. 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.2 Máscaras, óculos de proteção ou escudo facial 
A máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em 
procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de 
respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante 
atividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem 
diâmetro de até 5µ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam 
nas superfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais, secreções e 
excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de 
materiais contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos 
são: broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda 
gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e 
atendimento odontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a 
manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo 
33 
 
ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato. As máscaras 
cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 µ de diâmetro. São de uso único, 
mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando 
úmidas ou submetidas a respingos visíveis. 
A proteção ocular formada por peça inteira que se adapta ao topo da cabeça 
ou parcial, tipo óculos, deve ser verificada quanto a sua adequação e indicação para 
produtos perigosos dispersos em nuvens, fumos, aerossóis ou lâmpadas que lesam 
o olho e suas estruturas. A depender da exposição química, física ou biológica, a 
indicação do protetor adequado deve ser atendida. Há muito existem lentes de 
protetores que são descritas como seletoras de impedimento para a luz ultra-violeta 
e são indicadas por exemplo para os que trabalham com transiluminadores ou 
setores com lâmpadas germicidas ultravioleta. 
 
 
5.1.3 Mascara/protetores respiratorios(respiradores) 
Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores 
orgânicos ou químicos. É indicado para entrar em quarto de isolamento de pacientes 
com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, doenças que são transmitidas via 
aérea quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar 
contendo os germes. Também é indicado no laboratório de microbiologia em 
técnicas de identificação do bacilo da tuberculose. Outra indicação para o uso do 
protetor respiratório, de um tipo específico, é no manuseio prolongado de 
glutaraldeído 2% usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado, 
desde que este protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura). 
Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. Seu uso também está 
indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável. 
É de uso individual, intransferível e reutilizável. Tem vida útil variável 
dependendo do tipo de contaminante, sua concentração, da freqüência respiratória 
34 
 
do usuário e da umidade do ambiente. Deve ser trocado sempre que se encontrar 
saturado (entupido), perfurado, rasgado ou com elástico solto, ou quando o usuário 
perceber o cheiro ou gosto do contaminante. Não deve ser feito nenhum tipo de 
reparo. Manusear com as mãos limpas e guardar em local limpo. 
 
Instruções de uso do protetor respiratório: 
- Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz; 
- Puxe o elástico de cima, passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das 
orelhas. Depois faça o mesmo com o elástico inferior, ajustando-ona nuca; 
- Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao 
formato do nariz; 
- Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador e assopre 
fortemente. O ar não deve vazar pelas laterais; 
- Para retirar, comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro; 
- Profissionais imunizados por sarampo e varicela não necessitam de 
proteção respiratória, devendo estes serem escalados para o atendimento de 
pacientes portadores destas doenças infecciosas. 
 
 
 
 
 
 
5.1.4 Avental 
O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade 
na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou 
contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será 
selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico 
ou tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas 
de expurgo. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos 
devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros 
pacientes ou ambientes. 
 
 
35 
 
5.1.5 Gorro 
O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham 
com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e 
proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o 
caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, 
otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades 
cirúrgicas. 
Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou 
do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados 
deve ser precedida de desinfecção, por 30minutos em solução de hipoclorito de 
sódio a 0,02% (10ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.6 Jaleco 
Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de 
proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a 
contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e 
fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado. 
_ São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o 
profissional; 
_ Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou 
fibra sintética (não inflamável); 
_ Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis; 
_ Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. 
NUNCA EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS; 
_ Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados 
objetos pessoais; 
36 
 
_ Devem ser descontaminados antes de serem lavados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.7 Calçado 
Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles 
fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evita-se os de tecido 
que umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo anti-
derrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de 
borracha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam 
alterações na saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o 
ambiente de trabalho. Elas se dividem em doenças profissionais ou tecnopatias, que 
são sempre causadas pela atividade laboral, e doenças do trabalho ou mesopatias, 
que podem ou não ser causadas pelo trabalho. As mais comuns são doenças do 
37 
 
sistema respiratório e da pele. Os cuidados são essencialmente preventivos, pois a 
maioria das doenças ocupacionais são de difícil tratamento. 
Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é 
exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou 
radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. Essa proteção pode ser 
na forma de equipamento de proteção coletiva (EPC) ou equipamento de proteção 
individual (EPI). Existem também medidas administrativas/organizacionais capazes 
de reduzir os riscos. As principais vias de absorção de agentes nocivos são a pele e 
os pulmões. 
No Brasil, a doença ocupacional é equiparada ao acidente de trabalho, 
gerando os mesmos direitos e benefícios. 
 
6.1 DOENÇA OCUPACIONAL E ACIDENTE DE TRABALHO 
Doença ocupacional é uma alteração na saúde do trabalhador causada por 
exposição excessiva a agentes químicos danosos em curto, médio ou longo prazo, 
quando isto ocorre, aparecem sob a forma de tumores malignos (câncer) ou lesões 
em órgãos, entre outros. Em geral, as doenças ocupacionais levam algum tempo 
para se manifestarem e, quando isso ocorre, aparecem sob a forma de tumores ou 
lesão em órgãos, entre outros. Já os acidentes de trabalho podem ser definidos 
como acidentes de ação imediata, provocada por situações adversas,. Englobam 
acidentes de trabalho, queimaduras, quedas, cortes e amputações de membros, 
contaminação com agentes biológicos, e outros. 
 
6.2 SAÚDE DO TRABALHADOR 
A Lei Orgânica da Saúde (Lei Federal 8080/90), em seu artigo 6º, parágrafo 
3º, regulamenta os dispositivos constitucionais sobre Saúde do Trabalhador como 
sendo: “... um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância 
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos 
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de 
trabalho.” 
Todo o empregador é obrigado a oferecer proteção adequada ao trabalhador 
no seu ambiente de trabalho. Para executar essa tarefa, a legislação exige que cada 
empresa tenha uma equipe técnica responsável por decidir e implantar processos de 
38 
 
segurança (engenharia, equipamentos e treinamentos de segurança) para os 
funcionários. 
Caso algum funcionário, comprovadamente, adquira uma doença 
ocupacional por falta de uso de equipamentos para sua proteção, a empresa – na 
figura de seu proprietário ou representante legal - assim como toda a equipe técnica, 
podem ser responsabilizados e sofrerem processo criminal pela lesão causada ao 
funcionário. Além disso, o funcionário pode solicitar indenização pelo dano causado. 
O trabalhador deve estar apto e treinado para desempenhar o seu trabalho e 
deve ser informada pela equipe dos riscos, severidade e as primeiras atitudes em 
caso de que os mesmos ocorram. 
 
6.3 PROBLEMAS COMUNS A EXPOSIÇÃO BIOLÓGICA 
 
a) Dermatite de Contato por Irritação 
A epiderme num primeiro contato com um agente irritante pode perder sua 
pequena camada de gordura, portanto sua barreira proteção inicial. Se o contato 
com o agente irritante for contínuo, (ou seja, ocorrer uma rotina de trabalho com o 
agente irritante), a camada córnea da epiderme será removida, permitindo que a 
derme fique exposta. 
Quando isso ocorre, o membro atingido pode passar a apresentar 
sangramento, infecções e lesões mais severas e em alguns casos, o trabalhador 
perde a capacidade de utilização do membro. Além disso, qualquer substância 
química terá acesso facilitado para a corrente sangüínea. Esse processo pode levar 
dias, semanas ou meses, dependendo do agente químico e da suscetibilidade do 
trabalhador. 
 
b) Dermatite ou Eczema de Contato Alérgico 
As alergias da pele, dentro ou fora do ambiente de trabalho, são muito 
freqüentes. No entanto, as dermatites alérgicas por contato com agentes químicos 
são tão ou mais freqüentes que as demais alergias. Não é raro encontrar 
funcionários que desenvolvem trabalhos com agentes químicos em ambientes 
controlados queixando-se de problemas de pele. Isso ocorredevido à sua 
suscetibilidade em relação ao agente químico (geralmente em baixas 
concentrações) ao qual ele está exposto. Em relação aos danos à pele, as 
39 
 
conseqüências da dermatite de contato alérgica são as mesmas das dermatites 
causadas por agentes irritantes, exceto pelo seu período de manifestação. Em 
algumas situações, a dermatite de contato alérgica pode se manifestar a partir de 
cinco dias ou até vários anos de exposição à substância química. É importante 
entender que o funcionário pode passar anos trabalhando com um certo agente 
químico e desenvolver um processo alérgico bastante severo de forma repentina. 
 
6.4 LISTA DE DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO DO 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
 
Elaborada em cumprimento da Lei 8.080/90 - inciso VII, parágrafo 3º do 
artigo 6º - disposta segundo a taxonomia, nomenclatura e codificação da CID-10 
Classificação Internacional de Doenças), através da Portaria Nº. 1339/GM em 18 de 
novembro de 1999. Ministro José Serra. 
Fatores de Risco, relacionados à Doença do Trabalho: 
 
6.4.1 Riscos no Sistema respiratório 
a) Cloro 
1. Rinite Crônica; 
2. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui “Asma 
Obstrutiva”, “Bronquite Crônica”, “Bronquite Obstrutiva Crônica”); 
3. Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Bronquite Química Aguda”); 
4. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores 
5. (“Edema Pulmonar Químico”); 
6. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS); 
7. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose 
Pulmonar crônica. 
8. Efeitos Tóxicos Agudos. 
 
b) Flúor ou seus compostos tóxicos 
• Conjuntivite; 
• Rinite Crônica; 
40 
 
• Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Bronquite Química Aguda”); 
• Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Edema Pulmonar Químico”); 
• Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose 
Pulmonar Crônica; 
• Erosão Dentária; 
• Dermatite de Contato por Irritantes; 
• Fluorose do Esqueleto; 
• Intoxicação Aguda; 
 
c) Iodo 
• Conjuntivite; 
• Faringite Aguda (“Angina Aguda”, “Dor de Garganta”); 
• Laringotraqueíte Aguda; 
• Sinusite Crônica; 
• Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Bronquite Química Aguda”) 
• Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Edema Pulmonar Químico”); 
• Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS); 
• Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose 
Pulmonar Crônica; 
• Dermatite Alérgica de Contato; 
• Efeitos Tóxicos Agudos; 
 
d) Manganês e seus compostos tóxicos 
• Demência em outras doenças específicas classificadas em outros 
locais; 
• Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais 
e de doenças físicas; 
• Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de 
doença, lesão e de disfunção de personalidade; 
41 
 
• Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado; 
• Episódios Depressivos; 
• Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”); 
• Parkisonismo Secundário; 
• Inflamação Coriorretiniana; 
• Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Bronquite Química Aguda”); 
• Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose 
Pulmonar Crônica; 
• Efeitos Tóxicos Agudos. 
 
e) Mercúrio e seus compostos tóxicos 
• Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais 
e de doença física; 
• Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de 
doença, lesão e de disfunção de personalidade; 
• Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado; 
• Episódios Depressivos; 
• Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”); 
• Ataxia Cerebelosa; 
• Outras formas especificadas de tremor ; 
• Transtorno extrapiramidal do movimento não especificado; 
• Encefalopatia Tóxica Aguda; 
• Encefalopatia Tóxica Crônica; 
• Arritmias cardíacas; 
• Gengivite Crônica; 
• Estomatite Ulcerativa Crônica; 
• Dermatite Alérgica de Contato; 
• Doença Glomerular Crônica; 
• Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por metais pesados; 
• Efeitos Tóxicos Agudos; 
 
42 
 
f) Substâncias asfixiantes: Monóxido de Carbono, Cianeto de Hidrogênio ou 
seus derivados tóxicos, Sulfeto de Hidrogênio (Ácido Sulfídrico). 
• Demência em outras doenças específicas classificadas em outros 
locais; 
• Transtornos do nervo olfatório (Inclui “Anosmia”); 
• Encefalopatia Tóxica Crônica (Seqüela); 
• Conjuntivite; 
• Queratite e Queratoconjuntivite; 
• Angina Pectoris; 
• Infarto Agudo do Miocárdio; 
• Parada Cardíaca; 
• Arritmias cardíacas; 
• Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Bronquite Química Aguda”); 
• Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e 
vapores (“Edema Pulmonar Químico”); 
• Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas; 
• Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose 
Pulmonar Crônica; 
• Efeitos Tóxicos Agudos. 
 
g) Sulfeto de Carbono ou Dissulfeto de Carbono 
• Demência em outras doenças específicas classificadas em outros 
locais; 
• Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais 
e de doença física; 
• Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de 
doença, lesão e de disfunção de personalidade; 
• Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado; 
• Episódios Depressivos; 
• Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”); 
• Polineuropatia devida a outras agentes tóxicos; 
• Encefalopatia Tóxica Crônica; 
43 
 
• Neurite Óptica; 
• Angina Pectoris; 
• Infarto Agudo do Miocárdio; 
• Ateroesclerose e Doença Ateroesclerótica do Coração; 
• Efeitos Tóxicos Agudos. 
 
h) Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mineral, Parafina e produtos ou resíduos 
dessas substâncias, causadores de epiteliomas primitivos da pele 
• Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão; 
• Outras neoplasias malignas da pele; 
• Neoplasia maligna da bexiga; 
• Dermatite Alérgica de Contato; 
• Outras formas de hiperpigmentação pela melanina: “Melanodermia”; 
 
6.4.2 Ruído e afecção auditiva 
• Perda da Audição Provocada pelo Ruído; 
• Outras percepções auditivas anormais: Alteração Temporária do Limiar 
Auditivo, Comprometimento da Discriminação Auditiva e Hiperacusia; 
• Hipertensão Arterial; 
• Ruptura Traumática do Tímpano (pelo ruído); 
 
a) Vibrações (afecções dos músculos, tendões, ossos, articulações, vasos 
sangüíneos periféricos ou dos nervos periféricos) 
• Síndrome de Raynaud; 
• Acrocianose e Acroparestesia; 
• Outros transtornos articulares não classificados em outra parte: Dor 
Articular; 
• Síndrome Cervicobraquial; 
• Fibromatose da Fascia Palmar: “Contratura ou Moléstia de Dupuytren”; 
• Lesões do Ombro: Capsulite Adesiva do Ombro (Ombro Congelado, 
Periartrite do Ombro); Síndrome do Manguito Rotatório ou Síndrome do 
Supraespinhoso; Tendinite Bicipital; Tendinite Calcificante do Ombro; 
44 
 
Bursite do Ombro; Outras Lesões do Ombro; Lesões do Ombro, não 
especificadas; 
• Outras entesopatias: Epicondilite Medial; Epicondilite lateral (“Cotovelo 
de Tenista”); Mialgia; 
• Outros transtornos especificados dos tecidos moles; 
• Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida a Drogas; Outras 
Osteonecroses Secundárias; 
• Doença de Kienböck do Adulto (Osteocondrose do Adulto do Semilunar 
do Carpo) e outras Osteocondropatias especificadas. 
 
b) Ar Comprimido 
• Otite Média não supurativa; 
• Perfuração da Membrama do Tímpano; 
• Labirintite; 
• Otalgia

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