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O LUCRO DE SALIM

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FACULDADES OPET 
BACHAREL EM CIÊNCIA CONTÁBEIS
O LUCRO DE SALIM
CURITIBA/PR
2017
MARIEL FELIPE CAMARGO
O LUCRO DE SALIM
Trabalho apresentado ao curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Opet – 6º Período – Noite à disciplina de Análise de Custos. 
	
 Professor: Moacir Carneiro Junior.
CURITIBA/PR
2017
O LUCRO DE SALIM:
Através da história relatada do muçulmano Salim, que constrói o seu patrimônio com muito suor e trabalho e ao ser indagado por um de seus filhos sobre o lucro das lojas de seu pai começa um intenso debate: o que é lucro?
Com o avanço do capitalismo e da globalização o mercado financeiro/negócios se tornou um ambiente de competições em que a busca do capital define a qualidade de vida. Para alcançar o sucesso e ser um empreendedor de sucesso criou-se metas a serem alcançadas, com uma lei de sobrevivência onde somente os mais fortes sobrevivem, neste contexto surge algo que se almeja e se busca para ter êxito que muitos o definem de “Lucro”.
Segundo dicionário da Editora Rideel temos alguns conceitos de lucro:
s.m. 1 Utilidade; vantagem; proveito. 2 Ganho livre de despesas; ganho; interesse. 3 Lucro bruto: diferença entre a compra e a venda, sem outras deduções ou acréscimos. 4 Lucro cessante: lucro que se devia obter, normalmente, de uma operação comercial que não se realizou, por motivos vários. 5 Lucro líquido: lucro que resulta da compra e venda, após dedução das despesas com ambas as operações (custo, juros etc.).
O lucro algo desejável por empreendedores carrega consigo uma série de fatores e divergências em sua definição, como o caso observado na história de Salim em que o filho com a teoria de uma faculdade de negócio estipulava uma definição e Salim dono do empreendimento tinha consigo outro modo de pensamento, divergências essas que se observam no dia-dia de empresas. 
Chang (1962, p. 639) define o lucro da empresa como "a quantia máxima que a firma pode distribuir como dividendos e ainda esperar estar tão bem no final do período como estava no começo."
GUERREIRO (1991,p.9) traz um quadro fazendo um detalhamento apontando as diferenças entre o Lucro Contábil e o Lucro Econômico:
	
	Lucro Contábil
	Lucro Econômico
	Parâmetro
	Mais objetivo
	Mais subjetivo
	Apuração
	Receitas realizadas pelas vendas e custos consumidos
	Incremento no valor presente do PL
	Avaliação dos Ativos
	Custos originais
	Valor presente do fluxo de benefícios futuros
	Aumento do PL
	Tem origem com o lucro
	O lucro é derivativo
	Ênfase
	Custos
	Valores
	Reconhecimento dos Ganhos
	Somente os realizados
	Realizados e não realizados
	Ajustes em função dos Níveis de preços de bens na Economia
	Não são efetuados
	São efetuados
	“Amarração do lucro”
	Distribuição dos dividendos
	Aumento da Riqueza
	“Goodwill”
	Não reconhece
	Reconhece
	Regras e Critérios
	Dogmáticos
	Econômicos
Desta forma pode-se dividir o lucro em dois segmentos o que dificulta a vida de um empreendedor, que busca como objetivo o lucro, que seria o sinônimo de uma riqueza acumulada, ou seja um aumento no seu patrimônio.
De forma sucinta o Lucro Econômico leva em consideração a Receita total subtraindo Custos Explícitos (Matéria Prima) e Custos Implícitos ( Aluguel). No Lucro Contábil temo apenas a Receita subtraindo os Custos Explícitos, não levando em consideração outros gastos.
Com os custos influenciando diretamente na margem de lucro a se obter eles possuem classificações distintas que alteram de forma significativa o resultado do exercício. 
Pode-se classificar de forma direta ou indireta, ou seja, na apropriação do produto na mensuração direta consegue-se obter uma quantidade definida de acordo com a quantidade de produtos, já no indireto se torna um trabalho mais complicado pelo fato de envolver fatores que não se pode obter precisão em sua enumeração, que geralmente acontecem em forma de rateios, que nem sempre se tem uma equação capaz de definir com precisão o resultado.
Quanto ao volume de produção temos as variáveis e fixos, como custos que independe do nível de produção ou de qualquer outro advento terá seu valor fixado não alterando, o que não ocorre na variável, visto que dele depende alguns fatores que irão influenciar no seu resultado.
Como um grande definidor de procedimentos em relação ao lucro da empresa temos o objeto de Custeio que leva em conta: Região, cliente, produto, processo, a atividade que no decorrer do processo irão definindo valores ao produto/serviço para buscar o lucro.
No método de Custeio temos uma subdivisão que influencia significativamente no resultado, que são eles: O método por absorção e Custeio direto.
No método por absorção os insumos absorvem os custos no processo de produção, com a produção gerando a riqueza da empresa, podendo os custos serem absorvidos de modo direto ou indireto por meio dos rateios. Como método de mensuração do lucro da empresa deve-se ter atenção no que consta as técnicas de rateio, pois as mesmas permitem que se altere valores para se atingir o resultado desejado. Contabilmente é o único método permitido para declaração do resultado da empresa.
No Custeio Direto a venda é o gerador de riqueza da empresa. Sendo um método gerencial, não servindo para bases de lei e fiscal.
Iudícibus, Marion e Pereira (2003, p. 143) relatam o conceito de lucro na sua abrangência: “Rendimentos resultantes do capital aplicado na empresa, pertencem a seus proprietários que nela investiram. Excesso de receita em relação à despesa. Remuneração do fator de produção gestão”.
No caso de Salim temos que em sua concepção o lucro era algo intangível, algo que vai além do dinheiro, mas leva em conta todo o patrimônio construído, como a formação de todos os seus filhos e a credibilidade construída junto aos seus clientes e fornecedores.
REFERÊNCIAS
Dicionário da Língua Portuguesa, Editora Rideel, 2006, São Paulo.
GUERREIRO, Reinado. Mensuração do resultado econômico. São Paulo: Caderno de Estudos FIPECAFI, 1991.
CHANG, Emily Chen. Business income in accounting and economics. The Accouting Review, Oct, 1962. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos, PEREIRA, Elias. Dicionários de Termos de Contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas. 2003.

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