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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
DOSVOX- UMA INOVAÇÃO EDUCACIONAL PARA OS DEFICIENTES VISUAIS
Por Lucinéia Alves da Rocha Silva – RU 1549049
Polo – Maringá-PR
Data 14/09/17
Fonte: https://www.google.com.br
O  Projeto DOSVOX nasceu em 1993, da dificuldade de Marcelo Pimentel, aluno do Curso de Informática da UFRJ em 1992, em estudar matérias que lidassem diretamente com o computador, e que eram razão de grande dependência de seus amigos e de seu pai. Incentivado por Mário de Oliveira, professor da disciplina de Cálculo Vetorial e Geometria Analítica, Marcelo aceitou a idéia de iniciar um projeto de iniciação científica visando desenvolver um sistema que fizesse o computador interagir com o usuário através da voz. É um sistema computacional, baseado no uso intensivo de síntese de voz, desenvolvido pelo Instituto Tércio Paciti (antigo Núcleo de Computação Eletrônica(NCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que se destina a facilitar o acesso de deficientes visuais a microcomputadores. Através de seu uso é possível observar um aumento muito significativo no índice de independência e motivação das pessoas com deficiência visual, tanto no estudo, trabalho ou interação com outras pessoas. Atualmente o projeto conta com mais de 80.000 usuários espalhados pelo Brasil, Portugal e América Latina.
Mesmo com a existência do sistema Braille de leitura e escrita, os deficientes visuais, apresentam dificuldades, no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem, por não disporem de meios para o acesso aos equipamentos de informática. Aos deficientes visuais com grau menos comprometido, fazendo uso de recursos didáticos e equipamentos especiais como lentes e escrita maiores, é possível realizar a leitura de textos impressos a tinta e braile. Vivendo e acompanhando esta 
realidade, alguns deficientes e profissionais do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade do Rio de Janeiro, criaram o sistema Operacional DOSVOX, o primeiro leitor de tela produzido no Brasil, emitindo aos deficientes visuais e cegos a utilização de um computador para desempenhar uma série de tarefas, possibilitando a sua independência e inclusão no estudo e mercado de trabalho. Esse aplicativo é utilizado por alunos desde o inicio do processo de alfabetização até o curso de doutorado, em diversas áreas do conhecimento como exatas, humanas, etc. para facilitar a comunicação com o computador, os alunos devem ter um conhecimento prévio da disposição das teclas do alfabeto e demais ícones do teclado. Todo acesso é feito pelo teclado, e o sistema de seleção por menus conduz o deficiente a uma operação com muito menos erros. Através do DOSVOX, é possível que qualquer pessoa realize a leitura e escrita das pessoas cegas, o que antes só era feito através do método Braille, o que dificultava muito, pois, raríssimas pessoas que enxergam conseguem ler ou escrever Braille isso acabava isolando as pessoas cegas: até então um cego só escrevia para outro cego ler. Se o cego precisasse ler um texto com escrita convencional, era necessário alguém que traduzisse para Braille ou lesse o texto, provavelmente gravando um áudio. Com o avanço da tecnologia tornou possível o rompimento dessas barreiras e muitas mais.
Com o uso de “scanners”, o cego pode ler escrita convencional (datilografada) diretamente. 
Através da Internet, qualquer documento de qualquer parte do mundo pode ser transmitido com um mínimo de esforço e custo muito baixo, e traduzido para “qualquer” língua. Desta forma, um texto do New York Times pode ser lido por um cego em português no mesmo momento em que o jornal sai nos Estados Unidos, em inglês, usando a tecnologia de tradução da web (ainda incipiente mas com rápido aperfeiçoamento). 
Instrumentos eletrônicos podem ser conectados ao computador, e um cego consegue fazer arranjos orquestrais e imprimir partituras. Existem hoje inúmeros cegos investindo pesado nesta área [Wonder, 98].
Um cego pode desenhar, usando o computador.
Um texto grande em Braille demorava horas para ser criado manualmente. Hoje demora minutos com o uso de impressoras Braille.
A cada versão disponibilizada, o ambiente Dosvox soma mais e mais aplicativos com funções bem distintas. Atualmente é composto por mais de 70 (setenta) programas, que se organizam nas seguintes funções:
Sistema operacional que contém os elementos de interface com o usuário;
Sistema de síntese de fala para língua portuguesa;
Editor, leitor e impressor/formatador de textos;
Impressor / formatador para Braille;
Aplicações para uso geral : caderno de telefones, agenda, calculadora, preenchimento de cheques, etc.;
Jogos diversos;
Utilitários de internet: FTP, acesso a WWW, um ambiente de "chat", um editor html, etc.;
Programas multimídia, como o processador multimídia (áudio midi CD), gravador de som, controlador de volumes, etc.;
Programas dirigidos à educação de crianças com deficiência visual;
Um sistema genérico de telemarketing, dirigido à profissionais desta área;
Ampliador de tela para pessoas com visão reduzida;
Leitores de janelas para Windows.
Durante os primeiros anos o produto foi comercializado a um preço baixo (70 dólares) e parte do lucro obtido revertido para o desenvolvimento do próprio sistema. Hoje o sistema é distribuído gratuitamente pela Internet, sendo seu desenvolvimento custeado principalmente com recursos internos do Núcleo de Computação Eletrônica. 
O DOSVOX não resolve todos os problemas, mas ajuda a resolver muitos deles: 
- a leitura e a escrita passam a ser acessíveis e compatíveis com as das pessoas que não são deficientes visuais; 
- a educação é alavancada pelo uso do computador; 
- novas possibilidades de trabalho podem agora ser almejadas; 
- diversas novas opções de lazer agora estão disponíveis; 
- a Internet e suas múltiplas opções podem ser muito exploradas através do DOSVOX.
O DOSVOX pode ser visto como uma ferramenta sem a qual as coisas ficam muito mais difíceis para o deficiente visual. Entretanto, para que ele possa continuar a ser efetivamente importante, são necessárias ações continuadas e, também, que sejam aplicadas ao maior número de deficientes visuais do nosso país. Isso depende do esforço de todos: é um esforço social e político, nunca dissociado do esforço de desenvolvimento técnico.

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