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FUNDAMENTO DAS CIENCIAS SOCIAIS

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FUNDAMENTO DAS CIENCIAS SOCIAIS
O homem é o único animal que vive no mundo e pensa sobre o mundo em que vive. Ao pensar, ele formula explicações acerca da realidade e dos fenômenos que o cerca.
Pode-se dizer então que as coisas não têm sentido em si. São os homens e que lhes dão sentido, através do conhecimento e da palavra, que sistematizados de alguma maneira, formam o conhecimento.
FORMAS DE CONHECIMENTO
MITO: O mito não é objetivo, assim como não se situa no tempo, fala das origens, sem, no entanto, referir-se ao contexto histórico. O mito pode transmitir de geração para geração, uma espécie de conhecimento sobre fenômenos da natureza e muito mais.
CONHECIMENTO RELIGIOSO
Apresentam de uma forma geral uma narrativa do sobrenatural e seus seguidores dever crer nas crenças e ter fé.
CONHECIMENTO FILOSOFICO
O conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento.
SENSO COMUM
O senso comum ou conhecimento espontâneo é a compreensão do mundo baseada no aprendizado acumulado de gerações anteriores. Segundo Arruda (2010), esse tipo de conhecimento nasce da tentativa do homem de resolver os problemas da vida diária. Daí esse tipo de saber implicar em juízos pessoais acerca das coisas, pois parte dos valores de cada indivíduo, mediante as situações vivenciadas.
Retomando a ideia de que as coisas por si só não têm sentido, sendo este atribuído a elas pelos homens, tratemos agora do senso comum, que é algum sentido dado coletivamente às coisas vividas. Para se orientar no mundo, o ser humano assume como certas e seguras diversas coisas, situações e relações entre fatos, coisas e situações.
Nem sempre o senso comum representa a realidade. É o caso daquele cidadão fumante que, respeitoso pelas regras de convívio, não fuma em ambientes em que haja outras pessoas, como um ônibus. Ele costuma esperar seu ônibus sem acender um cigarro, pois logo o ônibus chegará, deixando, assim, o prazer de fumar para depois da viagem. Se o ônibus, porém, demora a chegar, a falta de nicotina em seu organismo o deixará em estado de ansiedade que o levará a acender um cigarro. Como já se terá passado algum tempo de espera, o ônibus provavelmente já estará próximo e, assim, nosso amigo será surpreendido antes de acabar o cigarro. Como em sua experiência diária, pouco depois de acender o cigarro, é surpreendido com a aparição do ônibus, poderia supor que o fato de acender o cigarro causa a chegada do ônibus. O fenômeno observado por várias pessoas poderia estabelecer uma crença comum
na causalidade entre o ato de acender o cigarro e o ônibus chegar. Aí está um caso de armadilha que o senso comum pode conter.
Algo simples como observar coisas como esta contribuiu muito para que a humanidade estabelecesse mais uma diferença fundamental entre formas de pensamento humano, entre o senso comum e a ciência.
CIÊNCIA
A ciência é uma forma de conhecimento, ou seja, é um tipo de sistematização de discursos (logos). Não é só o modo como são organizados os discursos, mas o próprio discurso científico é que tem características próprias. Ele se refere a algo bastante especificado. Não se faz ciência sobre a vida em geral ou o mundo em geral. Faz-se ciência quando se delimita aquilo que se quer estudar, o objeto de que se quer tratar. O objeto não é apenas delimitado, é construído, pois trata-se de algo ideal, de uma representação.
Mesmo nas ciências em que o objeto parece bastante concreto, como a química, por exemplo, que lida com os elementos da natureza, o discurso é montado sobre uma abstração, uma representação. O discurso científico trata do ferro ou do manganês abstratamente, fala de suas propriedades, classifica-as, agrupa os elementos de acordo com suas propriedades. O químico diz, por exemplo, que o sódio, o lítio e o potássio têm propriedades semelhantes e, por este motivo, pode classificá-los em um mesmo compartimento de saber, em uma mesma unidade abstrata de conhecimento, em uma mesma coluna da tabela periódica. Esta delimitação é da ordem do discurso e não da experiência.
Evidentemente, a delimitação é resultado da experiência humana na lida com os elementos da natureza. E, além disso, os resultados das sistematizações dos discursos podem ser verificados em condições experimentais, isto é, em laboratórios. O que se procura verificar é se o discurso que se fez é verdadeiro, ou seja, se o que se disse é condizente com a realidade. E isto que se disse tem o nome de hipótese, outra palavra grega, que significa: (hipo: sob, embaixo de) + thesis (tese, proposição, ato de por). Isto é, a hipótese é um discurso que está, na hierarquia do conhecimento, abaixo da tese. Esta só existe depois da verificação pela experiência.
Na produção do conhecimento científico é necessário, também, que se haja com MÉTODO.
Método grego methodos: meta (por, através de) + hodos (caminho).
Método, assim, é o caminho que se deve trilhar para se obter determinado resultado desejado. No caso de que tratamos aqui, método científico é o caminho para se obter o CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
QUESTÃO DISCURSIVA
Leia o diálogo a seguir.
- Hoje o sol está de rachar!
- É verdade! Como pode uma bola de fogo menor que a Terra, que fica girando em volta da gente, fazer tanto calor?
- Que nada, homem! A Terra é menor do que o sol! É por isso que faz tanto calor!
A Ciência, recorrentemente, se defronta com raciocínios desse tipo, relacionado a falsas certezas. Demonstre as principais diferenças entre o pensamento científico e o senso comum e apresente, pelo menos, dois outros exemplos de convicções equivocadas decorrentes da utilização do senso comum e refutadas pela ciência.
Resposta: Senso comum e a compreensão do mundo baseada no conhecimento adquirido por gerações anteriores. E assistemático. Já o conhecimento cientifico e aquele que resulta de investigação metódica e sistemática da realidade. 
Como exemplo de senso comum temos o fato de que a sociedade achava que a Terra fosse plana. Outro fato são os hindus, que não comem carne de vaca, pois acreditam que esta e um ser divino.
Quando alguém se dispõe a preparar um bolo, sabe que tem que adicionar uma quantidade X de fermento à receita, para que o bolo cresça. Esse conhecimento foi transmitido por gerações a gerações e, de fato, resulta verdadeiro. Mas como e por que o fermento o faz crescer só é explicado por alguns indivíduos detentores de um conhecimento metódico e sistemático.
A partir da discussão estabelecida nesta atividade sobre senso comum e ciência, analise o fato acima descrito, reflita sobre ele e, se desejar, faça anotações a respeito em seu caderno.
Resposta: O conhecimento de senso comum é um tipo de conhecimento espontâneo, pois seu aprendizado é passado de geração a geração ao longo dos tempos. Ele se organiza a partir da necessidade do homem de enfrentar os desafios cotidianos. O conhecimento científico se distingue de outras formas de saber porque suas formulações são sistemáticas, baseadas em fatos verificáveis e controláveis por meio de experiências, chegando, por isso, a conclusões gerais e objetivas. Ele se constitui a partir do estabelecimento de métodos rigorosos de investigação e de um recorte específico de um objeto de estudo.
No exemplo citado, a técnica de feitura do bolo faz parte do senso comum, enquanto a descrição e análise dos elementos constitutivos desse alimento expressa o pensamento científico.
QUESTÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA:
"Foram os gregos que, rompendo com o senso comum, com a tradição e o misticismo, desenvolveram uma reflexão laica e independente, própria do espírito especulativo, que se debruçava sobre o mundo procurando entendê-lo em sua objetividade"(Cristina Costa. Sociologia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2005). Esse conhecimento, denominado filosófico, tem como importante característica:
A) A busca do entendimento do mundo por meio da separação entre as esferas do sagrado e do profano.
B) A compreensão do mundo por meio do aprendizado acumulado de gerações anteriores.C) A busca da comprovação das relações de causa e efeito entre os fenômenos observados.
D) A tentativa de explicar a realidade a partir de narrativas mitológicas.
E) A contínua busca do conhecimento por meio do questionamento, da reflexão.
Resposta: E
AS ASSIM CHAMADAS CIÊNCIAS SOCIAIS: A CONSTITUIÇÃO DE UM CAMPO DE CONHECIMENTO
Por Ciências Sociais entende-se o conjunto de saberes relativos às disciplinas de Antropologia, Ciência Política e Sociologia.[1: Antropologia - estuda as diferentes culturas do homem, os diversos grupos sociais, culturais ou étnicos e as transformações ocorridas em função da interação entre os grupos.][2: Ciência política - estuda os sistemas de poder, as instituições e os partidos políticos de um país, o comportamento e as políticas públicas em suas diversas fases (elaboração, implantação e avaliação).][3: Sociologia - investiga as relações sociais, as estruturas e a dinâmica das sociedades modernas, analisando os processos históricos de transformação das organizações sociais.]
As Ciências Sociais lidam não apenas com o que se chama de realidade, com fatos exteriores aos indivíduos, mas, do mesmo modo, com as interpretações que são feitas sobre a realidade. 
Elas buscam investigar as ações dos indivíduos em sociedade, suas crenças, sentimentos, representações, seus símbolos, linguagem, seus valores e cultura, as aspirações que os animam e as alterações que sofrem.
O objeto de estudo das Ciências Sociais são as relações que os homens estabelecem entre si vivendo em sociedade; isto é, não é algo objetivo, antes resultam de valores, costumes e representações histórico-culturais. De outro modo, indicam também a constante mudança dos acontecimentos analisados pelos cientistas sociais, seja pelo seu dinamismo e sua transformação no tempo e no espaço, seja porque são também subjetivos, uma vez que partem de significações dadas socialmente.
CIÊNCIAS NATURAIS
Estudam fatos simples, eventos isoláveis. Tais fenômenos seriam, por isso mesmo, recorrentes e sincrônicos, na medida em que podem ser vistos, isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de controle razoáveis, em um laboratório. A simplicidade, a sincronia e a repetitividade asseguram outro elemento fundamental às Ciências Naturais, qual seja: o fato de que a prova ou o teste de uma dada teoria possa ser feita por dois observadores diferentes, situados em locais diversos e até mesmo com perspectivas opostas. O laboratório assegura de certo modo tal condição de objetividade.
Os fenômenos podem ser percebidos, divididos, classificados e explicados dentro de condições de relativo controle e em condições de laboratório.
Alcança-se a objetividade científica.
As descobertas possibilitam o desenvolvimento de novas tecnologias.
CIÊNCIAS SOCIAIS
Nas Ciências Sociais, os eventos estudados têm determinações complicadas e que podem ocorrer em ambientes diferenciados, pois o laboratório é a sociedade, tendo por causa disso, a possibilidade de mudar seu significado de acordo com o ator, as relações existentes em um dado momento.
As Ciências Sociais não podem ser enquadradas em modelos de cientificidade de outras ciências, pois possuem uma racionalidade e especificidades próprias, relativas ao seu objeto de estudo. Nesse sentido, tal campo de saber não comporta métodos ou técnicas rígidas e rigorosas, nem fórmulas de aplicação imediata que garantam a obtenção de resultados objetivos e exatos. Assim, o que mais importa é a interpretação dos fenômenos, ou seja, não apenas os fatos por si só, mas a forma como se constituem esses fatos.
Os fenômenos são complexos.
As percepções são variadas, porquanto históricas.
O resultado prático é visto em livros, romances, arte, teatro, novelas, em que tais ideias podem ser aplicadas para produzir modificações no comportamento das pessoas – nos sistemas de valores.
Os fatos sociais são irreproduzíveis em condições controladas e, por isso, quase sempre fazem parte do passado.
São eventos, a rigor, históricos e apresentados de modo descritivo e narrativo, nunca na forma de uma experiência.
A SOCIEDADE EM NÓS: INDIVÍDUO E SOCIEDADE
A relação indivíduo e sociedade depende de um aprendizado ao qual chamamos socialização.[4: Processos por meio dos quais os seres humanos são induzidos a adotar os padrões de comportamento, normas, regras e valores do seu mundo social. Eles começam na infância e prosseguem ao longo da vida. A socialização é um processo de aprendizagem que se apoia, em parte, no ensino explícito e, também em parte, na aprendizagem latente – ou seja, na absorção espontânea de formas consideradas evidentes de relacionamento com os outros.]
É também por meio do processo de socialização que o sujeito aprende os elementos socioculturais do seu meio, tornando possível a perpetuação da sociedade e a transmissão da sua cultura de geração em geração.
Assim, a socialização pode também ser concebida como um elemento essencial da interação entre os indivíduos na medida em que as pessoas desejam fazer valer a sua autoimagem com a obtenção do reconhecimento dos outros.
ATIVIDADE
O menino selvagem de Aveyron
Em setembro de 1799 um menino, de cerca de 12 anos de idade, foi encontrado perto da floresta de Aveyron, Sul da França. Estava sozinho, sem roupa, andava de quatro e não falava uma palavra. Aparentemente fora abandonado pelos pais e cresceu sozinho na floresta. O menino, a quem lhe deram o nome de Victor, foi levado para Paris, onde ficou aos cuidados do médico Jean- Marc -Gaspar Itard. Durante cinco anos o Dr. Itard dedicou-se a ensinar Victor a falar, a ler, a se comportar como um ser humano, mas seus esforços foram em vão. Pouco progresso foi conseguido durante esse tempo. Victor nunca falou e aprendeu a ler somente uma palavra (leite). Não era mais o menino selvagem de quando fora encontrado, mas também, não se tornou humano.
Considerando a história de Victor, o que podemos concluir sobre o que acontece aos homens quando vivem isolados?
Resposta: Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade humana. A humanização do homem acontece em relação a outro homem. Indivíduos que sobrevivem isolados (isto é quase impossível), não se humanizam e não se transformam em seres sociais. Se isolado da sociedade, o "indivíduo selvagem" não chega sequer a aparentar humanidade, fica evidente ser um produto bastante diferente do "indivíduo social" como o conhecemos.
Muitas lendas e mitos relatam a história de heróis que, mesmo crescendo no isolamento, tornaram-se humanos – Rômulo e Remo, Tarzan, Mogli – e apresentaram comportamentos compatíveis com o resto da humanidade. Comparando estas personagens com o caso de Victor, seria possível ou não a eles apreenderem sozinho os comportamentos humanos? Por quê?
Resposta: Não seria possível o aprendizado de hábitos e costumes humanos vivendo no isolamento. Como vimos no exemplo de Victor, o ser humano necessita de outros seres humanos para realizar seu aprendizado. Neste sentido, ao adquirir cultura, o homem passa a depender muito mais do aprendizado do que a agir por meio de atitudes geneticamente determinadas.
Questão 1 (UEL 2012, com adaptações)
Leia o texto a seguir:
“Desde o início a criança desenvolve uma interação não apenas com o próprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros seres humanos. A biografia do indivíduo, desde o nascimento, é a história de suas relações com outras pessoas. Além disso, os componentes não sociais das experiências da criança estão entremeados e são modificados por outros componentes, ou seja, pela experiência social.” (BERGER, Peter L.; e BERGER, Brigitte. “Socialização: como ser um membro da sociedade”. In: FORACCHI, Marialice M.; e MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p. 200). A partir da análise do texto podemos concluir que:
I - Os indivíduos, desde o nascimento, sãoinfluenciados pelos valores e pelos costumes que caracterizam sua sociedade.
II - A relação que a criança estabelece com o seu corpo não deveria ser do interesse das Ciências Sociais, mas apenas da Biologia.
III - O fenômeno tratado pelo autor corresponde ao conceito de socialização, que designa o aprendizado, pelos indivíduos, das regras e dos valores sociais.
IV - As experiências individuais, até mesmo aquelas que parecem mais relacionadas às nossas necessidades físicas, contêm exclusivamente dimensões biológicas.
V - O desconforto físico que uma criança sente, como a fome, o frio e a dor, pode receber dos adultos distintas respostas de satisfação, dependendo da sociedade na qual eles estão inseridos.
Depois da sua análise, identifique a única alternativa que contém as premissas corretas. Anote a opção escolhida, em seu caderno e, em seguida, clique em GABARITO para conferir a resposta:
Apenas I, II e III estão corretas.
Apenas I, II e IV estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas I, III e V estão corretas.
Apenas III, IV e V estão corretas.
Resposta: D
Questão 2 (Concurso - – SEPLAG – Secretaria Municipal de Planejamento e Tecnologia e Gestão)
Ciente de que nossa visão é repleta de pré-noções e juízos de valor, a construção de um olhar sociológico principia com o estranhamento, ao se observar a realidade. Tal procedimento confronta o conhecimento do senso comum e possibilita a construção do conhecimento científico.
Analise o texto que você acabou de ler e identifique a opção que representa a proposta dessa reflexão (anote-a em seu caderno). Ao final, clique em GABARITO para conferir a resposta.
Buscar as suas próprias experiências para a explicação do conhecimento científico.
Estudar a realidade observada, segundo o critério teórico-metodológico.
Tomar decisões fundamentadas no conhecimento do cotidiano.
Fazer diferentes leituras do fato social, tomando por base o senso comum.
Considerar verdadeiras as explicações biológicas para o comportamento humano em sociedade.
Resposta: B
Questão discursiva: 
Roberto da Matta, célebre antropólogo brasileiro, mostra que os fenômenos que compõem a matéria-prima das Ciências Sociais são complexos. Explique por que razão existe essa complexidade.
Resposta: O antropólogo está reportando a complexidade que se dá nos fenômenos sociais. Em sua obra ‘Relativizando: uma introdução a Antropologia’, o autor mostra que as Ciências naturais podem montar um ambiente ideal para suas experiências, reproduzindo as mesmas reações em épocas diferentes. Por exemplo, um formigueiro que pode estar em seu laboratório. 
Nas relações sociais é muito mais complexo, pois não há exatidão, ainda que o cenário seja totalmente reproduzido em seus setores. Mesmo que se reproduza a parte física do experimento, jamais se consegue demonstrar a atmosfera, o clima daquele momento específico. Matta diz: temos de enfrentar nossa própria posição, história biográfica, educação, interesses e preconceitos. Desse modo, os resultados das ciências humanas são bem diferentes das ciências naturais.
Questão Objetiva:
As Ciências Sociais compreendem o conjunto de saberes relativos às áreas da Antropologia, da Sociologia e da Ciência Política. A Antropologia tem como principal preocupação a análise:
dos aspectos culturais da sociedade, como costumes e crenças de diferentes grupos sociais.
dos mecanismos de criação e legitimação do poder.
das relações estabelecidas entre os diversos fenômenos sociais
das relações econômicas que se estabelecem entre os Estados Nacionais.
das concepções filosóficas dominantes em determinada sociedade.
Resposta: A
A análise antropológica da cultura. O método etnográfico, o etnocentrismo e o
relativismo cultural.
O conceito de cultura
O conceito de cultura é uma preocupação intensa atualmente em diversas áreas do pensamento humano, no entanto a Antropologia é a área por excelência de debate sobre esta questão.
O primeiro antropólogo a sistematizar o conceito de cultura foi Edward Tylor que, em Primitive Culture, formulou a seguinte definição: "cultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade".
No sentido antropológico, portanto, a cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado. Ela, como os textos teatrais, não pode prever completamente como iremos nos sentir em cada papel que devemos ou temos necessariamente que desempenhar, mas indica maneiras gerais e exemplos de como pessoas que viveram antes de nós o desempenharam. Apresentada assim, a cultura parece ser um bom instrumento para compreender as diferenças entre os homens e as sociedades. Elas não seriam dadas de uma vez por todas, por meio de um roteiro geográfico ou de uma
raça, como equivocadamente pensavam os defensores do determinismo geográfico e do determinismo biológico, mas em diferentes configurações ou relações que cada sociedade estabelece no decorrer de
sua história.
O caso analisado pela antropóloga Margareth Mead diz respeito à questão de como determinadas culturas podem não enfatizar uma relação entre sexo e personalidade. Já em outras, o sistema cultural em torno da diferença sexual pode eleger o que chamamos de afetividade como um campo privilegiado de diferenciação entre os gêneros. Outra dimensão da vida social em que se expressam essas visões de masculino e feminino é a dimensão sexual do trabalho. O exemplo de diversas sociedades ajuda a esclarecer que, embora certas ideias vigentes em determinados lugares sociais relacionem certos trabalhos com um dos sexos, em outra sociedade a coisa se passa de modo muito distinto.
Margareth Mead mostra ainda que não existem, por exemplo, os chamados instintos. Estes são, de fato, resultados de nossa educação, de toda uma aprendizagem social. A autora afirma que até a amamentação pode ser transferida a um marido moderno por meio da mamadeira.
Muita gente ainda acredita que os alemães têm mais habilidade para a mecânica, que os judeus são avarentos, que os portugueses são trabalhadores, porém pouco inteligentes, que os ciganos são nômades por instinto e que os brasileiros herdaram a preguiça dos negros. Essa forma de pensar tem sido, ao longo dos anos, rejeitada pelos antropólogos que acreditam que nem as diferenças genéticas nem as ambientais são determinantes nas diferenças culturais.
A crítica ao determinismo geográfico
O determinismo geográfico, teoria desenvolvida por geógrafos do século XIX e início do XX, afirmava que as diferenças do ambiente condicionam a diversidade cultural. Essa ideia ganhou ampla popularidade e se disseminou entre o senso comum. Tal teoria foi muito criticada e perdeu forca. Isto significa dizer que o ambiente exerce a sua influência mais direta sobre a cultura material ou tecnológica, mas não nos aspectos imateriais da cultura, tais como valores, costumes, crenças etc.
Determinismo biológico
O Determinismo Biológico atribui as capacidades físicas e psicológicas do ser humano à sua etnia, nacionalidade ou o grupo ao qual pertence. Julga-se que um português é burro apenas por ter nascido em Portugal, que um japonês é inteligente e bom em matemática apenas por ter Nascido no Japão e ser de origem oriental, que um Brasileiro é preguiçoso simplesmente por ser Brasileiro.
Etnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo é um conceito antropológico que define o que ocorre quando um determinado indivíduo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou até mesmo por uma diferente forma de se vestir. Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldadede pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.
Quando penduramos um colar indígena para enfeitar a parede de nossa casa, não estamos traduzindo em nossos termos culturais os significados dos objetos feitos na cultura do outro? Os mesmos adornos não terão outro sentido na cultura de origem?
A prática etnográfica
Na segunda metade do século XIX esta metodologia foi questionada, afinal, como falar sobre uma cultura que nunca se viu? Como descrever eventos que nunca se vivenciou? Assim cunhou-se a prática etnográfica que é a metodologia característica da antropologia até os dias de hoje: o próprio antropólogo vai ao campo, entra no grupo, vivencia esta cultura diferente, deixa-se fazer parte deste dia a dia, registra esta vivência, retorna para sua própria cultura e finaliza seu trabalho de escrita que é o registro final desta experiência. 
Segundo François Laplantine, em Aprender Antropologia, a prática etnográfica consiste em
impregnar-se dos temas de uma sociedade, de seus ideais, de suas angústias. O etnógrafo é aquele que deve ser capaz de viver nele mesmo a tendência principal da cultura que estuda.
No entanto, não é nada fácil vivenciar uma outra cultura diferente da nossa. Por quê? Não sentimos nossa cultura como uma construção específica de hábitos e costumes: pensamos que nossos hábitos e nossa forma de ver o mundo devem ser os mesmos para todos! Naturalizamos nossos costumes e achamos o do outro "diferente". Diferente de quê? Qual é o padrão normal segundo o qual analisamos o "diferente"?
Geralmente estabelecemos a nossa cultura como o padrão, a norma. Assim tudo que é diferente é concebido como estranho, e mesmo errado. Tal postura é o que denominamos etnocentrismo.
Relativismo Cultural
Como podemos, então, combater essa tendência ao etnocentrismo, própria de toda sociedade?
Adotando a prática do relativismo cultural. Como observa Roberto da Matta (1993), esta é a postura, privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se aceitamos ou não está outra forma de ver o mundo, a Antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que ao seu jeito outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes.
Faz-se necessário o exercício da alteridade, ou seja, a postura de apreender a visão do outro na plenitude de seu significado. Alteridade pressupõe a valorização da diversidade cultural, da diferença. Dessa forma, não hierarquizamos formas e estilos de vida, mas reconhecemos que é justamente na variedade de formas de viver que reside a riqueza da vida humana.
Diversidade Cultural
Diversidade Cultural: Por diversidade cultural compreendem-se as diferenças culturais que existem entre os seres humanos. Há vários tipos, tais como: a linguagem, danças, vestuários e outras tradições como a organização da sociedade.
O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.
Multiculturalismo
O multiculturalismo é o reconhecimento das diferenças, da individualidade de cada um. Baseado na convivência de culturas diversas em uma mesma sociedade, buscando não hierarquizar as diferentes culturas coexistentes, reconhecendo a diferença como algo positivo.
Questão discursiva (adaptada do Vestibular 2012 – UNESP)
O artista holandês Albert Eckhout (c.1610 – c.1666) esteve no Brasil entre 1637 e 1644, na comitiva de Maurício de Nassau. A tela foi pintada nesse período e pode ser considerada exemplar da forma como muitos viajantes europeus representaram os índios que aqui viviam.
Analise a pintura identificando elementos que expressem esse olhar europeu sobre o Brasil. Inclua, na sua argumentação, a discussão estabelecida sobre etnocentrismo e relativismo cultural.
Resposta: Na ótica dos europeus os nativos eram vistos como seres perigosos, mais próximos aos animais, brutos, imbuídos de uma sexualidade descontrolada, primitivos, com uma inteligência restrita, iludidos pela magia, enfim, seres limitados que precisavam ser “civilizados” pela cultura europeia. Daí elementos presentes na pintura tais como o canibalismo. Esta visão revela o etnocentrismo dos europeus, que, ao enxergar o mundo a partir de sua própria cultura construía formas perversas de preconceito. Por isso é preciso relativizar, uma tentativa de construir descrições e interpretações dos fatos culturais a partir do que nos dizem e do que fazem os atores destes fatos culturais.
(Unioeste 2012) O relativismo cultural é um princípio segundo o qual não é possível compreender, interpretar ou avaliar de maneira significativa os fenômenos sociais a não ser que sejam considerados em relação ao papel que desempenham no sistema cultural.
Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que:
Relativizar é construir descrições exteriores sobre diferentes modos de vida. 
Relativizar é uma tentativa de construir descrições e interpretações dos fatos culturais a partir do que nos dizem e do que fazem os atores destes fatos culturais. 
Relativizar é uma defesa da homogeneidade cultural. 
É o reconhecimento da unidade biológica da espécie humana. Através dessa unidade biológica podemos explicar as realidades culturais e o comportamento das pessoas. 
O relativismo defende que todas as culturas tendem a se assemelhar com o passar do tempo, e que ao difundir nossos hábitos estamos colaborando com esse processo.
Resposta: B
(Interbits 2012 – adaptada) Leia o trecho da música Canto para minha morte, de Raul Seixas.
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Seixas, Raul. Canto para minha morte. In: Há 10 mil anos atrás. [LP] Philips, 1976.
Podemos dizer que a morte corresponde a um atributo universal dos seres vivos. Entretanto, há diversas formas de abordá-la. Sobre a forma como a Sociologia e a Antropologia abordam o tema, assinale a alternativa correta.
A morte é a parte essencial da vida. Entretanto, a Sociologia e a Antropologia estão comprometidas em fazer com que a morte violenta deixe de existir. 
A Sociologia e a Antropologia consideram que a morte pode ser representada e compreendida de formas muito diversas, dependendo da cultura, da sociedade e da religião dos indivíduos. 
Não são as Ciências Sociais, mas a Medicina e a Biologia que devem estar preocupadas com o problema da morte. 
A Sociologia e a Antropologia estão preocupadas em fazer uma catalogação dos tipos de morte humana, como o suicídio, o assassinato e o genocídio. 
Todas as sociedades possuem medo da morte. É por isso que elas criaram a religião, que é uma forma de controlar esse medo.
Resposta: B
Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:
Em 1883, Franz Boas foi estudar os esquimós e passou um tempo convivendo com eles.
O autor fez as seguintes observações no seu diário:
"Frequentemente me pergunto que vantagens nossa "boa sociedade" possui sobre aquela dos "selvagens" e descubro, quanto mais vejo de seus costumes, que não temos o direito de olhá-los de cima para baixo. Onde, entre nosso povo, poder-se-ia encontrar hospitalidade tão verdadeira quanto aqui ... Nós, "pessoas altamente educadas", somos muito piores relativamente falando ... Creio que, essa viagem tem para mim uma influência valiosa, ela reside no fortalecimento do ponto de vista da relatividade de toda formação (...)" (Trecho extraído do livro Antropologia cultural/Franz Boas. Celso Castro (org). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004).
(i)	Identifique e explique que método antropológico foi utilizado pelo autor em sua pesquisa?
Resposta: Etnografia, que busca estudar aspectos culturais de um povo ou determinado individuo através da coleta de dados. Ou seja, através da experiência de convívio entre o antropólogo e o objeto do estudo.
(ii)	Elabore uma análise sobre relativismo cultural a partir das observações feitas por Franz Boas.
Resposta: Franz nos mostra atravésdas análises feitas, que mesmo que as pessoas considerem que existam sociedades mais evoluídas que as outras, no fim todas são evoluídas a seu modo. Ele deixa bem claro o relativismo cultural que parte do princípio que cada cultura se expressa de formas diferenciadas. Portanto conclui-se que cada ação do ser humano deve ser julgada a partir de sua cultura. 
Questão de múltipla escolha
O criminoso nato seria caracterizado por uma cabeça com pronunciada assimetria craniana, fronte baixa e fugidia, orelhas em forma de asa, zigomas, lóbulos occipitais e arcadas superciliares salientes, maxilares proeminentes (prognatismo), face longa e larga, apesar do crânio pequeno, cabelos abundantes, mas barba escassa, rosto pálido". (Cesare Lombroso, psiquiatra italiano.) A descrição acima evidencia um tipo de pensamento típico do século XIX, no qual características biológicas (fenotípicas, somatológicas) determinariam comportamentos sociais. Como ficou conhecido, na Antropologia, esse tipo de pensamento?
Determinismo social
Determinismo geográfico
Determinismo biográfico
Determinismo biológico
Determinismo cultural
Resposta: B
Diversidade cultural e globalização
Conforme estudado no capítulo anterior, em todas as sociedades humana percebemos a existência de diversos hábitos, costumes, linguagem, estilos de vida. Essa multiplicidade de formas de ver, sentir e se inserir no mundo denomina-se diversidade cultural.
Como consequência das grandes transformações verificadas com a expansão do processo de
globalização nas últimas décadas, o mundo tornou-se, cada vez mais, marcado pela diversidade cultural e a convivência de diferentes formas de agir, de padrões culturais, de estilos de vida.
Esse processo, definido por Anthony Giddens com o "a intensificação de relações sociais mundiais que unem localidades distantes de tal modo que os acontecimentos locais são condicionados por eventos que acontecem a muitas milhas de distância e vice-versa", colocou em contato, principalmente através das tecnologias de mídia, povos e culturas distintas.
Contudo, devemos notar que esse processo foi liderado pelos Estados Unidos da América, que impôs seu modelo de vida como o padrão a ser seguido pelos outros países, provocando movimentos contestatórios a esse domínio, denominados movimentos antiglobalização. Esses movimentos que buscam não apenas combater o domínio econômico e cultural norte-americano, mas também propor novas formas de organização do mundo, com base na valorização das diferenças étnicas e culturais entre os povos do planeta.
Multiculturalismo
É no quadro acima descrito que se impõe a ideia de multiculturalismo, que preconiza a interação entre as diferentes culturas, sem hierarquização de saberes e modos de vida. Desta forma, o multiculturalismo pressupõe uma visão positiva da diversidade cultural, privilegiando o reconhecimento, valorização e incorporação de identidades múltiplas nas formulações de políticas públicas e nas práticas cotidianas.
Como apontado no capítulo 2 do livro didático (ver bibliografia básica), "a despeito dos desafios impostos pelo mundo globalizado, é preciso que reconheçamos a necessidade do convívio em uma sociedade cuja realidade é multicultural. Para tanto, devemos, mais do que respeitar, valorizar as diferenças próprias de cada indivíduo".
Questão discursiva
Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:
Em plena Nova York surge um Capitão-América diferente: Seu nome é Vishavjit Singh.
Ele é praticante do Siquismo, uma religião indiana e uma das características dos sikhs (os praticantes dessa religião) é o uso do turbante.
Vestido de Capitão América e usando um turbante azul na cabeça ele diz: "Quero desafiar as percepções das pessoas, elas tomam um choque quando me veem".
Singh é um engenheiro de software pela manhã e um cartunista apaixonado à noite. Em suas histórias em quadrinhos, que ele expõe em um site da internet chamado SIKHTOONS.COM, ele já havia inventado o super-herói de turbante. Seus cartoons descrevem como é a vida dos sikhs nos Estados Unidos, enfocando o patriotismo que ele sente pelo país em que nasceu (ele é americano) e o orgulho pela religião a qual pertence.
Vishavjit criou o personagem do Capitão-América de turbante juntado os aspectos culturais das sociedades americana e indiana, para assim lutar contra a intolerância. Diz ele: "Eu percebi que eu tinha que desenhar algo novo e o novo filme Capitão América me deu uma ideia. Que tal um super-herói que tem uma barba e um turbante e que luta contra a intolerância?" Confundido com sendo um muçulmano e alvo de intolerância, Vishavjit resolveu desafiar as pessoas e dar um passo além: não só desenhou como se vestiu com as roupas de seu personagem. "Quando eu coloquei a fantasia pela primeira vez, foi um dos dias mais incríveis da minha vida, foi como se um interruptor tivesse sido ligado, estranhos estavam me abraçando, policiais me pediam fotos, eu estava sendo arrastado para casamentos". 
Texto traduzido e adaptado de http://www.bbc.com/news/magazine-30941638 (01/2015) e http://www.huffpostbrasil.com/entry/red-white-and-beard-documentary_n_6509368 (01/2015)
A matéria acima retrata as contradições de um fenômeno contemporâneo chamado multiculturalismo.
Em que consiste esse fenômeno?
Resposta: O multiculturalismo baseia-se no reconhecimento das diferenças como algo positivo, na convivência de diversas culturas em uma sociedade sem hierarquização ou dependência destas.
Apresente, justificadamente, exemplos de ações na sociedade contemporânea em que se verifique a valorização da diversidade cultural.
Resposta: Podemos citar políticas públicas de inclusão de setores da sociedade que historicamente foram tratados de maneira desigual, como adoção de cotas raciais em universidades, reconhecimento das uniões homoafetivas, valorização da cultura indígena, entre outras.
Questão de múltipla escolha:
Leia o artigo transcrito da Constituição da República Federal: "Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
§1° O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afrobrasileiras e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional."
(BRASIL. Constituição [1988]. Constituição da República Federativa do Brasil. 31. ed.
São Paulo: Saraiva, 2003. p. 134.) É correto afirmar que no artigo transcrito a Constituição Federal:
Impõe restrições para o exercício da interculturalidade.
Propõe um modelo para apresentação de projetos culturais.
Orienta o processo de homogeneização e padronização cultural.
Estimula o investimento estatal que visa evitar o hibridismo cultural.
Reconhece a existência da diversidade cultural e da pluralidade étnica no país.
SOCIOLOGIA À FRANCESA
Auguste Comte
Comte passou a estudar as possibilidades de esboçar, em teoria, um modelo ideal de sociedade organizada. Em 1822, publicou Plano de Trabalhos Científicos para Reorganizar a Sociedade. Em 1848, criou uma Sociedade Positivista, que teve muito adeptos e influenciou o pensamento de teóricos por todo o mundo.Na obra Discurso sobre o Espírito Positivo, escrita em 1848, Comte afirma que o espírito positivo, que compreende a inteligência, os sentimentos e as ações positivas, é maior e mais importante que a mera cientificidade, que abrange somente questões intelectuais.
Segundo alguns especialistas, o filósofo francês Auguste Comte foi, na verdade, o fundador da Filosofia Positiva e pai da Sociologia, uma vez que nomeou tal ciência. Influenciado por Saint-Simon, elaborou sua concepção da Ciência Social que chamou primeiramente de Física Social e, depois, Sociologia.
Comte pregava ferozmente a expulsão dos mitos, da religião e de toda e qualquer crença e conhecimento metafísico, embora tenha fundado o positivismo como uma religião operando uma sacralização do racional.
O positivismo de Auguste ComteA partir do positivismo emergiu a ciência da sociedade, a saber, a Sociologia. Essa corrente de pensamento refletia o entusiasmo burguês pela consolidação capitalista, por meio do desenvolvimento industrial e científico. Aliás, o próprio nome positivismo demonstra este entusiasmo, à medida que se opõe diretamente ao termo negativismo.
Os traços mais marcantes do positivismo são, certamente, a excessiva valorização das ciências e dos métodos científicos, a exaltação do homem e suas capacidades e o otimismo em relação ao desenvolvimento e progresso da humanidade.
A importância de sua obra reside, sobretudo, na definição do objeto de estudo da Sociologia, na construção de conceitos e de uma metodologia de investigação. Além disso, o positivismo, criado por Comte, ao definir a especificidade do estudo científico da sociedade, conseguiu distinguir a Sociologia de outras ciências estabelecendo um espaço próprio à ciência da sociedade.
Comte acredita que o único meio de pôr fim à crise é acelerar o devir, criando o sistema de ideias científicas que presidirá a ordem social vigente. Comte pretende uma unidade humana e social. Considerava como um dos pontos altos de sua Sociologia a reconciliação entre a ordem e o progresso, pregando a necessidade mútua destes dois elementos para a nova sociedade.
Comte trata a Sociologia como a ciência mais complexa, uma vez que nos fenômenos sociais estão presentes tantos outros fenômenos de ordem psíquica, biológica, natural. Daí ser o fim essencial de toda a Filosofia Positiva. Comte classificou as ciências com base em um duplo critério, um histórico e, o outro, sistemático. Desta forma qualificou as ciências em: Matemática, Astronomia (Mecânica Universal), Física, Química, Biologia e Sociologia. O critério que estabeleceu foi o de ordenar do mais simples ao mais abstrato.
Vale dizer que as ideias positivistas justificaram o avanço imperialista europeu sobre a África e a Ásia; porém, o positivismo não foi capaz de resolver a crise daquela sociedade europeia, na qual nem todas as pessoas participavam da sociedade positiva nem usufruíam dos seus benefícios, já que a riqueza de poucos convivia com a pobreza de muitos e essa maioria também não tinha acesso aos bens culturais, educacionais etc.
As instituições que mantêm a coesão e garantem o funcionamento da sociedade, por exemplo, família, religião, propriedade, linguagem, direito etc. seriam responsáveis pelo movimento estático da sociedade. Comte privilegia a dimensão do estático sobre o dinâmico, ou seja, a conservação sobre a mudança. No seu modo de ver, o progresso deveria aperfeiçoar os elementos da ordem e não destruí-los. Nenhum fato social poderá ser observado isoladamente.
A influência do positivismo no Brasil
A inscrição Ordem e Progresso, sempre em verde, é uma forma abreviada do lema político positivista cujo autor é o francês Auguste Comte: O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim
O surgimento da sociologia científica: David Émile Durkheim
Considerado um dos fundadores da Sociologia científica, sem dúvida, sua maior contribuição foi o estabelecimento de um método e objeto de estudo próprio à investigação social. Além disso, ao combinar a pesquisa empírica com a teoria sociológica, Durkheim consolidou definitivamente a Sociologia como disciplina acadêmica.
Os fatos sociais: fixos e não fixos
Quando se diz que são fatos sociais fixos ou não fixos significa que podem se apresentar de duas maneiras diferentes: como maneiras de agir ou como maneiras de ser.
Há uma relação importante entre esses dois tipos de fenômenos. Muitas vezes um movimento social se inicia como maneira de agir e pode vir a se fixar e estabelecer (se institucionalizar) e daí se tornar uma maneira de ser.
Exemplo: Por exemplo, um movimento religioso de caráter momentâneo (um grupo de pessoas que se reúne para ouvir um líder carismático, por exemplo) pode vir a se estabelecer como uma nova religião organizada, estável e permanente.
Teríamos bons exemplos também no caso da língua que falamos. A língua portuguesa, em sua versão formal, apresenta uma série de padrões e regras fixos, estáveis e, até mesmo, codificados. Nesse aspecto, seria uma maneira de ser.
Por outro lado, a língua usada no dia a dia é viva e está em constante processo de transformação. Novas palavras, gírias, novas sintaxes, novas formas verbais surgem o tempo todo. Nesse aspecto, a língua estaria recheada de maneiras de agir passageiras e efêmeras.
É interessante observar que muitas dessas, digamos, maneiras de agir linguísticas se transformam em maneiras de ser à medida que vão sendo incorporadas à língua padrão, à gramática e ao dicionário. Basta lembrar-se da história da forma de tratamento vossa mercê, que se transformou em vosmecê, depois em você (já incorporado) e que hoje, pelo menos em Minas Gerais, é cê.
A dualidade dos fatos morais
Fatos morais ou sociais são externos em relação aos indivíduos e, portanto, são estranhos a eles em alguma medida. No mínimo, são coisas que não foram criadas pela pessoa e assim podem diferir mais ou menos de seu pensamento. Além disso, esses fatos externos e estranhos têm a capacidade de exercer coerção, isto é, podem se impor aos indivíduos como uma obrigação.
Desse ponto de vista, a sociedade, as regras e a moral aparecem como realidades que constrangem o indivíduo, que limitam a sua ação e a possibilidade de realização de suas vontades. Viver em sociedade representaria, assim, um sacrifício ou, no mínimo, um incômodo.
Mas esse é apenas um dos lados da questão. Se a sociedade e a moral só tivessem esse lado negativo e coercitivo, seria muito difícil explicar a existência da ordem social.
Os fatos sociais ou morais não são apenas obrigações desagradáveis que temos que seguir independentemente de nossa vontade. São também coisas que queremos e necessitamos. Nesse caso, a coerção deixa de se fazer sentir, se transforma em respeito. Aquilo que antes era uma obrigação se transforma em um dever. Algo que poderia ser visto como um sacrifício passa a ser visto como um prazer.
Regras relativas à observação dos fatos sociais
Ao definir o método de observação dos fatos sociais, Durkheim afirma que toda explicação científica exige que o pesquisador mantenha certa distância e tenha neutralidade em relação aos fatos. Para ele, os valores e sentimentos pessoais podem distorcer a realidade dos fatos, prejudicando a objetividade da análise. Portanto, o sociólogo deverá manter-se neutro ante o fato observado.
Regras relativas à distinção entre o normal e o patológico
Uma questão de essencial importância no pensamento de Durkheim é a crença na coesão e harmonia social. A força dessa ideia reside na perspectiva de que a sociedade é um organismo vivo, é um tecido de inter-relações entre órgãos e funções que respondem a certas necessidades fundamentais, assegurando, assim, sua manutenção e estabilidade.
Durkheim parte, pois, do princípio de que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da sociedade, e que essa harmonia é conseguida por meio do consenso social; dessa forma, a saúde do organismo social se confunde com a generalidade dos acontecimentos.
Podemos denominar 'condutas anômicas' aquelas que o indivíduo adota quando se vê privado das referências normativas e dos controles que organizam e limitam seus desejos e aspirações - são condutas marginais e, de um modo geral, ligadas à violência.
Um exemplo clássico é dos jovens chilenos que sofreram um trágico acidente nas Cordilheiras dos Andes, em 1972. Sem comida ou quaisquer possibilidades de sobrevivência, foram obrigados pelas circunstâncias incomuns a praticar o canibalismo.
Coesão, solidariedade e consciência coletiva
A definição de consciência coletiva aparece pela primeira vez no livro Da divisão social do trabalho, obra publicada por Durkheim, em 1893. Trata-se do conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade que forma um sistema determinadocom vida própria.
Ela revelaria o tipo psíquico da sociedade, que não seria apenas o produto das consciências individuais, mas algo diferente, que se imporia aos indivíduos e perduraria através das gerações.
Quanto maior for o espaço ocupado pela consciência coletiva em relação à consciência total das pessoas em uma sociedade, maior a coesão. Isto é, quanto maior a consciência coletiva, mais os indivíduos se parecem uns com os outros e, portanto, se ligam, se aproximam pelo que têm em comum.
Questão discursiva:
O conhecimento científico opõe-se ao senso comum e seu ideal está baseado na concepção segundo a
qual a ciência é uma representação da realidade tal como ela é em si mesma. Acredita-se, portanto, em
uma objetividade, isto é, um conhecimento que procura as estruturas universais e necessárias das coisas
investigadas. Nesse sentido, a corrente positivista comteana buscou relacionar as ciências naturais com a
Sociologia emergente do século XIX, com o propósito de legitimar definitivamente a Sociologia como
ciência. Tendo como norte esta perspectiva:
(I) Explique como Comte concebeu a ciência da sociedade.
Resposta: Neste sentido, os traços mais marcantes do positivismo são, certamente, a excessiva valorização das ciências e dos métodos científicos, a exaltação do homem e suas capacidades e o otimismo em relação ao desenvolvimento e progresso da humanidade.
(II) De acordo com a Lei dos Três Estados aponte as fases pelas quais podem passar as sociedades
humanas, descrevendo suas características principais.
Resposta: Estado teológico, que baseia-se em explicações transcendentais, sintetizando na figura de um Deus ou Deuses. Metafísico, que substitui a divindidade por forças abstratas e positivo, que concentra-se nas explicações científicas.
Questão de múltipla escolha:
De acordo com Auguste Comte existem dois movimentos sociais responsáveis pela evolução da
sociedade. Um deles é responsável pela conservação e preservação da organização social e o
outro pelas transformações e mudança da estrutura social. Esses dois movimentos correspondem,
respectivamente à:
A) Dinâmica social e igualdade social
B) Ordem social e estática social
C) Estática social e dinâmica social
D) Dinâmica social e revolução social
E) Dinâmica social e estática social
Resposta: C
Questão discursiva:
Émile Durkheim procurou definir o objeto de sua sociologia. Em seguida procurou estabelecer certas distinções entre fenômenos normais e fenômenos tidos como patológicos. Nesse sentido, leia atentamente o texto abaixo e responda as questões propostas.
A corrupção nossa de cada dia (El País/Brasil, 04/12/2013)
No Brasil, basta um escândalo estampar as manchetes dos jornais para que os comentaristas de plantão vociferem palavras de ordem na internet em que exigem, até, a pena de morte para os corruptores. Mas esses mesmos gritos raivosos aceitam, pacificamente, os pequenos crimes que eles próprios e muitos conhecidos praticam no dia a dia, sem nem mesmo perceber que o “jeitinho” do cotidiano também é uma forma de corrupção.
Na última semana, um cartaz colado em um muro de uma grande avenida de São Paulo perguntava aos passantes: “Habilitação suspensa”. O anúncio, que desrespeitava a lei Cidade Limpa, legislação municipal que proíbe a colocação de cartazes em locais públicos, trazia um número de telefone e oferecia um serviço: dar um “jeitinho” nos pontos obtidos na carteira de motoristas que tiveram suas licenças para dirigir retiradas por causa do excesso de multas recebidas no trânsito. O trabalho poderia aliviar a barra de pessoas que dirigiram acima do limite de velocidade, andaram “só por alguns minutos” na faixa exclusiva de ônibus ou que beberam além dos limites permitidos antes de assumir o volante. Tudo justificado pelos receptores da multa com argumentos como a pressa e a falta de transporte público barato e de qualidade durante as madrugadas. Muitas dessas pessoas, inclusive, podem até ter comprado a carteira de motorista, pagando uma propina para que o fiscal que realiza a prova prática ajudasse na tarefa.
O “jeitinho” brasileiro se estende para além do trânsito. Em pleno centro de São Paulo, a maior cidade do país, é possível comprar diplomas falsos que permitem a participação em concursos públicos e, mais comum ainda, atestados médicos, para justificar ausências mais prolongadas no trabalho. Também é possível, sem nem mesmo sair de casa, “roubar” o sinal da TV à cabo do vizinho, sem que ele saiba, ou comprar um aparelho decodificador de sinal pela própria internet e usá-lo para sempre sem ter que pagar mensalidade às operadoras, que, afinal, “cobram muito caro”. A prática é tão institucionalizada que tem até nome: “o gato net”.
Mas a corrupção diária pode ser Mas a corrupção diária pode ser ainda mais grave. A previdência social, uma das áreas mais afetadas pelo “jeitinho”, descobriu, apenas em 2013, 56 fraudes que causaram um prejuízo de 82 milhões de reais aos cofres públicos, afirma o Ministério da Previdência Social. O dinheiro estava sendo destinado para pessoas que passaram a receber benefícios depois de apresentarem documentos falsos, como atestados médicos ou comprovantes de união estável. Há ainda casos que não são facilmente descobertos porque, tecnicamente, são difíceis de serem configurados como crime. Como o de mulheres, casadas aos olhos de vizinhos e amigos, mas que não oficializaram suas relações para não perderem a pensão vitalícia a que têm direito depois do falecimento do pai, funcionário público. Ao casarem -se oficialmente, o benefício é cortado. Há também o caso das “viúvas negras”: aquelas que, de comum acordo com os futuros “maridos”, casam-se com homens muito mais velhos, sem filhos, apenas para conseguir receber uma pensão quando esses homens morrerem.
I. Qual seria para Durkheim o objeto de estudo evidenciado no texto? Justifique dentro da postura metodológica proposta pelo autor. A patologia do jeitinho brasileiro e a corrupção entranhada em nossa sociedade. Tentar entender através dos fatos sociais presentes nesta sociedade o motivo pelo qual tais acontecimentos permeiam esta sociedade.
II. O fato tratado no texto é normal ou patológico? Justifique.
Resposta: Patológico, uma vez que são fenômenos que se encontram fora dos limites permitidos pela ordem social e moral vigente.
Considere as afirmativas abaixo sobre as características do fato social para Émile Durkheim.
I. O fato social é todo fenômeno que ocorre ocasionalmente na sociedade.
II. O fato social caracteriza-se por exercer um poder de coerção sobre as consciências individuais.
III. O fato social é exterior ao indivíduo e apresenta-se generalizado na coletividade.
IV. O fato social expressa o predomínio do ser individual sobre o ser social.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV são corretas.
e) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
Resposta: C
Questão Discursiva:
Leia atentamente os fragmentos de textos expostos abaixo e responda as questões propostas, com base na teoria sociológica de Émile Durkheim.
Irã mantém no código penal pena de morte por apedrejamento (WWW.ebc.com.br)30/05/2013)O Irã manteve no código penal a pena de morte por apedrejamento para os casos de adultério, um castigo denunciado pelos países ocidentais, mas garantiu ao juiz a possibilidade de escolher outra forma de execução.
De acordo com o artigo 225 do código penal revisto, um juiz pode modificar a forma de execução de um condenado "se não existir a possibilidade de lapidação" (apedrejamento).
Esta decisão tem de ser aprovada pelo chefe da autoridade judiciária iraniana, noticiou a agência francesa AFP. A revisão deste artigo, em discussão durante vários anos, foi criticada por peritos dos direitos humanos da ONU. Em outubro de 2012, o relator especial para o Irã, Ahmed Shaheed, considerounão existir qualquer impedimento para a aplicação da sentença.
O código penal iraniano foi alterado depois da Revolução Islâmica de 1979 para introduzir nomeadamente as penas de apedrejamento, chicotadas ou amputação. O apedrejamento, pena controversa entre as diferentes correntes do regime dos "ayatollahs", foi pouco aplicada. Entre 1980 e 2010, apesar de não existirem dados oficiais, a Comissão Internacional contra a Lapidação contabilizou 150 casos de aplicação desta sentença. O último caso data de março de 2009, quando um homem foi apedrejado até a morte por adultério, na localidade de Rasht, localizada ao norte do país.Os condenados, cujo corpo fica parcialmente enterrado até à cintura para os homens e até aos ombros para as mulheres, são perdoados se conseguirem libertar-se.
O caso Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte em 2006 por cumplicidade no homicídio do marido e à apedrejamento por adultério, foi denunciado pelos países ocidentais e organizações de defesa dos direitos humanos. Em julho de 2010, a justiça iraniana suspendeu a execução para reexaminar o caso.
Em 2012, vários religiosos disseram à agência noticiosa iraniana Fars que a pena de apedrejamento podia ser substituída "se o guia religioso considerar que a aplicação pode ser prejudicial" para o Islã e valores religiosos.
Que tipo de sociedade e de solidariedade social correspondente se encontra no caso em questão? Justifique.
Resposta: Sociedade teológica, onde as sociedades ainda se encontrariam devidamente influenciadas pelos valores espirituais e dominadas pelos dogmas que mascaram a realidade social em nome do mistério divino. As sociedades ainda se encontrariam devidamente influenciadas pelos valores espirituais e dominadas pelos dogmas que mascaram a realidade social em nome do mistério divino e solidariedade mecânica, o indivíduo estaria ligado diretamente à sociedade, sendo que enquanto ser social prevaleceria em seu comportamento sempre aquilo que é mais considerável à consciência coletiva, e não necessariamente seu desejo enquanto indivíduo. 
(ii) Que tipo direito é predominante nesta sociedade? Justifique. 
Resposta: Direito repressivo, na qual as ações infligem ao culpado uma dor, uma diminuição, privação.
Questão de múltipla escolha:
Ao analisar fenômenos sociais, Durkheim percebeu que alguns deles revelavam situações em que um indivíduo ou grupos perdiam suas referências normativas, e, com isso, enfraqueciam a solidariedade social e eram levados a cometer atos normalmente reprováveis. Com base na teoria desse autor identifique o conceito corresponde ao tema tratado no texto abaixo.
Segundo o Ministério da Saúde da Ucrânia, o balanço de mortos desde a última terça-feira (18) nos violentos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança é de 75 pessoas. Ainda de acordo com a pasta, outras 76 permanecem feridas em estado grave por conta dos conflitos. No entanto, grupos de oposição garantem que os embates já custaram a vida de ao menos 100 ucranianos.
O próprio Parlamento do país, cuja maioria está nas mãos do governo, condenou os excessos da polícia para coibir os protestos e proibiu as operações antiterrorismo anunciadas pelos serviços secretos e o uso do Exército. (...) Ontem (19), o presidente Viktor Yanukovich se reuniu com os três principais líderes da oposição e anunciou uma trégua, mas o que se viu nesta quinta-feira (20) foi um novo banho de sangue em Kiev. O Ministério do Interior chegou a pedir aos moradores da capital que não saíssem de suas casas e limitassem os deslocamentos de carros para evitar "pessoas armadas e com intenções agressivas".
Fonte: http://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/mundo/noticias/2014/02/20/Governo-relata-75-mortes-emconflito-na-Ucrania_7599252.html.
A) Normalidade
B) Neutralidade científica
C) Ordem social
D) Solidariedade orgânica
E) Anomia
Resposta: E
A Contribuição de Karl Marx à análise sociológica
Ao contrário de Durkheim e Weber, Marx não teve como preocupação a elaboração de uma disciplina sociológica, visto que seu pensamento englobava uma série disciplinas, como a Economia, a História e a Filosofia. Entretanto, suas ideias tiveram enorme impacto nas Ciências Sociais constituindo-se numa das fontes mais importantes da Sociologia e da Ciência Política.
Por essa razão Marx é um dos autores mais lidos e discutidos nas Ciências Sociais, proporcionando acalorados debates entre seus adeptos e seus detratores.
Vamos, então, conhecer alguns conceitos e ideias formulados por ele e que orientam várias tentativas de análise e compreensão da realidade social.
Materialismo histórico
A grande preocupação de Marx foi compreender a sociedade capitalista que, como vimos, tinha se tornado o modelo hegemônico de produção da riqueza humana após a Revolução Industrial.
Ele percebeu que, no capitalismo, havia uma minoria que comandava a produção e a distribuição dos bens materiais e uma maioria a ela subordinada. Foi a partir dessa constatação que Marx buscou entender esse desequilíbrio, por meio de um método que privilegia as relações materiais que os homens, em diferentes períodos da História, estabeleceram entre si. A esse método Marx denominou materialismo histórico.
Dialética
É o modo de pensarmos as contradições da realidade, de pensarmos as diferenças sociais e,
Consequentemente, a transformação permanente da realidade, a realidade dialética.
Na concepção marxista do termo, a dialética diz respeito às contradições entre termos. Em todo processo há uma proposição inicial (tese) que vai gerar um efeito contrário (antítese). Do embate entre ambos surgirá uma nova proposição (síntese). Por exemplo, se se discute a questão da redução da criminalidade, e alguém propõe a redução da maioridade penal, alegando que aos 18 anos os jovens possuem pleno discernimento de suas ações, isso é uma tese. Quando, por outro lado, alguém diverge e argumenta que a questão da criminalidade está mais ligada a uma estrutura social excludente, tem –se uma antítese. Do resultado do debate, surgirá um novo entendimento da questão. Tem -se aí a síntese, que, proposta por alguém, torna-se nova tese, que gerará nova antítese e resultará em nova síntese, num
movimento contínuo. A aplicação das teses fundamentais do materialismo dialético à realidade social deu origem à concepção materialista da história.
Modo de produção
Segundo esta concepção, o entendimento da realidade da vida só é possível à medida que conheçamos o modo de produção da sociedade. O modo de produção é aqui entendido como a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência material. Como demonstram Marx e Engels em A Ideologia Alemã, é através do modo de produção que conhecemos uma sociedade em sua especificidade histórica e social. Não é a consciência que determina a vida material, mas a vida material que determina a consciência. A partir do modo de produção é possível identificar as diferenças históricas e as relações sociais presentes em cada época determinada.
Na história, podemos distinguir pelo menos cinco grandes modos de produção: o primitivo, baseado na propriedade comum a todos os indivíduos (caçadores e coletores); o patriarcal, em que a produção da riqueza se dá com base na propriedade familiar, sob a autoridade do pai (patriarca); o escravista, no qual a riqueza é oriunda do direito de propriedade de um indivíduo sobre outro, que é obrigado a produzir recebendo apenas o necessário à sua subsistência; o feudal, cuja base econômica é a terra (feudo) que na qual o servo trabalha e se apropria de parte da produção para si e transfere a outra parte para o senhor feudal; e o capitalista, fundado na relação dialética entre quem detém o capital (o burguês) e quem sobrevive através da venda de sua força de trabalho em forma de salário (o proletário).
Foi no estudo das características e contradições deste último que Marx empreendeu seu esforço analítico com maior rigor. 
Relações estruturais
Para Marx, a estrutura de uma sociedade se forma apartir do conjunto de suas relações de produção e delas se derivam outros tipos de relações sociais, como as religiosas, as culturais, as jurídicas etc. Em suas palavras: "o resultado geral a que cheguei, e que, uma vez adquirido, serviu de fio condutor aos meus estudos, pode ser formulado brevemente assim: na produção social de sua existência, os homens entram em relações determinadas, necessárias, independente de suas vontades, relações de produção que correspondem a um grau de desenvolvimento determinado de suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se ergue uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas de consciências sociais determinadas. O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida
social, política e intelectual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é inversamente seu ser social que determina sua consciência. A um certo estágio de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, ou, o que não é senão a expressão jurídica, com as relações de propriedade no seio das quais se moviam até então. De formas de desenvolvimento de forças produtivas que eram, essas relações tornara-se obstáculos".
(Marx, K. Contribuição à crítica da economia política).
Relações entre estrutura e superestrutura
Para Marx, há uma relação de complementaridade entre a infraestrutura (a base material da sociedade) e a superestruturas (as demais esferas da vida social), determinada pelas contradições do modo de produção capitalista, que faz com que, em última instância, o contexto econômico acabe por influenciar de forma decisiva com operam os outros domínios do social. Para ele, "Totalmente ao contrário do que ocorre na filosofia alemã, que baixa do céu à terra, aqui subimos da terra para o céu. Isto é, não se parte do que os homens dizem, se representam ou se imaginam, nem tampouco do homem predicado, pensado e representado ou imaginado, para chegar ao homem de carne e osso; parte-se do homem que realmente age e, partindo do seu processo de vida real, se expõe também o desenvolvimento de seus reflexos ideológicos e dos ecos desse processo de vida. Também as formações nebulosas que condensam o cérebro dos homens são sublimações necessárias de seu processo material de vida, processo empiricamente registrável e sujeito a condições materiais. A moral, a religião, a metafísica e qualquer outra ideologia e as formas de consciência que a elas correspondem perdem, assim, a aparência de sua própria substantividade. Não têm a sua própria história nem seu própria desenvolvimento.
Ao contrário, são os homens que desenvolvem sua produção material e seu intercâmbio material que mudam também, ao mudar esta realidade, seu pensamento e os produtos de seu pensamento. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. Do primeiro ponto de vista parte-se da consciência como indivíduo vivo; do segundo, que corresponde à vida real, parte-se do próprio indivíduo vivo e considera-se a consciência apenas como sua consciência".
(Marx, K. e Engels, F. La Ideologia Alemana. Montevideo-Barcelona: Pueblos Unidos- Grijalbo, 1970)
Questão discursiva:
A partir do texto abaixo, analise a relação entre estrutura e superestrutura na obra de Karl Marx:
Ensino público no Brasil: ruim, desigual, estagnado (Revista Época, 05/01/2015) Mais de 65% dos alunos brasileiros no 5º ano da escola pública não sabem reconhecer um quadrado, um triângulo ou um círculo.
Cerca de 60% não conseguem localizar informações explícitas numa história de conto de fadas ou em reportagens. Entre os maiores, no 9º ano, cerca de 90% não aprenderam a converter uma medida dada em metros para centímetros, e 88% não conseguem apontar a ideia principal de uma crônica ou de um
poema. Essas são algumas das habilidades mínimas esperadas nessas etapas da escola, que nossos estudantes não exibem. É o que mostram os resultados da última Prova Brasil, divulgados pelo governo federal no final de novembro. A prova avalia, a cada dois anos , o desempenho de alunos do 5º e do 9º ano em português e matemática. É usada para compor o principal indicador de qualidade da educação do país, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados revelam, no entanto, algo ainda mais perigoso que o baixo desempenho: a desigualdade. Enquanto em alguns Estados do Sul, como São Paulo e Santa Catarina, metade dos alunos tem aprendizado adequado em português, Estados como Alagoas e Maranhão não chegam a ter 20% .“Se a educação é um direito de todos, o direito de cada aluno que não aprende o considerado adequado vem sendo negado”, diz Ernesto Martins Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos que atua para melhorar a qualidade da educação.
Diminuir a desigualdade no aprendizado é um desafio até para os Estados que bateram a meta de qualidade do governo, medida pelo Ideb. Em 2013, apenas quatro Estados bateram todas as metas de qualidade do Ideb, Goiás entre eles. Quando olhamos para o aprendizado dos alunos desse Estado, medido pela Prova Brasil, percebemos que apenas 24% dos alunos aprenderam o que deveriam em português, e somente 41% em matemática (no 5º ano). Goiás teve Ideb 5,5, acima da meta de 4,9. Isso acontece porque o Ideb não mede apenas o aprendizado. Inclui também o fluxo de alunos, medido pela aprovação. A percentagem dos alunos com aprendizado adequado se mantém a mesma na maioria dos Estados desde 2011. A desigualdade entre os que aprendem e os que não aprendem continua estável.
Desde que a educação se tornou um direito garantido pela Constituição, há mais de 25 anos, duas grandes políticas públicas foram responsáveis pelo tímido avanço da educação brasileira: a universalização do ensino básico, que garantiu a matrícula de toda criança na escola, e o sistema de avaliação do ensino. A partir de agora, para dar o passo que falta na qualidade, o país precisa de ferramentas mais sofisticadas do que apenas vagas e uma prova padronizada".
Resposta: Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infraestrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as ideias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon: "As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial." 
Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela qual a infraestrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.
Questão de múltipla escolha:
Segundo Karl Marx, "o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral". A partir desta afirmação, Marx resume sua teoria da história, também denominada de:
A) Racionalismo cartesiano
B) Socialismo científico
C) Fenomenologia do espírito
D) Individualismo metodológico
E) Materialismo histórico
Resposta:E
A sociologia crítica de Karl Marx (II)
Luta de classes
De acordo com Maria Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins , em Introdução à Filosofia (São Paulo, Ed. Moderna, Filosofando, 1993), a luta de classes é o confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. Na visão marxista, no modo de produção capitalista, a relação antagônica se faz entre o burguês, que é o detentor dos meios de produção, do capital, e o proletariado que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho.
Para Marx, o capitalismo foi o modo de produção que separou de modo mais profundo o trabalho e os meios de produzi-lo, acentuando a exploração da classe não proprietária dos meios de produção (proletariado) pelos proprietários dos meios de produção (burgueses).
A luta de classes, na perspectiva materialista da história, relaciona-se diretamente à mudança social, à superação dialética das contradições existentes. Daí a luta de classes ser considerada o motor da História, a responsável pelas transformações sociais.
Contudo, para que os explorados possam empreender a luta de classes, é preciso que tenham o que Marx chamava de consciência de classe, ou seja, que se percebam como partes (indivíduo) de um todo (classe). Dessa forma, a consciência de classe possibilita a união dos grupos mais explorados na sociedade em diferentes instituições (partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais) buscando a transformação do quadro de exploração, que é, a seu ver, estrutural no sistema capitalista.
Ideologia
De acordo com Marilena Chauí (O que é ideologia, São Paulo, Brasiliense, 1981), ideologia é ?o conjunto de proposições existentes com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe, tornando-se uma verdade absoluta e natural.
Dessa forma, a manutenção da ordem social requer dessa maneira menor uso da violência. A ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status quo e da própria sociedade, à medida que nos faz perceber apenas parcialmente e de forma mascarada a totalidade das relações sociais.
O vencedor ou poderoso é transformado em único sujeito da história não só porque impediu que houvesse a história dos vencidos (ao serem derrotados, os vencidos perderam o direito à história), mas simplesmente porque sua ação histórica consiste em eliminar fisicamente os vencidos ou, então, se precisa do trabalho deles, elimina sua memória, fazendo com que se lembrem apenas dos feitos dos vencedores. Não é, assim, por exemplo, que os estudantes negros ficam sabendo que a Abolição foi um feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravos estão sem registro e tudo que delas sabemos está registrado pelos senhores brancos. Não há direito à memória para o negro. Nem para o índio. Nem para os camponeses. Nem para os operários?.(op cit.)
Práxis
É um conceito central no pensamento de Marx. A Práxis não se confunde com a prática. A 
Práxis é a união da interpretação da realidade (teoria conhecimento científico) à prática (realização efetiva, atividade), em outras palavras, é a ação consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo que o cerca.
É por meio da práxis que se dá o combate à alienação, permitindo não apenas interpretar o mundo, mas transformá-lo. 
A relação Estado e sociedade na concepção marxista
Segundo Marx e Engels, A idelologia Alemã Feuerbach. (São Paulo: Hucitec, 1987), o Estado é a forma na qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume toda a sociedade civil de uma época, segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado e adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de que a lei se baseia na vontade e, mais ainda, na vontade destacada de sua base real na vontade livre. Da mesma forma, o direito é reduzido novamente à lei.
Marx afirmava que o aparelho jurídico do Estado, nesse tipo de sociedade, tem como objetivos: (i) organizar e justificar a dominação da burguesia sobre o proletariado; (ii) favorecer os negócios da classe dominante.
Segundo ele, o direito privado desenvolve-se simultaneamente com a propriedade privada, a partir da desintegração da comunidade natural (...)
Quando, mais tarde, a burguesia adquiriu poder suficiente para que os príncipes protegessem seus interesses com o fim de derrubar a nobreza feudal por meio da burguesia, o desenvolvimento propriamente dito do direito começou em todos os países na França, no século XVI e, todos eles, à exceção da Inglaterra tiveram que ser introduzido princípios do direito romano para o posterior desenvolvimento do direito privado ( em particular no caso da propriedade mobiliária)".
Dessa forma, para Marx, não existe Estado representativo do conjunto da sociedade. Seu papel é o representante dos interesses da burguesia.
Nesse sentido, podemos pensar que, na perspectiva marxista, a democracia representativa seria uma espécie de engodo, visto que a participação popular é reduzida e os processos eleitorais acabam por designar como representantes do povo, em sua maioria, políticos comprometidos com o poder econômico.
Questão discursiva:
A partir do texto abaixo, construa uma análise que contemple a perspectiva teórica de Karl Marx sobre o papel do Estado na sociedade capitalista;
Levantamento aponta que maioria dos presos no Brasil são jovens, negros e pobres (www.em.com.br, 23/06/15)Os presos do sistema penitenciário brasileiro são majoritariamente jovens, negros, pobres e de baixa escolaridade, aponta o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), divulgado nesta terça-feira, 23, pelo Ministério da Justiça.
De acordo com o Infopen, 56% dos presos no Brasil são jovens - pessoas de 18 a 29 anos, conforme faixa etária definida pelo Estatuto da Juventude.
O número de jovens no sistema prisional supera a proporção de jovens da população brasileira: enquanto os jovens representam 56% da população prisional, as pessoas dessa faixa etária compõem 21,5% da população total.
"Nota-se que o encarceramento elevado da população jovem é um fenômeno observado em todo país. Os
Estados com menor proporção de jovens presos são Roraima e Rio Grande do Sul, que, ainda assim, têm
47% de sua população prisional composta por jovens. Por outro lado, no Amazonas, no Maranhão e em
Pernambuco aproximadamente, dois entre cada três presos são jovens", destaca o levantamento.
Segundo o Infopen, dois em cada três presos no Brasil são negros (67% do total). Da população prisional, 31% são brancos e 1% se declaram amarelos.O levantamento também constatou que é muito baixo o grau de escolaridade da população prisional brasileira: cerca de 53% dos presos possuem ensino fundamental incompleto. A maior parte da população prisional brasileira é solteira (57%). Quanto à situação de estrangeiros privados de liberdade no Brasil, o levantamento aponta que cinco em cada dez estrangeiros presos no Brasil são provenientes de países do continente americano. Paraguai (350 presos), Nigéria (337) e Bolívia (323) são os países com o maior número de presos no Brasil.
Resposta: Marx afirmava que o aparelho jurídico do Estado, nesse tipo de sociedade, tem como objetivos: (i) organizar e justificar a dominação da burguesia sobre o proletariado; (ii) favorecer os negócios da classe dominante. Dessa forma, para Marx, não existe Estado representativo do conjunto da sociedade. Seu papel é o representante dos interesses da burguesia.
Nesse sentido, podemos pensar que, na perspectiva marxista, a democracia representativa seria uma espécie de engodo, visto que a participação popular é reduzida e os processos eleitorais acabam por designar como representantes do povo, em sua maioria, políticos comprometidos com o poder econômico.
Questão de múltipla escolha:
A propaganda, seja ela comercial ou ideológica, está sempre ligada aos objetivos econômicos e aos interesses da classe dominante. Essa ligação,

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