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0 
 
 
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 
ERIKSSON ROBERTO PAZ DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO DE 
PRODUTOS QUÍMICOS NA EMPRESA 
MARCON SERVIÇOS DE DESPACHOS EM 
GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ 
2008 
1 
 
 
ERIKSSON ROBERTO PAZ DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO DE 
PRODUTOS QUÍMICOS NA EMPRESA 
MARCON SERVIÇOS DE DESPACHOS EM 
GERAL 
Trabalho de conclusão de curso 
desenvolvido para o Estágio 
Supervisionado do Curso de Comércio 
Exterior do Centro de Ciências Sociais 
Aplicadas – Gestão da Universidade do 
Vale do Itajaí. 
Orientadora: MSc. Silvana Schimanski 
 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ 
2008 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus 
pelo dom da vida e por me 
oportunizar a conquista desta 
importante vitória. Meus pais pelo 
esforço, incentivos e contribuições 
para a caminhada, agradeço 
também aos meus amigos pelas 
sugestões e a Profª Msc. Silvana 
Schimanski que me conduziu em 
todas as etapas e esteve comigo 
contribuindo de forma incessante 
com todo seu conhecimento e sua 
presença para a realização deste. 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Determinação, coragem e auto-confiança são fatores 
decisivos para o sucesso. Independente das circunstâncias, 
devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de 
orgulho”. (Dalai Lama) 
4 
 
 
EQUIPE TÉCNICA 
a) Nome do estagiário 
Eriksson Roberto Paz de Carvalho 
 
 
 
 
b) Área de estágio 
Sistemática de Exportação 
 
 
 
 
c) Orientador de conteúdo 
Prof.ª MSc. Silvana Schimanski 
 
 
 
 
d) Supervisor de campo 
Silvio Ricardo Ravali 
 
 
 
 
e) Responsável pelo Estágio 
Prof.ª Natalí Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
a) Razão Social 
Marcon Serviços de Despachos em Geral Ltda. 
 
 
 
 
b) Endereço 
Rua: Felipe Reiser, 371, São João, Itajaí/SC 
 
 
 
 
c) Setor de Desenvolvimento do Estágio 
Exportação 
 
 
 
 
d) Duração do estágio 
620 horas 
 
 
 
e) Nome e cargo do supervisor de campo 
Silvio Ricardo Ravali – Gerente Geral 
 
 
 
 
f) Carimbo e visto da empresa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
DECLARAÇÃO 
 
 
ITAJAÍ, 01 de dezembro de 2008. 
 
 
A Empresa Marcon Serviços de Despachos em Geral Ltda, pelo presente 
instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua 
biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio 
Supervisionado, pelo acadêmico Eriksson Roberto Paz de Carvalho. 
 
 
 
 
__________________________________ 
Silvio Ricardo Ravali 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho apresenta a sistemática de exportação do crude sterols e o crude tall oil, 
produtos químicos considerados não perigosos. O ínicio das exportações desses produtos ocorre a 
partir do momento em que há o contato do exportador com o importador ou vice versa. O importador 
faz um pedido de compra ao exportador, o pedido sendo aceito, apesar da condição de venda 
(incoterm) ser o ex-works, por questões de relacionamento comercial, o exportador providencia todos 
os trâmites para que a mercadoria chegue ao porto de desembarque (porto destino). Ou seja, o 
exportador faz um pedido de reserva de embarque (booking) junto a agência marítima. Esta, por sua 
vez, disponibilizará um isocontainer para que o produto a ser exportado possa ser acondicionado e 
pronto para iniciar seu percurso para exterior. O exportador também contrata o transporte rodoviário 
para fazer o translado do isocontainer de sua indústria até o porto de embarque e em contratar o 
despachante aduaneiro, para que esse faça o despacho aduaneiro de exportação, ou seja, libere a 
mercadoria junto aos órgãos governamentais competentes e reguladores do comércio exterior. O 
importador tem a responsabilidade de arcar com as despesas pertinentes, após a saída do 
isocontainer da empresa do exportador. Os documentos que compõem o processo de exportação e 
que a Marcon Serviços de Despachos em Geral tem acesso são: fatura pró-forma, fatura comercial, 
romaneio de embarque e nota fiscal, já o registro de exportação, a declaração de despacho, o extrato 
de liberação, a lista de carga e o draft do conhecimento de embarque são confeccionados pela 
Marcon. Após o embarque da mercadoria para o exterior, o Armador (proprietário do navio) através 
de seu representante confeccionará o Conhecimento de Embarque, documento esse feito com base 
no draft do conhecimento de embarque passado a ele anteriormente através da Marcon. 
 
PALAVRAS CHAVE: Produtos Químicos. Despacho Aduaneiro. Exportação. Documentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
AFRF - Auditor Fiscal da Receita Federal 
ANCINE - Agência Nacional do Cinema 
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica 
ANP - Agência Nacional do Petróleo 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
BACEN - Banco Central do Brasil 
BB - Banco do Brasil 
B/L - Bill of Lading 
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear 
CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
CNPQ - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
CPF - Cadastro de Pessoa Física 
DE - Declaração de Exportação 
DNPM - Departamento Nacional de produção Mineira 
DPF - Departamento de Polícia Federal 
ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
ETA - Estimated Time Arrival 
EXW - Ex Works 
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 
IMO - International Maritime Organization 
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
LTDA - Limitada 
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia 
MDIC - Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
MF - Ministério da Fazenda 
MME - Ministério de Minas e Energia 
NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul 
ONU - Organizações das Nações Unidas 
PIB - Produto Interno Bruto 
9 
 
 
RE - Registro de Exportação 
REDEX - Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação 
RFB - Receita Federal do Brasil 
SECEX - Secretaria de Comércio Exterior 
SD - Solicitação de Despacho 
SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados 
SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
LISTA DE TERMOS 
Booking: Reserva 
Bill of Lading: Conhecimento de Embarque 
Breakbulk: Carga solta 
Commercial Invoice: Fatura Comercial 
Commodities: Produtos primários de grande importância para economia mundial 
Crude Sterols: Esterol Bruto 
Crude Tall Oil: Tall Oil BrutoDead line: Prazo máximo / final 
Draft: Espelho / rascunho 
Drawback: Condição para isenção de impostos 
E-mail: Correio eletrônico 
Gate: Entrada 
Handling on: Manuseio de retirada 
Handling in: Manuseio de entrada 
Incoterm: Condição de venda 
Packing list: Romaneio de Embarque 
Pro forma invoice: Fatura pró-forma 
Notify party: Notificações 
Tank tainer: Container tanque ou Isocontainer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................13 
1.1 Objetivo geral.....................................................................................................14 
1.2 Objetivos específicos .........................................................................................14 
1.3 Justificativa ........................................................................................................14 
2 REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................16 
2.1 Comércio Internacional ......................................................................................16 
2.2 Comércio Exterior Brasileiro ..............................................................................17 
2.2.1 Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) .....................................................18 
2.2.2 Receita Federal do Brasil (RFB).....................................................................18 
2.2.3 Banco Central do Brasil (BACEN) ..................................................................18 
2.2.4 Órgãos Anuentes............................................................................................19 
2.2.5 Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) ..................................19 
2.3 Exportação.........................................................................................................20 
2.3.1 Sistemática de Exportação.............................................................................22 
3 METODOLOGIA ................................................................................................24 
3.1 Tipo de Pesquisa ...............................................................................................24 
3.2 Área de Abrangência .........................................................................................24 
3.3 Coleta e tratamento de dados............................................................................25 
3.4 Apresentação e análise dos dados....................................................................25 
4 EMPRESA .........................................................................................................26 
4.1 Histórico.............................................................................................................26 
4.2 Ramo da atividade .............................................................................................27 
4.3 Estrutura organizacional .................................................................................28 
4.4 Visão..................................................................................................................29 
4.5 Missão ...............................................................................................................29 
4.6 Filosofia..........................................................................................................29 
4.7 Produtos e Serviços .......................................................................................29 
4.7.1 Despachos Aduaneiro ....................................................................................29 
4.7.2 Operações Portuárias.....................................................................................30 
4.7.3 Agenciamentos Marítimos ..............................................................................31 
4.7.4 Armazenamentos ...........................................................................................31 
4.8 Mercados........................................................................................................32 
5 PESQUISA........................................................................................................33 
5.1 Produtos Químicos.........................................................................................33 
5.1.1 Crude Sterols .................................................................................................34 
5.1.2 Crude Tall Oil .................................................................................................34 
5.1.3 Manuseio e armazenamento dos produtos ....................................................35 
5.1.4 Identificação de perigo ...................................................................................36 
5.1.5 Medidas de controle em caso de vazamento .................................................36 
5.2 Processo de Exportação do Crude Sterols e Crude Tall Oil, realizados pela 
empresa Marcon .......................................................................................................37 
5.2.1 Particularidades dos portos na recepção dos produtos químicos ..................39 
5.2.2 Despacho de exportação do Crude Sterols e Crude Tall Oil ..........................40 
5.3 Documentos para a exportação do Crude Sterols e Crude Tall Oil ................43 
5.3.1 Documentos providenciados pela empresa Marcon.......................................44 
5.3.2 Conhecimento de Embarque..........................................................................46 
12 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................48 
7 SUGESTÕES PARA A EMPRESA ..................................................................49 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................50 
ANEXOS ...................................................................................................................53 
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS......................................................................70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A atual conjuntura mundial, das intensas relações comerciais entre as 
nações, fez com que as empresas de todo o mundo, independente do seu tamanho 
e do país onde estejam localizadas, entrassem num ambiente de competitividade 
internacional. 
 A entrada no mercado internacional é fator determinante para o crescimento 
econômico de um país. É através do mesmo, principalmente nas exportações que o 
país consegue atingir números significativos na balança comercial e 
conseqüentemente uma melhor qualidade de vida para seu povo. 
As empresas envolvem-se nas exportações buscando diversificar mercados, 
ampliar suas receitas, entre outros. Algumas vão mais além e internacionalizam sua 
produção, transferindo para outros países sua cadeia produtiva, utilizando de 
benefícios específicos de cada lugar. 
Quando a empresa decide exportar, é necessário ter conhecimento dos 
procedimentos que envolvam a operação e acima de tudo ter um planejamento para 
que tudo ocorra próximo do esperado, pois o comércio exterior é complexo, pois 
envolve questões políticas, infra-estrutura, além das particularidades relacionadas a 
cada produto. 
Especificamente para atingir o objetivo com qualidade a empresa 
empreendedora deve adequar-se a uma sistemática direcionada ao seu produto. 
O ingresso no comércio internacional mal sucedido pode levar a empresa ao 
fim de suas atividades, caso ela não esteja bem estruturada financeiramente e 
produtivamente. 
 A entradano competitivo comércio internacional, deve ser muito bem 
analisada, em todas as variáveis possíveis, para que a empresa possa ajustar seus 
produtos de acordo com a demanda exigida pelo mercado internacional, seu 
processo produtivo e a cadeia de distribuição ao seus clientes internacionais de 
maneira a atingir as perspectivas dos mesmos. 
O presente trabalho mostrou o caminho seguido pelos produtos químicos de 
uma empresa exportadora, cuja a estratégia é terceirizar os serviços aduaneiros. 
Tais serviços são realizados pela empresa Marcon Serviços de Despachos em Geral 
Ltda. 
14 
 
 
Pretendeu-se demonstrar os passos (legislação, os trâmites) operacionais 
para a exportação de produtos químicos, mais especificamente “Crude Tall Oil” e 
“Crude Sterols”. 
 
1.1 Objetivo geral 
 
O presente trabalho objetiva apresentar a sistemática de exportação de 
produtos químicos (Crude Tall Oil e Crude Sterols), de um dos clientes da empresa 
Marcon Serviços de Despachos em Geral Ltda. 
 
1.2 Objetivos específicos 
 
• Identificar os produtos químicos. 
• Descrever o processo da exportação de produtos químicos realizados 
pela empresa Marcon Serviços de Despachos em Geral Ltda. 
• Apresentar os documentos necessários para a exportação dos 
produtos químicos em estudo. 
 
1.3 Justificativa 
 
Com o aumento do intercâmbio de mercadorias e serviços entre os países, as 
empresas de todo o mundo tiveram que inserir-se de alguma forma no comércio 
internacional, aumentando significativamente o movimento dos prestadores de 
serviços aduaneiros. 
Para tanto, a excelência de seus serviços é fundamental para a satisfação de 
seus clientes. 
 Este trabalho caracteriza-se pela possibilidade de associar informações 
relacionado a área de despacho aduaneiro ou outras atividades do comércio 
exterior, servindo de auxílio a quem desempenhará ou já está exercendo alguma 
atividade relacionada ao mesmo. 
Para a Universidade, este estudo trouxe conhecimento sobre a sistemática de 
exportação, bem como algumas particularidades dos produtos específicos 
abordados neste trabalho. 
15 
 
 
O presente trabalho é de grande importância para o acadêmico, tanto para 
sua vida profissional quanto para a acadêmica. Com a pesquisa foi possível 
conhecer uma das mais importantes fases da exportação. Os dados obtidos nesta 
pesquisa servirão para aperfeiçoamento pessoal, em termos de conhecimentos 
específicos sobre comércio exterior, como para o mercado de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
O presente capítulo propõe-se a discutir os seguintes assuntos: comércio 
internacional, comércio exterior brasileiro, exportação. 
 
2.1 Comércio internacional 
 
O comércio internacional é de fundamental importância para que se possa 
obter o desenvolvimento de uma nação. Ele determina os resultados da balança 
comercial e provoca modificações na estrutura das sociedades e nas políticas 
governamentais dos países. 
Pode ser caracterizado o comércio internacional “[...] como sendo de bens 
materiais (exportação ou importação de produtos industrializado, agrícolas ou 
minerais) ou de bens imateriais (prestação de serviço)”. (RIBEIRO, CASTELANO, 
2004, p. 6). 
De acordo com Maia (2001), o comércio internacional é uma via de dois 
lados. Isso porque as vendas são representadas pelas exportações e as compras, 
pelas importações, o mesmo é uma necessidade porque além da divisão 
internacional do trabalho, existe uma desigual distribuição das jazidas minerais no 
planeta, diferenças de solos e climas, que diversifica a produção agrícola dos países 
e também porque existe uma diferença de estágio no desenvolvimento dos países. 
Segundo Ratti (1994, p. 15): “[...] nenhum país é auto-suficiente o bastante 
para produzir todos os bens e serviços de que sua população necessita. E, em 
muitos casos, mesmo quando o país consegue produzir esta ou aquela mercadoria, 
não consegue de forma eficiente e vantajosa em relação a outros países”. 
Portanto o comércio internacional é a troca de bens e (ou) serviços de um 
país com outro, na maioria dos países ele representa uma grande parcela do 
Produto Interno Bruto (PIB). (MALUF, 2000). 
Segundo Maluf (2000, p. 23), o comércio internacional é o intercâmbio entre 
países de mercadorias e serviços. Já o comércio exterior é a: “[...] relação direta de 
comércio entre dois países ou blocos”. 
Ou seja, segundo Lopez e Gama (2007 p.193): “[...] comércio exterior 
representa a relação comercial de um país específicos com os demais, expressa em 
17 
 
 
termos, regras e normas internas, [...] visando resguardar os interesses do país, 
preferencialmente sem colidir com as normas do comércio internacional”. 
O comércio exterior é a forma com que um país se organiza em termos de 
políticas, leis, normas e regulamentos que disciplinam a execução de operações de 
exportações e importação de mercadorias e serviços com o exterior. (SOUZA, 2003). 
Para Maluf (2000), as razões para se ingressar no comércio exterior são: 
• Alternativas de mercado. 
• Redução de custos. 
• Redução de tributos. 
• Aprimoramento na qualidade, tecnologia e geral da empresa. 
• Oportunidades vislumbradas. 
 
2.2 Comércio exterior brasileiro 
 
A história do comércio exterior brasileiro vem desde praticamente o 
descobrimento do Brasil. 
O primeiro produto a ser exportado foi o Pau – Brasil, produto esse que teve 
bastante destaque no período colonial (1500 a 1822), já no período do império (1822 
a 1889) o café era o principal produto na pauta exportadora, Na primeira república 
(1822 a 1930) foi caracterizada pela agricultura da exportação e o café ainda 
ocupava o lugar de maior destaque. (BIBLIOTECA VIRTUAL, 2008). 
Os anos se passaram, e o Brasil sofreu várias transformações em seus 
governos tanto economicamente como socialmente, mas as transformações do 
último século como o golpe militar, a redemocratização e a abertura comercial, 
compreenderam fases distintas no comércio exterior brasileiro, durante os quais 
houve uma crescente integração internacional. (BIBLIOTECA VIRTUAL, 2008). 
O maior acontecimento em toda história do comércio exterior brasileiro foi a 
abertura comercial a partir da década de 1990 sob o governo do Presidente 
Fernando Collor de Mello, implementando um programa de liberação financeira 
externa e de eliminação de barreiras protecionistas contra a importação. (BRASIL 
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, 2008). 
Atualmente o sistema de comércio exterior brasileiro é regulado pelos 
seguintes órgãos governamentais, que são conhecidos como órgãos gestores, 
porque definem, coordenam e implementam a política externa comercial do país. 
18 
 
 
2.2.1 Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) 
 
Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
(MDIC), é o órgão responsável do comércio exterior brasileiro, incumbido, portanto, 
do tratamento administrativo no contexto comercial. (LOPEZ e GAMA, 2007) 
 
A SECEX visa incrementar a participação do Brasil no comércio mundial por 
meio de ações e ferramentas que disseminem cultura exportadora, que 
aperfeiçoem os mecanismos operacionais e que acarretem adequação do 
setor produtivo a um ambiente global cada vez mais competitivo. (LOPEZ e 
GAMA, 2007, p. 199) 
 
Assim, a SECEX articula toda participação brasileira no sentido de reunir 
informações sobre acordos internacionais e legislação interna, adaptando e 
divulgando informações para os exportadores. 
 
2.2.2 Receita Federal do Brasil (RFB) 
 
Subordinada ao Ministério da Fazenda (MF), de acordo com Vazquez (2003), 
a RFB fiscaliza as importações e exportações de mercadorias ea correta utilização 
dos incentivos fiscais dada pela legislação em vigor, e também arrecada os direitos 
aduaneiros incidentes sobre a entrada e saída de mercadorias no país. 
A Receita Federal atua nas operações de comércio exterior em sua fase 
aduaneira, recebendo e coordenando todas as operações por meio do Sistema 
Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). 
 
2.2.3 Banco Central do Brasil (BACEN) 
 
O BACEN é o órgão executivo central do sistema financeiro nacional, tem a 
responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o 
funcionamento do sistema e as normas ditadas pelo Conselho Monetário Nacional. 
(VAZQUEZ, 2003). 
 
Banco Central do Brasil é uma autarquia federal: efetua o controle de 
capitais estrangeiros; mantém em depósito as reservas oficiais em ouro, 
em moeda estrangeira e em Direitos Especiais de Saque; autoriza as 
instituições financeiras a operar em câmbio e as fiscaliza; atua no mercado 
de câmbio, financeiro e comercial, para manter a estabilidade relativa das 
taxas de câmbio e o equilíbrio no balanço de pagamento. Nas praças onde 
não há unidades do Banco Central, é delegado ao Banco do Brasil o 
19 
 
 
controle e a fiscalização das operações cambiais. (ESTRUTURA DO 
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO, 2008). 
 
Nesse sentido, o BACEN, centraliza as operações financeiras internacionais, 
fazendo com que exportadores prestem informações sobre sua atuação nessa 
esfera. 
 
2.2.4 Órgãos anuentes 
 
Os órgãos anuentes são todos aqueles órgãos que necessitam efetuar uma 
análise complementar, dentro de sua área de competência, de determinadas 
operações de exportação. Estão interligados ao Siscomex, de modo a tornar mais 
ágil esta análise. Desse modo, para que a operação se torne efetiva é necessário, 
em alguns casos, o estabelecimento de normas específicas por parte dos órgãos 
anuentes. (APRENDENDO A EXPORTAR, 2008). 
O Brasil é composto por 18 órgãos anuentes: Agência Nacional do Cinema 
(ANCINE); Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); Agência Nacional do 
Petróleo (ANP); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); Banco do Brasil 
(BB); Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT); Comissão Nacional de Energia 
Nuclear (CNEN); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
(CNPQ); Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (SECEX); Ministério do Exército; 
Ministério de Minas e Energia (MME); Departamento Nacional de Produção Mineral 
(DNPM); Departamento de Polícia Federal (DPF); Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos (ECT); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA); Instituto Nacional 
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO); Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Superintendência da Zona Franca 
de Manaus (SUFRAMA). (CONCEITO BRASIL, 2008). 
 
2.2.5 Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) 
 
Para abastecer os órgãos gestores e anuentes com informações de comércio 
exterior, diante do incremento do volume das operações a partir da abertura 
comercial, foi necessário adaptar-se às novas tecnologias. 
Surge então o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), com 
vistas a agilizar (sem perder o controle) as operações de comércio exterior, 
20 
 
 
transferindo para a esfera virtual, muito do que exportadores realizavam de fato por 
meio de entrega paralela de documentos, que gerava atrasos desnecessários. 
O Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de 
registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através 
de um fluxo único, computadorizado, de informações. (LOPEZ e GAMA, 2007). 
 
O Siscomex foi implantado em 1993 para agilizar e desburocratizar as 
operações de exportação, as entidades interessadas em exportar 
necessitam de uma senha para operar o Siscomex, para o registro de suas 
operações, ou para autorizar bancos, corretoras de câmbio e despachantes 
aduaneiros, que disponham de senha, a efetuar registros no Siscomex. 
Para isso a empresa deve procurar a SECEX ou a Delegacia de Receita 
Federal mais próxima. Esse credenciamento é realizado com a 
apresentação do contrato ou estatuto social, CNPJ, CPF do responsável 
pela empresa e procuração, se for efetuado por terceiros.(SISCOMEX, 
2008). 
 
O Siscomex é administrado pelo Serviço Federal de Processamento de 
Dados (SERPRO), que tem a responsabilidade sobre o seu perfeito funcionamento 
no aspecto técnico. 
 
2.3 Exportação 
 
Com a necessidade de se adequarem a nova realidade mundial, as grandes e 
até mesmos algumas médias e pequenas empresas, vêem nas exportações uma 
alternativa muito boa para o crescimento, consequentemente aumentam sua 
lucratividade e em contrapartida colaboram com o desenvolvimento do país. 
A exportação “[...] vem a ser a remessa de bens de um país a outro. Em um 
sentido amplo poderá compreender, além dos bens propriamente ditos, também os 
serviços ligados a essa exportação (fretes, seguros, serviços bancários etc)”. 
(RATTI, 1994, p.29). 
 
Exportação significa, entre outras palavras, as vendas, no estrangeiro, de 
bens e serviços de um país a outro. Historicamente, as vendas deveriam 
incluir não somente a troca de mercadorias por dinheiro, mas também por 
mercadorias, através da permuta. Em oposição ao mercantilismo, o livre 
jogo de oferta e procura nos mercados mundiais, tornou-se o principal 
objetivo da política comercial, pois a competição em busca de lucro 
individual (ou para evitar perdas) se baseava no fluxo de mercadorias, de 
serviços e de metais preciosos. Nos tempos modernos, as crescentes 
exportações proporcionam um crescimento local, aquecendo a economia e 
gerando novas oportunidades de emprego. A exportação é um dos meios 
pelas quais as empresas se internacionalizam. Para entrar nesse mercado 
21 
 
 
de exportação, é necessários que vários fatores sejam analisados, de 
forma a atender os interesses públicos e privados. (ALMEIDA et al, 2005, 
p. 3) 
 
A figura 1 representa conceitualmente os elementos positivos das 
exportações. 
 
 
Figura 1 – Por que exportar? 
Fonte: Martins, 2008 – Adaptado pelo Acadêmico. 
 
 
Associando a essas qualidades citadas na figura 1 a exportação se torna 
muito importante para as empresas que a faz e as que estão envolvidas no 
processo, juntamente com o governo. 
Segundo Valduga (2002), a atividade de exportar é bem complexa e para isso 
exige: 
• Boa postura profissional. 
• Segurança diante da dinâmica de mercado internacional. 
• Habilidade. 
• Paciência, insistência e persistência. 
• Pontualidade. 
 
Promove a empresa 
no mercado interno e 
externo 
Amplia as chances 
de resultados cada 
vez melhores para 
a empresa 
 
Fica menos 
vulnerável a 
imprevistos do 
mercado 
 
Gera aumento de 
renda e emprego 
para a empresa e 
para o país 
 
Incorpora novas 
tecnologias 
Melhora a 
utilização da 
capacidade 
instalada 
Alcança 
crescimento 
empresarial 
 
Aumenta a 
Produtividade 
 
Exportação 
 
 
22 
 
 
 
2.3.1 Sistemática de exportação 
 
A sistemática de exportação brasileira é dividida em três fases: fase 
administrativa, fase aduaneira e fase cambial. 
No Brasil as normas administrativas de exportação é regulada pela Portaria 
da SECEX nº 36 de 22 de novembro de 2007. A fase administrativa, controlada pela 
SECEX relaciona os produtos sujeitos a procedimentos especiais, as normas 
específicas de padronizações e classificações, a impostos de exportação, ou que 
tenham a exportação contingenciada ou suspensa, em virtude da legislação ou em 
decorrências de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. (RECEITA 
FEDERAL, 2008) 
De acordo com Lopez (2001) a Secretária de Comércio Exterior (SECEX) é 
responsávelpelo licenciamento (autorização para saída ou entrada de mercadoria), 
alimenta o sistema com normas de caráter comercial. 
A fase aduaneira é de responsabilidade da Receita Federal do Brasil, é ela 
que estipula as normas e os trâmites a serem seguidos nessa fase. 
 
A exportação ocorre com a saída da mercadoria do território aduaneiro, que 
compreende todo o território nacional. A constatação de saída da 
mercadoria varia em função do modal de transporte: para as via aéreas e 
marítimas, no momento de seu ingresso no veículo de transporte 
internacional (data do shipped on board, para o marítimo e do vôo, para o 
aéreo), e para vias terrestres (rodoviária ou ferroviária), quando do 
cruzamento de fronteira. (LOPEZ e GAMA, 2007, p.225). 
 
 
Os envolvidos na fase aduaneira são: Receita Federal do Brasil, os 
despachantes aduaneiros, depositários, transportadores, exportadores e 
importadores. 
Já na fase cambial do comércio exterior, que é administrada pelo BACEN, o 
exportador firma um contrato de câmbio com uma instituição financeira, na qual, em 
função da taxa de câmbio (preço de uma moeda estrangeira medido em moeda 
nacional), o exportador se compromete a entregar determinada quantia de moeda 
estrangeira, decorrente de sua operação de exportação, em contrapartida, a 
instituição entrega o equivalente em moeda nacional, dentro de determinadas 
condições. A instituição financeira registra as operações de câmbio no Sistema de 
Informações Banco Central (SISBACEN). (LOPEZ e GAMA, 2007). 
23 
 
 
 
O Fechamento do Câmbio implica os seguintes compromissos por parte do 
exportador: a) negociar as divisas obtidas com a instituição financeira 
escolhida, a uma determinada taxa de câmbio; b) entregar, em data fixada, 
os documentos comprobatórios da exportação e outros comprovantes, 
estes se solicitados pelo importador. É importante lembrar que a data 
acordada não pode ultrapassar o limite máximo de 15 dias após o 
embarque da mercadoria para o exterior, conforme determinação do Banco 
Central; c) efetuar a liquidação do câmbio em uma determinada data, que é 
marcada pela entrada efetiva da moeda estrangeira. O cumprimento deste 
compromisso depende, evidentemente, do pagamento por parte do 
importador. (CÂMBIO, 2008) 
 
O fechamento de contrato de câmbio é comum nas operações de comércio 
exterior, pois somente o Real tem livre circulação no país, ou seja, as divisas dos 
exportadores e importadores brasileiros são mantidas em moeda nacional. (LOPEZ 
e GAMA, 2007). 
O prazo total para liquidação de contrato de câmbio de exportação foi 
estendido de 570 dias para 750 dias, sendo 360 dias antes do embarque e até o 
último dia útil do 12º mês subseqüente ao do embarque da mercadoria ou a 
prestação de serviço. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2008). 
Os envolvidos na fase cambial são: BACEN, instituições financeiras, 
exportadores e importadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
Neste capítulo é apresentada a metodologia utilizada no desenvolvimento da 
pesquisa, enfatizando o tipo de pesquisa, sua área de abrangência a forma da 
coleta e tratamento dos dados. 
 
3.1 Tipo de pesquisa 
 
O método utilizado na pesquisa foi de caráter qualitativo, e fundamentada 
através de meios de investigação, como estudos bibliográficos e levantamento 
documental, assim como das experiências vivenciadas na empresa durante o 
andamento do estágio. Quanto aos fins, a pesquisa teve caráter descritiva, 
explorando a possibilidade de aproximação do objeto de estudo através do trabalho 
a ser realizado durante o estágio, descrevendo características, propriedades e as 
relações existentes sobre o tema abordado. 
Conforme Neves (1996, p.2): “Os métodos qualitativos trazem como 
contribuição ao trabalho uma mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo 
capazes de contribuir para a melhor compreensão dos fenômenos”. 
Quanto aos meios de investigação o tipo de pesquisa foi bibliográfica e 
documental, que de acordo com Mattar (2005) reúne fontes e recursos tais como, 
livros e documentos impressos, catálogos ou anuário bibliográficos das editoras, 
títulos e autores, que em muitos casos estão informatizados, obras de referência 
gerais ou especializadas, periódicos, teses e dissertações e o sistema de 
empréstimo inter-bibliotecas, entre outros. 
A pesquisa foi de caráter descritivo, conforme Mattos, Rossetto Júnior e 
Blecher (2003), o método de pesquisa descritivo tem como características observar, 
registrar, analisar, descrever e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los. 
 
3.2 Área de abrangência 
 
Este trabalho abrange a área de Comércio Exterior, mais especificamente a 
25 
 
 
sistemática de exportação de produtos químicos. 
 
3.3 Coleta e tratamento dos dados 
 
A coleta de dados foi efetuada através de processos documentais de 
exportação e situações vivenciadas na empresa, além da pesquisa bibliográfica, 
com buscas em livros da área abrangente, sites e publicações especializadas. 
Os dados foram estudados através de interpretação, contextualização do 
conteúdo que foi pesquisado. 
 
3.4 Apresentação e análise dos dados 
 
Os dados foram apresentados através de textos explicativos, acompanhados 
por imagens e tabelas, para que se possa ter uma melhor compreensão do assunto 
abordado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
4 A EMPRESA 
 
Este capítulo tem por objetivo a apresentação da empresa Marcon Serviços 
de Despachos em Geral Ltda, a qual está entre as principais empresas atuantes na 
área de despachos aduaneiros e operações portuárias na região do vale do Itajaí. 
São apresentadas informações sobre: histórico, ramo de atividade, estrutura 
organizacional, visão, missão, filosofia, produtos/serviços e mercados. 
 
4.1 Histórico¹ 
 
A Marcon foi Fundada por seu atual presidente, o Sr. Mário Pinto do 
Nascimento, onde iniciou suas atividades no ramo da navegação. Naquele momento 
não havia facilidades em comunicações, o agente portuário era mais que um simples 
assistente aos armadores e seus fretadores, era na realidade o seu mais importante 
instrumento, onde costumava fazer todas as transações necessárias, desde a 
corretagem da carga até as operações nas embarcações. Com a escassez de 
facilidades de trabalho apropriado no porto e com a crescente demanda das 
exportações, apenas os agentes mais confiáveis e competentes se firmaram. 
Atuante no sul do Brasil desde 1964, a Marcon fez história. Fruto da soma 
do trabalho, do esforço e da dedicação na execução das tarefas, do compromisso 
com os clientes, da organização e agilidade nas operações. Política esta que 
garantiu à Marcon nestes 40 anos destaque no cenário marítimo e a conquista do 
mercado nacional e internacional. 
Na figura 2, é apresentado a atual sede da empresa (filial Itajaí), localizada 
na rua Felipe Reiser, 371 – bairro São João – cidade Itajaí.
27 
 
 
 
 
Figura 2: Sede da Marcon desde 2003 
Fonte: Marcon Serviços de Despachos em Geral Ltda. (2008) 
 
4.2 Ramo de atividade 
 
A Marcon desenvolve de forma ininterrupta atividades como Agência de 
Navegação (representando a Gearbulk), Comissária de Despachos e Operador 
Portuário, atendendo Armadores Internacionais, empresas de Navegação Nacionais, 
bem como Importadores e Exportadores, destacando-se no cenário marítimo por sua 
excelência em prestações dos seus serviços. 
Para atender os interesses de seus clientes, a Marcon conta com instalações 
próprias, na área de retro-porto, para armazenamento e movimentação de carga 
geral e granel sólido, com certificações alfandegárias, além de áreas arrendadas do 
Porto de Paranaguá, na zona primária, dando cobertura ampla as maisdiversas 
ramificações logísticas. 
 
28 
 
 
 
DIRETORIA 
 
DEPTO. 
IMPORTAÇÃO 
 
DEPTO. 
EXPORTAÇÃO 
 
 
DEPTO. DE 
NAVEGAÇÃO 
 
 
DEPTO. ADM. 
FINANCEIRO 
 
 
 
OPERACIONAL 
 
 
DOCUMENTAÇÃO 
 
 
OPERACIONAL 
 
 
OPERACIONAL 
 
 
SUPER CARGO 
 
 
FATURAMENTO 
 
 
RH 
 
CONTAS A 
PAGAR/RECEBER 
 
 
DOCUMENTAÇÃO 
4.3 Estrutura organizacional 
 
A empresa Marcon Serviços de Despachos Aduaneiros Ltda., é composta 
pelo departamento de Importação, Exportação, Navegação, financeira e 
administrativa. 
Apresenta-se, na Figura 3, o organograma que identifica os departamentos, a 
fim de ter uma visão mais específica quanto ao funcionamento e distribuição das 
atividades executadas dentro da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Organograma da empresa 
Fonte: Adaptado pelo acadêmico com base em informações retiradas do site da empresa (2008) 
 
 
 
29 
 
 
4.4 Visão 
 
A Marcon visa ser uma referência em bom atendimento, qualidade em 
serviços e satisfação dos clientes no que se diz respeito a Despachos Aduaneiros e 
Operações portuárias, na região sul do Brasil até 2013. 
 
4.5 Missão 
 
Realizar com qualidade, dedicação e ética seus processos. 
 
4.6 Filosofia 
 
A satisfação dos clientes é fruto do trabalho em equipe, do esforço e da 
dedicação na execução das tarefas, da organização e agilidade nas operações. 
 
4.7 Produtos/ serviços 
 
Comprometida com os objetivos globais, a empresa Marcon oferece serviços 
tecnicamente eficazes e economicamente vantajosos em despachos aduaneiros, 
operações portuárias, agenciamentos marítimos e armazenamentos. 
 
4.7.1 Despachos aduaneiros 
 
O máximo em eficiência em todos os procedimentos alfandegários é o que 
oferece uma das mais antigas comissárias de despacho do mercado. Ao atender 
empresas de significativa representação nos mais variados segmentos da economia, 
mantém a Marcon como a mais experiente e atualizada na liberação aduaneira dos 
mais diversos tipos de carga, automóveis, commodities, matéria-prima, produtos 
acabados, maquinários, drawback, partes e peças, carga a granel sólido e líquido, 
conteinerizada ou breakbulk (carga solta). 
As atividades de comissária de despacho começam muito antes do início do 
processo de liberação aduaneira. Sendo assim o ponto forte da equipe Marcon é o 
30 
 
 
inter-relacionamento com seus clientes, o que torna o desembaraço aduaneiro em 
uma perfeita extensão das atividades de comércio exterior da empresa 
 
4.7.2 Operações portuárias 
 
O cuidado e a responsabilidade com o manuseio das cargas reforçam a 
imagem da Marcon já consolidada no mercado. Opera todos os tipos de cargas 
gerais, granel sólido e líquido e seus derivados. A Marcon é uma empresa 
experiente que planeja suas operações com eficiência e com redução de custos. 
Esse sucesso é diretamente proporcionado ao grau de envolvimento e 
comprometimento de seus colaboradores. 
Com Tradição e eficiência, a Marcon vem sendo nos últimos anos, 
responsável pela Operação Portuária da maior parcela do carregamento de açúcar 
ensacado no Porto de Paranaguá/PR, e Itajaí/SC. 
Precursor nas operações de automóveis no Porto de Paranaguá, a Marcon 
teve fundamental participação na estruturação e viabilização desse segmento, sendo 
responsável ainda pela realização das Operações Portuárias tanto de pátio 
(Capatazia) como também da estivagem dos veículos que passam por esse porto. 
Através de treinamento e capacitação do seu pessoal e dos Trabalhadores 
Portuários Avulsos (TPAs), acelerou e modernizou o processo das operações de 
automóveis, elevando essa operação ao reconhecimento internacional. 
Como operadora portuária devidamente qualificada, a Marcon atua nos 
principais portos brasileiros com todos os tipos de cargas secas e a granel e 
derivados, cargas gerais e automóveis. 
Para cargas em geral fornece: 
• Total assistência e logística no transporte. 
• Vistoria das condições da mercadoria. 
• Seguro de bordo. 
• Relatório da operação carga e descarga. 
• Informações diárias aos clientes. 
• Planos de estiva e demais documentos pertinentes a operação. 
 
 
31 
 
 
4.7.3 Agenciamentos marítimos 
 
Com domínio das funções e total interação junto as melhores companhias 
marítimas, a Marcon está qualificada para atender a todos os tipos de navios. 
Administra ampla gama de informações, desde noções técnicas da embarcação até 
a familiaridade com a legislação específica da área, conhecimento dos portos em 
que atua, de seus equipamentos e acima de tudo, do mercado. 
As etapas são monitoradas através de indicadores de desempenho e as 
metas são acordadas entre os clientes e a Marcon, visando atingir a excelência 
operacional e o total atendimento personalizado. 
Alguns destaques: 
• Total assistência as embarcações e membros de suas tripulações enquanto 
ancorados ou atracados no porto. 
• Aviso de prontidão. 
• Relatório de fatos do navio. 
• Recibo de bordo. 
• Manifestos. 
• Conhecimento da embarcação. 
• Cálculo de custos do navio durante a operação portuária. 
• Comunicação constante com o operador portuário (responsável pela 
carga/descarga) entre outros. 
• Certificados de inicio e fim do afretamento e demais documentos pertinentes 
a esta operação. 
 
4.7.4 Armazenamentos 
 
 Com tradição nesta área, a Marcon (Paranaguá) maneja carga geral seca e a 
granel sólida, com as seguintes facilidades. 
• Silo Horizontal / NS – Armazéns Gerais Ltda: com capacidade de 20.000 
toneladas equipado com moega rodoviária e balança, para receber cargas a 
granel diretamente de caminhões. Possui uma esteira com canecas que leva 
a carga para o armazém, simultaneamente com o sistema de descarga dos 
caminhões. 
32 
 
 
• Armazéns Horizontais / Sulterminais de Armazéns Gerais Ltda: com 
capacidade de 35.000 toneladas, localizados estrategicamente em área 
primária Alfandegada e em área secundária, credenciados pela Receita 
Federal (REDEX), composto de desvio ferroviário em área coberta, o qual 
reforça ainda mais a eficiência na recepção de carga. 
Além de espaços próprios, a Marcon tem frequentemente aumentado a sua 
capacidade de armazenamento para atender a crescente demanda do mercado e 
consequentemente a necessidade de seus clientes. Com eficiência, competência e 
equipamento adequados, a estrutura retro portuária da Marcon, vem ao longo dos 
anos, evoluindo e consolidando-se como grande elo de suporte na logística das 
movimentações portuárias, visando sempre a máxima performance dos seus 
representados 
 
4.8 Mercados 
 
O mercado para a filial de Itajaí é representado pelas empresas que desejam 
realizar suas exportações no estado de Santa Catarina, abrangendo todas as 
empresas que tenham interesses em seus serviços. 
Atualmente os principais clientes da empresa Marcon são: 
• Frigorífico Riosulense S/A. 
• Resitol Indústria Química Ltda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
5 A PESQUISA 
 
Este capítulo apresenta a pesquisa desenvolvida na Marcon Serviços de 
Despachos em Geral Ltda. Foram levantadas e apresentadas as etapas do processo 
de exportação de produtos químicos específicos. 
 
5.1 Produtos químicos 
 
Os produtos químicos podem ser subdivididos em substâncias que são os 
elementos químicos ou compostos de produtos químicos (no estado natural ou 
obtidos por qualquer processo de produção) e preparados (que é a mistura ou 
solução composta de duas ou mais substâncias). 
A produção e o uso de produtos químicos são fatores fundamentais para o 
desenvolvimento econômico de todos os países, pois os mesmos afetamas vidas de 
todos os seres humanos direta ou indiretamente por serem essenciais a alimentação 
(agricultura), saúde (produtos farmacêuticos) e ao bem estar (eletrodoméstico, 
combustíveis, etc). 
Para um uso seguro de produtos químicos é necessário identificá-los quanto 
aos perigos para a saúde, o ambiente, e os meios para seu controle. Devido a esses 
fatores todos os produtos químicos são etiquetados, ou seja recebem uma etiqueta 
onde consta informações sobre o produto, lote, validade, data de fabricação, peso, 
cuidados no armazenamento, precauções sobre ao uso. 
Atualmente a empresa Marcon serviços de Despachos em Geral Ltda faz a 
exportação de dois tipos de produtos químicos o “Crude Sterols” conhecido 
nacionalmente como Esterol Cru e o “Crude Tall Oil” conhecido nacionalmente como 
Tall Oil Bruto. 
O crude sterols é uma substância extraída do resíduo de destilação de tall oil, 
que serve, após sua purificação (concentração de 99%) como redutor de colesterol. 
Já o tall oil é utilizado para tintas, vernizes, óleos de cortes, borrachas sintéticas e no 
fracionamento para a extração do breu. 
 
 
 
34 
 
 
5.1.1 Crude Sterols 
 
Produto químico com classificação de NCM (Nomenclatura Comum do 
Mercosul) de número 2906.13.00. Todo produto exportado deve ser classificado, 
essa classificação é composta de oito dígitos, os seis primeiros números são 
formados pelo Sistema Harmonizado (capítulo, posição e subposição), e os dois 
últimos (item e subitem), criados de acordo com a definição entre os países do 
Mercosul. 
A classificação das mercadorias na NCM rege-se pelas regras gerais para a 
interpretação do sistema harmonizado. 
O produto em estudo é composto por mistura de esteróis, incluindo sitosterol, 
campesterol e estigmasterol, também inclui uma mistura de cera de cadeia longa de 
álcool e dímeros de acido graxo. Não contém ingredientes que contribuam para o 
perigo, produto não radioativo, não explosivo, não inflamável e não cancerígeno. Na 
tabela 1, é apresentado o resultado do desdobramento para a formação do código 
do NCM. 
 
Tabela 1: O código é resultado dos seguintes desdobramentos 
Seção VI Produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas 
Capítulo 29 Produtos químicos orgânicos 
Posição 2906 Álcoois cíclicos e seus derivados halogenados, 
 sulfonados, nitratos ou nitrosados 
Subposição 2906.13 Ciclânicos, ciclênicos ou cicloterpênicos 
Item/Subitem 2906.13.00 Esteróis e inositóis 
Fonte: Brazil Trade Net, 2008 Nota: Adaptado pelo Acadêmico. 
 
O código NCM indicará se a mercadoria estará sujeita a algum controle de 
saída pelos órgãos anuentes. Nesse caso não há exigências para este produto, 
conforme a consulta ao Tratamento Administrativo do Siscomex. 
 
5.1.2 Crude Tall Oil 
 
Produto químico com classificação de NCM de número 3803.00.00, pertence 
a seção dos produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas, e capítulo 
35 
 
 
38 enquadrado como produtos diversos das indústrias químicas. Segundo a Receita 
Federal o NCM 3803.00.00 é conhecido como “Tall oil, mesmo refinado”. 
O produto é composto por mistura de ácidos graxos de cadeia carbônica C18, 
onde predominam os ácidos Oléico e Linoléico, em um percentual de 55 a 60 %, e 
cerca de 30 a 40 % em média de ácidos resínicos com cadeia carbônica C20 
predominando os ácidos abiético e dehidroabiético, e cerca de 5 a 20 % de material 
neutro, denominados de insaponificáveis, uma mistura de álcoois superiores e 
fitosteróis. Produto não radiativo, não explosivo, não inflamável e não cancerígeno. 
Na tabela 2, é apresentado o resultado do desdobramento para a formação do 
código do NCM. 
 
Tabela 2: O código é resultado dos seguintes desdobramentos 
Seção VI Produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas 
Capítulo 38 Produtos diversos das indústrias químicas 
Posição 3803 “Tall oil”, mesmo refinado 
Subposição 3803.00 “Tall oil”, mesmo refinado 
Item/Subitem 3803.00.00 “Tall oil”, mesmo refinado 
Fonte: Brazil Trade Net, 2008 Nota: Adaptado pelo Acadêmico. 
 
Este produto não necessita de análise complementar em órgãos anuentes, 
segundo a consulta ao Tratamento Administrativo do Siscomex. 
 
5.1.3 Manuseio e armazenamento dos produtos 
 
Para um manuseio seguro e correto dos produtos apresentados, é necessário 
o uso de luvas de borracha e óculos de segurança. Tais cuidados evitam riscos para 
o funcionário que manusear esse tipo de carga, conforme as regras de segurança. 
O armazenamento correto dos produtos devem serem feitos em áreas 
cobertas, seca, ventilada, piso impermeável e afastado de materiais incompatíveis e 
longe das fontes de calor e fogo. Caso o produto venha a ser armazenado em 
tambores recomenda-se que sejam de aço carbono revestidos com tinta epóxi, se 
for armazenado em tanques é recomendável que seja de inox, ou de fibra, ou de 
aço carbono revestido com tinta epóxi, ou de fibra de vidro. 
36 
 
 
A responsabilidade do manuseio dos produtos estudados é por parte da 
empresa exportadora. Já a responsabilidade de armazenamento é tanto da empresa 
exportadora, quanto do recinto e do armador. 
 
5.1.4 Identificação de perigo 
 
O Crude Sterols e Crude Tall Oil não possuem etiquetas de classificação IMO 
(Organização Marítima Internacional) e também não são classificados pela ONU 
(Organização das Nações Unidas), portanto não são considerados produtos 
químicos perigosos. A etiqueta de classificação IMO é fornecida só a produtos 
químicos perigosos, o que representará reflexos nos valores de fretes, mesmo 
assim, alguns cuidados devem ser levados em consideração, no contato e 
manuseio; já que, segundo informações do exportador: 
• Contato com a pele pode causar irritação, se em contato prolongado, 
recomenda-se lavar com água e sabão em abundância. 
• Contato com os olhos pode causar irritação nos mesmos. É aconselhável 
lavar os olhos em abundância por 15 minutos e posteriormente procurar 
um médico. 
• Ingestão pode causar irritação, grandes quantidades podem causar 
desordens no sistema gastrointestinal, mas não provoca vômitos, 
recomendável beber água em abundância e em seguida procurar um 
medico. 
• Inalação não emite vapores. 
• Devido a suscetibilidade individual das pessoas o produto pode causar 
irritação aos olhos, peles, trato respiratório e digestivo. 
Assim, independente de um produto químico ser classificado como perigoso 
ou não, devem ser observados alguns cuidados especiais no seu manuseio. 
 
5.1.5 Medidas de controle em caso de vazamento 
 
Em caso de vazamento, se for em pequena escala procurar reter os produtos 
coletando o possível, utilizando material absorvente, areia, terra, serragem, 
vermiculita ou similares. Dispor os produtos coletados em áreas estabelecidas pela 
37 
 
 
empresa e legislação. Havendo vazamento em grande escala primeiramente isolar o 
trânsito do local e conter o vazamento com diques e barreiras, coletar o excedente 
do produto vazado transferindo-o para tambores ou tanque. 
Tanto a Marcon como o transportador rodoviário, aquaviário e o recinto que a 
mercadoria ficará armazenada até a data do embarque recebem instruções sobre 
como proceder em caso de vazamento dos produtos. 
Por uma eventualidade os produtos causarem um incêndio, o combate ao 
mesmo deve ser feito através do uso de extintores de CO², pó químico, espuma 
química, ou neblina aquosa já o uso da água deve ser evitado. 
Segundo o Ministério dos Transportes os produtos não são considerados 
perigosos para o transporte. 
 
5.2 Processo de exportação do Crude Sterols e Crude Tall Oil, 
realizados pela empresa Marcon 
 
O processo de exportação dos produtos citados anteriormente, como 
qualquer outro produto, tem início a partir do momento em que há um contato do 
exportadorou intermediário com o importador ou intermediário ou vice versa. 
Efetuada a compra da mercadoria, começam os deveres e obrigações de ambas as 
partes (exportador e importador). 
Com a confirmação da venda, sempre com o Incoterm ex works (EXW), o 
exportador fica responsável de entrar em contato com a agência marítima 
representante do armador para fazer um pedido de reserva de embarque (booking). 
Apesar do incoterm ser o EXW e esse designar que o exportador encerra sua 
participação no negócio quando acondiciona a mercadoria na embalagem de 
transporte e a disponibiliza, no prazo estabelecido, no seu próprio estabelecimento. 
Com isso a responsabilidade do importador é de providenciar a retirada da 
mercadoria do estabelecimento do exportador e consequentemente providenciar 
todos os trâmites para que essa mercadoria chegue ao destino. 
Em tese as obrigações citadas na condição da venda deveriam ser 
cumpridas, mas nos casos estudados, não são, devido um acordo firmado entre o 
exportador e o importador, o exportador é responsável pelos trâmites para que a 
38 
 
 
mercadoria chegue ao país de destino, já a responsabilidade do importador é em 
arcar com todas as despesas pertinentes ao processo. 
O pedido de reserva de embarque sendo aceito, a agência marítima através 
do armador disponibilizará uma embalagem para que o produto seja transportado. A 
retirada dos contêineres do terminal utilizado pelo representante do armador para 
disponibiliza-los aos seus clientes é denominada handling out (manuseio de retirada) 
e a sua devolução ao terminal denomina-se handling in (manuseio de entrada). 
A embalagem disponibilizada pelo armador nos processos em estudos é 
conhecida cientificamente como Tank Tainer e popularmente como Isocontainer ou 
Isotank, próprio para produtos químicos. 
Na figura 4, é apresentado um isocontainer exportado pela empresa Marcon 
nos processos estudados. 
 
 
Figura 4: Isocontainer armazenado no porto de Itajaí 
Fonte: Arquivo do acadêmico (2008). 
 
O isocontainer é transportado do terminal de contêineres e entregue na 
fábrica da empresa exportadora. Com o isocontainer em seus domínios o exportador 
inicia o processo de unitização, também conhecido como estufagem do produto a 
ser exportado. 
Passada a fase de estufagem, o isocontainer fica disponível e pronto para 
iniciar seu percurso até o destino final. A empresa exportadora contrata o transporte 
39 
 
 
rodoviário para fazer o translado da mercadoria, de sua indústria até o porto de 
embarque (na origem), que é designado pelo armador, ou seja, porto pelo qual o 
navio contratado faz sua rota. 
Os portos pelo qual a empresa Marcon Serviços de Despachos em Geral Ltda 
realiza os despachos de exportação do Crude Sterols e Crude Tall Oil são os de 
Itajaí e Navegantes (Portonave). 
Estando definido o porto de embarque a empresa exportadora faz um contato 
com a empresa Marcon (via e-mail) contendo uma instrução documental (anexo A) 
onde consta: 
a) Dados gerais: produto, embalagem, quantidade, condição de venda 
condição de pagamento,valor total, transportadora, data estimada de chegada 
(ETA), destino, importador e notify party. 
b) Documentos requeridos: fatura comercial, B/L (bill of lading), packing list. 
c) Observações. 
Com a instrução documental em mãos a Marcon providenciou os documentos 
necessários para que ocorresse o despacho de exportação. 
 
5.2.1 Particularidades dos portos na recepção dos produtos químicos 
 
Quando for estabelecido que o porto de origem é o de Itajaí, a mercadoria fica 
armazenada em um terminal retro-portuário da região, à espera da abertura do gate 
para o navio desejado. Só após a abertura do gate, o isocontainer pode entrar no 
porto. Enquanto o isocontainer está no terminal retro-portuário, a responsabilidade 
sobre o mesmo é do terminal, ficando responsável pela realização dos trâmites para 
o ingresso do mesmo no porto e também em enviar a nota fiscal do produto à 
Marcon. A responsabilidade do terminal cessa na entrada do isocontainer ao porto. 
 Caso seja determinado que o porto de embarque é o de Navegantes, a 
empresa exportadora contrata o frete rodoviário, para fazer o deslocamento da 
mercadoria de sua empresa ao porto de embarque, pois ao contrário do porto de 
Itajaí o porto de Navegantes há espaço em seu interior para o armazenamento de 
mercadorias, sendo assim a mercadoria não precisa ficar armazenada num recinto 
retro-portuário. 
40 
 
 
 Estando o isocontainer em poder da transportadora rodoviária a mesma fica 
responsável em fazer os trâmites para o ingresso da mercadoria ao porto e também 
do envio da nota fiscal a empresa Marcon. 
 Documentos requeridos para a entrada do isocontainer no porto de 
Navegantes: 
• uma via da nota fiscal 
• guia de entrada de unidade (anexo B). 
 Em ambos os portos os produtos químicos são armazenados em locais 
diferentes dos demais containeres, sendo destinada uma área especial para esse 
tipo de carga (Área de cargas químicas), por questões de segurança. 
 
5.2.2 Despacho de exportação do Crude Sterols e Crude Tall Oil 
 
Estando com a instrução de embarque em mãos inicia-se o despacho de 
exportação no SISCOMEX. Primeiramente é providenciado o registro de exportação 
(RE). Concluído o preenchimento do RE a próxima etapa é a confecção do registro 
da declaração de exportação (DE) ou solicitação de despacho (SD). Para a 
formulação da DE, o sistema aproveitará os dados e informações do RE e 
disponibilizará uma numeração com 11 dígitos. 
 Concluídos o RE e a DE, a Marcon fica no aguardo da entrada do 
isocontainer no recinto alfandegado (porto), para que se possa receber a presença 
de carga e o ticket de pesagem do recinto. 
A confirmação da presença de carga é efetuada pelo depositário após a 
entrada do isocontainer em seu recinto. O mesmo acontece com o ticket de 
pesagem: ao entrar no porto, o caminhão que transporta o isocontainer é pesado, o 
ticket de pesagem estará disponível após a saída do mesmo do porto, pois o 
caminhão será pesado novamente, desta vez vazio. 
 O ticket de pesagem é um documento que indica o peso da mercadoria é 
necessário, pois o mesmo auxiliará na conferência do peso declarado pelo 
exportador de sua mercadoria. 
De posse do RE, da DE, da presença de carga, do ticket de pesagem e da 
nota fiscal do produto (adquirida após a entrada da mercadoria ao porto), ou seja, 
documentos necessários para o despacho de exportação, a Marcon reúne esses 
41 
 
 
documentos em um envelope personalizado (anexo C) e remete-os a Receita 
Federal. 
No envelope personalizado que foi entregue a receita consta informações 
como: identificação do despachante e seu representante legal, número da DE, nome 
do exportador, Número do RE, número da nota fiscal, quantidade por volumes, peso 
líquido, peso bruto, nome do navio, número e lacre do container ou isocontainer. 
A Receita Federal recepciona-os via sistema, faz a conferência dos 
documentos e posteriormente transcreve o número da declaração de exportação 
(DE) para o sistema (SISCOMEX). 
A próxima etapa será a parametrização, ou seja, o sistema seleciona um 
canal de vistoria. São três canais pelo qual o despacho da mercadoria pode ser 
parametrizada: canal verde, canal laranja e canal vermelho. 
• Canal verde é dispensado o exame documental e a verificação física 
da mercadoria. O desembaraço é feito automaticamente pelo SISCOMEX. 
• Canal laranja é realizado apenas o exame documental, ou seja são 
conferidos os documentos que envolve o despacho (RE, DE, presença de carga, 
tickt de pesagem e nota fiscal) pelo Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF), a 
verificação física é dispensada, não havendo discrepância na documentação o 
desembaraço ocorre em seguida. 
• Canal vermelho o despachoé submetido tanto ao exame documental 
supracitado, quanto à verificação da mercadoria, realizado pelo Auditor Fiscal da 
Receita Federal (AFRF). Estando a documentação e a mercadoria em conformidade 
com as informações lançadas no Sistema o desembaraço ocorre em seguida, caso 
contrário, o despacho ficará interrompido ou cancelado. A verificação física dos 
produtos químicos é feita através de scanner. 
O despacho fica interrompido quando há divergência de informação do 
produto a ser exportado analisado pelo AFRF, mas que poderá ser corrigido 
posteriormente, nesse caso cabe ao representante do exportador regularizar às 
exigência pedidas pelo AFRF. Se ocorrer alguma discrepância grave o despacho 
será cancelado, e cabe ao representante do exportador, entrar com um novo pedido 
de despacho. 
Após a etapa da parametrização e o despacho estando desembaraçado, 
independentemente do canal que a mercadoria foi submetida, cabe à Marcon a 
42 
 
 
impressão do extrato da liberação (anexo D) extraído do SISCOMEX e apresentação 
do mesmo ao porto. 
A recepção do extrato da liberação ocorre caso seja entregue dentro do dead 
line (data limite) de desembaraço, para que a equipe do planejamento de embarque 
possa autorizar o carregamento das unidades no navio previsto. Com a aceitação da 
liberação, o porto fica responsável a partir desse momento em fazer o isocontainer 
embarcar no navio estabelecido anteriormente. Se o extrato for entregue fora do 
prazo, nesse caso, o isocontainer não embarcará. 
 Realizado o desembaraço da mercadoria e o embarque da mesma para o 
exterior, o transportador (armador), registrará os dados de embarque no sistema. 
Nesse momento, é providenciada a emissão do conhecimento de embarque (B/L) 
com base em instruções enviadas a agência marítima anteriormente (conhecidos 
como draft ou espelho de B/L). B/L é documento importante e necessário para a 
retirada da mercadoria no porto de destino, pelo importador ou quem for autorizado 
por ele. 
A próxima e última etapa do despacho de exportação consiste na confirmação 
pela fiscalização aduaneira do embarque da mercadoria conhecido como averbação. 
A averbação será feita, no sistema, após a confirmação do efetivo embarque do 
isocontainer e do registro dos dados pertinentes pelo transportador. Os dados 
repassados pelo transportador a Receita Federal para a averbação do despacho 
são: número do B/L, quantidade de volume, peso bruto, valor do frete, local de 
pagamento do frete, nome do navio e viagem. 
Registrados os dados de embarque, se os dados informados pelo 
transportador coincidirem com os registrados no desembaraço da DE, haverá 
averbação automática do embarque pelo sistema. Caso contrário, a Alfândega irá 
analisar a documentação apresentada, confrontando-a com os dados relativos ao 
desembaraço e ao embarque, efetuando-se a chamada averbação manual, com ou 
sem divergência. 
Concluída a operação de exportação, com sua respectiva averbação no 
sistema, será fornecido ao exportador, quando solicitado, o documento 
comprobatório da exportação, ou seja, o recibo de exportação (anexo E). Emitido 
pelo Siscomex, na Unidade de despachos da mercadoria. 
 
 
43 
 
 
5.3 Documentos para a exportação do Crude Sterols e Crude Tall 
Oil 
 
Os documentos necessários para a realização da exportação de crude sterols 
e crude tall oil emitidos pelo exportador são: fatura pró-forma, fatura comercial, 
romaneio de embarque e nota fiscal. 
• Fatura pró-forma ou pro forma invoice: é documento de responsabilidade 
do exportador e confeccionado por ele, emitido a pedido do importador, para que 
este providencie a licença de importação, dentre outras providências. Este 
documento é o modelo de contrato mais freqüente, formaliza e confirma a 
negociação, desde que devolvido ao exportador, contendo o aceite do importador 
para as especificações contidas. Este documento não gera obrigações de 
pagamento por parte do importador e a emissão do mesmo é no idioma do país do 
importador ou em inglês. 
A fatura pró-forma deverá conter os seguintes elementos: local de venda, 
nome do comprador, discrição da mercadoria, classificação aduaneira (NCM/SH – 
Nomenclatura Comum do Mercosul), pode ser em língua inglesa ou portuguesa, 
quantidade e peso da mercadoria, tipo de embalagem, moeda estrangeira 
negociada, condições de venda (incoterms), detalhes de despesas (embalagem, 
transporte interno, gastos consulares, etc.), validade, identificação e assinatura do 
exportador. (anexo F) 
• Fatura comercial ou commercial invoice: é um documento internacional, 
emitido pelo exportador, cuja validade começa a partir da saída da mercadoria do 
território nacional e é fundamental para o importador desembaraçar a mercadoria em 
seu país, pois vincula comercialmente as partes. 
A fatura comercial deve conter os seguintes campos: local e data da emissão, 
número da fatura, nome e endereço do exportador, nome e endereço do importador, 
número da referência, contrato, pedido ou ordem de compra do importador, 
modalidade de pagamento, modalidade de transporte, porto de embarque, porto de 
destino, quantidade de mercadoria por tipo (item), marcação de volumes, 
discriminação detalhada da mercadoria, classificação aduaneira, total do peso 
líquido, total do peso bruto, preço unitário, preço total, valor do frete (em vendas 
44 
 
 
onde este estiver incluso), valor do seguro (em vendas onde este estiver incluso), 
valor total e declarações exigidas pelo país importador. (anexo G) 
A fatura comercial nas operações investigadas são emitidas pelo exportador. 
• Romaneio de embarque ou packing list: é de embarque, emitido pelo 
exportador é necessário para o desembaraço da mercadoria e para a orientação do 
importador quando da chegada dos produtos em seu país. 
O romaneio de embarque deve constar os seguintes itens: nome e endereço 
do exportador e importador, data da emissão, número e data da ordem ou pedido do 
importador, número e data da fatura comercial, quantidade total de volumes 
(embalagem), marcação dos volumes, descrição das mercadorias, identificação dos 
volumes por ordem numérica, espécie de embalagens contendo peso líquido, peso 
bruto, dimensões unitárias e o total da cuba. (anexo H) 
• Nota fiscal: documento que acompanha a mercadoria desde a saída do 
estabelecimento até o efetivo desembaraço físico junto a Receita Federal. 
A nota fiscal deve conter os seguintes campos: nome, endereço, CNPJ e 
inscrição estadual do exportador; nome, endereço do importador; nome, endereço, 
CNPJ, inscrição estadual e placa do veículo do transportador rodoviário; número, 
série, data de emissão, data de saída e hora da saída; código, descrição, 
classificação fiscal, unidade, quantidade, valor unitário e valor total da mercadoria. 
(anexo I), que é emitida quando da saída do produto na empresa exportadora e deve 
ser encaminhada para amparar o trânsito da carga, bem como para que a Marcon 
providencie o Despacho Aduaneiro. 
 
5.3.1 Documentos providenciados pela Marcon 
 
Os documentos necessários para a realização da exportação de crude sterols 
e crude tall oil providenciados pela Marcon são: registro de exportação, declaração 
para despacho de exportação, extrato da liberação, lista de carga, draft do B/L. 
• Registro de exportação (RE): documento preenchido eletronicamente no 
SISCOMEX pela Marcon, destina-se ao registro da operação para fins do 
gerenciamento nas áreas, comercial, fiscal, cambial e financeira. A seguir os campos 
a serem preenchidos pela Marcon para o despacho de exportação do crude sterols e 
crude tall oil no RE. 
 
45 
 
 
01 – Exportador: a) CPF, b) nome. 
02 – Enquadramento da operação: a) código. 
03 – Unidade RF despacho. 
04 – Unidade RF embarque. 
05 – Importador: a)nome, b) endereço,c) país. 
06 – País de destino final. 
07– Instrumento de negociação. 
08 – Código condição de venda. 
09 – Esquema de pagamento total: a) modalidade transação, b) moeda, e) número 
de parcelas, f) periodicidade, g) indicador, h) valor da parcela. 
10 – Códigos da mercadoria: a) NCM, b) Naladi/SH. 
11 – Descrição da mercadoria. 
13 – Estado produtor. 
14 – Validade do embarque. 
15 – Peso líquido. 
16 – Quantidade e unidade de medida da mercadoria: a) quantidade, b) unidade. 
17 – Quantidade na unidade de medida da mercadoria: a) quantidade. 
18 – Preço total: a) condição venda, b) local embarque. 
19 – Preço unitário nas unidades de medida de comercialização e da mercadoria: a) 
condição venda, b) local embarque. 
21 – Finalidade. 
22 – Exportador é o fabricante. 
23 – Observação do exportador. 
25 – Observação/exportador. 
 
Estando todos os campos preenchidos corretamente e atendendo as normas 
vigentes, o RE é validado e consequentemente o sistema gerará uma numeração 
com 12 dígitos. 
Após a formalização do RE (anexo J), o sistema disponibilizará uma tela no 
SISCOMEX, ou seja extrato do RE (anexo L), que são as informações preenchidas 
anteriormente de forma resumida. 
• Declaração de exportação (DE): o registro da DE inicia o despacho da 
exportação, na formulação da DE o sistema aproveitará os dados e informações do 
46 
 
 
RE, obtidos anteriormente. Para se conseguir iniciar a DE é necessário a numeração 
do RE. O sistema disponibilizará uma numeração com 11 dígitos 
• Extrato da Liberação: documento gerado pelo SISCOMEX, após o 
despacho de exportação ter sido desembaraçado ou liberado, ou seja, após o 
processo ter passado pela parametrização. (anexo D) 
• Lista de carga: é uma relação de container (nesse caso isocontainer) para 
embarque, passado ao armador e esse por sua vez repassa ao operador portuário. 
Consta nessa lista: nome do armador, nome do navio e a viagem, nome do 
despachante, número do container (isocontainer), tipo, tara, peso total, números dos 
lacres, nome do exportador, nome da mercadoria, porto de descarga, destino final e 
o booking. (anexo M) 
Obs: para os embarques realizados no porto de Itajaí, há necessidade de enviar ao 
armador a lista de carga, se o embarque for realizado no porto de Navegantes não 
há necessidade da lista de carga. 
• Draft do B/L: documento emitido pela Marcon feito com auxílio da 
instrução documental recebida do exportador. Após finalizado o draft do B/L a 
Marcon envia ao Armador, é através do mesmo que o Amador emite o B/L original. 
O draft do B/L é considerado o espelho do B/L, ou seja, as informações que 
constarão no B/L final. 
Os campos do draft do B/L são: nome e endereço do exportador, nome e 
endereço do importador (consignatário), nome do navio, porto de embarque, porto 
de destino, local de entrega da mercadoria, número do booking, número do 
isocontainer, números dos lacres, peso líquido, peso bruto, tara, descrição detalhada 
da mercadoria, número do RE, número da DE e NCM. (anexo N). 
 
5.3.2 Conhecimento de Embarque (Bill of Lading) 
 
Bill of lading (B/L) ou Conhecimento de Embarque, é documento de extrema 
importância no Comércio Exterior e o principal em se tratando de transporte. O B/L 
representa um contrato de transporte entre o transportador e o exportador, é um 
documento necessário para a retirada da mercadoria no porto de destino. 
Normalmente o Conhecimento de Embarque é emitido e assinado pela 
agência marítima, podendo também ser assinado pelo comandante do navio 
transportador, sempre em nome do armador ou pelo próprio armador. Nele devem 
47 
 
 
constar as informações passada a ele anteriormente através do draft do B/L, já no 
verso deverá constar todas as cláusulas referentes ao contrato de transporte 
celebrado entre o armador e o exportador, constituindo um contrato de adesão, já 
que não é discutido nem alterado, sendo respeitado o que está impresso. 
O B/L é composto geralmente por 3 vias originais mais cópias não-
negociáveis (inglês é o idioma oficial do B/L), a emissão e a liberação dos B/Ls dos 
produtos exportados pela Marcon (crude sterol e crude tall oil) são emitidos no Brasil 
mediante pagamento. A Marcon fica responsável de retirar os B/L’s junto a agência 
marítima e enviar ao exportador, esse por sua vez repassa-os ao importador no 
exterior. (anexo O) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta pesquisa demonstrou a teoria e a prática da participação de um 
prestador de serviço, de grande importância no desenvolvimento das exportações e 
importações, o Despachante Aduaneiro, que atua de forma a interligar atividades 
relacionadas com o comércio internacional. 
Com significativa participação proporcionada devido ao aumento das 
exportações e importações, o despacho aduaneiro é essencial para que a 
mercadoria exportada ou importada possa ser desembaraçada (liberada). 
Desta forma, o comércio exterior sendo dinâmico é necessário agilidade de 
todas as partes envolvidas no processo para atender a demanda. 
O estágio em questão foi realizado na Marcon Serviços de Despachos em 
Geral Ltda, filial Itajaí, empresa do ramo de despachos aduaneiro, que presta serviço 
a Resitol Indústria Química Ltda, empresa que desenvolve produtos químicos e 
ocupa uma posição considerada nas exportações, por conseqüência do aumento 
das mesmas nos últimos anos. 
O objetivo geral do estágio foi estudar a sistemática de exportação de 
produtos químicos na empresa Marcon, sendo este objetivo alcançado, devido ao 
acesso as informações encontradas. 
A pesquisa desenvolvida na Marcon Serviço de Despachos em Geral Ltda 
proporcionou o entendimento prático em conjunto com à teoria vivenciada no 
ambiente acadêmico da atividade desempenhada na célula documental e 
operacional, assim como alcance dos objetivos específicos sendo exposto, nesta 
pesquisa, a identificação dos produtos e os órgãos anuentes, o processo de 
exportação dos produtos químicos mencionados e os documentos necessários para 
a exportação dos produtos químicos, e com o alcance dos objetivos propostos, 
auxiliar na preparação profissional tornando o estagiário capacitado a encarar o 
competitivo mercado de trabalho ultrapassando desafios como este que foi 
apresentado. 
 
 
 
 
49 
 
 
7 SUGESTÕES PARA EMPRESA 
 
Com relação à pesquisa apresentada e o tema abordado, algumas sugestões 
podem ser apresentadas para a empresa, no sentido de contribuir para sua 
participação no competitivo mercado do Despacho Aduaneiro. 
A primeira delas, consiste no treinamento de todos os setores da empresa, 
em especial ao setor de exportação, sobre as práticas documentais e aduaneiras, de 
cada cliente específico. Os processos necessitam de rapidez, eficiência e 
conhecimento de todos os funcionários envolvidos. Nesse sentido, enfatiza-se a 
necessidade de uma maior aproximação entre a Matriz e as filiais da empresa. 
A segunda, está relacionada à realização do acompanhamento pós-embarque 
das mercadorias, no sentido de fornecer um follow-up ao cliente exportador, como 
um diferencial no mercado. Esse serviço poderia ser prestado através do site da 
empresa, onde o cliente interessado em ter informações de suas mercadorias, 
acessaria o site www.marcon.com.br escolheria a opção "Acesso a clientes" e 
consequentemente, preencheria os campos "nome de usuário e senha". Estando de 
acordo nome de usuário e senha o cliente teria acesso a informações referentes aos 
seus processos realizados pela Marcon. 
E a terceira sugestão está relacionada à constante evolução das práticas 
aduaneiras, que requer renovação no escopo dos serviços da empresa. Seria 
interessante realizar estudos sobre novas possibilidades

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