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Exercício Libras Unidade 3 - UVA

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Avaliação - Trabalho da Disciplina [AVA3]
- Expressões faciais e corporais na comunicação:
A linguagem corporal e a expressão facial são de suma importância na comunicação em LIBRAS, pois é o recurso que o sinalizador utiliza, por meio do corpo e da face, para dar entonação ao seu discurso. Embora pareça ser simples e alguns estudos demonstrem ser de fácil entendimento para a maioria das pessoas, a linguagem corporal e a expressão facial na língua de sinais precisam ser estudadas em seus segmentos e estruturas gramaticais, para que sejam definidas as intenções e que haja a comunicação.
Postos à margem das questões sociais, culturais, e educacionais os surdos não são vistos pela sociedade por suas potencialidades, mas pelas limitações impostas por sua condição. A definição desse sujeito como um ser deficiente e, portanto incapaz, deve-se não somente à forma incompreensiva da sociedade analisar a surdez, mas principalmente devido a um atraso na aquisição da linguagem que os surdos têm no seu desenvolvimento, já que, na maioria das vezes, o acesso a ela é inexistente.
Esse atraso envolve todos os aspectos da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo dos portadores de surdez, provocando dificuldades de desenvolver abstração de conceitos, prendendo o surdo às situações puramente concretas. Sabe-se que a criança percebe o mundo através da linguagem, que se converte em parte essencial do seu desenvolvimento global. A linguagem planeja e regula as ações humanas e é uma evolução dos primeiros intercâmbios sociais e comunicativos.
 Estudiosos e pesquisadores da surdez asseguram que os surdos passam por muitas dificuldades ao longo de suas vidas, tanto no aspecto social, como no desenvolvimento psicológico e acadêmico. Consideram que tais dificuldades estão diretamente relacionadas com a questão do desenvolvimento lingüístico devido a um atraso na aquisição da linguagem desses sujeitos.
Quando ocorre esse atraso, mesmo que aprendendo tardiamente uma língua, a criança surda sempre terá conseqüências como problemas emocionais, sociais e cognitivos, pois só com a linguagem simbólica é possível operar funções mentais superiores tipicamente humanas, o que faz com que a criança aprenda e apreenda conceitos e abstrações e assim se desenvolva cognitivamente.
Há muitos questionamentos acerca do surdo, ter dificuldades de abstrair conceitos por não ter acesso à linguagem. Botelho (2002) defende que essas dificuldades, quando existem, relacionam-se com experiências lingüísticas insatisfatórias. Mesmo sendo cognitivamente igual aos ouvintes, os surdos que não adquirem uma língua têm dificuldades de perceber as relações e o contexto mais amplo das atividades em que estão inseridos, assim o seu desenvolvimento e aprendizagem ficam fragmentados. A aquisição da língua de sinais vai permitir a criança surda, mediante suas relações sociais, o acesso aos conceitos de sua cultura que passará a utilizar como seus, formando assim uma maneira de pensar, agir e ver o mundo da cultura de sua comunidade.
Embasando a fala acima, Botelho (2002, p.53) diz que, “O que falta aos surdos, sem sombra de dúvidas, é o acesso a uma língua que dominem e que lhes permita pensar como todas as complexidades necessárias disponíveis como são para qualquer um”. Quando a criança surda tem acesso a sua língua natural, ou seja, a língua de sinais, ela se desenvolve integralmente, pois tem inteligência semelhante à dos ouvintes, com ressalva que aprendem da forma visual e não oral-auditiva, assim, a surdez não significa outra coisa senão a ausência de um dos elementos que permitem fazer relações com o ambiente, à audição.
- O reconhecimento de Libras como status de língua:
Hoje, já se tem o reconhecimento legal de LIBRAS como a língua materna dos grupos surdos, legitimando a sua cultura. A sua importância evidenciam a sua importância na formação do sujeito, já que a língua é um elemento indispensável para a formação do ser humano. Ao mesmo tempo, preconizam uma educação bilíngüe, ou seja, o processo de ensino-aprendizagem é conduzido na língua de sinais como primeira língua e a língua portuguesa na modalidade escrita como segunda língua. 
Essas regras, diferenciadas da língua portuguesa, refletem-se em sua forma de comunicação e, consequentemente, na sua escrita. Algumas pessoas por desinformação pensam que a língua de sinais é composta por gestos ou mímica que tem como finalidade a interpretação da língua oral. Porém, os pesquisadores linguistas atribuíram a Libras o status de língua por entenderem que esta apresenta características semelhantes às outras línguas, como as diferenças regionais, socioculturais e sua própria estrutura gramatical bem elaborada. 
 A maior dificuldade enfrentada pelos alunos surdos encontra-se na comunicação, devido à diferença existente entre as línguas orais e as línguas de sinais, uma vez que uma é oral-auditiva enquanto a outra é gesto-visual. E, diversamente dos outros tipos de necessidades especiais, essa problemática requer soluções que vão além de adaptações espaciais e materiais, justamente por serem de ordem linguístico-cognitiva.

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