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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO PRIMEIRO PERIODO AULA 1 – DO MITO A RAZÃO: Na Grécia Antiga a religião e o mito eram fonte originarias de conhecimento. No século VI surgiram sábios que passaram a usar argumentos racionais. Nascendo assim a filosofia. O nascimento da polis (cidade) no século VII trazendo grande transformação na Grécia Antiga. O saber deixou de ser sagrado (logos) colocando a razão em primeiro plano, e a politica passou a permitir o debate, com o surgimento da democracia. Fatores políticos, religiosos e econômicos contribuíram para o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga. Fatores Políticos: A cidadania era composta de homens varões que possuíam bens ou riquezas. Fatores Religiosos: os gregos não possuíam um livro sagrado, deixando em aberto o livre pensar e debates sobre sua mitologia, pois não possuíam dogmas a serem defendidos. Estavam abertos para o livre pensar. Fatores Econômicos: o grande desenvolvimento da indústria artesanal e do comercio. DISCURSO MITICO E RELIGIOSO: Os gregos cultuavam muitos Deuses, que estavam no mundo e faziam parte dele, assim no divino como no mundano. Tais saberes sobre os Deus eram transmitidos através da linguagem mítica, poética, rica em metáforas e analogias. Mais tarde no século VIII Hesíodo escreveu em textos que ficaram conhecidos como Teogonia e Cosmogonia. DISCURSO FILOSOFICO: FILOSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS: filósofos que antecederam Sócrates, também chamados de naturalistas ou filósofos da physis, buscavam a arché ou o principio de todas as coisas, usando os elementos primordiais. Tales de Mileto- agua Anaximandro de Mileto- o apeíron Anaxímenes de Mileto- o ar Xenofanes de Cólofon- a terra Heráclito de Éfeso – o fogo Pitágoras de Samos – o numero Demócrito de Abdera – átomo Empédocles de Agrigento- os quatros elementos Em um segundo momento surge a sofistica e o foco da filosofia muda do cosmo para o homem e o problema moral. Traçando o rompimento do mítico religioso para a razão. Protágoras, Górgias, Isocrates, Sócrates, Platão e Aristóteles. AULA 2: SOCRATES, PLATÃO E ARISTOTELES: São os mais importantes expoentes da Filosofia grega. Sócrates se interessou pelas questões humanas, a ética, a politica, o conhecimento, a educação, entre outros. Seu método de transmitir o conhecimento era através da maiêutica, que era compostas de perguntas e repostas, em um dialogo com o objetivo do conhecer a si próprio. “Conhece-te a ti mesmo”. Foi condenado pela politica sendo culpado de corromper a juventude ao ensinar doutrinas que feriam a tradição religiosa da cidade, tendo sido condenado à morte por envenenamento por cicuta. Platão nasceu em uma família aristocrata influente na politica, e se destacou como um dos filósofos mais influentes da época. Fez parte da politica mais se decepcionou, deixando o a politica para se tornar discípulo de Sócrates, após a morte de seu mestre, Platão saiu em viagem, onde teve contato com outros filósofos, ao retornar a Atenas, fundou a Academia de Academos, onde os estudos focados foram da Metafísica á Biologia, da Filosofia á Astronomia. Seus ensinamentos eram passados por forma de dialogo, usando a dialética (a Arte de pensar) indo de oposição aos sofistas, usando em sua dialética o mundo das formas ou das ideias. Pois no mundo das ideias tudo é constante e real, e no mundo físico ou sensível está sujeito a mudanças. Platão considerou dois níveis de saber: opinião e conhecimento. Para Platão a melhor forma de governo seria a aristocracia, dividindo o estado real em três classes: a classe dos comerciantes, a classe dos militares e a classe dos filósofos- rei. Aristóteles é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Sua filosofia visava varias áreas de conhecimento, como a Biologia, Zoologia, a Física, a Historia Natural, a Poética, a Psicologia, sem falar das disciplinas propriamente filosóficas como a ética, a teoria politica, a estética e a metafisica. A METAFIDICA ARISTOTELICA É A CIENCIA QUE ESTUDA “o ser enquanto ser” , sintetizando a metafisica em quatro questões gerais: potencia e ato; matéria e forma ; particular e universal; e movido e motor. Sendo oposta a Platão, valorizando o conhecimento sensível, pois todo conhecimento possível se inicia com o mundo dos sentidos ou o da sensação. AULA 3 - FILOSOFIA MEDIEVAL- PARTE I A filosofia medieval compreende um período histórico que vai do final do helenismo ( século IV e V) até o renascimento ( final do século XV e inicio do século XVI) É a maior parte de produção Filosófica da Idade Média. A fase final da filosofia medieval (século XI e XV) equivale ao desenvolvimento da escolástica e a criação das universidades. Escolástica = o termo designa todos aqueles que pertencem a uma escola ou que se vincular a uma determinada escola de pensamento e de ensino. O termo mais importante da Filosofia Medieval consiste na razão + fé. São Tomas de Aquino teve uma grande contribuição para o desenvolvimento da escolástica. Neste momento também ocorreu à transição do helenismo para o cristianismo. O surgimento da Filosofia Cristã . Um dos grandes pensadores cristãos foi Santo Agostinho. Sua influencia Filosófica e Teológica se estendeu até o período moderno. A teoria da iluminação divina vem substituir a teoria platônica, explicando o ponto de partida do processo do conhecimento e abrindo o caminho para a fé. É por tanto em torno do século XI e XII que vamos assistir o surgimento da chamada escolástica. Santo Anselmo é considerado o primeiro grande pensador da escolástica. Ele elaborou sua filosofia buscando articular a razão e a revelação, a fé e o entendimento. AULA 4 – FILOSOFIA MEDIEVAL – PARTE II A filosofia medieval contou com a valiosa contribuição do pensamento árabe. O rico encontro da Filosofia Árabe com a Filosofia Ocidental favoreceu o desenvolvimento da Filosofia escolástica. FILOSOFIA GREGA: A fusão começa a partir do momento que Alexandre ( século IV a.C ) inicia a expansão do seu império levando e difundindo a cultura grega pelo oriente médio, conquistando a Índia. PENSAMENTO CRISTÃO: No período cristão (IV e VI d,C), outro marco se dará aprofundando essa fusão. Vários Cristãos foram condenados e buscaram exilio no ocidente, principalmente na síria e na mesopotâmia. Esses cristãos, além de conhecedores da filosofia e da ciência grega, usavam a língua grega. CULTURA ARABE: A fusão também foi influenciada pelo profeta Maomé (570-632) quando este assumiu a liderança religiosa do povo árabe, fundando a religião islâmica. Esse contexto sem duvida favoreceu o encontro dos árabes com os núcleos de cultura de origem grega e cristã. Portanto, os cristãos da escolástica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristóteles através desses núcleos de cultura. As obras de Aristóteles, com as suas preocupações cientificas e empíricas, foram adequadas a esse novo contexto, devido a dois fatores fundamentais que são característicos do século XIII: o surgimento das universidades e a criação das ordens religiosas (franciscanos e dominicanos). O tomismo “tornou-se uma espécie de representante ‘uma Filosofia Cristã Oficial”, isto se deu devido à grandeza da obra de São Tomás e da complexidade das questões tratadas. Como exemplo disso, ele desenvolveu as cinco vias da prova de Deus. GUILHERME DE OCKHAM, foi o maior dos escolásticos. Ele combinou o racionalismo do pensamento aristotélico com a fé revelada do cristianismo. Foi graças as suas ideias, que foram lançadas as sementes que levaram o sistema Filosófico Medieval á ruina, dando lugar ao novo senso de investigação critica inspirada diretamente dos gregos. As basesda filosofia e da ciência moderna foram lançadas nos séculos XV e XVI levando ao Renascimento e a Reforma. A Escolástica foi profundamente influenciada pela Bíblia Sagrada, pelos Filósofos da Antiguidade e também pelos Padres da Igreja. AULA 5 – FILOSOFIA MODERNA – PARTE I O termo moderno já era usado na Filosofia Medieval, mas o conceito de modernidade veio de duas noções fundamentais relacionadas - a ideia de progresso e a valorização do individuo, que são decorrentes de fatores históricos como: Humanismo Renascentista XV Reforma Protestante XVI Revolução Cientifica XVII Redescoberta do ceticismo. O conceito de modernidade está quase sempre associado a um sentido positivo de mudança, transformação e progresso. No entanto se tratou de processo lento de transição já que as concepções tradicionalistas ainda continuavam a vigorar. Ceticismo, doutrina segundo a qual o espirito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de duvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafisica, religiosa ou absoluta do real, falta de crença; descrença, incredulidade, duvida. Importante ressaltar que os grandes pensadores da época (XVII), considerados revolucionários e inovadores, como Bacon e Descartes, não autodenominaram modernos. O conceito de Renascimento abrange os séculos XV e XVI, que foi o período histórico intermediário entre o medieval e o moderno. Podemos dizer que o traço mais característico desse período foi o humanismo. O humanismo teve uma grande influencia na politica. O principal pensador politico da época foi Nicolau Maquiavel. A Reforma Protestante teve bastante contribuição para o conceito de modernidade. Nicolau Copérnico sacudiu a visão de mundo medieval estática imaginando a terra girando em torno do sol, desenvolvendo sua pesquisa propondo a hipótese heliocêntrica. Ele conserva uma concepção de cosmo fechado. A modernidade nasce como uma espécie de rejeição do passado medieval. AULA 6 – FILOSOFIA MODERNA – PARTE II Descarte foi considerado o pai da filosofia moderna, ele viveu em um tempo de profunda crise da sociedade. Descarte acompanhou as grandes transformações de sua época. Como o inicio das grandes navegações e o descobrimento das Américas. As teorias cientifica de Copérnico e Galileu, que revolucionaram a maneira de se considerar o mundo físico. A decadência do sistema feudal. A reforma de Lutero, que abalou a autoridade da Igreja Católica no Ocidente. A guerra dos 30 anos que Descartes participou. A crença no poder crítico da razão humana individual é traço fundamental da modernidade de Descartes. A Modernidade foi a ruptura com a tradição, a autoridade da fé pela razão humana, oposição as instituições. Com Descartes, a necessidade de contextualidade do pensamento e o sujeito pensante entram em cena. Ele considerou a matemática como modelo de sua reflexão filosófica. As regras de Descartes se inspiram na geometria. Regra 1 – Jamais aceitar como exata coisa alguma que eu não conheça evidentemente. Regra 2 – Dividir cada dificuldade a serem examinadas em tantas partes quantas possíveis e necessárias para resolvê-las. Regra 3 – Impor ordens nos meus pensamentos, começando pelos assuntos mais simples de serem conhecidos. Regra 4 – Fazer para cada caso enumerações tão exatas que esteja certo de não ter esquecido nada, assim nunca se confundirá o falso com o verdadeiro, chegando ao verdadeiro conhecimento. ‘“Penso logo existo” uma das mais celebres expressões filosóficas que existe. Com esse argumento, Descartes busca uma certeza imune ao questionamento cético. Manter sempre a duvida metódica de tudo. Enquanto o racionalismo de Descartes prioriza a razão, o filosofo Francis Bacon insiste na necessidade da experiência. AULA 7 – FILOSOFIA MODERNA – PARTE III O empirismo e o racionalismo (pensamento cartesiano) constituíram conjuntamente algumas das principais correntes de pensamento moderno na sua faze inicial. A palavra empirismo deriva da palavra grega “emperia”, que significa basicamente uma forma de saber derivado da experiência sensível, e de informações acumuladas com base nesta experiência, permitindo a realização de fins práticos. BACON E O METODO EXPERIMENTAL: A preocupação fundamental de Bacon é com formulação de um método que evite o erro, e coloque o homem no caminho do conhecimento correto. Assim é a teoria dos ídolos. Este é um dos sentidos principais do pensamento critico, que marcará, fortemente a filosofia moderna, vendo a tarefa da filosofia como a libertação do homem de preconceitos, ilusões e superstições. Os ídolos são distorções ou ilusões que, segundo Bacon, “bloqueiam a mente humana”. Impedindo o verdadeiro conhecimento. Os ídolos podem ser de quatro tipos: ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do teatro. A TEORIA DAS IDEIAS DE LOCKE E A CRITICA AO INATIMO: Locke vê a filosofia como uma tarefa critica e preparatória para a construção da ciência. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculativo e antimetafisico de conhecimento. A mente é como uma folha em Branco, a tabua rasa, na qual a experiência deixa as suas marcas. Desta forma, para processarmos o conhecimento em nossa mente, precisamos da reflexão, assim como distinguir entre as qualidades primarias e as secundarias das substancia. Locke é um dos primeiros filósofos do período moderno a desenvolver uma Filosofia da Linguagem , mais especificamente uma teoria do significado. O CETICISMO DE DAVID HUME O ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal. David Hume foi um dos mais radicais empiristas, assumindo uma posição filosófica cética. CASUALIDADE- é uma forma humana de perceber o real, uma ideia derivada da reflexão sobe as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural. IDENTIDADE PESSOAL – Para Hume, jamais podemos aprender a nós mesmos sem algum tipo de percepção. O “eu”(sef) é um feixe de percepção que temos em um determinado momento e que modifica na medida, que as percepções se modificam. Estamos em constante mudança .O único critério de certeza que podemos ter é a probabilidade. A CONTRIBUIÇÃO DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU Foi um dos principais pensadores franceses do século XVIII no campo da politica da moral e da educação, influenciando os ideais do Iluminismo e da revolução francesa. O ponto de partida é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe” (livro Contrato social)”o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado.” A sociedade corrompe – Porém Rousseau não condena toda e qualquer sociedade, mais aquela que acorrenta e aprisiona o homem. Pra ele é possível formular uma sociedade ideal em que os homens sejam livres e iguais, ideal este que servirá de inspiração para Revolução Francesa. A grande questão consiste em saber como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem estar que a vida em sociedade pode lhe oferecer. Na proposta de Rousseau, para que o processo de educativo não degenerem exercício estéril e até nocivo, é indispensável partir da estrutura especifica do educando. Não se deve ver na criança um adulto em miniatura, como era o costume na época, uma etapa passageira, provisória, da existência humana, pois a criança tem uma existência própria e acarreta em direitos específicos. BACON – A preocupaçãofundamental é com a formulação de um método que evite o erro e coloque o homem no caminho do conhecimento correto. É nesse pensamento que encontramos a teoria dos ídolos. LOCKE – filosofia como uma tarefa critica e preparatória para a construção da ciência. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculatico e antimetafisico de conhecimento. HUME – o ceticismo é sua marca, pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal. ROUSSEAU – é possível formular um ideal de sociedade que os homens sejam livres e iguais, ideal este que servirá de inspiração para Revolução Francesa. AULA 8 – FILODOFIA MODERNA – PARTE IV O Iluminismo foi um movimento de grande importância a partir da segunda metade do século XVIII, abrangendo não só o pensamento filosófico, mas também as artes, as ciências, a teoria politica, as teorias pedagógicas e a doutrina jurídica. O pano de fundo do Iluminismo é a Filosofia Critica que tem como característica três pressupostos básicos: a liberdade, o individualismo e a igualdade jurídica. Nesse sentido a Revolução Francesa (1789) pode ser considerada uma tentativa de concretização desses ideais. “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Os homens nascem e permanecem livres, é o artigo primeiro da Declaração dos Direitos do Homem. A obra de Immanuel Kant pode ser vista como um marco na filosofia moderna e se notabiliza por duas obras clássicas em especial: “Critica da Razão Pura”, onde desenvolve a critica do conhecimento, e “Critica da Razão Pratica”, em que analisa a moralidade. Kant define a filosofia como “a ciência da relação de todo o conhecimento de todo uso da razão com o fim ultimo da razão humana”, caracterizando-se pelo tratamento de quatro questões fundamentais. 1 – O que posso fazer? Diz respeito a metafisica no sentido Kantiniano de investigação sobre a possibilidade de legitimidade do conhecimento. 2 – O que devo fazer? Cuja resposta é dada pela moral. 3 – o que posso esperar? O problema da esperança, de que trata a religião. 4 – O que é o homem? Objeto da antropologia, a qual em ultima analise se reduzem as outras três e que é na verdade a mais importante das quatro. Determinados as fontes do saber humano, a extensão do uso possível e útil de todo saber e os limites da razão. Kant redefine a relação pedagógica, reforçando a atividade do aluno que deve aprender, “pensar por si mesmo”. O saber é um ato de liberdade. O Iluminismo valoriza o conhecimento como instrumento de libertação e progresso da humanidade, levando o homem a sua autonomia e a sociedade democrática, ou seja, ao fim da opressão. AULA 9 – FILOSOFIA MODERNA – PATE V A urbanização acelerada do século XIX , proveniente do Capitalismo Industrial criou forte expectativa a respeito da educação, pois o mercado de trabalho exigia melhor qualificação da mão de obra. Desde século XVII, Comênio já anunciava a necessidade de “ensinar tudo e a todos”. Porém este projeto só se tornou concreto no século XIX com a intervenção do Estado para estabelecer a escola elementar universal, laica, gratuita e obrigatória. Augusto Comte foi um pensador positivista, que para ele a humanidade (e o próprio individuo na sua trajetória pessoal), passa por diversos estágios até alcançar o estado “positivo”, que se caracteriza pela maturidade do espirito humano. O termo “positivo” designa ao “real” em oposição às formas teológicas ou metafisicas de explicação, mundo que predominavam na filosofia. ”Saber é poder” Augusto Comte estava convencido de que a educação deveria levar em conta, em cada individuo as etapas que a humanidade percorrera. O positivismo passou, então a permear de maneira eficaz a pedagogia, ora de maneira explicita, ora implícita. Essa doutrina atuou de maneira marcante no conteúdo e na forma de educar nas escolas estatais, sobretudo, na luta a favor do ensino laico das ciências e contra a escola tradicional humanista religiosa. Johann F. Herbart (1776-1841) trouxe grande contribuição para a pedagogia como ciência, buscando o maior rigor de método. Ele também é considerado o precursor de uma psicologia experimental aplicada na pedagogia. Segundo Herbart, a conduta pedagógica deve seguir três procedimentos básicos: o governo, a instrução e a disciplina. 1 - O GOVERNO – É a forma de controle da agitação infantil, levado a efeito inicialmente pelos pais e depois pelos mestres, a fim de submeter à criança as regras do mundo adulto e tornar possível o inicio da instrução. 2 – A INSTITUIÇÃO – É o processo principal da educação, supõe o desenvolvimento dos interesses. Para Herbart, interesse tem um sentido bem especifico de poder ativo que determina quais ideias e experiências receberão atenção. 3 – A DISCIPLINA – É o que mantem firme a vontade educada no proposito da virtude. Enquanto o governo é exterior e heterônomo, mais usado com crianças pequenas, à disciplina supõe a autodeterminação característica do amadurecimento moral, que leva a formação do caráter proposto. Para evitar o fracasso metodológico, ele propõe os cinco passos formais, que favoreciam o desenvolvimento do aluno: a preparação, a apresentação, a assimilação, a generalização e a aplicação. O Alemão Friederich Froebel (1782-1852) também trouxe uma valiosa contribuição para educação. No campo da pedagogia, aprendeu muito com as ideia de Pestalozzi. Uma visão mística marca seu pensamento e obra. Sua atenção principal foram para as crianças, pioneiro na fundação do “jardim de infância”, valorizando as atividades lúdicas no trabalho com as crianças, por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório-motor, e inventou métodos para aperfeiçoar as habilidades. Ele estava convencido de que a alegria do jogo levaria a criança a aceitar o trabalho de forma mais tranquila. O Suíço Alemão Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) atraiu a atenção do mundo como mestre, direto e fundador de escolas. Ele exerceu profunda influencia em vários países da Europa, e suas ideias chegaram até os Estados Unidos. Se interessava pela educação elementar, especialmente dos mais pobres, e é considerado um dos defensores da escola popular extensiva a todos .Para Pestalozzi, o individuo é um todo cujas partes devem ser cultivadas: a unidade espírito, coração e mão que corresponde ao importante desenvolvimento da tríplice atividade do conhecer, querer e agir. Comte – estava convencido de que a educação deveria levar em conta, em cada individuo as etapas que a humanidade percorrera. Hebert – Trouxe grande contribuição para pedagogia como ciência, buscando o maior rigor de método. Ele também é considerado o percursor de uma psicologia experimental aplicada à pedagogia. Froebel – Valorizou as atividades lúdicas no trabalho com as crianças, por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório-motor, e inventou métodos para aperfeiçoar as Habilidades. Pestalozzi – Reconhecia firmemente a função social do ensino, sem restringi-lo a formação do homem-gentil. Foram grandes Pedagogos do século XIX que seguiram as ideias de Rousseau e Kant. As ciências humanas surgiram a partir da Revolução Industrial. AULA 10 – QUESTÕES FILOSOFICAS ATUAIS E DESAFIOS A PRATICA EDUCACIONAL Qual foi o significado da transição do pensamento moderno para o contemporâneo com relação a educação? No século XX, a filosofia contemporânea é em grande parte resultado da crise do pensamento moderno do século XIX. Este pensamento entra em crise a partir das criticas de Hegel, que aponta para necessidade de se levarem conta o processo histórico de formação da consciência, e a de Marx, que questiona seus pressupostos idealistas. Essa ruptura já vinha se manifestando tanto com relação ao racionalismo quanto ao empirismo, no que se referia ao conhecimento e a ciência como modelos privilegiados de relação do homem com a realidade. No campo da educação surge a necessidade de uma teoria educacional indissociável de um saber prático. Em que consiste o processo educativo contemporâneo? É influenciado pela crise e a instabilidade as quais o mundo está sujeito desde o inicio do século XX, tanto no campo social, politico e econômico, como também no campo da educação. Não resta duvida que no século XX foi bastante rico em experiências educacionais e no pluralismo de teorias pedagógicas. A crise estando generalizada é claro que a educação também será profundamente afetada. Na busca de novos caminhos a educação passando a ter caráter politico, devido à importância que exerce na sociedade, sendo instrumento de transmissão da cultura e formação da cidadania. John Dewey, defensor do pragmatismo, trouxe para educação uma contribuição nova onde houve avanços em termos de preocupação com a realidade do aluno, mas que ficou limitado ao conhecimento da dimensão psicológica deste, não conseguindo envolve-lo em um projeto maior que garantisse a transformação da mesma. Para Dewey o processo educativo depende essencialmente da ligação da escola, ao lar e a comunidade que o educando faz parte. PROCESSO EDUCATIVO O processo educativo deve integrar-se na experiência concreta, nos interesses e necessidades do educando, deve também se tornar processo individualizado. Dewey, apoiando-se em Willian James, afirmam que o essencial no processo educativo consiste na educação pela ação manual e intelectual, bases da própria existência. O processo educativo consiste, portanto, na constante reconstrução da experiência. Mas essa reconstrução depende da ação responsável e consciente do educando. A eficácia de todo o processo educativo depende do interesse produtivo do educando, que se mostra em um ambiente propício a liberdade e iniciativa. Desenvolver um processo educativo dentro de um ambiente natural. O pragmatismo de Dewey e a Escola Nova foram trazidos para o Brasil, através do educador Anísio Teixeira que foi aluno e seu administrador nos Estados Unidos. Outro educador que trouxe perspectivas para educação foi Paulo Freire, ele introduziu uma nova visão e apresentou uma proposta muito mais profunda do que Dewey, pois via na educação a possibilidade da transformação da sociedade. A proposta de Paulo Freire está voltada para a transformação da realidade não só educacional, como a social em sentido amplo. Pra Freire, o sucesso do processo educativo depende essencialmente da liberdade do educando. Levando a substituir a escola tradicional, a um processo mais maleável, participativo e baseado no dialogo: o circulo de cultura, pois, no circulo de cultura o educando se coloca em primeiro plano. Todo processo educativo deve levar a conscientização, é fundamental que o educando tome consciência dos seus interesses e lute para defendê-los, em prol de um bem estar maior: a sociedade. Paulo Freire criticou a educação da sua época, denunciando-a como educação bancaria, sendo um processo educativo que visa à emancipação dos homens.
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