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Perguntas e Respostas sobre EIRELI

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1) É verdadeiro que a EIRELI pode ser constituída por um só titular?
Resposta : Sim, a EIRELI somente pode ser constituída por um sócio. Este sócio somente pode fazer parte de uma EIRELI, embora possa figurar como sócio de outras modalidades de sociedade, que não seja EIRELI.
2) A EIRELI garante a distinção entre o patrimônio do empresário e o patrimônio social da empresa ?
Resposta: Sim , a EIRELI garante esta distinção entre o patrimônio do empresário e o patrimônio social da empresa. Existem, entretanto, exceções a esta regra, como por exemplo, a má gestão tributária ou trabalhista, onde pode ocorrer o que se chama de “desconsideração da personalidade jurídica”, sempre que evidenciada a má-fé gerencial. A matéria ainda vai precisar ser bem analisada pelos tribunais para se definir, quando e como pode haver a “desconsideração da personalidade jurídica”. Esta distinção reduz de forma significativa os riscos para o empreendedor. Veja respostas adiante.
3) Quem pode constituir uma EIRELI?
Resposta: Qualquer pessoa física que tenha a chamada capacidade jurídica. Ou seja: em regra, pessoas maiores de 18 anos, no pleno exercício das suas prerrogativas de cidadania e os emancipados. Veja resposta adiante sobre pessoas jurídicas.
4) Casais podem ter uma EIRELI para cada cônjuge?
Resposta: Sim, sem problema nenhum. Não há impedimento de que casais mantenham, cada um a sua EIRELI, desde que preenchidas as exigências legais.
5) Qual o capital social necessário para constituir uma EIRELI?
Resposta: O capital social para constituição de uma EIRELI é de no mínimo 100 vezes o valor do salário mínimo vigente na época da sua constituição. A partir de fevereiro deste ano, este valor é de R$ 62,2 mil.
6) Como se faz a integralização do capital social na EIRELI?
Resposta: As regras para a EIRELI são as mesmas aplicadas às sociedades limitadas. Até a aprovação da lei, o Código Civil previa apenas a figura do microempreendedor individual (MEI) – que, ao contrário da empresa individual limitada, responde com seu patrimônio pessoal por eventuais compromissos decorrentes da atividade empresarial. Assim, pode haver integralização em forma de bens, valores, direitos, e mesmo em serviços do próprio sócio, etc. Pode, também, que a integralização ocorra de forma escalonada, ou seja, de tempos em tempos. Um advogado especializado e/ou um contador experiente, ajudam muito nesta hora.
7) Se já existir uma empresa onde um sócio tenha 99% e outro 1%, esta empresa pode se transformada numa EIRELI?
Resposta: Sim. Dentre os objetivos da criação da EIRELI estão : colocar na formalidade aqueles que estão na informalidade; acabar com as empresas onde figurem “laranjas” ou sócio “faz de conta”. Neste segundo caso, basta uma mera alteração do contrato social, com a retirada do sócio “faz de conta”, com a adequação do capital social, e do nome, conforme veremos adiante. A mesma regra vale para empresas de dois sócios (ou em certas circunstâncias até com mais), onde ocorra a morte ou a retirada de um ou mais deles. A empresa pré-existente não precisa mais fechar, podendo se adequar comEIRELI, bastando para tal, uma alteração do contrato social, registrado na Junta Comercial do Estado. É importante que esta alteração se dê de forma “consolidada”, o que é de fácil compreensão a um serviço jurídico e/ou contábil com experiência.
8) Como deve ser o nome da EIRELI?
Resposta: Qualquer nome que esteja livre nos registros comerciais estaduais pode ser dado a EIRELI. O nome empresarial deverá, necessariamente, conter a expressão EIRELI, do mesmo modo como hoje ocorre com as sociedades limitadas (Ltda.) E as anônimas (S.A.). Exemplo: Empresa de Terraplanagem José Silva – EIRELI.
11) A EIRELI pode ter empregados?
Respota: Sim, pode ter empregados, tudo como dito, na forma da legislação que regula as sociedades limitadas e observadas as regras que regulam as relações de trabalho no Brasil.
12) Estrangeiros podem constituir EIRELI?
Resposta: A princípio não, pois a lei é omissa e lacunosa com relação a este aspecto. Talvez, no futuro, em determinadas atividades, ocorra uma melhora no texto da lei, permitindo que em certas atividades estrangeiros constituam EIRELI. Mesmo assim, é possível, no nosso entendimento, mesmo diante desta situação, um questionamento judicial sobre esta possibilidade desde agora, embora sob o ponto de vista conservador, enseje risco.
13) EIRELI pode falir ou pedir recuperação judicial?
Resposta: Sim, da mesma forma que uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada ou qualquer outra sociedade comercial e/ou empresária.
14) EIRELI pode se transformar em uma Sociedade Limitada e/ou em qualquer outra sociedade comercial e/ou empresária?
Resposta: Sim, basta o ingresso de um ou mais sócios e uma alteração do Contrato Social, com a adequação as exigências estabelecidas pela lei para o tipo ou modalidade de sociedade escolhida.
15)EIRELI pode prestar serviços públicos e participar de concorrências públicas?
Resposta: Sim, da mesma forma que uma Sociedade Limitada, preenchendo os requisitos legais exigidos pelas normas de direito administrativo.
16) EIRELI pode ter filiais?
Resposta: Sim, desde que seu Contrato Social preveja e as filiais sejam registradas na Junta Comercial dos Estados onde atuam. Inclusive filiais no exterior.
17) EIRELI pode ter patrimônio?
Resposta: Sim, tanto escritural (dinheiro, direitos, etc.) , como mobiliário (inclusive títulos da dívida pública, ações, debêntures, etc.), como imobiliário (terras, locação, fazendas, etc.).
18) EIRELI tem prazo de vigência?
Resposta: Depende de quem a constituir. Pode vigorar por prazo indeterminado ou por prazo determinado. Pode, ainda, ser uma sociedade montada somente para um fim ou propósito específico, a teor do interesse do seu sócio.
19) Pode haver alteração do Contrato Social da EIRELI, com a saída de um sócio e sua substituição por outro?
Resposta: Sim, sem nenhum problema. Desde que a empresa siga com um sócio só, será considerada uma EIRELI.
O sócio pode ser o administrador da EIRELI?
Resposta: Desde que o objeto não exija um especialista não há problema em que o sócio seja o administrador. Pode, entretanto, a EIRELI ter terceiro administrador profissional devidamente nomeado no contrato social ou por mandado específico, ou responsável técnico, ou mesmo procurador para agir em seu nome.
O que é um Contrato Social?
O Contrato Social, em resumo, é um documento que estabelece normas de relacionamento entre os sócios e a sociedade.
Regime jurídico da empresa
Na condição de entidades integrantes da administração pública indireta, mas dotadas de personalidade jurídica de direito privado, as empresas estatais se sujeitam a um regime jurídico híbrido. Porém, o regime jurídico constitucional das sociedades empresárias controladas pelo Estado pode variar conforme a natureza da atividade a que se destinem. As sociedades estatais que exploram atividades econômicas em sentido estrito devem necessariamente submeter-se ao regime próprio das empresas privadas, ressalvado apenas naquilo em que houver sido derrogado por norma de hierarquia constitucional. No caso das empresas estatais prestadoras de serviços públicos, por não estarem submetidas aos ditames do art. 173 da Constituição, o regime jurídico próprio das empresas privadas também pode ser excepcionado por lei específica. Contudo, de acordo com a jurisprudência que vem sendo firmada pelo Supremo Tribunal Federal, mesmo no caso de empresas estatais dedicadas à prestação de serviços públicos, não podem ser-lhes concedidas prerrogativas próprias da fazenda pública, a exemplo do regime de precatórios e da imunidade tributária recíproca, quando a atividade for desempenhada em regime concorrencial ou com o objetivo de distribuição de lucros aos sócios.
SOCIEDADE SIMPLES 
A sociedade simples, novo tipo societário criado pelo Código Civil em substituição ao tradicional modelo de sociedade civil, não pode exercer qualquer atividade econômica profissionalmenteorganizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços e o seu objeto é restrito às atividades profissionais de natureza científica, literária e artística. 
•Além disso, o exercício de qualquer uma dessas atividades não pode constituir elemento de empresa, ou seja, se alguma delas for inserida como objeto de uma organização 
empresarial, esta tornar-se-á sociedade empresária. (Art. 966 § único, NCC) 
•A sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um dos tipos regulados pelo novo Código Civil e, não o fazendo, ficará sujeita às normas que lhe são próprias.(art.983 NCC) 
•A inscrição da sociedade simples deve ser feita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, ainda mesmo que ela se revista de algum dos tipos da sociedade empresária. Neste caso, o 
registro civil deverá obedecer às normas fixadas para o registro mercantil.(Art. 1150 NCC) 
•O registro deverá ser requerido no prazo de trinta dias, contados da data da lavratura dos atos respectivos. Requerido fora desse prazo, o registro somente produzirá efeito a partir da data da sua concessão (art. 1151 NCC) 
SOCIEDADE LIMITADA 
•Pela classificação do Código Civil, a sociedade limitada é uma sociedade empresária, porque desenvolve atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou serviços. 
•A sua principal característica é que, nela, a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor das quotas de capital subscritas por cada um, mas todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social. (Art. 1052 NCC). 
•A sociedade limitada rege-se pelas disposições dos artigos 1.052 a 1.086 do Código Civil, e, subsidiariamente, pelas normas da sociedade simples. Caso, entretanto, seja feita no 
contrato opção pela regência supletiva pelas normas da sociedade anônima, a sociedade será regida pelas disposições que lhe são próprias e pelas disposições da Lei nº 6.404-76 e 
alterações posteriores. (Art. 1053 NCC) 
•A sociedade limitada adquire personalidade jurídica com a sua inscrição na Junta Comercial, a quem cabe a execução do Registro Público de Empresas Mercantis.(Art. 985 c/c.com o Art. 1150 NCC) 
•Os documentos que compõe o ato constitutivo devem ser apresentados para registro no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da sua lavratura. Apresentados além desse prazo, o registro somente produzirá efeito a partir da data da aprovação pela Junta Comercial. (Art. 1151 NCC) 
AS DELIBERAÇÕES exclusiva dos sócios conforme o contrato social
As deliberações sociais consistem nas decisões tomadas pelos sócios em assembléia ou reunião sobre assuntos de interesse da sociedade. Ressalte-se que, muito embora importantes decisões sejam tomadas pelos sócios a todo o momento e sem a observância de qualquer formalidade específica, isto é, sem a prévia realização de uma assembléia ou reunião de sócios para a validade e eficácia da decisão tomada, certas matérias, sobretudo as que possam produzir efeitos significativos à sociedade, deverão ser deliberadas obrigatoriamente em assembléia ou reunião, observadas as formalidades estabelecidas nos artigos 1.072 e seguintes do Código Civil.
O contrato social poderá estabelecer as matérias que deverão ser deliberadas em assembléia ou reunião de sócios. No entanto, algumas já estão definidas pelo próprio legislador, dentre as quais destacamos:
a) aprovação das contas dos administradores, bem como designação, destituição e fixação do modo de remuneração dos administradores, quando não estabelecido no contrato social(CC, art. 1.071, incisos I, II, III e IV);
b) modificação do contrato social (CC, art. 1.071, inciso V);
c) operações societárias de fusão e incorporação, bem como dissolução da sociedade ou cessação do estado de liquidação(CC, art. 1.071, inciso VI);
d) nomeação e destituição dos liquidantes, bem como o julgamento de suas contas (CC, art. 1.071, inciso VII).
Uma questão muito importante para os concursos em geral é saber se existe diferença entre assembléia e reunião de sócios, uma vez que tanto a assembléia, como a reunião de sócios nada mais é do que, sob o ponto de vista fático, o encontro dos sócios de uma sociedade limitada em certo local, numa determinada data e horário para a tomada de uma deliberação social. Todavia, sob o ponto de vista jurídico, essas duas modalidades de conclave apresentam significantes diferenças.
Alguns podem pensar que a diferença entre uma assembléia e uma reunião de sócios estaria nas matérias de sua competência. Errado, pois todas as matérias que podem ser objeto de uma assembléia de sócios, também podem ser de uma reunião (CC, art. 1.072). Outros, por sua vez, podem achar que a diferença entre essas duas modalidades de conclave estaria no número de sócios. No entanto, tal entendimento também está errado. Muito embora seja requisito possuir até dez sócios para que a deliberação possa ser tomada em reunião, como explicar uma sociedade com dois, três, quatro, oito, ou até mesmo dez sócios que poderá deliberar tanto em assembléia como reunião? É evidente, portanto, que o número de sócios não é a diferença entre essas modalidades de conclave, mas sim um requisito para que a sociedade possa optar por uma delas (CC, art. 1.072, § 1º). A resposta é simples: a diferença está nas formalidades para a convocação do encontro. Sempre que as deliberações sociais forem tomadas em assembléia de sócios, as regras a serem observadas para a válida e eficaz convocação do encontro serão aquelas estabelecidas no Código Civil. Por sua vez, sempre que as deliberações forem tomadas em reunião de sócios, as regras para a válida e eficaz convocação poderão ser livremente pactuadas entre os sócios no contrato social.
Considerando que as regras para válida e eficaz convocação de uma reunião deverão ser estabelecidas no contrato social, eventuais questões de concursos sobre esse tema estarão, em regra, relacionadas à assembléia de sócios, cujas formalidades para convocação estão disciplinadas no Código Civil.
As assembléias de sócios das sociedades limitadas devem ser convocadas, em regra, por seus administradores, mediante a publicação de, pelo menos, 03 anúncios de convocação, em jornal de grande circulação e no Diário Oficial do Estado (DOE) ou da União (DOU), devendo o primeiro anúncio ser publicado com antecedência mínima de 08 dias da data de realização da assembléia e, os posteriores, com uma antecedência mínima de 05 dias (CC, art. 1.072, caput e art. 1.152, § 3º). No entanto, cumpre ressaltar que a publicação dos anúncios é dispensada quando todos os sócios comparecerem à assembléia, ou se declararem, por escrito, cientes do local, data e ordem do dia.
Embora a competência para convocação da assembléia seja atribuída, em regra, aos administradores, o artigo 1.073 do Código Civil prevê a possibilidade de outras pessoas realizarem a convocação, nas seguintes hipóteses:
a) quando os administradores retardarem, por mais de 60 dias, a convocação de assembléia prevista no contrato ou em lei como, por exemplo, a assembléia anual de sócios (CC, artigo 1.078), qualquer sócio passa a ter competência para convocá-la;
b) quando os administradores não atenderem, no prazo de até 08 dias, pedido de convocação encaminhado por sócios titulares de mais de 1/5 do capital social e fundamentado com a indicação das matérias a serem tratadas, eles passarão a ter competência para convocá-la;
c) quando os administradores retardarem, por mais de 30 dias, a convocação de assembléia anual de sócios, ou sempre que ocorrerem motivos graves e urgentes, o Conselho Fiscal passa a ter competência para convocá-la.
Destaca-se, por fim, que as regras sobre a convocação das assembléias poderão ser aplicadas às reuniões de sócios, caso o contrato social não discipline especificamente essa matéria(CC, 1.072, § 6º).

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