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Aula 1 CONTABILIDADE INTERNACIONAL (2)

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CONTABILIDADE INTERNACIONAL – ORIGEM E PRINCIPAIS ORGANISMOS
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Com a progressiva e contínua internacionalização das economias mundiais e seus mercados de capitais, proporcionada principalmente pelos investimentos estrangeiros e a consequente formação de blocos econômicos, houve (e há) a necessidade de se buscar, de se adotar um conjunto de padrões contábeis internacionais que possam permitir a comparação e análise das informações entre as empresas. 
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O fato é que hoje os grandes grupos, os conglomerados multinacionais, buscam a todo tempo informações, para projetar, prospectar e realizar novos negócios em toda parte do planeta.
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Diante deste atual cenário se torna então necessário apresentar aos grupos de usuários externos e internos informações úteis e de qualidade, para que sirvam de ferramenta na tomada de decisões.
É exatamente neste contexto que a contabilidade internacional vai atuar, por ser considerada a “linguagem universal dos negócios”, tendo em vista a harmonização de suas normas, práticas e relatórios.
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US GAAP
Por tradição, “padrão contábil internacional”, em um passado recente, era considerado sinônimo de US GAAP, os princípios contábeis do maior mercado financeiro (Estados Unidos), para onde os lançamentos, reportes e informações das empresas globais acabavam convergindo.
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US GAAP
Existia um forte desejo de se ter a possibilidade de comparar e analisar as informações financeiras de todo o mundo. Mas a real viabilidade deste ideal era, então, remota. Este era o principal objetivo das normas contábeis internacionais, ou IAS, hoje IFRS – International Financial Reporting Standards. Na prática, ou se cumpria o padrão da matriz da empresa ou se adotava o padrão norte-americano.
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Essa situação se modificou completamente. A tendência por normas absolutamente internacionais tomou ainda mais força e generalizou-se em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. Isto se deu, principalmente, pelo movimento de globalização. 
As companhias estão cada vez mais preocupadas com os custos de adequação e suas possíveis consequências. Inúmeras empresas de todo o mundo realizam hoje, lançamentos internacionais em bolsas não americanas, destacadamente europeias, que exigem IFRS.
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IFRS
Os trabalhos multinacionais para a convergência entre US GAAP e IFRS caminharam de forma rápida e consistente. As diferenças foram sendo eliminadas de forma muito mais veloz e simples do que se imaginava a poucos anos atrás. Nesse sentido, FASB e IASB anunciaram no ano de 2009 a dispensa de reconciliação para empresas não americanas, cujo padrão seja IFRS, para levantar capitais nos Estados Unidos. E já no ano de 2009, FASB e IASB declararam que as diferenças existentes seriam “muito pequenas”, ou até mesmo nulas, num período de cinco anos.
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BR GAAP
A denominação BR GAAP é dada ao conjunto de leis, normas e princípios que integram a contabilidade brasileira. A sigla GAAP representa as iniciais de Generally Accepted Accounting Principles (Princípios Contábeis Geralmente Aceitos). As duas primeiras letras especificam o país. Em US GAAP, por exemplo, temos os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos.
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BR GAAP
A principal lei que norteia a contabilidade no Brasil é a Lei n° 6.404/1976 que é conhecida como Lei das Sociedades por Ações ou Lei das S/A. Mesmo que a empresa não seja uma S/A. a contabilidade há de estar de acordo com esta lei que tem quase 40 anos e já foi alterada diversas vezes:
Lei nº 8.021, de 1990; Lei nº 9.457, de 1997; Lei nº 10.303, de 2001; Lei nº 11.638, de 2007; Medida Provisória nº 449, de 2008; Lei nº 11.941, de 2009 e Lei nº 12.431, de 2011.
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BR GAAP
No sentido da internacionalização das normas contábeis as principais mudanças na Lei das S/A. foram realizadas pelas Leis nº 11.638/07 e 11.941/09 que deram condições ao Brasil de iniciar sua adaptação às normas e práticas contábeis internacionais estabelecidas pelo International Accounting Standards Board – IASB através da emissão de suas normas denominadas International Financial Reporting Standards – IFRS.
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BR GAAP
No Brasil estas normas foram validadas e introduzidas por meio da emissão de pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, que é, o órgão responsável pela convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. São estes pronunciamentos técnicos (CPC), interpretações (ICPC) e orientações (OCPC) que juntos com a Lei n° 6.404/1976 e suas alterações compõem o que hoje chamamos de BR GAAP.
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
1973
O IASC (International Accounting Standards Committee) surge em 1973, fundado pelos organismos que representavam profissionalmente a atividade de contabilidade de 10 países, a saber: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. Esta entidade foi criada tendo como seu objetivo principal a formulação e aplicação de um novo padrão de normas contábeis, absolutamente independente, que deveria ser aceito mundialmente. 
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
1973
O IASC, como fundação, não tinha fins lucrativos e tinha seus recursos oriundos dos próprios organismos internacionais e ainda das principais empresas de auditoria. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram chamados de International Accounting Standard (IAS). Ainda hoje, existem diversas normas que têm sua origem técnica (apesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo) no IAS.
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
1997
No ano de 1997, o IASC criou o SIC (Standing Interpretations Committee). Basicamente, o SIC funcionava como um Comitê Técnico, cuja responsabilidade alcançava as publicações de interpretações contábeis. Seu principal objetivo era responder/dirimir dúvidas dos profissionais de contabilidade.
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
2001
IASB
Em abril de abril de 2001, foi criado o IASB (International Accounting Standards Board). O IASB então passou a assumir as responsabilidades técnicas do IASC Seu objetivo principal foi atualizar e melhorar a então estrutura técnica de formulação e validação dos novos pronunciamentos internacionais emitidas pelo IASB. 
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
IASB
Dentro deste contexto, adotou-se o novo nome de pronunciamentos IFRS (International Financial Reporting Standard). Esta nova nomenclatura visava, principalmente, a vontade de transformar, gradualmente, os pronunciamentos contábeis anteriores em novos padrões internacionalmente aceitos, afim de corresponder e atender as expectativas crescentes dos usuários da informação contábil-financeira (investidores, empresas e etc.). 
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
IASB
Em dezembro de 2001 o SIC (Standing Interpretations Committee), foi alterado para IFRIC (International Financial Report Interpretations Committee). Logo, o IFRIC ficou responsável (a partir de 2002) pela publicação de todas as interpretações de normas internacionais. 
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
SAC/ IFRS ADVISORY COUNCIL
Ainda em 2001 o IASC cria o SAC (Standards Advisory Council), hoje conhecido como IAC (IFRS Advisory Council).  Éste órgão funciona como o Conselho Consultivo de Padrões do IASB. É através do SAC que empresas, organizações e indivíduos que têm interesse nas demonstrações contábeis e relatórios financeiros, cuja localização geográfica não tem curadores do IASB, estabeleçam recomendações e aconselhamentos técnicos ao IASB. 
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ORIGEM DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
SAC/ IFRS ADVISORY COUNCIL
Os principais objetivos do SAC são: recomendar prioridades de trabalho do IASB e aconselhar a emissão de padrões técnicos de contabilidade. 
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Convergência das Normas
Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
A criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis é resultado direto da crescente e contínua abertura da economia brasileira para o exterior, fruto da globalização/internacionalização dos negócios. Nesta perspectiva, as empresas situadas no Brasil estão constantemente em contato com outras economias do planeta, inclusive com títulos sendo negociados nos maiores centros financeiros internacionais, e ao alcance dos investidores de outros países. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Fica claro então que é necessário se inserir e avançar na trajetória da atualização e modernização das normas, procedimentos e preceitos contábeis. A diversidade de práticas contábeis nas mais diversas economias mundiais representa um desafio e um custo extra para a boa troca de informações e posicionamentos de decisões. Logo, há a necessidade de harmonização das normas contábeis. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Esta preocupação passou a fazer parte do cotidiano dos principais organismos envolvidos com a contabilidade no Brasil, podendo-se destacar: o Conselho Federal de Contabilidade, o IBRACON e a Comissão de Valores Mobiliários. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Neste contexto, há a necessidade de se buscar soluções que se apresentarem, tais como a ampla e indiscriminada consulta técnica, dúvidas regulamentares, questionamentos de entidades privadas, do mundo acadêmico e do setor governamental. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Há então uma convergência dupla: a necessidade de integração das regras contábeis aos padrões internacionais, e de outro lado, a necessária participação, do debate interno de todos os atores do mercado brasileiro envolvidos nesta seara: Iniciativa privada, governo e órgãos acadêmicos.
O CPC é criado, primordialmente, em função das necessidades de:
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Convergência internacional das normas contábeis (reduzir o custo de confecção e elaboração de relatórios contábeis, minimizar riscos nas decisões e análises, redução do custo de capital);
Centralizar a publicação e emissão de normas de natureza contábil;
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Representar de forma democrática a produção das informações contábeis (empresas, profissionais, usuários, governo, academia);
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
“Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".
Fonte: CPC 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
De forma similar aos organismos internacionais, o CPC tem caráter privado. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) fornece toda a infraestrutura necessária para seu funcionamento. Seus seis organismos formadores são: FIPECAFI, IBRACON, CFC, BOVESPA, APIMEC, ABRASCA. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Além dos 12 membros formados por esses órgãos, serão sempre convidados a participar os representantes das seguintes entidades: Banco Central do Brasil – BCB, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Secretaria da Receita Federal – SRF e da Superintendência dos Seguros Privados – SUSEP. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
Dessa forma, o processo de normatização contábil passa a ser efetuado de maneira democrática por representantes dos usuários das informações contábeis (APIMEC), contadores e Auditores (CFC e IBRACON), preparadores das informações contábeis (ABRASCA), intermediários (BOVESPA) e também da academia (FIPECAFI).
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
ABRASCA: A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), fundada em 1971, é uma organização civil sem fins lucrativos, cuja principal missão é a defesa das posições das companhias abertas junto aos centros de decisão e à opinião pública.
APIMEC NACIONAL: Criada em 1970, a Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) é uma entidade com foco no desenvolvimento do mercado de capitais, composto de pessoas físicas.
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
BM&F BOVESPA S.A.: Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em 2008 com a integração entre Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). A missão da BM&F BOVESPA é atuar na dinâmica macroeconômica de crescimento do mercado latino-americano e posicionar não apenas a Bolsa, mas também o Brasil como centro financeiro internacional de negociação de ações.
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE: Criado há 60 anos pelo Decreto-Lei nº 9.295/46, o Conselho Federal de Contabilidade é uma autarquia especial de caráter corporativo, sem vínculo com a Administração Pública Federal. Tem por finalidade orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade.
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
IBRACON: O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil foi fundado há 35 anos, e tem atuado com ênfase nos seguintes propósitos: discutir, desenvolver e aprimorar as questões éticas e técnicas da profissão de auditor e de contador; auxiliar na difusão e na correta interpretação das normas que regem a profissão. 
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
FIPECAFI: A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras foi fundada em 1974 para atuar como órgão de apoio institucional, realizando pesquisas, desenvolvendo e promovendo a divulgação de conhecimentos da área contábil, financeira e atuarial.
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CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
BACEN: O Banco Central do Brasil é autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Fazenda do Brasil. Assim como os outros bancos centrais do mundo, o brasileiro é a autoridade monetária principal do país, tendo recebido esta competência de três instituições diferentes: a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil (BB) e o Tesouro Nacional.
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CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
CVM: A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda do Brasil que juntamente com a Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76), disciplinam o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas. A CVM tem poderes para disciplinar, normalizar e
fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu poder de normalizar abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários.
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
SRF: A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) é um órgão específico e singular, subordinado ao Ministério da Fazenda, que tem como responsabilidade a administração dos tributos federais e o controle aduaneiro, além de atuar no combate à sonegação, contrabando, descaminho, pirataria e tráfico de drogas e animais.
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Convergência das Normas Brasileiras às Normas Internacionais
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
SUSEP: A Superintendência de Seguros Privados é uma Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda e é o ente responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência privada aberta, capitalização e resseguros no Brasil.
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CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)
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