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PROCESSO PENAL – PRIMEIRA PROVA
NOÇÕES SOBRE A PRETENSÃO PUNITIVA
Quando um indivíduo comete um crime, nasce para o Estado o poder-dever de punir (pretensão punitiva), que será sempre alicerçado conforme o princípio da legalidade (não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal) e os valores constitucionais, que darão freios aos excessos do Estado.
Assegurar a aplicação dos direitos e garantias fundamentais do cidadão.
Assegurar a efetividade da pretensão punitiva.
SISTEMAS PROCESSUAIS
Sistema inquisitorial- é atrelado a um período histórico da humanidade. O papel de julgar, acusar e defender é exercido pela mesma pessoa. Não apresenta compatibilidade com nosso sistema e princípios atuais.
Acusar e defender pela mesma pessoa- incompatibilidade com o contraditório e a ampla defesa. Não há direitos fundamentais.
-A iniciativa probatória é do juiz
-O processo é escrito e sigiloso.
Sistema acusatório- adotado pelo Brasil
O juiz exerce as funções de órgão julgador e assegurador das garantias fundamentais. Tem a figura do acusador que colhe as provas e elementos da autoria do crime. E um defensor. Ou seja, tem a divisão de funções, garantindo o contraditório.
Contraditório= possibilitar à parte ser informada, manifestar e participar efetivamente do processo.
Acusar – Ministério Público.
Defender – advocacia privada ou defensoria pública.
Julgar – juiz.
Características: oralidade, publicidade e presunção se inocência.
-O juiz não é gestor de provas. As partes que deverão produzir as provas.
Sistema misto- dividido em duas fases:
Inquisitorial e acusatório.
Falava-se que o sistema misto era adotado pelo Brasil, mas foi deixada de lado porque o sistema inquisitorial era exercido pelo juiz, e na nossa CF diz que é produzido pelo MP.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO PENAL
São normas nucleares do sistema processual. Os princípios podem se sobrepor às leis, mas as leis não podem se sobrepor aos princípios.
“Garantismo penal” – assegurar os direitos e garantias fundamentais.
No momento em que a lei típica uma determinada conduta como crime, surge para o Estado o direito de punir abstrato – para qualquer pessoa da sociedade.
Ao direito de punir do estado se contrapõe o dever da sociedade de não praticar crimes. Quando uma pessoa pratica um crime, o estado tem o direito concreto de punir do estado, que se contrapõe ao dever do indivíduo de liberdade.
Esse direito concreto que surge para o Estado de punir, se concretiza no momento em que o crime é praticado? Ou seja, poderá penalizá-lo diretamente, autoexecutar a sanção?
Não, porque o indivíduo tem o direito a liberdade, que não pode se abrir mão, por isso é dever do estado também garantir a liberdade, ainda que o indivíduo não queira.
Se no momento da sentença o juiz tiver dúvidas quanto às provas existentes nos autos, ele deverá absolver o réu por insuficiência de provas, aplicando o princípio do IN DUBIO PRO REO.
Convenção Americana de Direitos Humanos- princípio da presunção de inocência- toda pessoa acusada de um delito tem o direito que se presuma a sua inocência enquanto não for comprovada a sua culpa.
1- IN DUBIO PRO REO é o principio da presunção de inocência, o juiz deverá absolver o réu por falta de provas NO MOMENTO DA SENTENÇA.
2- FAVOR REI é um princípio da prevalência da liberdade sobre a punição em situações de conflito, de dúvidas insuperáveis.
3- AMPLA DEFESA ao réu cabe a autodefesa (o acusado tem o direito de dar a sua versão dos fatos) e a defesa técnica (defesa realizada pelo advogado).
A autodefesa engloba: direito de silêncio, direito de comunicar à família sobre prisão, direito de ser ouvido, direito de presença nas audiências, de ouvir as testemunhas, direito de postular pessoalmente habeas corpus e revisão criminal. 
Direito de audiência: no rito comum, o acusado poderá ficar preso até 60 dias até a audiência. No júri, poderá ficar até 90 dias até a audiência.
Porém, a jurisprudência afirma que pode haver o prazo razoável de até 6 meses para que se faça a audiência.
Audiência de custódia: formulada pelo CNJ, o réu preso em flagrante tem o direito de ser apresentado de imediato ao juiz para oferecer defesa, o que diminuiria o excesso das prisões preventivas e eventuais ilegalidades nas prisões em flagrante.
4- PUBLICIDADE o processo penal é público, sem segredo de justiça e sem sigilo, exceto nos crimes da lei Mª da Penha e de crimes sexuais.
5- BUSCA DA VERDADE é o direito que os sujeitos processuais têm de tentar provar os fatos alegados. O magistrado deve buscar provas tanto quanto as partes
São inadmissíveis provas ilícitas e provas que quanto ao estado das pessoas (vida, morte). 
6- JUIZ NATURAL os sujeitos têm direitos a serem julgados por um juiz legitimamente investido na função. É vedado aos tribunais de execução. De certo modo, é relativizado pelo tribunal do júri, com a figura dos jurados.
7- “NEMO TENETUR SE DETERGERE” trata-se de decorrência natural do princípio da presunção de inocência e da ampla defesa, com o direito fundamental de manter-se calado diante de qualquer acusação, na qual o réu tem o direito de não produzir provas contra si mesmo
-direito ao silêncio, direito de não praticar qualquer comportamento que possa incriminá-lo (colher material genético, reconhecimento do autor), inexigibilidade de dizer a verdade (não será imputado ao crime de perjúrio caso minta), 
Aviso de Miranda= dar conhecimento ao preso de todos os seus direitos constitucionais.
8-PROPORCIONALIDADE toda medida restritiva de direito deve ser pautada pela necessidade e adequação.
9- PRAZO RAZOÁVEL o processo deve ter um prazo razoável, principalmente quando o sujeito está em prisão preventiva.
A LEI PROCESSUAL
Tempus regit actum a lei processual penal se aplica imediatamente aos processos.
Normas heterotópicas- é uma lei processual penal que possui efeitos materiais da lei penal, podendo, pois retroagir para beneficiar o réu.
INQUÉRITO POLICIAL
É um procedimento administrativo inquisitorial, presidido pela autoridade policial, destinado à colheita de provas (elementos para autoria e materialidade do crime). Não é um processo.
Natureza: 
- é um procedimento administrativo.
- não tem partes, apenas delegado e os investigados.
- não tem muitas formalidades.
Finalidade:
- averiguar a autoria e materialidade do crime. (quem é o autor e se realmente o crime ocorreu).
Características do inquérito:
-é escrito.
-é inquisitivo- não tem contraditório e ampla defesa.
-é sigiloso - mas há algumas pessoas a quem o inquérito não pode ser sigiloso, como para o juiz, para o MP e para o advogado.
-é dispensável- é possível iniciar uma ação penal sem o inquérito, desde que existam provas do crime.
-é discricionário- o DP poderá negar diligências e abertura de inquérito. Quando não poderá negar diligências: quando a infração deixar vestígios ou quando houver requisição do juiz ou do MP.
-é indisponível- o DP não poderá abrir mão do inquérito, dispondo do jeito que quiser, não poderá arquivar o IP. Deve encaminhar ao MP quando não conseguir chegar a conclusões com a investigação.
-é oficioso- o DP poderá implementar o inquérito de ofício quando tomar conhecimento de um fato. Art. 5º
Os vícios que ocorrem no processo não são razão para haver nulidades, porque o inquérito não é um processo, não tem formalidades. Não podendo ser nulo, nesse caso pode haver uma diminuição do valor probatório.
Prazos do inquérito
Quando o indiciado está preso, o inquérito policial deve durar até 10 dias (não pode ser prorrogado, deve haver o relaxamento da prisão). Se solto, deve durar até 30 dias (pode ser prorrogado).
Na lei de drogas, se está preso, 30 dias, se solto, 90 dias.
Valor probatório
O IP não produz provas. O juiz não poderá condenar uma pessoa apenas com base nos depoimentos feitos no inquérito policial, salvo nas cautelares (interceptação), irrepetíveis e antecipadas.
Lavratura do autoem flagrante
O suspeito deve ser comunicado dos seus valores constitucionais
NOTITIA CRIMINIS
É quando a informação sobre a prática de um crime chega ao DP.
Pode ser:
Direta/de cognição imediata: quando o próprio delegado toma ciência do crime, espontaneamente.
Indireta/de cognição mediata: provocada, quando a vítima lhe comunica o fato.
Coercitiva: quando ocorre o auto de prisão em flagrante.
Notitia criminis inqualificada: quando o delegado fica sabendo do crime por denúncia anônima. Não pode instaurar inquérito de início, deve se investigar primeiro, fazer levantamento do caso.
DILIGÊNCIAS
A autoridade policial ao receber uma notitia criminis, deverá:
-dirigir até o local do crime, providenciando para que não se altere o estado e a conservação do crime até que cheguem os peritos criminais.
-apreender todos objetos da cena do crime, depois de liberado pelo perito.
-colher todas as provas que servir para esclarecimento do fato.
-ouvir o ofendido.
-ouvir o indiciado.
-proceder ao reconhecimento de pessoas, de coisas e de acareações.
-se necessário fazer o exame de corpo de delito.
-ordenar a identificação criminal do indiciado (salvo se portar documentos de identidade).
-averiguar a vida pregressa do indiciado, sob ponto de vista social, familiar, individual, econômico, atitude e estado de ânimo antes e depois do crime.
-colher informações sobre a existência de filhos, idade, responsáveis, se possuem deficiência.
INDICIAMENTO
É a indicação de uma suposta autoria ou participação no crime pelo DELEGADO DE POLÍCIA.
Pressupostos: indícios de materialidade e autoria.
Tem caráter ambíguo: fonte de direitos e obrigações. Direito de começar a produzir provas para se defender. Obrigação de compromisso de se manter informado sobre os desdobramentos da investigação.
O indiciamento pode ser: direto, quando houver a presença do indiciado. Indireto, quando o indiciado for foragido.
Desindiciamento- só ocorre por meio de Habeas Corpus, alegando a falta de justa causa.
RELATÓRIO
O último passo do inquérito policial é o relatório, que será com indiciamento ou sem indiciamento.
O relatório deverá conter todas as informações sobre o indiciado, e, as fundamentações do DP ao chegar à conclusão de que o sujeito é o provável autor do crime.
CHEGADA DO IP NA JUSTIÇA
o IP chega ao fórum o IP é distribuído juiz recebe o IP junto ao relatório do DP o juiz encaminha ao MP.
Se for de ação penal privada, o MP espera a iniciativa do ofendido.
Se for de ação penal pública- o MP poderá:
-oferecer a denúncia, que é encaminhada ao juiz para dar início à ação penal.
-pedir o arquivamento.
-requisição de diligências.
-declinação de competências.
-conflito de competências.
O juiz não concordando com o arquivamento poderá remeter os autos ao procurador geral, e este oferecerá denúncia, ou designará outro órgão do MP para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, que o juiz deverá cumprir.
Fundamentos para o arquivamento:
-falta de justa causa.
-ausência de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal.
-existência de excludente de ilicitude.
-existência de excludente de culpabilidade.
-causa extintiva de punibilidade (prescrição, decadência, morte do agente).
Efeitos da decisão de arquivamento:
- poderá ser desarquivado: coisa julgada formal – ex. arquivado por falta de justa causa.
- não poderá ser desarquivado: coisa julgada material – ex. arquivado por falta de tipicidade, por excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade.
- Desarquivamento em razão de novas provas: se houve legítima defesa, não poderá desarquivar.
Arquivamento implícito- é quando o titular da ação penal (MP ou ofendido) deixa de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados sem expressa manifestação ou justificação deste procedimento.
A doutrina não admite esse arquivamento, pois menciona que todo arquivamento deve ser fundamentado.
Arquivamento indireto- ocorre quando o MP não oferece a denúncia, porque entende que a autoridade judiciária não é competente.
AÇÃO PENAL
Características
 
 Autônomo- o direito de ação não se confunde com a pretensão material buscada nele.
Abstrato- o direito de ação existe, ainda que a pretensão buscada seja improcedente.
Subjetivo- o titular da ação detém o direito independente de direito objetivo.
Determinado- direito de ação é conexo com um determinado fato.
Específico- tem um conteúdo que é a imputação.
Condições da ação penal
-prática de fato aparentemente criminoso.
-justa causa (necessidade + adequação).
-legitimidade.

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