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DESAFIO 4° Período Adoção

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
POLO: CURRAISNOVOS/RN
CURSO: SERVIÇOSOCIAL - EAD
 DISCIPLINAS:
Fundamentos das Políticas Sociais; Psicologia e Serviço Social II; Direitos Humanos; Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social III e Ética Profissional. 
PROFESSORES:
 
DESAFIO PROFISSIONAL
AUTORES:
ERILENE DA SILVA LOPES- RA: 2800811269
 CURRAIS NOVOS-RN
2016
 
Introdução
O Artigo a seguir fará uma análise do caso hipotético apresentado para o desenvolvimento deste trabalho.
Trata-se de um caso que ocorreu em um projeto de Extensão chamado Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e Juventude, em Bangu, na cidade do Rio de Janeiro. Onde é feito atendimentos com advogados e a Assistente Social Juliana que atua como primeira Assistente Social do Núcleo responsável por fazer o primeiro atendimento e uma pré triagem com relação a questão socioeconômica e constatar a situação de vulnerabilidade ou não das famílias realiza o relatório social e encaminha o atendimento para os advogados que dão sequência ao atendimento visando o bem-estar de crianças, adolescentes e jovens em geral.Será analisado um caso que chegou ao núcleo em uma sexta-feira dia que a equipe reserva para fazer um levantamento semanal dos casos atendidos e de visitas domiciliares. 
Uma médica chega ao núcleo com uma recém-nascida para regularizar a guarda dessa criança e é recebida por um dos advogados,ela relata que a criança lhe foi dada pela mãe que era amiga dela que a mesma não teria condições de criá-la pois a criança tinha nascido com problemas de saúde. O advogado que recebeu a médica tratou logo de iniciar o processo para regularizar o processo de adoção da criança sem que a assistente social soubesse.
 Adotando
Visto que o Serviço Social é a profissão que favorece as mudanças sociais, que procura respostas para os problemas da sociedade, da relação entre as pessoas, reforçando sua autonomia para suscitar o bem estar de todos, será analisado a postura da Assistente Social Juliana personagem do caso hipotético apresentado.
De acordo com o caso hipotético apresentado foi detectado algumas falhas no caso de processo de adoção. 
Nesse núcleo eram atendidas situações de abuso sexual, atentado violento ao pudor, aliciamento, conflito com a lei e demais questões que colocassem essas crianças/adolescentes/jovens em situação de risco. Em uma sexta-feira, dia que era reservado a discussões de caso e visitas domiciliares, Juliana estava reunida com a equipe de um CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) discutindo a situação de um adolescente em risco. Neste mesmo momento, uma Senhora chegou no Núcleo onde Juliana trabalhava e foi atendida por um dos advogados, relatando que estava cuidando de uma bebê que era filha de uma amiga sua que não quis a guarda da criança. Imediatamente, o advogado que atendeu o caso iniciou um processo para legalizar a questão da guarda para a Senhora, sem que Juliana soubesse.
Vendo essa situação indaga-se sobre a posição ética desse profissional uma vez que sem ao menos verificar a veracidade do fatos tratou de regularizar a adoção dessa criança simplesmente pelo relato da mulher.
Continuando:
Na segunda-feira Juliana recebe uma ligação do Conselho Tutelar do bairro de Realengo informando que há tempos estava atendendo a família de uma moça chamada Felícia, que estava grávida e o bebê havia desaparecido, e que havia uma denúncia de que este bebê teria supostamente ficado sob a guarda irregular de uma médica do hospital onde Felicia havia tido o bebê [...]. Juliana resolveu procurar o nome da mãe da criança nos registros de atendimento do Núcleo. Para surpresa de Juliana, o nome da mãe constava em um dos registros e imediatamente Juliana identificou que a médica havia procurado o Núcleo para “regularizar” essa situação. Juliana questionou imediatamente o advogado que fez o atendimento e informou a situação relatada pelo Conselho [...].Depois de ouvir toda a história com detalhes pelo advogado, Juliana constatou que a criança estava sendo muito bem cuidada, por uma pessoa extremamente religiosa, tendo acesso aos melhores tipos de medicamentos disponíveis no mercado, além de atendimento com fisioterapeuta especialista e de todo amor que uma pessoa possa ter por uma criança. Assim sendo, após muito pensar e discutir a situação com os demais integrantes do Núcleo, Juliana resolveu não interferir no processo de pedido de guarda, pois entendeu que, se o Núcleo estava a serviço da Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude, essa era a melhor defesa que essa criança poderia receber. Segundo Juliana, “o amor e a fé devem prevalecer sobre todas as coisas”
Ela esquece do que diz o Código de Ética do Assistente Social :
Art. 5º São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as: b- garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e conseqüências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código;
A assistente social responsável pelo projeto ao tomar conhecimento dos fatos relatados pelo advogado e pela ligação recebida do conselho tutelar, teve como posição a atitude de negligenciar a mãe genética da criança sem ao menos investigar todos os relatos até então lhes apresentado.Como Assistente Social principal do Projeto ela teria que, ao receber a ligação do conselheiro tutelar relatando o comportamento da mãe, ter feito uma visita domiciliar junto com o Conselho para constatar a veracidade dos fatos relatados ouvindo não só a versão da mãe como também dos demais familiares não só em relação a criança em questão como também as outras crianças que estavam sob guarda desta mãe que segundo o Conselho Tutelar não tinha condições morais de estar com essas crianças.O fato é que foi colocado opiniões e julgamentos próprios dos profissionais sem dá a essa mãe direito de defesa, a reinserção da criança e do adolescente em sua família e na comunidade de origem é a meta prioritária.
A colocação de uma criança em família substituta não pode ser pensada sem que antes seja realizada todas as tentativas de reinserção na família natural. Porém, nos casos em que há impossibilidade de permanência de crianças e adolescentes na família de origem, ou com parentes próximos, esses indivíduos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda (art.1º § 2). 
A nova lei de adoção no Brasil amplia o direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes. Essa nova lei é importante, já que muitas (os) permanecem nas instituições de acolhimento por mais de 2 (dois) anos, e outras (os) saem desses locais apenas quando completam os 18 (dezoito) anos. 
No Brasil, existem algumas políticas sociais disponíveis para o atendimento dos casos de abstenção do poder familiar e das situações de vulnerabilidade de crianças e adolescentes como, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente, uma Lei Federal nº 8.069, promulgada em 13 de julho de 1990, um marco legal de um processo prático-reflexivo referente a políticas públicas para a infância e adolescência, um instrumento norteador de novos paradigmas no atendimento e atenção a crianças e adolescentes em estado de abandono social ou prestes a ingressarem nessa situação); Os Conselhos Tutelares (um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes); O programa Bolsa Família ( tem capacidade de integrar e articular várias políticas sociais a fim de estimular o desenvolvimento das famílias, contribuindo para elas superarem a situação de vulnerabilidade e de pobreza); e o Programa Saúde na Escola (é uma política intersetorial da Saúde e da Educação, instituída em 2007, voltadas àscrianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira unindo-se para promover saúde e educação integral).
Portanto, sabendo-se que, a ética é um componente da prática de todos os profissionais e para o assistente social não é diferente, devendo garantir e defender a integridade, o bem estar físico, psicológico e emocional de cada pessoa promovendo com responsabilidade a justiça social sem qualquer discriminação , observou-se no decorrer deste artigo que, a assistente social Juliana agiu de forma antiética, deixando-se influenciar por seus sentimentos, e crenças religiosas e desrespeitando também as fases do processo de adoção.
 Conclusão
A adoção não pode ser vista como um mero instituto legitimado em lei, pois é acima de tudo um ato nobre que visa proporcionar lares e famílias aqueles que estão dispersos em meio ao abandono, esquecimento e angústia. São tantas vezes reféns de medos e de uma história anteriormente traumatizada.
O Estatuto da Criança e do Adolescente nos convida a pensar, pela perpectiva da proteção integral, o direito de todas as crianças e todos os adolescentes e ,assim, apostar nas ploliticas sociais de ampla cobertura que possam, de fato, contribuir para a diminuição das circuntâncias que prejudicam seu desenvolvimento intergal. Pouco se tem trabalhado para prevenir e erradicar as causas do abandono e da violência estrutural, por exemplo, fortalecer as bases de apoio familiares e comunitárias para crianças e adolescentes.
 Segundo Rizzini e Barker(2000), 
"São os elementos fundamentais que compõem os alicerces do desenvolvimento integral da criança.São recursos familiares e comunitários que oferecem segurança fisíca, emocional e afetiva a crianças e jovens.
O fato é que antes de ter tirado aquela criança de sua mãe genética teria que ter sido tomada providências em relação a mãe, um tratamento, um acompanhamento além do que os conselheiros tutelares relataram, só se leva uma criança a adoção depois de serem esgotados todas as possibilidades de inserção dela em sua família de origem.
BIBLIOGRAFIA
BEHRING, Elaine Rossetti. Desafios contemporâneos das políticas sociais. Rev.
katálysis, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 9-10, jun. 2011. Disponível em:
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Brasil. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação
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[2012].
8
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julho de 1990. Índice elaborado por Edson Seda. Curitiba: Governo do Estado do
Paraná, 1994.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
MIOTO, Regina Celia Tamaso; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Política Social e
Serviço Social: os desafios da intervenção profissional. Rev. katálysis,
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Cada caso é um caso : estudos de caso, projetos de atendimento / [coordenação da publicação
Dayse C. F. Bernardi] . -- 1. ed. -- São Paulo : Associação Fazendo História : NECA - Associa-
ção dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente,
2010. -- (Coleção Abrigos em Movimento)
ISBN 978-85-63512-05-5
1. Abrigos 2. Crianças e adolescentes - Cuidados institucionais - Estudos de caso I. Bernardi,
Dayse C. F.. II. Série.
09-09724 CDD-362.732

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