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TCC O ASSITENTE SOCIAL NO ATENDIMENTO PARA ADOÇÃO

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21
 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
jaNmilLe cruz baldon
O ASSITENTE SOCIAL NO ATENDIMENTO PARA ADOÇÃO
Itamaraju/BA
2016
jaNmilLe cruz baldon
O ASSITENTE SOCIAL NO ATENDIMENTO PARA ADOÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Graduação em Serviço Social.
Orientador: Rosane Aparecida Balierio Malvezzi
Itamaraju-BA
2016
 
 DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Dilva e Ediel, que jamais desistiu do sonho de me ver formada em um curso de ensino superior, minha família, meus colegas e amigos que sempre esteve ao meu lado me apoiando.
agradecimentos
Agradeço primeiro a Deus por me guiar em cada momento da vida, não me desamparar, inclusive, em mais esta etapa. 
A meus pais, sem eles não teria sido possível minha inserção e sustentação nesta Universidade. Sei que me ampararam com sacrifícios. Obrigada por todo carinho dedicado! 
As minhas tutoras Simone Benigno e Vanessa Dias, aos colegas curso que de alguma forma, colaboraram com meu aprendizado. 
Enfim agradeço a todos, família e amigos que vivenciaram e vibraram juntamente comigo, a cada etapa vencida.
		
EPÍGRAFE
 
“A criança desprotegida que encontramos na rua não é motivo para revolta ou exasperação, e sim um apelo para que trabalhemos com mais amor pela edificação de um mundo melhor”.
 Chico Chavier
Baldon. Janmille Cruz. O ASSITENTE SOCIAL NO ATENDIMENTO PARA ADOÇÃO.2016. 53 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação – Serviço Social).
RESUMO
A importância do Assistente Social para suportar com a carência de Políticas Públicas voltadas para o campo sócio jurídico se individualiza enquanto um dos espaços de atuação do Assistente Social, o qual possibilita que o profissional do Serviço Social atue no processo de adoção. Incidir em assim, o presente trabalho objetiva apresentar a prática profissional do Assistente Social no processo de adoção. Para isso aproveitaremos como subsídio a experiência obtida por estagiários e profissionais no desenvolvimento da prática do Serviço Social. Primeiramente serão expostas as etapas em que sobre a família relacionamentos com os demais, como pai, mãe, irmão, segmentos populares, núcleos estudantis, clientes, políticos, mestres, abalos sociais. O Assistente Social é chamado a intervir no que se refere ao procedimento da adoção, entre elas: o consentimento à adoção, a destituição do poder familiar, habilitação dos pretendentes à adoção, o encaminhamento das crianças e adolescentes aptos à adoção e o estágio de convivência. Em um segundo momento será abordado as principais discussões em torno da temática, a exemplo da questão da desmistificação da filiação adotiva, do perfil da criança adotada definido pelos pretendentes, bem como os desafios em torno do método de habilitação realizada com os próprios. Essa discussão tem ocorrido tanto no universo acadêmico, quanto entre os profissionais, com o objetivo de buscar estratégias que colaborem para que se abrangência o êxito da adoção.
	
	
Palavras-chave: Assistente Social; Adoção; Serviço SociaL
Baldon.Janmille Cruz. THE SOCIAL ASSISTANT IN THE ADOPTION SERVICE. 2016. 53 leaves. Work Completion of course (Graduation - Social Service) - Department of Science and Education, IET Institute of Theological Education. Prado, Bahia, in 2016.
ABSTRACT
The importance of the social worker to support with the lack of public policies aimed at the legal field partner is individualized as one of the performance spaces of the social worker, which enables the professional social service act in the adoption process. Focus on as well, the present study aims to present the professional practice of social worker in the adoption process. For this grant will take advantage as the experience gained by trainees and professionals in the development of the practice of social work. First steps will be exhibited in that on family relationships with others, such as father, mother, brother, popular segments, student centers, customers, politicians, teachers, social upheavals. The social worker is called to intervene with regard to the adoption of the procedure, including: the consent to adoption, the dismissal of family power, enabling the applicants to the adoption, referral of children and adolescents are able to adopt and the stage of coexistence . In a second phase it will be discussed the main discussions around the theme, such as the issue of demystification of adoptive filiation, the profile of the adopted child defined by the applicants, as well as the challenges surrounding the activation method performed with his own. This discussion has taken place both in academia and among the professionals, in order to seek strategies that contribute to that extent the successful adoption.
Keywords: Social Worker; Adoption; Social service
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................ 10
1.0 Breve Discurso sobre o Tema Família........................................................14
1.1 Famílias na Visão do Serviço Social..........................................................16
2.0 O Pátrio Poder...........................................................................................19
2.1 Legislação Brasileira para as Crianças e adolescentes.............................21
2.2 Condições gerais para a adoção................................................................24
3.0 O serviço social no Brasil Antes e depois da Constituição de 1988...........27
3.1 O Serviço Social no Brasil.........................................................................30
3.2- Campos de atuação do Assistente social................................................ 32
3.3 Os Serviços Social na Contextualização da Adoção.................................39
3.4 Momentos Históricos da adoção................................................................42
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................42 REFERENCIAS............................................................................................... 50
INTRODUÇÃO
A família é o principal responsável pela educação da criança, ainda não que proporcione clareza sobre a função fundamental. Nela há afetos respeitáveis e cuidados, precauções e exemplo expressivos. Quando o pai beija o filho crescido ou o avô, manifesta ao menino que homens podem sim, ter contatos carinhosos com diversos homens sem que isto dar a entender em conotação sexualidades genéricas.
O presente trabalho tem como elemento de esboço apresentar a elevação ética da ação do assistente social no Poder Judiciário no setor da adoção, bem como, o acompanhamento posterior, uma vez irrevogável é mandatório o trabalho de acompanhamento com o grupo familiar ou as peculiaridades remontas pela adequação das famílias adotivas ou da criança adotada no novo núcleo familiar.
A adoção estabelece no Brasil um alvitre de significado ético e com sua natureza constitucional consistir em o instituto principal determinar às verdadeiras precisões da criança e do adolescente, garantindo-lhes o direito peculiar e fundamental da convivência familiar. Assim sendo o presente trabalho tem por intuito de avalizar a criança adotada seus direitos humanos, bem como, preencher a necessidade de viver em família sem ter a dificuldade do peso da idade, pois enquanto se é criança se precisa de uma atmosfera familiar.
A temática da adoção faz-se presente na biografia da filantropia desde os mais primórdios períodos. Uma investigação acerca da história das culturas e, de maneira característica, acerca da biografia da instituição familiar, ou mesmo avaliaro legado da mitologia e do drama greco-romana e as lembranças religiosas de distintas culturas, é aceitável abranger que o gesto de adotar ou de alocar crianças e adolescentes em procedências, que não a sua de família biológica, delibera um traço típico nos padrões de paternidade, maternidade e filiação, pois banca a perspectiva da construção do vínculo afetivo que, enquanto tal, assemelha-se à categoria do vínculo biológico e suas ressonâncias (apego, afeto, sentido de pertença à família, etc.).
Segundo IAMAMOTO e CARVALHO (2005) o assistente social iniciou seu trabalho dentro desta problemática com o surgimento do programa Serviço de Colocação Familiar, como comissário de menores no Serviço Social de menores: menores abandonados, menores delinqüentes, menores sob tutela da Vara de Menores, exercendo atividades no Instituto Disciplinar e no Serviço de Abrigo e Triagem. 
É expressiva a procura pelo exercício profissional de Serviço Social, face à seriedade das disparidades sociais, da violência e do desrespeito aos Direitos Humanos, os quais nascem da sociedade capitalista, prevalecente de um princípio neoliberal, motivando a necessidade de acréscimo e universalização de assistência e orientação jurídica. Em meio às jurisdições do Serviço Social, enfatiza o acompanhamento das crianças abrigadas institucionalmente, programo das medidas protetivas de norte, apoio e acompanhamento provisórios, habilitação dos pretendentes à adoção, encaminhamento das crianças e adolescentes aptos à adoção, entre outros.
Acessão à adoção: é corriqueiro incidirem condições aonde, após o parto, as progenitoras, simplesmente, manifestam anseio em proporcionar os filhos à adoção. É importante que o assistente social leve em conceito as qualidades físicas e emocionais da mãe, o que convirá como base para que o juiz considere as reais condições da mesma, no período em que teve essa decisão. Interrupção e destituição do poder familiar: aqui serão analisados aspectos indicativos às condições socioeconômicas, o vínculo afetivo e as perspectivas de haver a permanência, ou não, da criança na sua família de origem. Não havendo expectativa de retorno aos familiares biológicos ou familiares extensos, opta-se pela destituição do poder familiar.
Para isso, o assistente social poderá concentrar como instrumental dar auxílio à observação, entrevistas, visitas domiciliares, etc., os quais consentirão a preparação do estudo social, onde constarão os subsídios relevantes para o juiz, no que diz conceito à condição da criança. Habilitação do candidato à adoção: o assistente social fornece apoio à família candidato à adoção, no que se refere à direção quanto aos trâmites do processo judicial.
No conjunto da adoção, os profissionais de serviço social atuam como auxiliares, cujo papel soberano está em assessorar os juízes de direito, subsidiando-o na ótica referente aos elementos econômicos e sócios - culturais que envolvem as relações do sujeito participante de litígio na sociedade e na família.
Atua com base na observância dos princípios fundamentais resguardados pela Lei 8.662/93 que regulamenta a profissão do disposto no Código de Ética do Assistente Social (Resolução CFESS nº. 273/93); e nos princípios resguardados no Estatuto de Criança e do Adolescente. É por meio de relatório e laudos sociais que compõem se os autos.
O desenvolvimento de tais aptidões objetiva prevenir situações de riscos sociais ou pessoais que envolvem crianças e adolescentes, através do fortalecimento dos vínculos afetivos familiares e comunitários, e da garantia de direitos fundamentais, estando em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ao analisar sobre prática profissional do Serviço Social, de maneira especial no que se refere àquela desenvolvida no processo de adoção, faz-se imprescindíveis nos reportarmos para o debate contemporâneo em torno da família.
 De acordo com Brandão et al. (2012, p. 02) uma das características principais em relação ao novo conceito de família nada mais é do que “a superação da família patriarcal, constituída apenas nos laços consangüíneos, funções pro criativas, econômicas, religiosas e políticas, para a família que tem como base os laços de afeto”. 
É possível afirmar que a adoção se configura enquanto uma dessas novas formatações de famílias, fundadas em laços afetivos, uma vez que “[...] ser pai e ser mãe não significa apenas conceber o filho. O desejo de ter um filho é algo imaginário, derivado da intersecção de um casal. Para isso, deve haver uma disponibilidade interna no casal para „tornar-se‟ mãe ou pai” (BARANOSKI, 2011, p. 11).
Os procedimentos metodológicos do projeto em questão basearão em levantamento bibliográfico e documental, os quais possibilitarão desvendar o referencial teórico a ser utilizado durante a análise investigativa ou fase exploratória. Por meio de pesquisa qualitativa, fundamentada em Minayo (1992), ponderou que na semelhança entre os concorrentes e a realidade ocorrem mudanças, deve ser percebida tanto no aspecto objetivo como subjetivo entre o sujeito e o objeto.
O primeiro capitulo fala a respeito de a família relacionamentos com os demais, como pai, mãe, irmão, segmentos populares, núcleos estudantis, clientes, políticos, mestres, abalos sociais.Sobre a Constituição Federal de 1988 que trata a família embasada nos julgamentos de cidadania, do implemento dos direitos sensíveis em geral e respectivamente da participação dos cidadãos na formulação das políticas públicas que acercam inteiramente seu contexto social. Assim sendo a família é a primeira referencia do individuo na sociedade, é a partir dela que se amplia a inicial visão de mundo. Remete-se a um referencial sobre o maniqueísmo das semelhanças primarias, bem como que é através dela que os atuantes refletirão estas mesmas relações vivenciadas às origens que se sucederão, formando assim a sua própria visão de desenvolvimento como cidadão.
 O segundo capitulo sobre o serviço social e a Política de Assistência Social, inscrita no campo democrático dos aprumados sociais, garantindo densidade e visibilidade da ação, o trabalho do assistente social tem como desígnio visar e garantir direitos e assistência para a população desfavorecida, fazendo isso por meio de políticas sociais, de forma organizada e planejada, resistindo contra os problemas das injustiças que podem afetar os desamparados socialmente.
OTerceiro capitulo fala do método constitutivo da ação profissional na instituição que se distingue na relação profissional, instituição e sujeito.
Para o desenvolvimento do trabalho utilizou-se a pesquisa bibliográfica desenvolvida pelo meio de pesquisa, internet, artigos, textos de autores da temática pesquisada, buscando-se assim um aprofundamento teórico dos assuntos abordados. Os dados obtidos serão demonstrados de forma clara e precisa conforme com as normas da ABNT vigentes no Brasil.
	
CAPÍTULO I
1.0 BREVE DISCURSO SOBRE O TEMA FAMÍLIA 
A sociedade indica um conjunto de regras indispensáveis na convivência humana e esta se diferencia pelo relacionamento que as pessoas sustentam entre si, nos relacionamentos com os demais, como pai, mãe, irmão, segmentos populares, núcleos estudantis, clientes, políticos, mestres, tranqüilidade sociais e, perante deste contexto, constitui regras importantes obrigatório, aceitáveis, inaceitáveis, impostas ou adminicivéis para a organização social.
É admiravelmente que à medida que nos descobrimos inseridos em grupos sociais, ou designadamente, no grupo familiar, as pessoas emitem regras de convivências que geram regras proposta com os dos seus ancestrais, de geração em geração, de configuração cultural, transmitindo aos imputáveis a condição de seguir determinando as regras. Essas extensões culturais são heranças da idade da Pré-História, onde homens aprenderam a se reunir para caçar animais selvagens, assim cultivar a terra e fabricar suas ferramentas para o plantio, edificarem suas casas, organizavam-se em aldeias, em tribos e principiaram a vida em sociedade, formando pequenosnúcleos familiares, transformados através da historia das necessidades e exigências sociais.
A Constituição Federal de 1988 trata a família embasada nos julgamentos de cidadania, do cumprimento dos direitos sentimentais em geral e simultaneamente da participação dos cidadãos na formulação das políticas públicas que acercam inteiramente seu contexto social. 
Como afirmação da Constituição de 1988 foi instituída duas alterações significativas em referencia à família. Em seu artigo 226º, reza que c”(...) a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado” (Brasil, 1988). Com este artigo o Estado garante programas assistenciais para a promoção das famílias, principalmente a aquelas que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social.
 Em seu artigo 6º elenca que: “(...) são direitos sociais a educação, a saúde, a moradia, o lazer, a segurança, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desaparecidos na forma desta constituição”. (Brasil, 1988). Direitos esses afiançados por lei, que vai valer para que se apresente uma sociedade mais justa e igualitária, sendo estes direitos que influenciará mais tarde num modelo de família desejável.
Deste modo sendo o termo família pode proporcionar alteradamente com as mais distintas organizações, muito embora envolvamos e valorizamos aquelas organizadas de acordo com a tradição por pai, mãe e filhos, denominados familiar nuclear, normal ou completa. Não se pode assinalar um conjugado fechado de família, porem é imprescindível levantar elementos de caráter genérico a fim da apreensão como se encontra a família na sociedade contemporânea.
De acordo com Prado (1981) as experiências de vida em comunidade alternativa existem outras formas de famílias denominadas originais, as quais diferenciam das formas tradicionais. Entre elas podemos citar:
· A família criada em torno de um casamento “participação”, o qual o marido e a mulher participam das mesmas tarefas caseiras e externas, permitindo às mulheres os mesmos direitos e oportunidades que os maridos,
· O casamento “experimental”, que consiste na coabitação durante algum tempo se houver a legalização após o nascimento do primeiro filho do casal,
· A família baseada na união livre, que se caracteriza pela interação de recusar a formalidade religiosa e a legalização civil, mesmo com a presença de filhos,
· A família homossexual, oriunda da união de pessoas do mesmo sexo,
· Família unilateral ou monoparentais são estruturas familiares que somente pai ou somente a mãe assume a responsabilidade em relação aos cuidados com a criança menor de 18 anos, ou seja, suas características principais são a não convivência entre os progenitores a assistência de filhos dependentes. Essa estrutura diferencia-se do modelo família tradicional, baseada em divisão funcional do trabalho, em que a mulher desempenha as funções de cuidar dos filhos e das tarefas domésticas gerais,
· A família poligâmica, resultante da infidelidade ocasional, tendo em vista que a legislação brasileira não reconhece famílias poligâmicas.
 De tal modo a família é a primeira referencia do individuo na sociedade, é a partir dela que se amplia a primeira visão de mundo. Remete-se a um referencial sobre o maniqueísmo das relações primarias, bem como que é através dela que os procuradores reproduzirão estas mesmas relações vivenciadas às gerações que se incidirão, desenvolver assim a sua própria visão de acréscimo como cidadão.
1.1 FAMÍLIAS NA VISÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Na concepção cultural de individuo, os apegos familiares habituais sucessivamente tiveram um peso significativo, consentindo a família realizar o seu papel de cuidar e proteger as crianças, idosos, inválidos e doentes.
 No entanto Nogueira (2002, p. 210) recorda que “as mudanças do perfil demográfico, do ciclo de vida, da estrutura do emprego (ou desemprego), o novo papel feminino como “chefe de família” alteram esse padrão apartir da década de 1980, ampliando a demandas para o atendimento das necessidades coletivas pelo setor público.
Deste modo, o exercício profissional com famílias ainda que se movimente através de processos pautados nos padrões de normatividade e equilíbrio. Ou seja, as ações persistem calcadas na expectativa da funcionalidade e incluídas aos artifícios de integração e controle social, tira-se de foco a discussão da família na circunstância de uma sociedade desigual e excludente, fortalece-se, direta ou disfarçadamente. 
Afirmações semelhantes foram apontadas por outras análises da prática profissional. Gentilli (1998), ao analisar a questão da identidade e do processo de trabalho no Serviço Social, afirma que no discurso dos assistentes sociais existe uma indiscriminação generalizada dos instrumentos, metodologias e atividades profissionais. 
O meio de sobrevivência com famílias tem se constituído numa fonte de angústia para os profissionais que cogitam na área, tanto pela atualidade do tema como pela sua complexidade. A sua discussão abrange numerosos aspectos no meio de os quais estão presentes as distintas formas familiares, as afinidades que a família vem fundar com outras esferas da sociedade, tais como Estado, Sociedade Civil e Mercado, bem como os métodos familiares.
Além destes, estão submergidos os aspectos essenciais à própria história e incremento das profissões que acolhem a esse campo. Entretanto, apesar de sua longa tradição no trato com famílias e do aprofundamento da discussão teórico-metodológica e ético-política, ocorrida no Serviço Social nas últimas décadas, a ação dos assistentes sociais, continua sendo ponderada muito aquém das reclamações que lhes estão sendo colocadas. Estas reclamações estão relacionadas à indigência de consolidação do atual projeto ético-político da profissão, de denominação das ações profissionais nessa área, além da declaração do espaço do Serviço Social num campo cada vez mais questionado por outras profissões.
No entanto, ainda que de sua difusa reminiscência no trato com famílias e do aprofundamento da altercação teórico-metodológica e ético-política, advinda no Serviço Social nas últimas décadas, a ação dos assistentes sociais, permanece sendo considerada muito aquém das exigências que lhes estão sendo colocadas. Estas reivindicações estão pautadas à necessidade de consolidação do atual projeto ético-político da profissão, de qualificação das ações profissionais nessa área, além da afirmação do espaço do Serviço Social num campo cada vez mais questionado por outras profissões.
Este acontecimento repelir negativamente nas perspectivas de uma compreensão teórica mais distinguida dos profissionais e do aumento de ações mais lógicos, tanto em relação aos modelos teóricos metodológicos como às escolhas de caráter especialista. Para ela, os assistentes sociais têm um conhecimento impressionista da realidade e à medida que há leituras teóricas imprecisas, conservam vivos aspectos teóricos anteriores que se refazem com reproduções profissionais mais contemporâneas.
Desse modo, a determinação de novas tarefas, o acelerado exaustão, a deficiência de suporte por parte das políticas sociais e a fragilização dos vínculos familiares, vem colaborando para que as famílias sejam “assíduas freqüentadoras dos serviços sociais”. Nesses serviços, um grande numero de técnicos se faz atual e entre eles a importante figura do assistente social.
De acordo com Neder (apud Mioto, 2002), afirma que os Assistentes sociais são os únicos profissionais que tem a família como objetivo privilegiado de intervenção durante a sua trajetória histórica, ao contrario de outras profissões que a privilegiam em alguns momentos.
Contudo no âmbito dos processos de atenção à família. Mioto (2002) afirma ainda que as ações direcionadas a este segmento possam ser diferenciadas, basicamente, apartir de dois eixos paradigmáticos: o eixo da normatividade e estabilidade e o eixo do conflito e a transformação.
· O eixo da normatividade e estabilidade está associado a dois modelos clássicos de intervenção: técnico burocrático que estar ancorado numa idéiaque a família é um problema e o tipo de atendimento proposto é diretamente condicionado aos objetivos da instituição, muito mais pelas necessidades apresentadas pela família.
· O modelo psicossocial individualizante, cuja atenção é dispensada, principalmente para as famílias diagnosticadas como “patológicas”. A intervenção volta-se para a dinâmica interna da família em seus aspectos disfuncionais e, praticamente desconsidera suas inter-relações como contexto social.
· Já no eixo do conflito e transformação orienta as ações socioeducativa às famílias, objetivando a construção da cidadania e a defesa dos direitos.
Assim faz-se necessário distinguir para necessidade de considerar que o serviço social se institucionaliza e desenvolve como uma profissão, cuja intercessão esteja retrocedida para as condições materiais quanto às condições sociais de vida da classe trabalhadora. O principal papel na coletividade é de reajustar a dificuldade interna e externa, obtida dentro das famílias e estados, para que haja uma segurança dos direitos das famílias na sociedade.
CAPITULO II
2.0 O PÁTRIO PODER 
O domínio familiar ou poder paternal envolve direito e deveres dos pais sobre os filhos. Direito brasileiro, traduz-se num conjunto de encargos e direitos que envolvem a relação entre pais e filhos. Fundamentalmente são os deveres de assistência, auxílio e respeito mútuo, e mantêm-se até aos filhos compreenderem a maioridade, que pode ser contraída de vários modos.
Logo que José Antonio de Paula Santos Neto: "É o complexo de direito e deveres respeitantes ao pai e à mãe. fundado no direito natural, admitido pelo Direito positivo e direcionado ao mérito da família e do filho menor não emancipado, que incide sobre a pessoa e o patrimônio deste filho e serve como meio de manter, proteger e educar.
O domínio familiar tem origem na Roma Antiga e era desempenhado pelo homem, pai de família. Tal estrutura pode analisar com o apontamento de Thomas Marky (2008. p. 153): “A organização familiar romana era fundamentalmente diferente da moderna. “Suas instituições básicas, parentesco, poder familiar, matrimônio e tutela tem princípios muitas vezes diversos dos nossos.” 
Aquela eficácia era sobre acumulados aspectos da vida dos filhos, o pai tinha o direito de ceder ou matar o próprio filho, método comum nos casos de recém-nascidos com alguma ausência. Esse julgamento foi se transformando com o tempo e no vigente Código Civil o pai e mãe têm direitos e obrigações sobre os filhos, embora que aquele atinja a integral aptidão civil. Os pais têm compromisso de dar total acolhimento aos filhos: alimentos, roupas, escolaridade e uma criação harmoniosa. Tudo isso sob o olhar do Estado. 
Há condições extremas em que o pátrio poder é eliminado, suspenso ou derrubado. A interrupção advém quando ocorre o abuso de domínio dos pais sobre os filhos. A diminuição passa a existir pela morte dos pais ou do filho, pela emancipação, pela maioridade e quando se realizado a adoção. 
Ocorrerão à perda do pátrio poder em caso de penalidade imoderada, maus tratos e desamparo. Tamanha é a seriedade de tais atos contra o filho, que os notamos tipificados no Código Penal em seus artigos 133 (Abandono de incapaz), 134 (Exposição ou abandono de recém-nascido) e 244 (Abandono material). Advir uma dessas situações de negligência, o juiz depõe os pais de sua posse, neste caso alguma pessoa da família é promovido para estar com a guarda do menor. E apesar de ter um caso aleatório, a criança é conduzida para a adoção. São estes os ensejos para o extenso número de crianças com idade antecipada nas casas de apoio sem arrumar uma nova família, o Estado ao tirar essa criança de sua residência biológica não tem condições de proporcionar uma vida saudável a ela.
A isenção de pátrio poder é saída acerba, porque alcança em cheio o pátrio poder. De tal modo, deve ser empregada exclusivamente em casos muito especiais, exclusivamente quando não se deparar solução consensual, adaptada e vigiada pelo Poder Público, para controlar o conflito entre os detentores de o pátrio poder e o filho. 
Trata-se de avaliação gravosa, avessa, mas dimensão necessária, que aborda os direitos mais elementares da pessoa humana: aborda o direito da individualidade (visto que pode haver futuro adoção e até troca de nome da criança); abrange o Direito Natural da pessoa, da constituição de geração e de origem; abrange o direito dos pais de criarem e terem consigo os seus filhos (art. 384 e incs., CC); atinge o direito dos filhos de serem criados e educados no seio da sua família natural (art. 19, ECA). Por fim, a ação deve ser discorrida, só empregada como o último recurso versus o mau desempenho (causa culposa) dos pais em relação aos seus filhos.
 Às vezes, proporcionamos visto certo desvirtuamento nesse tipo de ação, certo excessiva, para nós, produto de pressa e até anormalidade do instituto. Têm proposições de interrupção do pátrio poder em que se analisa a destituição, como se voltasse uma ação comum, sendo que, em numerosos casos, tem-se exigido até a prévia exoneração de pátrio poder, sem mistura óbice judicial, formal, para outro conceito que prontamente se atribui no interesse da criança. 
Deixa-se de lado o “melhor interesse da criança”, para abraçarem-se as picuinhas protocolares do processo, transgredir se a sua efetividade, O desígnio de proteção à criança e ao adolescente. Neste caso vemos o princípio da dignidade da pessoa humana sendo violado, pois as crianças perdem seu direito fundamental a uma família e uma Revista Intellectus Ano IX N°. 24 13 ISSN 1679-8902 boa condição de moradia. 
Nesse sentido Sarlet (2010, p.70) aponta o conceito deste reclamado princípio: “A qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, dar a entender, neste sentido, um complexo de direitos e necessitares fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho humilhante e desumano, como procedam a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida benéfica, além de propiciar e requerer sua participação ativa e co-responsável nos acasos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos, mediante o necessitado conceito aos demais seres que integram a rede da vida.” 
2.1 LEGISLAÇÕES BRASILEIRAS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
 A história da adoção é adaptada à alteração de bens, de uma designação familial, e eventualmente de poder político. A prática de adoção da ocasião era feita por escrituras como forma de transferência de responsabilidade tutelar dos pais biológicos aos adotivos, esta laços de sangue era revogável, e não invalidava o vinculo da criança com os pais biológicos.
 A Legitimação Adotiva de 1965 nasceu com a centralização de criar um laço irrevogável que proporciona perpendiculares hereditários à criança que prende qualquer ligação com a família anterior, esta lei diz consideração àqueles órfãos de pais ignorados ou menores aceitados até os sete anos de idade.
Os Códigos de Menores de 1927 e de 1979 eram explicitamente transportados à regulação e controle dos então nomeados pobres ou analisados em “situação irregular”, separando sem menor compulsão os ricos dos pobres, os sem pai nem mãe que residiam nas ruas.
As crianças e adolescentes analisadas em “situação irregular” eram conduzidas pelo Código de Menores sendo avaliados como aquelas que perpetravam atos inflacionais, ou os que não tinham condições de manutenção avalizadas pela família, vivendo nas ruas. 
Para FÁVERO (2007) o Código de Menores foi criado a fim de lidar com estas chamadas crianças em situação irregular, aquelas que não vinham de boa família, que viviam na rua, ou aqueles que eram abandonados nas rodas dos expostos. 
A sociedade combatia com essas crianças de forma preconceituosas e filantrópicas, ações clássicas das damas de caridade da igreja católica e unicamente em 1960 o mundo foi marcado pelo surgimento de inúmeros movimentos sociais em defesados direitos da criança e do adolescente.
 Em novembro de 1989 a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança expressou um código que enfatizou a premência da sociedade em respeitar estes direitos das crianças; no Brasil, em julho de 1990, foi promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente, nova tentativa de originar os direitos da criança e do adolescente como dever da família, da sociedade e do Estado, e que necessitam ser assegurados com prioridade absoluta. 
Criado em 13 de julho de 1990, o ECA instituiu-se como Lei Federal n.º 8.069 (obedecendo ao artigo 227 da Constituição Federal), adotando a chamada Doutrina de Proteção Integral, cuja conjetura básica assegura que crianças e adolescentes devem ser vistos como pessoas em desenvolvimento, sujeitos de direitos e destinatários de proteção integral.
 Passando a ser vistos como sujeitos de direitos, isto é, cidadãos inteiramente, e não apenas como objetos da prevenção do Estado como ao mesmo tempo rescindem com a titulação de “menor”, embora sob esta denominação estivessem incluídas todas as pessoas abaixo dos 21 anos (maioridade civil) ou 18 (maioridade penal), exclusivamente os miseráveis eram assim abordados.
O ECA em seus 267 artigos promulga os direitos e deveres de cidadania a crianças e adolescentes, decidindo ainda a responsabilidade dessa garantia aos domínios que compõem a sociedade, sejam estes a família, o Estado ou a comunidade. Ao longo de seus capítulos e artigos, o Estatuto pondera sobre as políticas referentes à saúde, educação, adoção, tutela e questões relacionadas a crianças e adolescentes autores de atos inflacionais. 
Existi apropriados progressos, mas não domínio esquecer que em certos feitios a nova legislação, concretiza as desigualdades gritantes que têm na sociedade de classes, com instruções ausentes de auxilio previstos no ECA.
 Não desconsiderando a obrigação e a grande valor de destas ações concisos, mas as causas que determinam as condições de pobreza dos sujeitos não são passiveis de ser enfrentado por meio dessas ações, o enfrentamento dessas processos estar sujeito de medidas políticas amplas, que gerem efeitos de médio e longo prazo. Têm dois tipos de adoção na legislação brasileira, uma, quando o adotado é maior de 18 anos, prevista no Código Civil Brasileiro (CCB), art. 368 e seguintes, dentro do Direito de Família, deferida no interesse dos casais, que é a adoção contratual.
 Outra é a prevista no ECA, Lei 8.069/90 de 13 de Julho de 1990, que atenta dos méritos das crianças e dos adolescentes, desassistidos ou não, sem qualquer distinção. Pertencem aqui, os casos em que, apesar dos adotados já terem completado 18 anos, já permaneciam sob a guarda dos adotantes, esperando apenas o fecho da ação. 
Antes à Lei 8.069/90, tinham dois tipos de adoção para menores, a adoção simples (à imagem do Código Civil – adoção contratual) e a adoção plena (à imagem da legitimação adotiva), previstas no Código de Menores iniciando se no Art. 27 e se estendendo até o art. 37.
 Com o advento do ECA, só existe uma contorno de adoção para crianças e adolescentes, previstos nos artigos 39 e seguintes. Por ficção legal, é idealizada a paternidade ou maternidade, em que o titular de uma adoção é o legítimo pai ou mãe, equiparar os efeitos da filiação natural. Deferida a adoção, o adotado passa a ser efetivamente filho dos adotantes, em caráter irrevogável e de forma plena. 
A Constituição Federal de 1988, art. 227, §6º, equipara os filhos adotivos aos de sangue, havidos ou não da relação do casamento, é filho aquele que, na sucessão hereditária, está em igualdade de direitos perante os filhos legítimos, não importando se o adotado é menor ou maior de idade. A guarda de uma criança e/ ou adolescente supõe que o adotante tem o dever de prestar lhes assistência material, além de moral e educacional, concedendo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive os pais (Art. 33 do ECA). 
O guardião pode abrir mão do exercício da guarda sem barreira judicial, desigual do que advém quando a criança é adotada. É renunciada a guarda provisória aos abrigos, as famílias guardiãs e aos candidatos a pais adotivos, durante o estágio de convivência, até que a adoção seja deferida. 
A etapa inicial para adotar uma criança é a conscientização da importância desse ato, aconselhando que, não há custos neste método de adoção legal, pois corre na Justiça de graça e em segredo, ou seja, somente os solicitantes (pais adotivos) poderão ter acesso, nem mesmo ou genitores (pais biológicos) terão contato com o processo.
 Essa advertência tem como objetivo poupar a nova identidade da criança e do adolescente. O ECA consubstanciado no princípio da proteção integral à criança e ao adolescente pondera seus endereços como sujeitos de direito, inversamente ao Código de Menores que os considerava como objetos. Dessa maneira, entre os diversos direitos elencados na Lei Nº 8.069/90, dispõe que a criança ou adolescente tem o direito fundamental de ser criado no seio de uma família, seja esta natural ou substituta (Art. 19). 
2.2 CONDIÇÕES GERAIS PARA A ADOÇÃO
Referente à idade do adotando, o Estatuto da Criança e do adolescente é responsável pela adoção de pessoas em incremento com idade de zero a dezoito anos de idade inacabados, e excepcionalmente aos maiores de dezoito anos que se encontravam na convivência dos adotantes antes dos dezoito anos e cujo pedido de adoção apresente sido anterior a data em que o adolescente compreendeu a maioridade. O Código Civil é responsável pela adoção tanto de crianças e adolescentes quanto à de maiores de dezoito anos; não existindo limite de idade para o adotando.
Exige-se o processo judicial para a permissão da adoção, seja de crianças ou adolescestes, seja de progenitor. Deste modo a adoção só se regulariza por meio de sentença obrigatória. Segundo o artigo 1.61981 do Código Civil e o artigo 4282, parágrafo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser adotado todas as pessoas cuja pendência ínfima de idade para com o adotante consistir em de dezesseis anos. Podem ser seguidas tanto as pessoas adequadas como as incapazes, seja a aptidão absoluta ou relativa. O acedência com afinidade aos impossibilitados será explanado pelo representante processual do incapaz.
O artigo 1.619 do Código Civil e 42, parágrafo 3º do ECA demarca o
Espaço-tempo das duas gerações. Assim, a diferença de idade entre adotando e adotante deve ser de dezesseis anos, pelo menos. Se a adoção for conjunta, cada um dos cônjuges ou cada um dos companheiros terá de contar com mais de dezesseis anos acima da idade do adotando.
O adotante necessita estar em qualidades morais e materiais de preencher a função de pai ou de mãe de uma criança cujo destino e felicidade lhe são entregues. Dessa forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente no seu artigo 29,não admite que seja deferida a colocação em família substituta a pessoa que revele por qualquer modo incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar apropriado.
Segundo Carlos Roberto Gonçalves 39, a adoção exige capacidade, e dessa forma, não podem adotar os maiores de dezoito anos que sejam absoluta ou relativamente incapazes, como por exemplo, os que não tenham discernimento, os ébrios habituais e os excepcionais sem desenvolvimento mental completo, pois a natureza da adoção pressupõe a introdução da criança e do adolescente em ambiente familiar saudável, capaz de proporcionar um bom desenvolvimento biopsico- social.
O artigo 43 do Estatuto da Criança e do Adolescente prescreve: “A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”. E o artigo 1.625 do Código Civil91 também tem o mesmo entendimento dispondo: “Somente será admitida a adoção que constituir efetivo benefício para o adotando”. Tal exigência apóia-se no princípio do melhor interesse da criança.
A Lei nº. 8.069/90 estabelece no seu artigo 44 que o tutor ou curador deve prestar contas da sua administração e se necessário saldar qualquer compromissopendente, para que possa pleitear a adoção do pupilo ou curatelado.
Essa determinação também é repetida pelo artigo 1.620 do Código Civil.
De acordo com Eunice Ferreira Granato 40, adotando seu pupilo, cercando o de afeto, poderia a adoção encobrir manobra para que o tutor deixasse de prestar contas de sua tutela, ocultando possíveis apropriações indevidas. Então, esse é o motivo da lei exigir que as contas sejam prestadas, prévia e judicialmente, para que depois se proceder com a adoção.
Para que o cônjuge ou companheiro menor de dezoito anos também
Possa adotar conjuntamente com o outro, é imprescindível que fique evidenciada a estabilidade familiar, ou seja, que o casal tenha um lar, onde tenha harmonia, garantia material, permitindo que a idade reduzida de um deles não represente risco às responsabilidades decorrentes da paternidade ou maternidade. Esses subsídios serão analisados através de estudos sociais e psicológicos feito pela equipe de técnicos que assessoram o juízo, e a qual este não se vincula.
O processo para perda ou suspensão do poder familiar está previsto nos artigos 155 a 163 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O artigo 22 do Estatuto estabelece os deveres e obrigações dos pais: o dever de sustento, o dever de guarda, o dever de dar educação, o dever de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais referentes ao exercício do poder familiar.
Os pais podem ter suspenso o poder familiar se, abusando de sua
Autoridade, faltarem os deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos,
de acordo com o artigo 1.637108 do Código Civil. Essa suspensão também ocorre
Quando há condenação por crime de um deles, a pena superior de dois anos.
Segundo o artigo 1.638 do Código Civil a perda do poder familiar se dará ao pai ou a mãe que: castigar imoderadamente o filho, deixar o filho em abandono,praticar atos contrários à moral e aos bons costumes, incidir reiteramente nas faltas previstas no artigo 1.637.
CAPITULO III
3.0 SERVIÇO SOCIAL ANTES E DEPOIS DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
No Brasil, até 1930, não havia uma compreensão da pobreza enquanto expressão da questão social e quando esta energia para a sociedade era tratada como “caso de polícia” e problematizada por intermédio de seus aparelhos repressivos. Dessa forma a pobreza era tratada como disfunção individual. 
Convém ressaltar que a Constituição Federal foi um marco fundamental desse procedimento porque reconhece a assistência social como política social que, junto com as políticas de saúde e de previdência social, compõem o sistema de seguridade social brasileiro. Portanto, pensar esta área como política social é uma possibilidade recente. Mas, há um legado de concepções, ações e práticas de assistência social que precisa ser capturado para análise do movimento de construção dessa política social. 
Sposati (2004, p.19) afirma que: A primeira grande instituição de assistência social será a Legião Brasileira de Assistência – LBA - que tem sua gênese marcada pela presença das mulheres e pelo patriotismo. A relação da assistência social com o sentimento patriótico foi exponenciada quando Darcy Vargas, a esposa do presidente, reúne as senhoras da sociedade para acarinhar pracinhas brasileiros da FEB – Força Expedicionária Brasileira – combatentes da II Guerra Mundial, com cigarros e chocolates e instala a Legião Brasileira de Assistência – LBA. A idéia de legião era a de um corpo de luta em campo, ação.
	
Em Outubro de 1942 a LBA se torna uma sociedade civil de finalidades não econômicas, voltadas para “congregar as organizações de boa vontade”. Aqui a assistência social como ação social é ato de vontade e não direito de cidadania. (SPOSATI, 2004 p.20). 
No entanto foi no governo Sarney, destacar-se um quadro de reformas institucionais, visando o desenvolvimento econômico e social, esquematizando planos de realinhamento de posições. Dentre tais planos destaca-se, em 1985, o I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República, propondo um desenvolvimentismo baseado em critérios sociais.
Do mesmo modo que se instala um complexo processo de debates e articulações com vistas ao nascimento da Política de Assistência Social, inscrita no campo democrático dos direitos sociais, garantindo densidade e visibilidade à questão.
Então foi neste contexto do processo constituinte que gestou a Nova Constituição Federal é marcada por grande pressão social, crescente participação corporativa de vários setores e decrescente capacidade de decisão do sistema político. A Constituição Federal de 1988 – CF/88, aprovada em 5 de outubro, trouxe uma nova concepção para a Assistência Social, incluindo-a na esfera da Seguridade Social. Sendo rezada da seguinte forma: A Política de Assistência Social é inscrita na CF/88 pelos artigos 203 e 204: 
· Art.203 A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
· A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
· O amparo às crianças e adolescentes carentes; 
· A promoção da integração ao mercado de trabalho; 
· A habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
· A garantia de um salário mínimo de benefício  mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
· Art.204 As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art.195,além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: 
· I–descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estaduais e municipais, bem como a entidades beneficentes e de assistência social; 
· II–participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 2003, p. 130).
Sendo assim a Constituição Federal de 1988 proporcionou oportunidade de reflexão e mudança, estabelecendo um padrão de proteção social afirmativo de direitos que superasse as práticas assistenciais e clientelistas, além do surgimento de novos movimentos sociais objetivando sua efetivação. 
3.1- O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 
No Brasil, as organizações sociais direcionavam a caridade eram mantidas pelo clero e leigos, possuíam longa tradição, remetendo aos primórdios do período colonial.
 As existências de infra-estrutura hospitalar e assistencialista se devem à ação das ordens religiosas européias que se implantaram e se disseminaram por todo país, assim como tentativa de intervenção na organização e controle do proletariado, pelo confessional, desde as primeiras grandes unidades fabricas, no século XIX, as emergências da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católico e Estado varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país.
Percebe-se que o serviço social tem em sua base nas obras e instituições que começaram somente com o primeiro pós-guerra. De acordo com Machado, “Em termos mais amplos, a Política Social é uma política que busca dar segurança às pessoas, manutenção de suas vidas em patamares considerados dignos, em uma dada cultura e sociedade, mesmo quando situações adversas acontecem”. A constituição federal em seu artigo 194 estabelece a seguridade social, compreendida de garantia de cuidados no campo da saúde, previdência e assistência social sob forma de gestão descentralizada e democrática, dividindo a responsabilidade entre o estado e a sociedade civil.
Nos anos 40, com a segunda guerra mundial cria-se a LBA, tendo como presidenta D. Daci esposade Getulio Vargas, nessa década criaram a Petrobras, salário mínimo etc, houve uma grande expansão do serviço social. Nesse período há o inicio das praticas de organização e desenvolvimento de comunidade, além do desenvolvimento das peculiares abordagens individuais e grupais. Enfim, a profissão se desenvolve através do serviço social de caso, serviço social de grupo, serviço social de comunidade.
A profissão cultivou um viés conservador, de controle da classe operário, desde seu aparecimento até a década de 1970. Com as lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe trabalhadora, no final dos anos 1970 e ao longo dos anos de 1980.
Em meados dos anos 90, verificam-se no âmbito do serviço social os efeitos do neoliberalismo, da flexibilização da economia e reestruturação no mundo do trabalho, da minialização do Estado e da retração dos direitos sociais. O serviço social expandir-se nos campos de atuação, passando a atuar no terceiro setor, nos conselhos e direitos e passa a ocupar funções de assessoria. 
Entretanto em 2000 esta conjuntura provoca novos debates em volta da questão social e do papel a ser cumprido pelas políticas sociais, verifica-se a propagação de cursos de graduação, implementação do ensino de graduação a distancia.
Haja vista que Serviço Social foi regulamentado, no Brasil, em 1957, mas as primeiras escolas de formação profissional surgiram a partir de 1936. É uma carreira de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do estado onde almeja atuar profissionalmente; há 24 CRESS e 3 delegacias de apoio estadual e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), órgãos de inspeção do exercício profissional no país, dando cobertura a todos os estados. 
A profissão do Serviço Social, que participa dessa representação da sociedade, é de acordo com a história determinada, sendo a atuação dessa categoria articulada de maneiras caracterizadas na conjuntura social, política e econômica do Brasil.
Em uma ordem cronológica dos eventos e evolução do Serviço Social no Brasil, observa-se a grande influência católica neste percurso longo, árduo e mecânico de evolução desta profissão. No ano de 1922 a igreja Católica instituiu a I Conferência de Ação Católica dando assim um salto em direção aos ideais assistencialistas de ordem cristã e exigida por Deus.
Assim sendo a demanda Social está relacionada como uma metodologia de desenvolvimento do capitalismo. Ela não é meramente desigualdade social, é preciso entendê-la em seus vários desdobramentos, perceber-se a reação do Estado frente à classe trabalhadora através das Políticas Sociais, etc.
À medida que a sociedade vai evoluindo, criam-se novas necessidades a ser atendida, isso porque, o próprio procedimento de trabalho possibilita que necessidades humanas sejam criadas e recriadas. Os direitos sociais são formas legitimas de atender à classe do cidadão trabalhador sem seus direitos respeitados.
3.2- FUNÇOES DO ASSITENTE SOCIAL:
O Serviço Social no Brasil recebeu uma forte influência européia. No entanto, a expansão do Serviço Social, somente ocorreu a partir de 1945, visando atender as exigências e necessidades de aprofundamento do capitalismo no país, motivadas pelas mudanças pós-Segunda Guerra Mundial. Em meados de 1994 a formação dos assistentes sociais tinha por linha os fundamentos que embasariam suas concentrações e práticas, os quais garantiriam também sua concreta formação doutrinária e ética.
O trabalho do assistente social tem como objetivo visar e garantir direitos e assistência para a população desamparada, fazendo isso por meio de políticas sociais, de forma preparada e planejada, lutando contra os problemas das injustiças que podem afetar os desamparados socialmente.
As atribuições e competências das (os) profissionais de Serviço Social são pautadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Éticas Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observadas e acatadas, tanto pelas (os) profissionais, quanto pelas instituições empregadoras. No que se refere aos direitos das (os) assistentes sociais, o artigo 2º do Código de Ética assegura: 
· Garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados neste Código; 
· Livre exercício das atividades inerentes à profissão; 
· Participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais; 
· Inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional; 
· Desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional; 
· Aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código; 
· g) pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população; 
· h) ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções; 
· Liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos. 
No que se refere aos deveres profissionais, o artigo 3º do Código de Ética estabelece: 
· Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a Legislação em vigor; 
· Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão; 
· Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes.
Assim o assistente social necessita possuir um conjunto de conhecimentos que outros profissionais das diferentes áreas absorveram ao longo de pouco mais de um século. Hoje em dia, o assistente social alterar a sua configuração de atuação profissional, levando em apreço a demanda que lhe é colocada e a necessidade de responder às exigências e às contradições da sociedade capitalista.
	
3.2 SERVIÇOS SOCIAL NA CONTEXTUALIZAÇÃO DA ADOÇÃO
Antes da vigência do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), advinham determinados métodos denominados “sindicâncias” e realizavam-se ponderações tituladas como sociais. Estas possuíam aspecto de questionário e não fazia qualquer aprofundamento ou diagnóstico das questões levantadas. Eram concretizado por leigos, oficiais de justiça e voluntários, designados “comissários de menores”, os quais não dotavam de qualificação técnica, para o desenvolvimento de tal função.
O princípio da profissão no Brasil se dá com implemento de políticas sociais regressadas para amenizar as demonstrações da questão social e proteger, aos olhos do povo, a contradição do sistema industrial.Assim sendo, procuro a formação de profissionais aptos de manter o controle das classes trabalhadoras por meio de ações sociais de cunho ideológico e político. O Serviço Social surge se concretizando enquanto profissão constituída na realidade contraditória que se refere à luta de classes. Podendo então referir a “questão social como base da fundação sócio-histórica do Serviço Social” e a “prática profissional como trabalho, e o exercício profissional inscrito em um processo de trabalho” (IAMAMOTO 2003, p. 57). 
O Assistente social pode ser considerado o profissional pioneiro a fazer parte formalmente da estrutura do Poder Judiciário e ter desenvolvido uma modalidade de intervenção apropriada 8 para dar as respostas demandadas pela organização judiciária (ALANPANIAN, 2008). 
 Já na Procuradoria de Serviço Social (do Departamento de Serviço Social) o assistente social atuaria na, Assistência Judiciária a fim de reajustar indivíduos ou famílias cujas causas de desadaptação social se prendam a uma questão de justiça civil e, enquanto pesquisadores sociais (...) e nos serviços de plantão.
Além dos serviços técnicos, de orientação técnica das Obras Sociais, estatísticase Fichário Central de Assistidos. (Iamamoto e Carvalho 2005, p.191). Para sintetizar o período sócio-histórico do Serviço Social vale destacar que, no período que perpassa a década de 1940 – 1950 são criadas algumas instituições de cunho assistencialistas, como é o caso da Legião Brasileira de Assistência – LBA, que tinha o papel de mobilizar a opinião pública para apoio ao esforço de guerra promovido pelo governo desencadeando aos Assistentes Sociais novas demandas (IAMAMOTO e CARVALHO, 2005
Hoje em dia a justiça da Infância e da Juventude apresenta uma avaliação mais apropriada dos atores abrangidos com o processo e envolve todos os segmentos que atuam diretamente ao melhor alcance aos superiores interesses da criança e do adolescente. Dessa forma, considera-se que a justiça tem como fonte primária à Lei. E abrange o seu campo  de atuação não se limita excepcionalmente ao direito, pois promove uma intervenção multidisciplinar que proporcione acesso aos profissionais do serviço social e áreas afins, para auxiliar nos encaminhamentos das questões afrontadas.
O ECA, na seção III – Dos Serviços Auxiliares (arts. 150 e 151), destaca a importância destes serviços, composto por equipe interprofissional, cujo objetivo primordial é assessorar a justiça da Infância e da Juventude.É nesta perspectiva que se tentou refletir sobre a intervenção do assistente social no processo de trabalho institucional no âmbito da adoção.
Nesse contexto, é evidente a aplicação da forma de justiça puramente igualitária, sendo mais adequado aplicar a equidade no sentido aristotélico. Assim, respeitaram-se as diferenças quanto à classe social, gênero, etnia, religião e diversidades apresentadas, os laços consangüíneos e afetivos foram valorizados, conforme Mioto (1997).
O processo constitutivo da ação profissional na instituição se caracteriza na relação profissional, instituição e sujeito. De acordo com o Art. 5, do Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais (CFESS, 1993), é dever de o profissional democratizar informações aos usuários e, através desse pensar e repensar sobre as questões apresentadas pelos pretendentes e crianças/adolescentes possibilitando a construção e superação de concepções pré estabelecidas, abrangendo a necessidade do real em sua totalidade e historicidade, trazendo sucessivas aproximações.
Conforme a Novas Regras de Adoção, nos preceitos de Weber (1998) e Vargas (1998), os pretendentes passaram por uma preparação e sensibilização, visando refletir e conscientizar-se sobre as motivações, o segredo da adoção, os mitos dos laços de sangue, o luto pela infertilidade, os preconceitos quanto à etnia, faixa etária e condições de saúde das crianças e adolescentes institucionalizados, não se restringindo exatamente ao perfil ambicionado por eles, assim tiveram tempo para refazer seu projeto familiar e romper com o estereótipo do filho adotivo segundo a imagem de imitação do filho biológico.
Deve-se destacar no atual conceito de adoção o princípio do melhor
Interesse da criança e do adolescente, pois o Código Civil de 2002 faz citação ao principio do melhor interesse de formato implícita, dispondo em seu artigo 625: “Somente será admitida a adoção que constituir efetivo benefício para o adotando,”e o artigo 43 do Estatuto da Criança e do Adolescente 16 dispõe: “A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”.
A adoção advém em proporcionar uma família saudável ao desenvolvimento da criança e do adolescente, atender as reais precisões do menor. Assim sendo, ao determinar uma adoção, o ponto central de exame do juiz será o adotando e os benefícios que a adoção poderá lhe trazer.
Para Levinzon (2006, p. 25):
A adoção pode ser definida como o estabelecimento de relações parentais entre pessoas que não estão ligadas por vínculos biológicos diretos. É uma forma de proporcionar uma família às crianças que não puderam ser criadas pelos pais que a geraram.
Neste tempo a burguesia direciona a formação profissional no sentido de fortalecer o discurso ético-moral aperfeiçoado na doutrina da Igreja Católica. O Serviço Social nesta época, (...) subordina-se a uma ação empirista e de caráter instrumental, dentro de uma perspectiva funcionalista para a integração social, entendida esta como processo de participação do homem como beneficiário e como agente de desenvolvimento. (Ammann, 1984, p.146) 
Assim, o Serviço de Colocação Familiar foi o marco para a inserção do Serviço Social no judiciário, sendo que em 1955 contava com nove assistentes sociais, chefiada por uma assistente social, e uma estagiária (FUZIWARA, 2006). Logo, em 1956 algumas profissionais do Serviço Social foram convidadas a compor o quadro de profissionais da Vara de Menores. 
Logo, o Serviço Social se aproxima do referencial marxista inclinado. Sobre tal assunto NETTO (2004) assinalei três direções importantes para o processo feito à reflexão profissional a partir da reorganização profissional de Serviço Social. A primeira direção diz respeito à “Perspectiva Modernizadora” para as concepções profissionais um esforço no sentido de adequar o Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserida no arsenal de técnicas sociais a ser operacionalizado no marco de estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos processos sociopolíticos emergentes no pós-64. (Netto, 2004, p.154) Sendo expressão da renovação profissional adequada à autocracia burguesa.
Deste modo, verifica-se que, grandeza a formação quanto o exercício profissional estavam avançando na esperança de instituir uma intercessão teoria-prática sem se submeter aos extremos como teoricismo, politicismo e tecnicismos. 
Portanto, o assistente social busca alicerce nos movimentos sociais e na participação política visando à luta pelos direitos sociais e pela modificação societária. Contudo, ainda com uma grande lacuna entre profissionais da prática e os intelectuais. Já na década de 1990, justamente no ano de 1993 acontece o grande marco para a profissão, instaura-se a Lei de Regulamentação da Profissão e o Código de Ética do Serviço Social. O Código de Ética de 1993 assume a representação direta dos compromissos que o Serviço Social ostenta em seu percurso histórico - o projeto ético-político profissional hegemônico, dominadas nele a perspectiva crítica à ordem econômico-social e, principalmente a defesa dos direitos dos trabalhadores, vislumbrando a construção de uma nova ordem societária. Assim, o assistente social que atua no judiciário para concretizar o projeto hegemônico, comprometido com o aprofundamento da democracia como socialização das riquezas socialmente produzidas e com a construção de uma nova ordem societária, precisa estar precavido as múltiplas expressões da questão social e suas diferentes manifestações. Sua ação deve identificar não apenas as diversidades, mas as possibilidades de enfrentamento.
 Distinguir a complexidade da realidade é imprescindível para a intervenção profissional que não culpabilize o usuário, mas a envolva enquanto sujeito social que sofre determinações que sobrevêm sobre a sua existência material e subjetiva (Fuziwara 2006, p.34). 
Podemos dizer que o Assistente Social no Poder Judiciário deve: assessorar e prestar consultoria aos órgãos públicos judiciais, a serviços de assistência jurídica e demais profissionais em questões peculiares de sua profissão; realizar perícias e estudos sociais, bem como informações e pareceres da área de sua competência, em consonância com os princípios éticos de sua profissão; planejar, executar programas destinados à prevenção e integração social de pessoas e/ou grupos envolvidos em questões judiciais; planejar, executar e avaliar pesquisas que possam cooperar para a analise social, dando informações para ações e programas no âmbito jurídico; participar de programas de prevenção e informação de direito à população usuária. 
Prontamente, o trabalho do assistente social no método de adoção tem como fundamental objetivo contrapor às demandasdos usuários dos serviços prestados, garantindo o acesso aos direitos. Para isso, o assistente social usa vários instrumentos e técnica de trabalho como: visitas domiciliares pericia social, entrevistas, estudo social, parecer social, entre outros. Assim, o assistente social é responsável por fazer um diagnóstico da realidade social e institucional, a fim de intervir na melhoria das condições de vida da criança e/ou adolescente no método de adoção. Entendido como um instrumento técnico-operativo utilizado pelo assistente social, a entrevista, o estudo social, a perícia social, o laudo social e o parecer social apresentam algumas características que tem como objetivo pesquisar e analisar acontecimentos, situações de vida, de modo a estabelecer relações que possibilite recolher dados para sistematizar relatórios, o qual subsidia a decisão judicial (FÁVERO, 2007). 
	
3.3 A PRÁTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL 
Ao ponderar sobre prática profissional do Serviço Social, sobretudo no que se refere àquela desenvolvida no processo de adoção, fazem-se indispensáveis nos citarmos para o debate atual em torno da família. De acordo com Brandão et al. (2012, p. 02) uma das características principais em relação ao novo conceito de família nada mais é do que “a superação da família patriarcal, fundada apenas nos laços consangüíneos, funções procriativas, econômicas, religiosas e políticas, para a família que tem como base os laços de afeto”.
É possível afirmar que a adoção se configura enquanto uma dessas novas formatações de famílias, fundadas em laços afetivos, uma vez que “[...] ser pai e ser mãe não significa apenas conceber o filho. O desejo de ter um filho é algo imaginário, derivado da intersecção de um casal. Para isso, deve haver uma disponibilidade interna no casal para „tornar-se‟ mãe ou pai” (BARANOSKI, 2011, p. 11).
 Perante isso, enquanto operantes do sistema jurisdicional que compõe  a rede de proteção à criança e ao adolescente, o papel do assistente social é auxiliar as decisões judiciais no tocante à adoção.
Deste modo, o profissional de serviço social transcende a mera verificação acerca do contexto familiar dos envolvidos no processo de adoção. Considerando as contradições do campo jurídico e a regulação da vida social dos sujeitos, pela lei, o ambiente de trabalho do profissional de serviço social, em domínio geral e, no contexto  da adoção, torna-se gratificante, tendo em vista que o ideário pessoal, coligado à formação acadêmica, os direciona a encalçar a justiça e a verdade, que são construídas pelos episódios.
No que se refere ao processo de adoção, em linhas gerais, o assistente social se faz presente nos seguintes momentos: CONSENTIMENTO À ADOÇÃO: é comum sucederem condições onde, após o parto, as genitoras, facilmente, demonstram desejo em entregar os filhos à adoção. É respeitável que o assistente social leve em apreço as condições físicas e emocionais da mãe, o que servirá como embasamento para que o juiz considere as reais condições da mesma, no período em que teve essa resolução. 
SUSPENSÃO E DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR: aqui serão analisados aspectos relativos às condições socioeconômicas, o vínculo afetivo e as probabilidades de haver a permanência, ou não, da criança na sua família de origem. Não possuindo possibilidade de retorno aos familiares biológicos ou familiares abertos, opta-se pela deposição do poder familiar. Para isso, o assistente social poderá empregar como instrumental subsidiador a observação, entrevistas, visitas domiciliares, etc., os quais permitirão a preparação do estudo social, onde constarão as informações relevantes para o magistrado, no que diz respeito à condição do infante.
HABILITAÇÃO DOS PRETENDENTES À ADOÇÃO: o assistente social provê suporte à família concorrente à adoção, no que se fazer referência à direção quanto aos trâmites do processo judicial, às documentações necessárias para dar início ao processo. Igualmente, posteriormente a entrega das documentações, é realizado visita domiciliar na residência da família para que, posteriormente, seja desempenhada entrevista com a mesma. Ambos instrumentais são usados pelo assistente social e liberarão identificar, por exemplo, a aceitação dos demais membros da família em relação à adoção, as condições habitacionais e financeiras, bem como quais são os reais empenhos dos aspirantes à adoção.
 ENCAMINHAMENTO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES APTOS À ADOÇÃO: no período em que uma criança ou adolescente está suscetível à adoção, o assistente social ao mesmo tempo tem a função de constituir contato com o candidato, devidamente habilitado, analisando a ordem cronológica instituída na lista de pretendentes à adoção. O assistente social norteia quanto à documentação necessária e, variando de acordo com a idade da criança adotada, participará do processo de aproximação em meio a adotante e adotado. 
 De acordo com Ferreira (2013, s/p):
[...] a intervenção prévia da equipe técnica, não representa uma adoção de sucesso. Não raras vezes, os encaminhamentos preliminares da adoção não surtem os efeitos desejados, aparecendo problemas posteriores decorrente na nova relação estabelecida
ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA:
Dessa forma, é indispensável que haja o acompanhamento do assistente social nos iniciais meses de convivência entre adotante e adotado, a fim de habituar-se se o ciclo adotivo está sendo encarado positivamente por ambos. Além disso, é nesse momento que principiam a aparecer aspectos que anteriormente eram desconhecidos, pelo fato de que não havia convivência. Nesse momento o assistente social se aproveita de vários instrumentais, a exemplo da observação, entrevista e visita domiciliar, utilizando-se do estudo social para emitir as informações necessárias ao juiz.
Em se discutindo da atuação do Assistente Social no procedimento de adoção, têm discussões com vistas a desmistificar a demanda da filiação adotiva, especialmente a caracterização reproduzida entre filiação biológica e adotiva. A seriedade dessa discussão se dá posto que se trata de exclusivamente mais uma forma de instituir família atualmente. Para que se atinja esse objetivo, se fazem necessário repensar alguns conceitos conhecidos e considerados antiquados a respeito da adoção frente às modificações, tanto legislativos, quanto práticas dentro do método.
Tendo em vista que adoção visa proporcionar a garantia do direito à convivência familiar e comunitária à criança e adolescentes privados, por alguma razão, dessa possibilidade, discute-se ainda a necessidade de escolha das características da criança que se pretende adotar, pois predomina a procura por crianças com até dois anos e de cor branca, contudo, sabe-se que esse não é o perfil da maioria das crianças que deparar acolhidas e dispostas para adoção nas instituições. Dessa forma, questiona-se de que modo se prioriza o maior interesse da criança ou adolescente, se ampla parte dos mesmos não satisfazem ao perfil procurado pelos pretendentes. Por fim, averígua-se a necessidade de debater a capacitação dos pretendentes, uma vez que, embora de toda a preparação psicossocial e jurídica, são presenciadas problemas em identificar se os aspirantes encontram-se verdadeiramente preparados, haja vista a probabilidade de não obter sucesso na adoção.
Desta forma, Iamamoto (1998, p. 20) salienta que o assistente social vivencia na atualidade “um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalhos criativos e capazes de preservar e efetivar direitos a partir de demandas emergentes do cotidiano.
3.4 OS MOMENTOS HISTÓRICOS DA ADOÇÃO
 Adoção é um organismo que tem desde a antiguidade, o ato de adotar é histórico se apresentando na sociedade em distintos contextos social e formas segundo a época em que introduz. Na Antiguidade o Código de Hamurabi, na Babilônia, de aproximadamente 1700 a.C, é a lei mais antiga sobre a adoção. Era composto por oito Artigos que definiam a adoção, em um deles asseguravaem que se um filho adotivo pensasse em voltar para a casa dos pais biológico, era cortado-lhe a língua, unicamente o legislador poderia definir os casos em que o adotado poderia regressar a casa dos pais biológicos.
 Os filhos adotados tinham o mesmo direito de que os filhos biológicos sobre o legado. A sociedade hindu também tinha em sua legislação a adoção, porem seu desígnio era para o culto religioso.
Conforme Alvim (s.d, pg. 4) No Período Romano favoreceu o desenvolvimento da adoção, um dos motivos era haver dois tipos de adoção, sendo um deles era utilizado para aumentar o poder político, pois podia obter honras, na maioria das vezes o adotado era um chefe de família, o adotante só poderia adotar se tivesse mais de sessenta anos de idade e tivesse mais de dezoito anos de diferença do adotado. Já o outro tipo de adoção colocava em que só homem poderia adotar, se esse tivesse dezoito anos de diferença do adotado e não poderia possuir filho.
Prontamente na Idade Media a adoção é abolida por um tempo, devido ao Cristianismo e aos valores que ele prega como a família sendo algo sagrado, e era versus pelo principio de como se forma uma família, e sobre o matrimonio que tinha como única finalidade a procriação.
 No Brasil a primeira legislação referente a adoção surgiu com o Código Civil de 1916, no entanto antes de descrevê-lo é preciso analisar a conjunção de desamparo do Brasil. O abandono alcançou praticamente todas as sociedades da antiguidade. O Brasil foi colônia de Portugal, e introduziu dele a roda dos expostos ou rejeitados, era uma porta giratória, atrelada com a criação (Santa Casa de Misericórdia) onde as crianças eram colocadas em uma gaveta que ao girar leva as crianças para dentro da instituição, podendo manter em segredo a identidade das pessoas que ira colocar as crianças.
A causa do desamparo eram a gravidez indesejável ou a situação de pobreza da família. A roda apresentava por desígnio evitar o aborto e o desamparo em porta de igrejas, nas ruas, florestas, casas de outras famílias. Para cuidar das crianças desamparadas nas Santas Casas, contratavam-se amas de leite recompensadas, eram acordadas por três anos e recebia o incentivo para ficar com a criança, mas nem todas aderiam e grande parte das crianças acabava abandonada nas ruas. Outra opção das Santas Casas eram conduzir essas crianças a famílias que apresentavam o interesse em mão-de-obra infantil.
A primeira legislação brasileira a citar a adoção foi o Código Civil de 1916, que tinha aprofundado um pouco dos códigos antigos. Eram muitos os empecilhos impostos para os que apresentavam empenho em adotar uma criança, ou poderia aqueles que tivessem mais de cinqüenta anos de idade, ser dezoito anos mais velho que o adotado e não possuir filhos.
Na década de cinqüenta a Lei n° 3.133 de 8 de maio de 1957 trouxe determinada mudanças para o critério de adoção,agora o adotante poderia ter 30 anos, diferença entre adotante e adotado necessitaria ser de dezesseis anos, o casal deveria ter no mínimo cinco anos de matrimonio e poderia ter filhos. O adotado não tinha total a herança exclusivamente a uma parte dela, os filhos biológicos tinha mais direitos. Nesse tempo se dava gravidade eram os direitos dos adotantes e não os da criança e do adolescente para adoção.
O fundamental objetivo da adoção era dar ao casal que não poderia ter filhos a oportunidade de perpetuar o nome da família. Em 1965 a Lei n° 4655 trouxe como única modificação a autorização para cancelar o registro de nascimento original da criança e substituir por outro. Com o Código de Menores, Lei n° 6697 de 10 de outubro de 1979, trouxe um avanço na proteção a criança e adolescente, no que se referia a adoção previa dois tipos, a plena e a simples. A plena a pessoa poderia ter filhos, havia a necessidade de o casal ser casado há cinco anos ou mais, pelo menos um deles deveria ter mais de 30 anos de idade, dezesseis anos de diferença para a criança ou adolescente e o adotado não poderia ter atrelo com sua família biológica.
No sistema judiciário, além de ser um dos responsáveis pela desmistificação dos reais pilares da adoção e, do desencadeamento do processo em questão, oriundo da questão social, desempenha também a execução e prática de projetos pertinentes ao atendimento das ações, com vistas à garantia de direito e qualidade de vida, tanto do adotando quanto do adotante.
O Serviço Social na dinâmica da adoção, não está exclusivamente restrito aos interesses superiores da criança e do adolescente. É um gesto sublime que consegue as partes envolvidas nos aspectos centrais dos sujeitos, inclusive na sua subjetividade. Para muitos significa concretização de sonhos, mas para outros pode ser a formação ou continuação de um crescimento familiar. 
Incluso nesses parâmetros, é relacionada ponderar que o papel do assistente social no âmbito judiciário, sobretudo no contexto da adoção, ocupa um espaço peculiar e significativo, haja vista ser esse profissional na sua ação propositiva, um agente multiplicador de idéias.
Deste modo, a intenção de ruptura foi uma tentativa em romper com o Serviço Social tradicional e com suas metodologias e ideologias positivistas. Neste período no judiciário aconteciam as reformas administrativas que permaneciam ocorrendo no Estado, desenvolvendo a burocratização das atividades institucionais.
Neste conjunto dava-se ênfase a “aperfeiçoar o instrumental operativo, com as metodologias de ação, com a busca de padrões de eficiência, a sofisticação de modelos de analise, diagnostico e planejamento” (IAMAMOTO, 2002 p.32). Retomando o fim da ditadura militar podemos salientar que o Serviço Social aproxima-se do pensamento marxiano nos meios mentais, contudo com insignificante participação profissional. 
O Serviço Social no Judiciário vem se autenticando como uma prática social indispensável, observando sua valorização no desenvolver do processo. A ação profissional perante deve responder a um compromisso ético-político, interferido na realidade apresentada propositivamente para a informação da situação apresentada, visando um atendimento de qualidade para seu usuário. Assim, requer não somente responsabilidade teórica e técnica, mas abrange um acordo com a população alvo desses benefícios, cujas vidas podem sofrer conseqüências dessa atuação profissional.
O Serviço Social dentro do poder judiciário tem como competência subsidiar o juiz nas suas decisões analisando os elementos relativos à atividade profissional, ou seja, todas as questões que envolvam violação de direitos com relação à criança e o adolescente, acompanhamento para análise das condições sociais em que uma criança ou adolescente estão enfrentando. No caso especifico da adoção, de que maneira a adoção tem influenciado na vida dessa criança, ou na vida dessa família, então o serviço social faz esse acompanhamento, emite pareceres, na maioria das vezes o parecer que o assistente social dá, ele faz um relatório e no caso na perícia social tem encaminhamentos diferenciados, tem uma outra formatação voltada para o código de processo civil com rigores e com regras especificas da perícia [...] (AS)
”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de suma acuidade o papel sócio-assistencial para o processo de adoção. Visto que o sistema familiar de famílias está em estado de vulnerabilidade não conseguindo suprir todas as necessidades dos seus responsáveis, tornando-se um recinto de risco para os próprios membros ao invés de um espaço de proteção.
A locação da criança e/ou adolescente em um lar substituto, de maneira definida e irrevogável é um dos processos mais importantes na área da Infância e da Juventude.Durante a realização deste TCC foi possível ter conhecimento da realidade em que vivem muitas crianças e adolescentes. É necessário dizer que é de grande importância o trabalho do assistente social e psicólogo no método de adoção, pois por meio de pericias e estudos sociais estes profissionais interferem no processo dando um direcionamento ao caso de maneira profissional e legitimada.Logo, observa-se

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