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Influência SOCIAL É um dos fenômenos que mais comumente ocorre no relacionamento interpessoal; Indução para um determinado comportamento; Influenciamos e somos influenciados com frequência; Podemos servir de influência positiva ou negativa; Influência social ≠ Mudança de atitude; Sherif (1935) Conduziu uma série de experimentos referentes ao fenômeno de suscetibilidade à influência de outro; Verificou uma tendência nítida à aproximação dos julgamentos feitos pelos participantes no sentido de torná-los mais semelhantes aos emitidos pelo aliado do experimentador; Fenômeno autocinético: - Ambíguo - Conformismo justificável Por outro lado, quando o estímulo não é ambíguo, o conformismo pode indicar um comportamento inadequado; Asch fez um experimento eliminando o fator ambíguo, e verificou: - que o efeito de pressão do grupo desaparecia quando a unanimidade era quebrada, ainda que por apenas uma pessoa. Para ele, os participantes se conformavam com o julgamento errado da maioria por 3 razões: Distorção da ação: percebiam o erro, mas não tinham coragem de se opor, assim, emitiam um julgamento semelhante; Distorção do julgamento: pensavam que havia algo de errado com sua visão ou consigo mesmo e por isso seguiam a opinião unânime; Distorção da percepção: realmente percebiam a linha errada como sendo a que correspondia em comprimento a linha padrão; O experimento já foi refeito várias vezes em diferentes épocas e locais; Este experimento revela ainda nitidamente a forte pressão exercida pelo grupo e demonstra quão suscetíveis nós somos a posição unânime de pessoas semelhantes a nós; O tamanho do grupo foi alvo de especulações adicionais: - Para Asch (1946): conformidade aumentava quando os opositores chegavam ao número de três; - Para Gerard (1968): houve um aumento linear, isto é, quanto maior o grupo, maior é a pressão e maior é o conformismo; - Para Latané (1981): era importante levar em conta além do número de pessoas, questões qualitativas ligadas à força da fonte (visibilidade, status, credibilidade e poder dos influenciadores) e à sua proximidade (estarem perto ou não da pessoa alvo); - Para Tonford e Penrod (1984): mostraram igualmente em seus estudos o tipo de tarefa e as diferenças individuais também contribuem (ou não) para à resistência a pressão grupal; Um dado importante diz respeito às diferenças culturais com relação à conformidade. Ex.; Dentro de uma mesma cultura, valores podem ser avaliados de forma distinta ao longo do tempo. Ex.; Experimento de Stanley Milgram (conformidade e obediência à autoridade); Gerard apresenta uma análise bem pertinente da situação verificada no experimento de Asch (da linha padrão); Esta análise foi feita à luz da teoria da dissonância cognitiva. Os experimentos apresentados indicam sem equívocos que nós somos fortemente motivados a emitir comportamentos indicadores de conformismo; Fatores de personalidade também contribuem para este comportamento; Segundo Kelman (1995), dentro do termo conformidade existem três tipos distintos de respostas à pressão social: Complacência: uma pessoa cederia para evitar uma punição ou receber uma recompensa; Identificação: a pessoa seria influenciada pelo fato de identificar-se com determinada figura de evidente ascendência sobre ele; Internalização: a pessoa reflete sobre o que lhe é pedido e cede, se passa a considerar o pedido justo. (187) Táticas de Influência Social Tática do “um pé na porta”: é um método de persuasão. Nela, o influenciador oferece algo pequeno para prender a atenção de alguém, para só depois ir ao ponto onde se realmente queria chegar; Tática da “bola baixa”: nela, o influenciador pede algo tão fora do normal para alguém que muito certamente vai ser recusado. Então, o influenciador propõe a coisa menor, que era o ponto que ele queria chegar desde o início. Contraste perceptivo: é usado quando se quer atenuar o impacto de algo. Para isso, antes de se falar o que quer, é falado algo muito pior antes, para efeito de comparação. Quando o segundo fato é mostrado, parece muito menor comparado ao primeiro; Reciprocidade: Se fazemos um favor a outro, isto nos dá, de certa forma, o direito de solicitar favor igual no futuro; Tipos de influência derivados de diferentes bases de poder French e Raven (1959) apresentaram uma taxonomia das bases do poder social: Poder de recompensa: quando A é capaz de influenciar B em virtude da possibilidade que A tem de recompensar B caso este obedeça; Poder de coerção: quando uma 1ª pessoa tem a capacidade de influenciar uma 2ª com a possibilidade que a 1ª tem de lhe aplicar castigos caso a 2ª não obedeça; Poder de legitimidade: Sempre que a 1ª pessoa emite comportamento desejado, em virtude do reconhecimento da legitimidade de uma 2ª prescrever esse comportamento; Poder de referência: quando a influência exercida por A sobre B decorre do fato de B ter A como ponto de referência (positiva ou negativa); Poder de conhecimento: diz-se que A tem poder de conhecimento sobre B, quando B segue as prescrições determinadas por A em virtude da aceitação do conhecimento abalizado por A; Poder de informação: quando uma pessoa “A” muda seu comportamento ou atitude em função de uma reorganização cognitiva provocada pelo conteúdo de uma influência exercida por outra pessoa “B” e não em virtude de alguma característica especificamente associada a “B” Tipos de influência independentes e dependentes Independentes É a que se verifica quando a base do poder exercido é o poder de informação; A pessoa influenciada não depende das características da pessoa influenciadora, mas sim da reorganização cognitiva provocada nela mesmo; Dependentes É quando a influência se baseia nas características da pessoa influenciadora Pública Quando ela só suscita comportamentos externos de acordo com a influência exercida, mas não corresponde a uma modificação interna da pessoa no sentido de aceitar o comportamento; Ex.: modificações comportamentais obtidas através do poder de coerção e recompensa. Privada Comportamento exibido em decorrência da influencia exercida depende das características do agente influenciador, tal como percebidas pelo influenciado; Ao invés de este comportamento ser apenas uma manifestação externa coerente com a influência exercida, ele permanece com ou sem a presença do agente influenciador; Os poderes legítimos, de referência e de conhecimento, são desse tipo. Ex.: um professor de estatística respeitado por seus alunos... BASES DE PODER TIPODE INFLUÊNCIA Poder de informação Independente / privada Poderdecoersão Dependente / pública Poder de recompensa Dependente / pública Poderlegítimo Dependente / privada Poder de referência Dependente / privada Poderde conhecimento Dependente/ privada A SABER: O exercício contínuo do poder de coerção tende a afastar mais e mais a pessoa influenciada da pessoa influenciadora; Enquanto o poder de recompensa pode (não necessariamente) conduzir a um maior apreço pela pessoa influenciadora; O reconhecimento de legitimidade, assim como o de conhecimento, são restritos a áreas específicas; O fato de uma pessoa ter poder legítimo sobre a outra (ou de conhecimento) não significa que ela seja capaz de influenciar esta outra em todos os domínios. Docente Adriana Emídio Discentes Caliane Teixeira Giovana Novais Vinicius Batista
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