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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/242128305 MÉTODOS NUMÉRICOS APLICADOS EM ENGENHARIA MECÂNICA Article · January 2008 CITATIONS 0 READS 339 2 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Numerical study of pulsatile blood flow in a bifurcation View project Biomechanics View project Paulo Flores University of Minho 414 PUBLICATIONS 3,205 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Paulo Flores on 04 August 2015. The user has requested enhancement of the downloaded file. 8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007 MÉTODOS NUMÉRICOS APLICADOS EM ENGENHARIA MECÂNICA Pedro Lobarinhas*, Paulo Flores* * Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade do Minho Campus de Azurém, 4800-058 Guimarães, Portugal e-mail: pl@dem.uminho.pt, pflores@dem.uminho.pt RESUMO Neste artigo são apresentados alguns métodos numéricos em Engenharia Mecânica, nomeadamente em simulações computacionais associadas a fenómenos de transferência de calor e dinâmica de sistemas mecânicos. Como primeiro caso de aplicação, os diversos aspectos relacionados com a formulação numérica dos fenómenos associados à transferência de calor são apresentados e discutidos com detalhe. Desde a definição do modelo matemático, à escolha do método de solução, passando pelo método de discretização, dando particular atenção às condições de fronteira e ao tratamento da região de interface entre dois materiais distintos, ou seja, a resistência térmica de contacto, que se revela de primordial importância nos problemas de transferência de calor. A modelação dinâmica de sistemas mecânicos e as suas implicações ao nível dos métodos numéricos utilizados é também utilizada como exemplo de aplicação dos procedimentos numéricos inerentes a este tipo de análise. Especial enfoque é dado ao tipo de algoritmo de integração das equações diferenciais que caracterizam as equações do movimento de sistemas mecânicos. A solução numérica de sistemas de equações, quer lineares, quer não lineares, são também objecto de estudo e análise no âmbito do presente trabalho. . PALAVRAS-CHAVE: Métodos numéricos; Sistemas Mecânicos; Transferência de calor; Análise dinâmica 784 INTRODUÇÃO A resolução numérica de problemas surge como uma alternativa relativamente rápida e barata de obter estimativas de valores para fenómenos de interesse académico ou industrial, que de outra forma se revelariam de difícil alcance, senão mesmo impossível. São várias as alternativas que se apresentam ao modelador quanto ao caminho que este pode seguir. Porém, quaisquer que sejam as opções tomadas para a resolução numérica, de um determinado problema previamente identificado, o processo que leva à geração dessa solução, envolve os seguintes passos: definição do modelo matemático; escolha do método de discretização e por fim a escolha do método de solução do problema discretizado. É importante que o modelador antes de avançar para a implementação de cada um dos pontos anteriores, tenha já efectuado uma correcta definição do domínio de estudo, dos fenómenos físicos envolvidos, das propriedades dos materiais intervenientes e uma correcta definição das condições fronteira. No que diz respeito à análise dinâmica de sistemas mecânicos, é sabido que as soluções analíticas são apenas possíveis para casos simples. Assim, torna-se imprescindível que as equações que regem o movimento dos sistemas mecânicos sejam formuladas de forma eficiente e resolvidas recorrendo a métodos numéricos apropriados. No presente trabalho, as equações de Newton-Euler são usadas para descrever o comportamento dinâmico de sistemas mecânicos. Estas equações são, posteriormente resolvidas e integradas numericamente ao longo do tempo. Um sistema mecânico simples é usado como exemplo de demonstração. Nomenclatura a coeficientes da matriz (W/K) A área (m2) cp calor específico (J/kgK) h∞ coeficiente de transferência de calor exterior (W/m²K) hTC coeficiente térmico de contacto (W/m²K) k condutividade térmica (W/mK) m massa (kg) t tempo (s) T temperatura (K) u velocidade (m/s) V volume (m3) x,y,z coordenadas cartesianas (m) α função indicativa (-) ρ massa volúmica (kg/m3) ÍNDICES f face int interface ∞ ambient MÉTODOS NUMÉRICOS ASSOCIADOS À TRANSFERÊNCIA DE CALOR O ponto de partida de qualquer método numérico é a definição do modelo matemático. Da análise a um conjunto de equações relevantes, é possível concluir que todas as variáveis dependentes, com interesse nas áreas da engenharia, obdecem a um princípio de conservação geral, que permite, considerando a variável dependente representada por φ, escrever a seguinte equação diferencial geral [1], ( ) ( ) ( ) Sgraddivudiv t +Γ=+∂ ∂ φφρρφ r (1) em que Г representa o coeficiente difusivo e S o termo fonte e ambos terão que ser especificados para cada φ. A equação fundamental para a resolução de um problema de transferência de calor, é a equação da energia, que pode ser obtida a partir da equação (1), impondo a temperatura como grandeza fundamental, resultando, ( ) ( ) SgradTkdivTucdivTc t PP +=+∂ ∂ )(rρρ (2) Para as zonas do domínio com a presença de um escoamento, porém sem geração interna de calor, a Equação (2) perde o termo fonte, reduzindo-se a: ( ) ( ) )(kgradTdivTucdivTc t PP =+∂ ∂ rρρ (3) Numa região do domínio sem escoamento e sem geração interna de calor, a equação a aplicar resulta muito mais simples, assumindo a forma: ( ) )(kgradTdivTc t P =∂ ∂ ρ (4) Condições Fronteira Nas faces exteriores do domínio é considerada a existência de uma fronteira convectiva, definida por hext, estabelecendo um balanço de conservação de energia, )( supTThdx dTk −= ∞∞ (5) Caso o domínio em estudo seja atravessado por um escoamento, é necessário definir as condições fronteira de entrada e saída desse fluxo no domínio. A definição de uma temperatura constante na secção de entrada é uma das soluções possíveis, o que para um escoamento paralelo ao eixo zz, resulta na condição: iTtyxT =),0,,( (6) Caso se esteja perante um problema de fronteiras móveis, é possível optar por um de dois métodos: de superfície ou de volume [1]. Para a determinação da forma da interface em problemas 3D, o esquema VOF (Volume of Fluid) [2], revela-se particularmente atractivo. Neste método é resolvida uma equação chamada função indicadora, que varia de zero a um, indicando onde o fluido está. Este método tem a vantagem de preservar a conservação da massa, devido ao algorítmo de convecção, baseado na representação discreta das leis da continuidade; não necessitar de cálculos extras ou interpolações na interface, pois a mudança de zero para um indica a presença da interface e é de fácil implementação a 2D e 3D. No caso de existência de uma interface entre dois materiais no estado sólido, o conhecimento do valor da resistência térmica de contacto, RTC, é de primordial importância, para uma correcta simulação da transferência de calor. Contudo os valores conhecidos são escassos e pouco confiáveis, dada a dificuldade na sua obtenção, podendo a condição da interface ser descrita por: ( ) int intint cpTCpc TThn Tk n Tk −=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ (7) em que hTC é o inverso de RTC. Método de Discretização Uma vez definido o modelo matemático, é necessário escolher o método de discretização. O método dos volumes finitos é particularmente popular, devido a se caracterizar pela aplicação das equaçõesde conservação na forma integral a todos os volumes de controlo, de onde resulta a conservação das propriedades relevantes em cada qual. Assim, o ponto de partida para a discretização pelo método dos volumes finitos é a forma integral da equação diferencial, que para um caso geral apresenta a forma, dVGdAnkgradTdAnu A A V ∫ ∫ ∫+= φρφ rrr .. (8) O domínio em estudo é subdividido num número finito de pequenos volumes, usando uma malha que define as fronteiras do volume de controlo e não os nós computacionais. A Figura 1 representa um volume de controlo típico, usado numa malha cartesiana 3D. Centrada no volume P, as células vizinhas seguem a notação NSEW. Na direcção yy, a célula anterior é B e a posterior T. N B W E S T P s t n e b w Δz Δx Δy x z y Fig. 1: Volume de controlo típico e notação usada. A equação diferencial geral para a transferência de calor, num domínio sem geração de calor e sem um caudal mássico, é: ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ ∂ ∂+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ ∂ ∂=∂ ∂ z Tk zy Tk yx Tk xt Tcpρ (9) A discretização implícita no tempo, para um volume P, origina: bTaTaTaTaTaTaTa BBTTSSNNWWEEpp ++++++= (10) onde, WP wW x zyka Δ ΔΔ= ; PE eE x zyka Δ ΔΔ= ; NP nN x zyka Δ ΔΔ= ; PS sS x zyka Δ ΔΔ= ; TP tT x zyka Δ ΔΔ= ; PB bB x zyka Δ ΔΔ= ; t zyxca pP Δ ΔΔΔ= ρ0 ; 00 PPTab = ; 0PBTSNWEP aaaaaaaa ++++++= Para uma região do domínio animada de uma velocidade, é necessário acrescentar o termo convectivo, responsável por descrever o transporte de energia pelo caudal mássico, ( ) ⎟⎠⎞⎜⎝⎛ ∂∂∂∂+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ ∂ ∂+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ ∂ ∂=∂ ∂+∂ ∂ z Tk zy Tk yx Tk x uTc zt Tc pp ρρ (11) Para a discretização do fluxo difusivo, é recomendável a aplicação da regra do ponto médio [4]. Contudo, para o termo convectivo, isso já não se verifica, uma vez que a regra do ponto médio não tem em consideração o sentido do escoamento. Nestes casos, é pertinente a introdução do número de Peclet, que representa a relação entre os efeitos convectivos e difusivos num domínio e é definido por: xk uPe δ ρ= (12) Em que δx é um comprimento característico. Num caso de pura condução não existe movimento no interior e as propriedades de um ponto dependem de igual maneira das dos pontos vizinhos, sendo tratado como na regra do ponto médio. Conforme o número de Peclet aumenta, as propriedades de cada ponto assumem uma forma elíptica na direcção do escoamento. As propriedades a montante tornam-se progressivamente mais relevantes, em oposição às propriedades a juzante. Como consequência, a regra do ponto médio deve ser substituida pelo esquema upwind, simples e fácil de implementar, que tem em consideração o sentido do escoamento. Para os casos em que os vectores de velocidade não coincidem com a malha cartesiana, este método irá gerar a designada falsa difusão [5]. A discretização da Equação (11), usando o método upwind, dá: bTaTaTaTaTaTaTa BBTTSSNNWWEEpp ++++++= (13) onde os índices assumem expressões idênticas às da Equação (10), excepto aB: udxdycx zyka p PB bB ρ+Δ ΔΔ= Para as células na fronteira, é necessário resolver as equações tendo em consideração o balanço de energia nestas interfaces. Considerando a equação geral da transferência de calor por condução a 1D, numa malha ortogonal, como o a representada na Figura 2, assumindo a condutividade térmica constante, a discretização o volume P, enquanto volume na fronteira, dá: ( ) ( ) dt TTdxc dx TTk dx TTk o PP p WPPE −=−−− ρ 2 (14) W EPW e dxedx dxWP dxPE T∞ Fig. 2: Esquema para uma fronteira convectiva. Comparando com a equação resultante para um volume de controlo interno, esta difere ao nível do segundo termo, uma vez que TW não pode ser definido explicitamente, porque não existe balanço de energia para o ponto W. Uma vez definido h∞, podem ser establecidos os seguintes balanços: ( ) ( )WWP TThdx TTk −=−− ∞∞2 (15) PW Tdx kThT dx kh 22 1 +=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + ∞∞∞ (16) Os quais podem ser resolvidos para TW. PW T dx kh dx k T dx kh hT 2 1 2 1 2 1 + + + = ∞ ∞ ∞ (17) Substituindo a Equação (17) na (14), dá: ( ) =⎥ ⎥⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢⎢ ⎢⎢ ⎣ ⎡ ⎟⎟ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜⎜ ⎝ ⎛ + + + − −− ∞ ∞ ∞ 2 2 1 2 1 2 1 dx T dx kh dx k T dx kh hT k dx TTk PP PE dt TTdxc o PP P −ρ (18) Para os volumes de controlo localizados na interface entre dois corpos (Figura 3), é possível estabelecer os seguintes balanços térmicos: ( ) )( 211 TTdxdzhdy TTkdxdz TCN −=− (19) ( ) dy TTkdxdzTTdxdzh STC −=− 221 )( (20) Utilizando as equações (19) e (20), é possível construir um sistema a duas equações e duas incógnitas, que permite o cálculo das temperaturas superficiais, aqui representadas por T1 e T2, como uma função das temperaturas dos nós N e P. Esta solução dá: ( ) ( ) ( ) NTHK K HK HHKHK HKT ⎥⎥ ⎥⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢⎢ ⎢⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ++⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−++ = 1 1 1 2 2 2 1 2 1 1 ( ) ( ) ST HK HHKHK HK ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−++ + 1 2 21 2 (21) ( ) ( ) NT HK HHKHK HKT ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−++ = 1 2 21 1 2 ( ) ST HK HHK K ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+ + 1 2 2 2 (22) em que os termos K1, H e K2, são definidos por: dy dxdzkK hdxdzH dy dxdzkK S N 2 2 2 1 = = = Corpo S NN N NE NW T1 T2 S SE SW SS interface Corpo N Fig. 3: Típica malha de interface num caso 2D. A discretização de uma frente de avanço assume uma discretização particular [2-6], apresenta um exemplo de aplicação da frente de avanço numa situação com transferência de calor a 3D. Para a resolução do sistema de equações que resulta da discretização, é recomendável o recurso ao SIP [7], por se tratar de um processo iterativo, que requer menos esforço computacional que outros métodos alternativos. MÉTODOS NUMÉRICOS NA DINÂMICA DE SISTEMAS MECÂNICOS Na sua definição mais genérica, um sistema multicorpo é um conjunto de corpos rígidos e/ou flexíveis constrangidos por juntas cinemáticas e solicitados por forças e momentos. As forças e momentos aplicados sobre o sistema podem resultar de forças geradas em molas, amortecedores e actuadores, ou ainda de um conjunto de forças exteriores, tais como as forças gravíticas, as forças de contacto/impacto, as forças atrito, entre outras. Os sistemas mecânicos de corpos múltiplos resultam, em geral, da associação de subsistemas estruturais e mecânicos com o objectivo de transmitir movimento [8]. A figura 4 ilustra esquematicamente um sistema multicorpo genérico. Fig. 4: Representação esquemática de um sistema multicorpo genérico. A configuração de um sistema multicorpo é definida por um conjunto de variáveis, designadas coordenadas generalizadas, que definem a localização e orientação de cada corpo. Independentemente do sistema mecânico a modelar, é necessário descrever, de forma sistemática e eficiente, as suas equações do movimento. Os tipos de coordenadas mais correntemente utilizadas na dinâmica de sistemas de corpos múltiplos são as coordenadas lagrangeanas e as coordenadas cartesianas. As primeiras possibilitam a localização dos corpos relativamente a um sistema de eixos móvel, enquanto que as coordenadas cartesianas definem a posição de cada corpo relativamente a um sistema de eixos global e fixo [8].Se a configuração do sistema for descrito por n coordenadas cartesianas q, então os m constrangimentos cinemáticos independentes Φ podem ser escritos como, 0q =Φ )t,( (23) Derivando uma e outra vez a equação dos constrangimentos de posição resultam as equações cinemáticas das velocidades e das acelerações, respectivamente, υ=Φ qq & (24) γ=Φ qq && (25) em que Φq é a matriz jacobiana dos constrangimentos, υ é o lado direito da equação das velocidades, que contém as derivadas parciais dos constrangimentos em ordem ao tempo, γ é o lado direito da equação das acelerações, que contém os termos que são exclusivamente função das velocidades, posições ou tempo. As equações do movimento de translação e de rotação de um sistema de corpos rígidos e constrangidos pode ser escrita na forma [8], )(cggqM +=&& (26) onde M é a matriz de massas global do sistema, contendo as massas e os momentos mássicos de inércia, q&& é o vector das acelerações, g é o vector de forças generalizadas, e g(c) é o vector que contém as forças de reacção das juntas cinemáticas. As forças de reacção de uma junta cinemática podem ser expressas em função da matriz jacobiana como [8], λΦ−= T)( qcg (27) em que λ é o vector dos multiplicadores de Lagrange associados aos constrangimentos cinemáticos. Substituindo a equação (27) em (26) resulta em, gqM q =λΦ+ T&& (28) As equações (25) e (28) conjuntamente representam as equações que devem ser resolvidas de forma a obter o movimento de um sistema de corpos rígidos constrangidos. Na análise dinâmica, a solução do movimento do sistema é obtida considerando simultaneamente as equações dos constrangimentos de aceleração e as equações do movimento, e ainda um conjunto de condição iniciais. Assim, as equações (25) e (28) formam um conjunto de equações algebro-diferenciais que devem ser resolvidas em ordem às acelerações e aos multiplicadores de Lagrange. Este sistema é dado por, ⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧ γ=⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧ λ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ Φ Φ gqM q q && 0 T (29) Em cada passo de integração, as acelerações q&& , conjuntamente com as velocidades q& , são integradas de modo a obter as novas velocidades e posições do sistema no instante seguinte. Este procedimento é repetido até se obter a descrição completa do movimento global do sistema. Durante este processo, admite-se que a matriz jacobiana é não-singular e bem condicionada. A integração numérica do sistema dado pelas equações (29) é levado a cabo utilizando um algoritmo do tipo predictor-corrector de ordem e passo variável, juntamente com um esquema de estabilização da violação dos constrangimentos. COMENTÁRIOS FINAIS Neste trabalho foram apresentadas duas metodologias genéricas correntemente utilizadas em Engenharia Mecânica e que requerem o recurso a métodos numéricos. Uma das metodologias é aplicada a fenómenos de transferência de calor, ao passo que a segunda foi dedicada a formulação das equações do movimento de sistema mecânicos. O principal propósito deste trabalho foi o de evidenciar a necessidade e utilização dos métodos numéricos na prática da Engenharia Mecânica, quer na vertente científica, quer na vertente académica. A eficiência computacional das metodologias apresentadas neste artigo será demonstrada através de simulações numéricas específicas. REFERÊNCIAS 1. Lobarinhas, P.A.M. (2003), “Estudo e Modelação do Arrefecimento de Extrudidos em Calibradores”, PhD thesis. 2. Hirt, C.W.; Nichols, B.D. (1981), “Volume of Fluid (VOF) Method for the Dynamics of Free Boundaries”, Journal of Computational Physics, 201-225. 3. Ferziger, J.H. e Peric, M. (2000), “Computational Methods for Fluid Dynamics”, Springer, New York. 4. Patankar, Suhas V. (1980), “Numerical Heart Transfer and Fluid Flow”, McGraw-Hill, New York. 5. Veersteeg, H.K., Malalasekera, W. (1995) “An Introdution to Computational Fluid Dynamics – The Finite Volume Method”, Longman Group, London. 6. Lobarinhas, P.A.M.; Teixeira, J.C.; Teixeira, S.F.T. (2006), “A Numerical Study of the Thermal Behavior of Calibrators for Polymer Extrusion”, Proceedings of IMECE06, 2006 ASME International Mechanical Engineering Congress and Exposition, November 5-10, Chicago, Illinois, USA. 7. Stone, H.L. (1968) “Iterative Solution of Implicit Approximations of Multidimensional Partial Differential Equations”, SIAM Journal Numerical Analysis, 5, 530-558. 8. Nikravesh, P.E. (1988), Computer-Aided Analysis of Mechanical Systems, Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New Jersey, 1988. View publication statsView publication stats
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