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DIREITO DAS COISAS PROFESSOR: DENIS DE SOUZA LUIZ www.denis-souza.blogspot.com.br DIREITO DAS COISAS Trata-se de um direito real completo, definido no art. 1.228 do CC, e compreensivo das faculdades reais de usar, gozar, dispor e reinvindicar a coisa, segundo a sua função social. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. CONCEITO DE PROPRIEDADE DIREITO DAS COISAS CONCEITO DE PROPRIEDADE DIREITO DAS COISAS AÇÃO REIVINDICATÓRIA O proprietário tem o poder de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente a possua ou detenha. É a ação reivindicatória, tutela específica da propriedade, que possui fundamento no direito de seqüela. A ação de imissão de posse, por exemplo, tem natureza reivindicatória. DIREITO DAS COISAS São ações distintas; A reivindicatória cuida de domínio e posse que se perderam por ato injusto de outrem; Na imissão, o proprietário quer a posse que nunca teve; não perdeu o domínio. IMISSÃO DE POSSE X REIVINDICATÓRIA DIREITO DAS COISAS PRESSUPOSTOS DA AÇÃO REIVINDICATÓRIA A individuação da coisa, com a descrição atualizada do bem, seus limites e confrontações. 1 A titularidade do domínio, pelo autor, da área reivindicada, que deve ser devidamente provada. 2 A posse ilegítima do réu. 3 DIREITO DAS COISAS AÇÃO REIVINDICATÓRIA É imprescritível, uma vez que a sua pretensão versa sobre o domínio, que é perpétuo, somente se extinguindo nos casos previstos em lei (usucapião, desapropriação etc.). Embora imprescritível, a reivindicatória pode esbarrar na usucapião, matéria que pode ser alegada pelo réu em sua defesa (v. Súmula 237 do STF). Acolhida a alegação de usucapião, a sentença afastará a pretensão do reivindicante, mas não produzirá efeitos erga omnes. Para tanto, é necessária a propositura de ação de usucapião, com citação de todos os interessados. DIREITO DAS COISAS «O usucapião pode ser argüido em defesa.» Súmula 237 do STF). AÇÃO REIVINDICATÓRIA Objeto: Podem ser objeto da ação reivindicatória todos os bens objeto da propriedade, ou seja, coisas corpóreas que se acham no comércio, sejam móveis ou imóveis, singulares ou coletivas, singulares ou compostas, mesmo as universalidades de fato. Legitimidade ativa: é do proprietário, seja a propriedade plena ou limitada, irrevogável ou resolúvel. Quando se tratar de ação real imobiliária, há necessidade de outorga uxória para o seu ajuizamento, bem como a citação de ambos os cônjuges se o réu for casado (CPC, art. 10). Legitimidade passiva: a ação deve ser movida contra quem está na posse ou detém a coisa, sem titulo ou causa jurídica. A boa-fé do possuidor não impede a propositura da reivindicatória. Aquele que detém a coisa em nome de terceiro deve suscitar a ilegitimidade de parte em preliminar de contestação. DIREITO DAS COISAS FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE DIREITO DAS COISAS EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE Propriedade móvel Recai sobre a coisa por inteiro, delimitada espacialmente pelos próprios limites materiais da coisa. Propriedade imóvel (arts. 1.229 e 1.230, CC) Abrange o solo e o subsolo, em altura e profundidade úteis ao proprietário. Não se incluem as jazidas, minas, recursos minerais, energia hidráulica e monumentos arqueológicos (propriedade da União). 1 2 DIREITO DAS COISAS RESTRIÇÕES (DELIMITAÇÕES) LEGAIS DE INTERESSE PARTICULAR E PÚBLICO Direito à propriedade não é absoluto. São várias as restrições, impostas pela Constituição Federal, pelo Código de Mineração, Florestal, Lei de Proteção ao Meio Ambiente etc. Há ainda limitações que decorrem dos direitos de vizinhança e de cláusulas impostas voluntariamente nas liberalidades, como inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade. DIREITO DAS COISAS LIMITAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO SERVIDÃO ADMINISTRATIVA EXEMPLOS Art. 176, CF/88. PROPRIEDADE DA UNIÃO DAS JAZIDAS E RECURSOS MINERAIS E OS POTENCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA. TOMBAMENTO Art. 5º, XXIV, CF/88 DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE OU NECESSIDADE PÚBLICA OU POR INTERESSE SOCIAL Art. 1º, Código Florestal FLORESTAS COMO BENS DE INTERESSE COMUM Art. 5º, XXV, CF REQUISIÇÃO DE BENS PARTICULARES. DIREITO DAS COISAS DIREITO DE VIZINHANÇA Controle e vedação do uso anormal da propriedade (arts.1.277 a 1.281, CC) Propriedade das árvores limítrofes e seus frutos (arts. 1.282 a 1.284, CC) Criação de passagem forçada (art. 1.285, CC) Servidão para passagem de cabos e tubulações (arts. 1.286 e 1.287, CC) Águas (arts. 1.288 a 1.296, CC) Estabelecer limites entre prédios e regular o direito de tapagem (arts. 1.297 e 1.298, CC) LIMITAÇÕES DE INTERESSE PRIVADO Regulamentar o direito de construir (arts. 1.299 a 1.313, CC). Outras limitações dispostas no Código e na legislação esparsa: Autonomia da vontade = Ex: cláusulas de inalienabilidade e incomunicabilidade. DIREITO DAS COISAS
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