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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, ENSINO TÉCNICO E PROFISSIONALIZANTE

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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: ENSINO TÉCNICO E PROFISSIONALIZANTE
EDUCATIONAL EVALUATION: TEACHING AND PROFESSIONAL
SILVA, Diego
Graduando em Licenciatura Plena em Química – IFMA
FREITAS, Eduardo
Graduando em Licenciatura Plena em Química – IFMA
GODOY, Marcelo
Graduando em Licenciatura Plena em Química – IFMA
PEREIRA, Mauricio
Graduando em Licenciatura Plena em Química – IFMA
PINA, Mazio
Graduando em Licenciatura Plena em Química – IFMA
LIMA, Teone
Graduando em Licenciatura Plena em Química – IFMA
Resumo: Estabelecendo como ponto de partida as transformações técnico-científicas e os fenômenos decorrentes do desenvolvimento do modo de produção capitalista como responsáveis pelo desencadeamento de desafios a serem enfrentados pela educação brasileira, em especial a educação profissionalizante, este artigo propõe-se a aprofundar a análise de alguns referenciais e mecanismos de avaliação nas escolas de ensino técnico e profissionalizante como também refletir sobre a avaliação da aprendizagem na educação profissional partindo-se da prática dos docentes que atuam nesse segmento. Tais considerações implicam a articulação e a desarticulação da formação geral e formação específica, tendo em vista as novas demandas por qualificação profissional.
Palavras-chave: educação e trabalho, ensino técnico profissionalizante, transformações no trabalho.
Abstract: Establishing as a starting point the technical-scientific transformations and the phenomena arising from the development of the capitalist mode of production as responsible for the challenge of challenges to be faced by Brazilian education, especially vocational education, this article proposes to deepen the analysis of Some references and evaluation mechanisms in technical and vocational education schools, as well as to reflect on the evaluation of learning in professional education, starting from the practice of the teachers who work in this segment. Such considerations imply the articulation and the disarticulation of the general formation and specific formation, in view of the new demands by professional qualification.
Key-words: Education and work, technical vocational training, changes in work.
INTRODUÇÃO
O ensino técnico e profissionalizante no Brasil esteve, ao longo da história, marcado pela necessidade de preparar o aluno para o mercado de trabalho, em outros termos, focado no exercício de uma profissão que atendesse às demandas nacionais. É forçoso reconhecer que a legislação tem exercido um papel marcante no cenário educacional profissionalizante brasileiro, seja no sentido de promover reformas ou de provocar desorganização no sistema educacional, motivada pelo desenvolvimento econômico e por mudanças profundas que ocorrem na sociedade, nas relações de produção, na tecnologia e nos meios de comunicação que modificam constantemente o mundo do trabalho, tornando-o cada vez menos previsível. As competências exigidas de um trabalhador são renovadas de modo periódico e, consequentemente, motivam uma reorganização constante do sistema educacional para atender às demandas.
As propostas educativas e a qualidade do ensino nos anos de 1990 assumiram uma conotação nova, ao se relacionar a proposta neoconservadora que inclui a qualidade da formação do trabalhador como exigência do mercado competitivo em época de globalização econômica. Atualmente, as instituições educacionais brasileiras que atuam nesta modalidade de ensino enfrentam grandes desafios para formar um perfil profissional capaz de responder às características específicas impostas pelas grandes transformações na prática social do trabalho. Não sendo possível, neste contexto, olhar a educação profissional como simples instrumento de política assistencialista ou linear ajustamento às demandas do mercado de trabalho, mas sim como importante estratégia para que os cidadãos tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade. Impõe-se a superação do enfoque tradicional da formação profissional e seu caráter discriminatório, baseado apenas na preparação para execução de um determinado conjunto de tarefas. 
No que compete a educação, o prejuízo representado pelo grande atraso do Brasil nessa área já era significativo. No mundo empresarial, escassez de mão de obra qualificada e implicações para a competitividade passaram a assumir maior dimensão. Mas o fator educacional já se tornara, no Brasil, crucial dimensão básica que - além de contribuir para ampliar e consolidar pobreza e desigualdade social - impõe limites a políticas de qualificação profissional, e afeta negativamente a produtividade do trabalho e a competitividade da economia. De fato, o respeito à correlação direta entre qualificação profissional e produtividade [do trabalho] tem como pressuposto básico um bom sistema educacional e, portanto, educação de boa qualidade. E, se um propósito-chave de um país é se desenvolver de forma sustentada e concorrer satisfatoriamente em um mundo competitivo, a experiência brasileira, em termos de educação (e qualificação profissional), tem sido desviante do padrão consolidado em nações comparáveis ao Brasil.
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR NAS ESCOLAS DE FORMAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONALIZANTE
A reordenação sociopolítica e econômica que está ocorrendo no país e as demandas tecnológicas repercutem no mercado de trabalho provocando uma (re)organização na educação profissional. Atualmente os jovens precisam ingressar no mundo do trabalho, não só com conhecimentos técnicos adquiridos, mas com outras competências como saber trabalhar em equipe; ser capaz de tomar iniciativas; e contribuir através da sua atividade profissional com as transformações sociais.
E como avaliar o aluno do nível técnico? Para a educação profissionalizante, a avaliação é singular pela necessidade de atender aos pressupostos básicos educacionais pautadas na inter e transdisciplinaridade relacionando teoria e prática. Portanto, a avaliação da aprendizagem se constitui, nesse segmento educacional numa prática bastante complexa e fundamental na formação desse novo profissional.
Partindo-se dessa nova realidade educacional e profissional buscamos compreender a visão dos docentes do ensino profissionalizante, na forma subsequente que se destina a quem já tenha concluído o ensino médio, conforme determina o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sobre a avaliação no processo de ensino-aprendizagem desses futuros técnicos, já que o “novo” perfil do jovem trabalhador deve contemplar não somente aspectos relacionados a uma educação propedêutica que valoriza o método tradicional de avaliar.
Do modo como está ocorrendo o ato de avaliar não está proporcionando uma reflexão sobre a prática pedagógica, pois as condições de ensino permanecem inalteradas. Tendo apenas uma função classificatória, a avaliação não permite o avanço e o crescimento do aluno e do processo de ensino-aprendizagem. Ao contrário se a avalição tivesse a função de diagnóstico, como diz Luckesi (1984) ela poderia ser educacionalmente mais relevante.
Para a educação profissional a avalição não deve ser diferente do que se espera para outras modalidades, a sua singularidade está nas formas de execução, nos métodos de aplicação já que há uma diversidade maior de situações que requerem observação do desempenho do aluno, pois nesse segmento envolve-se a relação teoria e prática.
A avalição para os alunos do ensino profissionalizante dirá mais do que uma nota ou conceito, se ele foi aprovado ou reprovado, mas precisará ser vista como processo preparatório para o ingresso no mundo do trabalho onde além dos conteúdos, esse futuro profissional deverá dominar também aspectos psicoprofissionais pertinentes ao mercado de trabalho.
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Para a realização desse trabalho foi utilizado como metodologia a pesquisa de campo que proporcionou a investigação de dados através de coleta de dados diretamente com um professor. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa porque foi trabalhado a compreensãode conceitos e subjetividade dos entrevistados.
 Espaço da pesquisa
A pesquisa foi realizada no SENAI, R. Alzino Pereira de Oliveira, s/n - Vila Bom Jardim, Açailândia – MA e no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Açailândia, R. Projetada, s/n - Vila Progresso II, Açailândia – MA.
Participantes do Estudo
Para este estudo foi entrevistado um docente de cada instituição, selecionados de forma aleatória, sendo que atuam em cursos técnicos e profissionalizantes.
Instrumento de coleta de dados
Inicialmente, foi esclarecido o objetivo da pesquisa e entregue o instrumental que continha as perguntas para coleta dos dados a serem analisados posteriormente. Os entrevistados tiveram total disponibilidade e privacidade para responder as questões levantadas de acordo com o entendimento individual.
ANALISE E DISCUSSÃO DE DADOS
A análise das respostas obtidas foi organizada por itens baseados no roteiro da entrevista semi-orientada aplicada. Em relação ao tema, “como você compreende a avaliação de aprendizagem escolar?”, os resultados obtidos foram: 
A avaliação de aprendizagem escolar é um processo que realiza de forma continua, cumulativa e sistemática no ambiente educacional. Tem como objetivo identificar, diagnosticar os pontos fracos, fortes dos discentes e desta forma observar se realmente os objetivos propostos no plano de aula estão sendo alcançados. 
A avaliação de aprendizagem objetiva verificar se o aluno, possui um cabedal de conhecimentos específicos mínimos de uma determinada disciplina, gera informações qualitativas e quantitativas, em relação a desempenho do aluno diante da proposta de ensino estabelecida pelo docente. Vale ressaltar que é um processo que carrega consigo grande subjetividade, sendo desta forma, um paradigma que gera divergências e sempre deve ser objeto de estudo.
Segundo Luckesi, avaliar é um ato pelo qual, através de uma disposição acolhedora, qualificamos algo (um objeto, ação ou pessoa), tendo em vista, de alguma forma, tomar uma decisão sobre ela. Ressalta-se, contudo, que os educadores, agindo de forma inconsciente, acreditam que avaliam seus alunos, mas na verdade examinam os alunos, agindo como forma de controle disciplinar.
Em relação à questão, “De que forma as avaliações propostas pelos sistema educacional influenciam no processo de avaliação de aprendizagem?”, os entrevistados deram as seguintes respostas: 
Infelizmente as escolas hoje se comportam como grandes empresas, com metas, objetivos e conceitos a serem alcançados. Um ambiente educacional é muito heterogêneo e variado. As avaliações propostas pelo ENEM, SAEB, Prova Brasil, não levam em consideração as sazonalidades de um país tão grande e desigual.
Os mecanismos oficiais de avaliação, são fruto de estudos teóricos profundos, e fazem parte de uma mudança importante de rumo no sistema educacional brasileiro, portanto, carregam consigo os mesmos conceitos que norteiam as alterações no que se refere à atual concepção dos objetivos da educação básica. Desta forma, devem ser levadas em consideração quando no momento da avaliação de aprendizagem, sobretudo na educação básica, não porque em alguns casos servem como processo de seleção, mas pelo fato de tratarem a educação de forma contextualizada, voltada para aplicações cotidianas, ou seja, compreendem que o processo educacional deve ser pautado na aprendizagem significativa.
Na pergunta, “Quais os principais instrumentos e critérios de avaliação utilizados em sua disciplina?”, as respostas foram: 
Faço uso de vários critérios de avaliação em sala de aula, os que mais se destacam é o somativo, cumulativo e diagnostica. O somativo pois o sistema educacional proposto pelo instituto em que trabalho exige atribuição de notas e conceitos. O cumulativo pois acompanho os alunos no desenvolvimento do conhecimento diariamente. O diagnóstico pois faço a sondagem do que ainda não foi aprendido pelo aluno, desta forma planejo novas estratégias de ensino.
Todas as avaliações são qualitativas, sejam provas escritas, seminários ou aulas simuladas. Compreendo que qualquer que seja o mecanismo utilizado pelo professor, este deve verificar o quanto do mínimo de conceitos formais o aluno consegue aplicar em seu cotidiano, o quanto da disciplina o educando conseguiu agregar no seu processo de construção cidadã.
De acordo com Luckesi, avaliação é diagnóstico e um ato de parceria entre o educador e educando, visando auxiliar na construção da sua aprendizagem. Entretanto, chegar ao diagnóstico é uma parte do ato de avaliar e, diagnóstico sem tomada de decisão é um curso de ação avaliativa que não se completou.
Na pergunta, “Qual a participação da gestão/coordenação pedagógica no processo de avaliação escolar?”, as respostas foram: 
A participação da coordenação pedagógica no processo de avaliação é continua. 
Fomentar a discussão sobre os mecanismos mais modernos e eficientes para a verificação de aprendizagem e, fornecer os subsídios necessários para que o processo transcorra de forma eficiente.
De acordo com Luckesi, num processo de avaliação, o que existe é uma ação contínua de orientação e reorientação da aprendizagem, para obter-se o melhor resultado possível, acompanha- se construtivamente o aluno em seu desenvolvimento da aprendizagem, ou seja, o aluno é parte integrante e ativa neste processo.
E por fim, na pergunta, “De que forma as famílias têm participado do processo de avaliação da aprendizagem escolar?” as respostas foram: 
Infelizmente as escolas técnicas não tem um plano claro quanto a participação da família no processo de avaliação sendo assim não há participação. 
A educação escolar, é apenas uma parte de todo o processo de construção de um cidadão com instrução suficiente para exercer sua cidadania. Desta forma, a participação familiar deve se dar de forma ativa e permanente, fornecendo condições físicas e um ambiente saudável, para que o processo de ensino-aprendizagem transcorra de forma harmoniosa. Quando um aluno é avaliado, todos os aspectos supracitados, também são colocados sob investigação, caso haja lacunas na aplicação de conceitos, é importante que a família, bem como a escola, avaliem os resultados e montem estratégias para melhorá-lo.
É importante papel da família no desempenho escolar dos filhos, e ainda concluindo que há uma relação interdependente entre as condições sociais da origem das famílias e a maneira que se relacionam com as escolas, além do fato de que, transformações visíveis pelas quais passam ultimamente, tanto as escolas quanto às famílias, naquilo que diz respeito às suas estruturas e dinâmicas internas, são reveladores de uma tendência crescente de conexão entre os territórios: família e escola. (Nogueira, Romanelli, e Zago, 2000, p.11).
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aluno do ensino profissionalizante precisa ser preparado e avaliado para uma atuação crítica e eficaz no contexto social, com noções de ética e cidadania tanto quanto com as noções de sua profissão.
A avaliação para os alunos do ensino profissionalizante será mais do que uma nota ou conceito que julgue se ele foi aprovado ou reprovado, a mesma precisará ser vista como mais um instrumento dentro do processo preparatório para o ingresso desse futuro profissional no mundo do trabalho.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
JOSÉ, Geraldo Sant´Anna. Problematização e Avaliação da Aprendizagem na Educação Profissional: Metodologias Ativas no Ensino-aprendizagem. São Paulo: Novas Edições Acadêmicas, 119 p. 2017.
 HOFFMAN, Jussara 1951. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 44 ed. Porto Alegre, RS: Mediação 2014. 
HOFFMAN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho/ Jussara Hoffman. 15 ed. Porto Alegre: Mediação 2014. 160 p.

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