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Resumo sobre o Capítulo 11 – Aprendizagem de Procedimentos - Livro Aprendizes e Mestres

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Resumo sobre o Capítulo 11 – Aprendizagem de Procedimentos – do livro 
Aprendizes e Mestres 
 
Aluno: Felipe Sachet da Silveira Turma: 347 
 
“A aquisição de técnicas” 
 As teorias implícitas de muitos mestres sobre a aprendizagem assumem que uma vez 
explicada alguma coisa não há mais obstáculos para sua aprendizagem do que a vontade ou o 
esforço do aprendiz. 
 Em muitos ambitos, a educação e a formação explicam o que se deve fazer mas não 
ensinam como fazê-lo. Os aprendizes queixam-se de que a formação é muito teórica e pouco 
prática. Os mestres, de que os aprendizes não sabem aplicar o que, tão claramente, lhe é 
explicado. Entre o saber dizer e o saber fazer há um salto que não podemos deixar que o 
aprendiz dê sozinho. 
“Do "saber dizer" ao "saber fazer"” 
 Os procedimentos costumam ser concebidos como "um conjunto de ações ordenadas, 
orientada para a realização de uma meta". 
 Os procedimentos se diferenciam do conhecimento verbal em que implicam saber fazer 
algo, não apenas dizê-lo ou compreendê-lo. Por sua vez, se diferenciam de outras formas de 
saber fazer, como os comportamentos ou as habilidades sociais em sua maior complexidade, 
já que consistem em sequências integradas de ações que vão requerer condições práticas 
mais exigentes para sua aprendizagem, tanto em quantidade de prática como na organização 
da mesma. 
 No entanto, dizer algo e fazê-lo pertence a dois âmbitos diferentes do conhecimento e 
da aprendizagem, não necessariamente ligadas entre si. 
“Treinamento técnico” 
 A aquisição de técnicas ou habilidades sejam motoras, cognitivas ou uma mistura 
explosiva de ambas se baseiam numa aprendizagem associativa, reprodutiva. Com certas 
variantes pode se identificar tipicamente três fases principais na aquisição de uma técnica ou 
habilidade 
 1ª - Apresentação de algumas instruções verbais ou através de um modelo; 
 2ª - Prática ou exercício, por parte do aluno, das técnicas apresentadas até sua 
automatização; 
 3ª - Aperfeiçoamento e transferência das técnicas aprendidas para novas 
tarefas. 
 Algumas habilidades complexas motoras ou intelectuais só podem ser aprendidas com 
o apoio de um modelo. 
 
“Quando a técnica não basta: Compreendendo o que se faz” 
 Por pouco que as condições de aplicação da técnica variem, repetir uma rotina 
automatizada pode ser insuficiente para aplicá-la a uma nova situação, já que apenas nos dará 
pistas de qual é o erro cometido ou a possível solução. 
 Em geral, quanto mais mudarem as condições em que é preciso aplicar as técnicas 
adquiridas, mais necessário será ir além do treinamento técnico e proporcionar aos aprendizes 
uma compreensão de quando, como e porque utilizar essas técnicas e não outras, quer dizer, o 
conhecimento condicional das condições de uso das técnicas. 
“Aprendizagem de Estratégias” 
 Ao contrário das técnicas, as estratégias são procedimentos que se aplicam de modo 
controlado, dentro de um plano projetado deliberadamente com o fim de conseguir uma meta 
fixada. 
“Para além da técnica: Utilizando os procedimentos como estratégias” 
 O uso estratégico de procedimentos se diferencia de sua mera execução técnica em 
várias características fundamentais. 
 O aprendiz deve compreender o que está fazendo e por que o está fazendo, o que por 
sua vez exigirá uma reflexão consciente, um metaconhecimento, sobre os procedimentos 
empregados. Dar início a uma estratégia exige o domínio de técnicas mais simples. 
 De modo sintético, as fases de aplicação de uma estratégia seriam as seguintes: 
 1ª - Fixar o objetivo ou a meta da estratégia; 
 2ª - Selecionar uma estratégia ou curso de ação para alcançar esse objetivo a 
partir dos recursos disponíveis; 
 3ª - Aplicar a estratégia, executando as técnicas que a compõe e 
 4ª - Avaliar a realização dos objetivos fixados após a aplicação da estratégia; 
“Fases da aquisição de estratégias: de jogador a treinador” 
 A sequência da construção do conhecimento procedimental, embora não deva ser 
tomada como algo rígido ou inflexível, já que as fases mencionadas possivelmente se 
sobrepõem e se reconstroem umas sobre as outras, proporciona orientações úteis para a 
formação estratégica dos aprendizes nas mais diversas áreas. Um aprendiz estratégico, que 
saiba controlar e dirigir seus próprios processos de aprendizagem, estará em vantagem para 
aprender toda a incerta bagagem de saberes e comportamentos com que se deparará no 
imprevisível futuro. As estratégias de aprendizagem merecem um lugar específico nos 
processos de formação dos aprendizes. 
“Aprendizagem de estratégias de aprendizagem” 
 Mudar a cultura da aprendizagem, tal como exigem os novos produtos culturais que os 
aprendizes devem adquirir na integração de uma informação massiva e desordenada, na 
manutenção de uma aprendizagem continua e diversificada e na assunção de um 
conhecimento requer a criação e a consolidação de novas formas de aprendizagem, 
direcionadas mais para construir reflexivamente o conhecimento do que para associar ou 
reproduzir conhecimentos já elaborados. A nova cultura da aprendizagem requer dos 
aprendizes cada vez mais a construção ou a reconstrução dos saberes recebidos, em vez de 
serem ávidos consumidores de verdades absolutas. 
“Tipos de estratégias de aprendizagem” 
 As estratégias mais simples, de repetição, se apoiariam numa aprendizagem 
associativa e serviriam para reproduzir mais eficazmente um material, normalmente informação 
verbal ou técnicas rotineiras. 
 A elaboração complexa de um material implica que se confira a ele uma estrutura 
alheia, mas cujo significado acaba por penetrar no próprio material. 
 Mas a forma mais direta de proporcionar significado a um material é utilizar estratégias 
de organização, que criem estruturas conceituais a partir das quais se construam essas 
relações de significados. 
 Outro tipo de procedimento necessário para aprender será a interpretação da 
informação, que consistiria em traduzir a informação recebida num código ou formato para 
outro formato distinto, mas também interpretar situações a partir de modelos ou metáforas, 
como nas estratégias de elaboração complexa. 
“Aprendendo a aprender: mestres estratégicos para aprendizes estratégicos” 
 À aprendizagem das estratégias de aprendizagem se aplicam os mesmos princípios e 
fases do treinamento estratégico em geral. 
 Enfim, a mudança nas estratégias de aprendizagem não é só uma questão de 
treinamento procedimental. Nem mestres nem aprendizes se envolverão numa aprendizagem 
estratégica se seus modelos, implícitos ou explícitos, sobre a aprendizagem supõem que esta 
é uma tarefa linear, sempre igual a si mesma.

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