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Resumo sobre o Capítulo 10 – Aprendizagem Verbal e Conceitual - Livro Aprendizes e Mestres

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Resumo sobre o Capítulo 10 – Aprendizagem Verbal e Conceitual – do livro 
Aprendizes e Mestres 
 
Aluno: Felipe Sachet da Silveira Turma: 347 
 
“A aquisição de informação” 
 Quase todas as nossas aprendizagens, sejam mais ou menos explícitas, ou mais ou 
menos sociais, costumam implicar também a aquisição de informação, que na maior parte dos 
casos é de natureza verbal. 
 A quantidade de informação arbitrária, literal, que armazenamos em nossa memória é 
assombrosa. 
 O traço que caracteriza toda essa informação como resultado da aprendizagem, e que 
determina os processos necessários para adquiri-la, é sua natureza arbitrária, a ausência de 
relações significativas entre os elementos que a compõe. Os fatos devem ser aprendidos 
literalmente, de um modo reprodutivo. 
 Um traço característico da aprendizagem de fatos ou dados é que o aprendiz deve 
fazer uma cópia mais ou menos literal ou exata da informação proporcionada e armazená-la 
em sua memória. O caráter reprodutivo da aprendizagem de dados e fatos faz com que o 
processo fundamental seja a repetição ou revisão do material de aprendizagem. 
“A aprendizagem por repetição” 
 Adquirimos muita informação de modo implícito, por simples exposição repetida a ela. 
No entanto em muitas situações a repetição é um processo de aprendizagem explícito, uma 
estratégia que utilizamos deliberadamente com o fim de facilitar a recuperação de certa 
informação. 
 Efeitos conhecidos: 
 1º - Efeito da quantidade e da distribuição da prática, que em termos gerais 
mostram uma relação direta entre a quantidade de prática e aprendizagem. 
 2º - Efeito da quantidade de material, que obriga a incrementar a prática de 
forma exponencial, de modo que pequenos aumentos na quantidade de material requerem 
grandes incrementos da prática. 
 3º - Tempo transcorrido desde a aprendizagem, produz um esquecimento muito 
rápido para o inicio da maior parte do material, enquanto o restante se esquece mais 
lentamente. 
 4º - Efeito da posição serial, quando devemos lembrar imediatamente de uma 
lista de comprar, por exemplo, lembraremos melhor das ultimas palavras da lista (Efeito de 
recenticidade), mas quando a aprendizagem a respeito da lista é permanente tendemos a 
lembrar melhor das primeiras palavras (Efeito de primazia), já os itens intermediários são os 
que temos pior aprendizagem ou lembrança. 
 5º - Influencia do significado do material, que quando o material tem algum 
significado para o aprendiz, também será mais fácil de reproduzir literalmente. 
“Ajudando a adquirir informação para além da repetição” 
 Talvez a melhor forma de tornar mais eficaz à aprendizagem por repetição, embora 
pareça paradoxal, é reduzi-la a sua mínima expressão, utilizando-a unicamente com último 
recurso para aqueles materiais que não admitam uma aprendizagem mais significativa ou 
compreensiva. 
 Igualmente é conveniente reduzir a aprendizagem repetitiva àquela informação cuja 
condensação e automatização seja funcional para novas aprendizagens, em vez de acreditar, 
como fazem muitos professores, que "o saber não ocupa lugar" e que não fará nenhum dano 
ao aluno "saber de memória" o peso atômico de todos os elementos da tabela periódica, as 
obras complexas de Lope de Vega ou a lista completa das ex-repúblicas soviéticas. A 
informação aprendida deve se justificar em sua funcionalidade, ou, se prefere, em sua 
relevância cultural. 
 Quanto mais profunda ou significante se processa e se aprende um material, mais 
duradouros e generalizáveis serão seus resultados. 
“Aprendizagem e compreensão de conceitos” 
 A aprendizagem de conceitos se caracteriza pelos matizes qualitativos (não se trata 
tanto de se saber se o aprendiz compreende ou não, mas de "como" compreende). 
 O material de aprendizagem será mais significativo quanto mais relações o aluno 
consiga estabelecer não apenas entre os elementos que o compõe como também, e 
essencialmente, com outros conhecimentos prévios que já tenha em sua memória permanente. 
“A aprendizagem significativa” 
 A aprendizagem significativa implicará sempre tentar assimilar explicitamente os 
materiais de aprendizagem a conhecimentos prévios que em muitos casos consistem em 
teorias implícitas ou representações sociais adquiridas por processos igualmente implícitos. 
 A diferenciação progressiva seria o processo principal através do qual se produz a 
compreensão ou assimilação de uma nova árvore de conhecimentos. Consistiria em diferenciar 
dois ou mais conceitos a partir de um conhecimento prévio indiferente. 
 Compreender é uma forma mais complexa de aprender e, por tanto, mais dependente 
da cultura de aprendizagem e instrução. 
“Quando os alunos não compreendem o que aprendem” 
 Junto com a "diferenciação conceitual progressiva" de fatos e conceitos como produtos 
da aprendizagem, a aprendizagem significativa requer um planejamento explícito de atividades 
de instrução direcionadas para a compreensão. Uma instrução expositiva dirigida à 
compreensão deve constar de três fases principais: 
 1º - Cabeçalho ou introdução que cumpriria a função de ativar nos aprendizes 
um conhecimento prévio com o qual deliberadamente vai se relacionar o conteúdo principal da 
exposição. 
 2º - Uma apresentação do material de aprendizagem propriamente dito, que 
poderia adotar formatos os mais diversos. 
 3º - Consolidação da estrutura conceitual, mediante a relação explicita entre os 
conhecimentos prévios do aluno que foram ativados e a organização conceitual dos materiais 
de aprendizagem apresentados na fase anterior. 
 Essa explicitação do conhecimento, tanto antes como depois da aprendizagem, permite 
não só tomar consciência dele como também reorganizar tanto quanto seja necessário os 
ramos da árvore do conhecimento. 
“A mudança conceitual ou a reestruturação do aprendido" 
 Trata-se de uma forma de aprendizagem necessariamente pouco frequente, mas com 
efeitos transcendentais. Pra que essa reestruturação ocorra num certo domínio deve-se ter 
passado antes por outras formas mais elementares de aprendizagem para a mudança 
conceitual que, por um efeito cumulativo, tornam necessária essa reestruturação ou mudança 
conceitual radical. 
“Quando a reestruturação se torna necessária" 
 1º - Causalidade linear simples frente a sistemas em interação 
 Baseia-se num esquema casual muito simples para prever os fatos, segundo o 
qual a relação entre a causa e o efeito é linear e num só sentido. 
 2º - Relações qualitativas frente a quantificação de relações 
 Em nossa vida cotidiana, tendemos a estabelecer relações qualitativas entre os 
fatos que escassamente somos capazes de quantificar. No entanto, a ciência se caracteriza 
muitas vezes pelo uso de operações quantitativas precisas, que determinam não só a 
existência de uma relação entre os dois fatos como também em que quantidade ou grau ela 
ocorre. 
 3º - Concentrar-se na mudança frente a conservação e ao equilibro 
 É a tendência do pensamento causal cotidiano de concentrar-se na mudança 
mais do que nos estados. Na terminologia empregada pelo próprio Piaget, diríamos que nossas 
teorias implícitas se focalizam no que se transforma, mas não no que se conserva. No entanto, 
a maior parte dos conceitos científicos implica uma conservação. 
“Incentivando a mudança conceitual: do conflito ao contraste de modelos" 
 A ideia básica dos modelos de instrução baseados no conflito cognitivo é que a 
reestruturação dos conhecimentos se produzirá como consequência de submeter o aluno a um 
conflito, seja empírico ou teórico que induza o abandono desses conhecimentos em beneficio 
de uma teoria explicativa.Para isso se planeja sequencias instrucionais com o fim de dirigir ou orientar as 
respostas dos alunos para esses conflitos. 
 O tipo de mudança promovido pelo conflito depende da natureza do conflito proposto. 
Quando nos deparamos com um conflito empírico costuma ser fácil tomar consequência dele, 
embora em muitas ocasiões se resolva com simples reações de crescimento. As respostas de 
mudança conceitual radical requerem um conflito conceitual, e não apenas empírico, que dizer 
confrontar e diferenciar duas teorias ou explicações distintas em relação a um mesmo fato. 
 De acordo com Chi são necessárias três fases para alcançar a mudança conceitual: 
 1º - Aprender as propriedades da nova categoria ou estrutura conceitual 
mediante processos de aquisição, através da instrução direta. 
 2º - Aprender o significado de conceitos concretos dentro dessa categoria 
ontológica ou estrutura conceitual mediante a processos de aquisição. 
 3º - Re-atribuir um conceito a essa nova estrutura conceitual, seja 
abandonando o significado do conceito original e substituindo-o pelo novo ou permitindo que 
ambos os significados coexistam e valendo-se desses diversos significado em função do 
contexto.

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