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Fisiologia celular: Nervo e Músculo Fonte: http://i1.ytimg.com/vi/SVgdhdGYLko/0.jpg Introdução • O ser humano é formado por trilhões de células com diferentes funções; • Estas células, em geral, apresentam potenciais elétricos através das membranas; • Células nervosas e musculares são excitáveis: –Geram impulsos eletroquímicos em suas membranas; –Esses impulsos são ocasionados pela difusão de íons. • No repouso: – ↑ [K+] na face interna da membrana; – ↓ [K+] na face externa da membrana; – ↑ [Na+] na face externa da membrana; – ↓ [Na+] na face interna da membrana; – Esta diferença é provocada pela bomba de sódio e potássio – 3 Na+ para o exterior e 2 K+ para o interior e outros canais iônicos. • Potencial de repouso da membrana é de -90 mV; • Equação de Nernst usada para determinar a força eletromotriz (FEM): – FEM (mV) = ±61 log [C interna]/[C externa] Neurônio • Morfologia; • Classificação: – Aferentes ou sensitivos; – Eferentes ou motores; – Interneurônios; • A presença de mielina: – Aumenta a velocidade de propagação do impulso; – Células de schwann (SNP); – Oligodendrócitos (SNC). O potencial de ação neural • Os sinais neurais são transmitidos por meio de potenciais de ação – Variações muito rápidas dos potenciais de membrana: – Etapa de repouso: É o potencial de repouso da membrana que está polarizada; – Etapa de despolarização: Aumento da permeabilidade ao íon Na+ e aumento do potencial em direção a positividade; – Etapa de repolarização: Os canais de Na+ se fecham ocorrendo o restabelecimento dos gradientes iônicos. Os canais de Na+ são dependentes de voltagem necessitando de uma DDP mais alta do que o potencial de repouso para abrirem 1. Potencial de repouso 2. Potencial de ação A bainha de mielina permite o impulso saltatório O lipídeo presente na bainha é a esfingomielina • Limiar para o início do potencial de ação (PA): – Aumento da ordem de 15 a 30 mV no PA; – Um aumento de -90 mV para -65 mV é suficiente para desencadear um PA; • Direção da propagação – Não existe uma única direção; • O princípio do tudo ou nada; • Platô em alguns potenciais de ação: – Ocorre pela presença de: • Canais de Na+ dependentes de voltagem (Canais rápidos); • Canais de Ca+ dependentes de voltagem (Canais lentos); Contração do músculo esquelético e liso • 40% do peso corporal são formados por músculo esquelético e 10% por músculo liso; • A força da contração é originada de proteínas contráteis (Actina e Miosina); – A energia é proveniente do ATP; • No músculo esquelético, os feixes de fibras se agrupam ao acaso sendo envolvidos por uma membrana de tecido conjuntivo (epimísio): – Suas fibras são longas e delgadas (1 a 50 mm de comprimento e 10-80 µm de diâmetro); – As células são multinucleadas e revestidas por uma membrana polarizada – O sarcolema Movimento muscular • Tipos de músculos: – Músculo estriado esquelético; – Músculo liso; – Músculo cardíaco; • Estrutura do músculo estriado: – Fibra → Miofibrilas → Miofilamentos → Actina (Filamentos finos); Miosina (Filamentos grossos). – Sarcolema (membrana celular); – Troponina (interruptor) e Tropomiosina. Modelo da contração muscular • Controle da contração: – Os músculos contraem-se em resposta a estimulação nervosa; – Unidade motora: Neurônio motor + fibras musculares; • Junção mioneural – Local de encontro entre um axônio motor e uma fibra muscular; – Fissura sináptica (acetilcolina – gera uma despolarização elétrica); – Sistema T e o retículo sarcoplasmático; • Pareamento excitação contração: –O estímulo faz com que sejam liberados íons cálcio nas miofibrilas; –O cálcio se liga a troponina causando alterações conformacionais desbloqueando a tropomiosina aos filamentos de actina; – Início do ciclo liga-puxa-libera; –A energia proveniente do ATP ativa a cabeça da miosina, a qual oscila em 45° liberando uma molécula de ADP; –O ciclo pode-se repetir várias vezes até que o estímulo cesse • Energia para a contração: – Grande quantidade de ATP; – Fontes: • Fosfocreatina + ADP → ATP + Creatina; • Glicogênio e mioglobina; • Glicólise anaerobia; – Acidose lática e exaustão; • Performance muscular: – Fibras lentas (contrações lentas e contínuas): Músculo vermelho (suprimento sanguíneo adequado, alta densidade de mitocôndrias e reserva abundante de mioglobina); – Fibras rápidas: • Músculos brancos: Função anaeróbia (pobre em vasos, mitocôndrias e mioglobina); • Fibras rápidas: Suprimento adequado de sangue, mitocôndrias, mioglobina e Glicólise anaeróbia. Comparação entre o músculo esquelético (ME) e o músculo liso (ML) • Tipos de Músculo Liso: – Músculo Liso Multi-Unitário: Fibras individualizadas para receberem sinais nervosos (ex. Músculo ciliar do olho); – Músculo Liso Sincicial: Fibras agrupadas que se contraem ao mesmo tempo quando recebem sinais nervosos (ex. intestino, vias biliares). • Em relação a ligação da actina à miosina: – A fixação à actina é muito lenta no ML entre 10 a 300x mais lento que no ME; – O tempo da força de contração é maior no ML; • O ML tem reduzida atividade ATPásica que aumenta o tempo de degradação do ATP; • Energia necessária para manter a contração: – O ML gasta de 1/10 a 1/300 da energia necessária para manter a mesma tensão contrátil que o ME; • Velocidade de contração: – O ML é 30x mais lento que o ME: • O início da contração é lento e a duração é prolongada; • Mecanismo de “Tranca” do ML: – O mecanismo de tranca permite uma contração prolongada sem sofrer fadiga e com baixo custo energético. Os músculos no exercício • Força, potência e resistência dos músculos: – A força contrátil máxima é entre 3 e 4 Kg/cm2 de área de secção transversal do músculo; – A testosterona possui o efeito de aumentar a massa muscular; – A força de sustentação é cerca de 40% superior a força de contração; – A potência de contração é a quantidade total de trabalho que o músculo pode exercer por unidade de tempo: • Exemplo: 8 a 10 seg. – 7.000 Kg-m/min; 1 min 4.000 Kg-m/min; 30 min seguintes - 1.700 Kg-m/min; – Resistência – Depende do fornecimento de substâncias nutrientes para o músculo (principalmente glicogênio). Utilização de ATP e fosfocreatina como combustível e reserva energética Glicólise e produção de piruvato com consequente acidose. Utilização das mitocôndrias para fornecimento de energia Fo n te: h ttp ://red ereco rd .r7 .co m /lo n d res-2 0 1 2 /files/2 0 1 2 /0 8 /U sain B o lt_1 0 0 m _Lo n d res2 0 1 2 4 5 0 x3 0 0 .jp g Referências (Inclui imagens e tabelas): Guyton, C.A., Hall, E.J. 6ed. 2003; Curi, J., Procopio, J. 2011; Hikman, C.P. 11ed. 2004.
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