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SISTEMA NERVOSO MOTOR SOMÁTICO - CONTRAÇÃO MUSCULAR TIPOS DE MÚSCULOS CORPORAIS Os músculos esqueléticos são os únicos que se contraem somente em resposta a um sinal de um neurônio motor somático (controle sempre estimulatório). Não podem iniciar sua própria contração (não possuem automatismo) e sua contração não é influenciada por hormônios. Os músculos liso e cardíaco apresentam múltiplos níveis de controles (passíveis de estimulação e inibição), alguns tipos celulares apresentam automatismo. A atividade do músculo cardíaco e de parte da musculatura lisa está sujeita a modulação pelo sistema endócrino. BREVE REVISÃO DA ANATOMIA E HISTOLOGIA DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO (MEE) Corpo humano contém cerca de 600 músculos esqueléticos. Suas funções incluem produção de força para locomoção e respiração, suporte postural, produção de calor na exposição ao frio, homeostase metabólica (armazenamento de glicose). 1. ESTRUTURA INTERNA DO MEE Composto de células – fibras musculares, relativamente grandes, dependendo do tamanho do músculo, é uma fusão de várias células. Formam feixes – fascículos envolvidos por tecido conjuntivo, assim como o músculo como um todo e cada fibra – isoladas eletricamente uma das outras pelo endomísio. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 2. ESTRUTURA INTERNA DA FIBRA MUSCULAR ESQUELÉTICA Grande quantidade de mitocôndrias; Retículo endoplasmático bastante desenvolvido; Citoplasma preenchido por miofibrilas; Sarcolema tem invaginações que adentram de forma transversal formando os túbulos T. 2.1. Miofibrilas 2.2. Sarcômero A linha M e a desmina mantêm o alinhamento lateral das miofibrilas. Há também a distrofina. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 2.3. Miofilamentos a) Grossos (de miosina):A região flexível possui dobradiças que fazem com que a molécula de miosina possa se movimentar, tocando o filamento fino tracionando-o, “movimento de remo”. Uma molécula de miosina é formada pela cadeia pesada, cuja cabeça tem o sítio de ligação para o ATP (atividade ATPásica – alterada conforme o tipo de fibra, se vermelha, branca ou intermediária) e a actina. A ponte entre a cauda e a cabeça da cadeia pesada é as cadeias leves. b) Finos (de actina): polímeros de actina formando uma alfa-hélice – cordão de pérolas. Tropomiosina – filamentosa. Troponina – 3 subunidades, sendo que TnC tem afinidade para cálcio, TnT liga-se a tropomiosina e TnI faz com que a tropomiosina recubra todos os sítios de ligação que cada molécula de actina tem para cabeça da miosina. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Inclui o terminal axônico de um nerônio motor mais a placa motora terminal de uma fibra muscular. Placama motoral é a região especializada do sarcolema que está fazendo o contato sináptico com o NM. De modo geral, é apenas uma junção neuromuscular por fibra – sinapse tem que ser infalível, necessitando de grande quantidade de NT e receptores. 1. NEURÔNIO MOTOR (NM) 1.1. Unidade Motora: NM + todas as fibras que ele inerva. As unidades motoras são entrelaçadas. 2. ANATOMIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Receptor colinérgico nicotínico da placa motora É necessário duas moléculas de acetilcolina para que o canal seja aberto. Por ele passa tanto sódio quanto potássio, mas o gradiente eletroquímico favorece a entrada de sódio geração do potencial graduado. Na placa motora não se gera potencial de ação, pois não tem canal voltagem dependente. 3. ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar DHP – proteína voltagem dependente. Di-hidropiridina pode impedir seu funcionamento. A despolarização causa mudança conformacional nessa proteína, ligada à RyR na membrana do retículo sarcoplasmático – receptor de rianodina. DHP ativa RyR, abrindo um canal de cálcio. 4. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Competitivo ou Não-despolarizantes (antagonistas dos receptores nicotínicos) Competem com a acetilcolina pelo sítio de ligação no receptor nicotínico da placa motora d-tubocurarina, pancurônio, vecurônio, atracúrio, cis-atracúrio, rocurônio, mivacúrio. CONTRAÇÃO MUSCULAR: A TEORIA DO FILAMENTO DESLIZANTE Interação dos filamentos de actina e miosina teoria do deslizamento. A molécula de miosina possui uma cauda com a cabeça (pontes cruzadas), havendo um sítio de ligação ara o ATP. Filamentos finos de actina G e actina F, sítios ativos para a cabeça da miosina recobertos por troponina e tropomiosina. A acetilcolinesterase “termina” a sinapse, evitando uma hiperestimulação. Fármacos anticolinesterásicos processos de descurarização – pacientes “acordar” após a cirurgia. Pode causar bradicardia, então, deve-se usar junto um antagonsita da acetilcolina – “reduzir” receptor muscarínico no coração. Neostigmina + tropina. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 1. PASSOS DO CICLO CONTRAÇÃO-RELAXAMENTO Repouso PASSO 1: Exposição dos sítios de ligação da actina para a cabeça da miosina PA: libera íons cálcio da cisterna terminal do retículo sarcoplasmático; o cálcio liga-se à troponina que traciona a tropomiosina para liberar o sítio ativo da actina para a cabeça de miosina. PASSO 2: Ligação da cabeça da miosina à molécula de actina Com o sítio ativo da actina exposto, uma ponte cruzada energizada pode se ligar no local. PASSO 3: Golpe de Força (power stroke) da ponte cruzada causando o deslizamento do filamento de actina para o centro do sarcômero A ligação de miosina na actina provoca mudança na conformação das pontes cruzadas liberação de ADP e Pi. A energia química do ATP for transformada em energia mecânica na contração. Quanto mais sítios expostos na actina, mais pontes cruzadas serão feitas, uma força maior será desenvolvida. Ou seja, tudo dependente de cálcio. PASSO 4: Desligamento da ponte cruzada da molécula de actina A cabeça de miosina liga-se a uma nova molécula de ATP e desconecta-se da actina. Se não há ATP, não há desligamento enrijecimento da musculatura rigor mortis ou rigidez cadavérica. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar PASSO 5: Reenergização e reposicionamento da ponte cruzada A desconexão da ponte cruzada ativa a ATPase da cabeça da miosina. A energia liberada da hidrólise fica armazenada para ser usada no próximo ciclo. Enquanto tiver sítio livres, o ciclo se repete. PASSO 6: Transporte ativo do cálcio de volta ao retículo sarcoplasmático O cálcio é transportado ativamente de volta ao retículo pelas bombas de cálcio chamadas de SERCA – sarco/endoplasmic reticulum Ca2+ ATPase. Com a redução progressiva de cálcio do sarcoplasma, a tropomiosina volta a recobrir os sítios de ligação para a cabeça de miosina e a fibra volta ao estado de repouso. Ciclo da contração: RESUMO Obs.: Múltiplas pontes cruzadas: Acontecem sequencialmente, não ao mesmo tempo, pois seria um deslizamento muito curto em única vez.Contração isométrica: sarcômero não encurta, mas gera força. Contração isotônica: há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 2. PAPEL DO CA+2 E DO ATP CÁLCIO: Retículo sarcoplasmático. Não depende de cálcio extracelular. 1. Promove a exocitose das vesículas sinápticas contendo acetilcolina no terminal nervoso motor; 2. Expõe os sítios de ligação das moléculas de actina para a cabeça de miosina. Quanto maior a concetração de cálcio no sarcoplasma, maior o nº de sítios de ligação de actina expostos, maior o nº de pontes cuzadas, maior a força desenvolvida pelo músculo. ATP: 1. Fornece energia para o deslocamento da ponte cruzada; 2. Desconecta a cabeça da miosina da molécula de actina; 3. Fornece energia para o transporte ativo de cálcio para o retículo sarcoplasmático. 3. RIGOR MORTIS OU RIGIDEZ CADAVÉRICA: Se não há ATP, não há desligamento enrijecimento da musculatura rigor mortis ou rigidez cadavérica. 4. CONTRAÇÃO DE UNIDADES MOTORAS Unidade motora: neurônio motor + todas as fibras que ele inerva. As unidades motoras são entrelaçadas. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 4.1. Tônus Muscular Ligeira tensão contrátil em que se encontra permanentemente o músculo esquelético em situação de repouso. Descrito como a resistência sentida quando uma parte do corpo é movida passivamente. Condição de tensão ativa do músculo em repouso que se desenvolve sob o controle do SNC. Exceções: músculos antagonistas; sono REM. 4.2. Recrutamento de Unidades Motoras pelo SNC Somação espacial As unidades motoras são recrutadas conforme necessário. 4.3. Tamanho das Unidades Motoras x Fineza do Movimento Quanto maior o nº de fibras musculares inervadas (maior a unidade motora), menor a fineza do movimento; Ex: gastrocnêmio 1800; reto lateral 5. 5. CONTRAÇÃO DO MÚSCULO INTEIRO 5.1. Abalo Muscular: o tempo está entre 10 e 100 mili segundos. O período latente envolve toda sequência de eventos do acoplamento excitação-contração (desde a chegada do PA no terminal nervoso motor até a ligação do cálcio na troponina e liberação dos sítios de ligação da actina para a cabeça da miosina). Período de contração envolve a sequência de ciclos das pontes cruzadas. Sua duração depende da velocidade de hidrólise do ATP pela miosina ATPase e da intensidade da carga imposta sobre o músculo. Período de relaxamento que resulta da redução progressiva da concentração citosólica de cálcio devido ao seu bombeamento contínuo para o retículo sarcoplasmático pela SERCA. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Eventos elétricos e mecânicos da contração muscular: potenciais de ação terminal axônico (gráfico de cima) e na fibra muscular (gráfico do meio) são seguidos por um abalo muscular (gráfico ao lado). 5.2. Fatores que afetam a tensão muscular a) Somação Espacial: recrutamento de unidades motoras; maior número de fibras por unidade motora se relaciona; b) Somação Temporal: frequência de potenciais de ação nos NM. Efeito do aumento da frequência de estímulos musculares na tensão muscular desenvolvida: Efeito aditivo do aumento progressivo da concentração citosólica de cálcio. b1) Tétano não fundido (incompleto): Ainda tem alguns pontos de relaxamento do músculo, aparenta pequenos tremores. Tétano fundido (completo). b2) Fadiga de origem Muscular e Neuronal: quando o músculo é demasiadamente exigido... Possíveis causas para fadiga de origem muscular – falha da condução do PA ao longo dos túbulos T (acúmulo de potássio no LEC que preenche os túbulos T); acúmulo de ácido láctico (prejudica a miosina ATPase); Inibição do ciclo das pontes cruzadas (aumento de ADP e Pi inibe diretamente a hidrólise do ATP nas pontes cruzadas); Redução dos níveis de glicogênio. Causa para fadiga de origem neuronal – automodulação inibitória no NM reduz a liberação de Ach Ach se liga a receptores colinérgicos do tipo muscarínico que reduz sua própria liberação, causando a fadiga neuromuscular. c) Relação Comprimento x tensão do sarcômero: grau de sobreposição entre os filamentos grossos e finos. d) Diâmetro da fibra: quanto maior o diâmetro, maior o nº de mofilamentos de actina e miosina. e) Resistência à fadiga: fibras vermelhas possuem maior resistência à fadiga, enquanto fibras brancas são menos resistentes. 5.3. Tipo de contração: A força gerada pela contração muscular: TENSÃO MUSCULAR. A carga é a força que o peso de um objeto exerce sobre o músculo. São forças opostas e a magnitude delas determina se a tensão gerada vai encurtar a fibra o suficiente para produzir o movimento. Há dois tipos de contração muscular de acordo com a mobilidade dos pontos de fixação do músculo. a) Contração Isotônica: o músculo encurta (concêntrica) ou é alongado (excêntrica – responsável pelas lesões de estiramento contratura reflexa vigorosa + carga lesões graves). b) Contração Isométrica: manutenção da postura e sustentação de objetos em posição fixa. Não há alteração de comprimento do músculo. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar METABOLISMO MUSCULAR 1. FONTES DE ATP O sistema aeróbico fornece todo o ATP necessário no estado de repouso, sendo a maior parte a partir do metabolismo de gorduras. Durante os exercícios, a maior parte é advinda dos carboidratos. O ATP dos músculos vem de três sistemas bioquímicos diferentes, nesta ordem: 1.1. Sistema fosfagênio: Creatina Fosfato – via anaeróbica Não usa oxigênio, tem como resultado 1ATP por Creatina Fosfato, o fornecimento de energia tem duração de 15 segundos. 1.2. Glicólise – via anaeróbica láctica Não usa oxigênio, resulta em 2 ATP por glicose/ácido láctico, média de 30-40s de fornecimento de energia, podendo chegar no máximo de 2 minutos. 1.3. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa – via aeróbica Usa oxigênio, tem 32 ATP como produto por glicose, fornecimento de energia dura horas. 1.4. Tipos de fibras musculares esqueléticas uanto à principal fonte de ATP e velocidade de hidrólise do ATP pela miosina ATPase a) I – Contração Lenta Oxidativa – fibras vermelhas: Baixa produção de força, alta resistência à fadiga. b) IIa – Contração Rápida Oxidativa-Glicolítica – fibras intermediárias: Produção de força e resistência à fadiga moderadas. c) IIb – Contração Rápida Glicolítica – fibras brancas: Produção de força alta, resistência à fadiga baixa. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Experimento que deixou claro que o NM determina como a fibra será – transdução de sinais e fatores de transcrição envolvem-se na definição do tipo de fibra 1.5. Sequência de ativação das diferentes fibras musculares durante um movimento Cada unidade motora será sempre composta pelo mesmo tipo de fibra. A primeira recrutada será unidades motoras de fibras vermelhas, depois intermediárias e por último, fibras brancas.Por que as fibras vermelhas são acionadas primeiro? Os NM das fibras vermelhas são pequenos e das brancas, são grandes. O interneurônio espinal passa as informações aos NM e os menores atingem o limiar de despolarização porque tem um decaimento do potencial graduado menos significativo, enquanto o NM grande só será acionado mediante maiores estímulos porque o decaimento do potencial graduado é maior – “maior espaço para o potencial graduado percorrer decaindo”. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO 1. MORFOLOGIA DO MÚSCULO LISO Células pequenas, uninucleares, formato fusiforme. Duração da contração muscular é bem mais longa que nos outros tipos musculares. 2. TIPOS DE MÚSCULO LISO 1. Unitário Funciona como um sincício. Uma célula estimulada passa imediatamente a informação à célula vizinha. Músculo visceral. 2. Multiunitário Varicosidades: vesículas cheias de neurotransmissores das fibras pré ou pós-sinápticas. Outro ex.: músculo pilo eretores. Anatomia da fibra muscular lisa: as fibras musculares lisas possuem actina e miosina arranjadas de modo frouxo ao redor da periferia da célula, mantidas no lugar por corpos densos de proteína. O arranjo das fibras faz com que a células torne-se globular quando ela contrai. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 3. MECANISMO CONTRÁTIL DO MÚSCULO LISO 1. Base Química e Física Base física: acima, ver morfologia. Base química: muito mais miofilamentos finos (actina) do que no músculo esquelético. Muitos filamentos de miosina têm suas pontes cruzadas de polaridade latera, isso faz com que a miosina possa tracionar o filamento de actina em uma direção, em um dos lados, enquanto traciona, simultaneamente outro filamento de actina na direção oposta, no outro lado. O que permite ao músculo liso contrair até 80% do seu comprimento. O retículo sarcoplasmático é pouco pronunciado, sendo necessário acumulo de cálcio do meio extracelular, que é armazenado nas cavéolas, pequenas invaginações do sarcolema que concentram cálcio. Na parede das cavéolas, há trocadores sódio/cálcio e proteínas ligadas às moléculas de caveolina. O retículo sarcoplasmático situa-se em associação com as cavéolas, enquanto os corpos densos localizam-se entre elas. O próprio cálcio ativa os canais RyR tipo 2 para a saída de cálcio do retículo sarcoplasmático. A ocorrência da contração muscular depende do somatório de cálcio extra e intracelular. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 2. Ativação e Desativação das Pontes Cruzadas Abalo muscular isolado na musculatura lisa (comparar com o músculo esquelético). Não há troponina. Os sítios de ligação para miosina estão sempre expostos. MCLK – quinase da cadeia leve da miosina, ativada pela calmodulina, que por sua vez, ativa-se por ligação de 4 íons cálcio. O ATP usado pela quinase é recuperado por uma fosfatase. Relaxamento muscular. Quanto menos calmodulina ativa, menos pontes cruzadas fosforiladas. Mas somente inibir a quinase não é suficiente, a retirada do grupo fosfato precisa de uma fosfatase. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 4. MECANISMO DE TRANCA PARA MANUTENÇÃO DA CONTRAÇÃO PROLONGADA Contração por horas, sem quase gasto de energia. O ATP não se liga para desconexão e a união actina e miosina se mantém. Ex.: esfíncter. 5. PAPEL DO CA+2 E DO ATP NA CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO CÁLCIO 1. Promove a exocitose das vesículas sinápticas contendo das varicosidades das fibras pós-ganglionares autonômicas; 2. Responsável pela fase de despolarização do potencial de ação da fibra muscular lisa; 3. Induz a abertura dos canais de Raianodina 2 na membrana do retículo sarcoplasmático – Liberação de Ca+2 ativada por Ca+2; 4. Ativa a calmodulina. ATP 1. Fornece o grupamento fosfato para a fosforilação da cadeia leve da miosina (recuperado pela fosfatase); 2. Fornece energia para o deslocamento da ponte cruzada (power stroke); 3. Desconecta a cabeça da miosina da molécula de actina; 4. Fornece energia para o funcionamento da bomba de Ca+2 da membrana do retículo sarcoplasmático e do sarcoplasma e, indiretamente, para o trocador Na+/Ca+2 que funciona (transporte ativo secundário) às custas da bomba de Na+/K+; Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 6. ESTÍMULOS QUE INFLUENCIAM (+ ou -) A ATIVIDADE CONTRÁTIL DO MÚSCULO LISO 1. Atividade elétrica espontânea na membrana plasmática da fibra muscular; Podem ser canais de cálcio que conseguem abrir suas comportas mesmo quando a membrana está polarizada que mantém esses potenciais de onda lenta. Há também a possibilidade de fechamento de determinados canais de potássio. Essa oscilação é bem observada nas contrações uterinas, em que as dores são intermitentes. 2. Neurotransmissores liberados por neurônios autonômicos; Acetilcolina – agonista parassimpático, fibra pós-ganglionar, receptor muscarínico, ex: sobre a musculatura lisa do trato digestório, provoca aumento do peristaltismo e secreção glandular. Noradrenalina: efeito oposto, simpático. 3. Hormônios; Noradrenalina, adrenalina, angiotensina, ADH (vasopressina), ocitocina, serotonina. A ação sobre a musculatura lisa depende de onde tem receptores para cada um desses. Mecanismo pelos quais receptores alfa-adrenérgicos promovem vasoconstrição. Receptores alfa 1 e alfa 2: vasoconstrição por mecanismos diferentes. Músculo liso tem muito mais alfa 1. Beta 2: vasodilatação por inibição de MLCK. 4. Alterações induzidas localmente na composição química do LEC; Agentes parácrinos: histamina prostaglandinas, adenosina, NO; Acidez (aumento de gás carbônico, ácido láctico) – relaxamento de músculo liso; Queda de oxigênio – relaxamento de músculo liso; Alterações na osmolaridades e nas concentrações iônicas. 5. Estiramento da fibra muscular lisa. Ex.: bolo alimentar no intestino: aumento de peristaltismo. Cólica devido ao deslocamento de um cálculo renal, que prova distensão na musculatura lisa do ureter. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Vias elétricas e químicas que conduzem a um aumento na concentração intracelular de íon cálcio livre no músculo liso. As linhas tracejadas indicam vias do segundo mensageiro. Não estão representadas as vias pelas quais alterações localmente induzidas na composição extracelular influenciam o músculo. CONTRAÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO 1. MORFOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO Uninuclear, células bifurcadas, disco intercalar, músculo estriado com mesma organização sarcomérica que o músculo estriado esquelético. Desmossomo transfere estímulo a outra célula. Gap junction – junções comunicantes. O coração é formado por 3 tipos de fibras musculares: fibras contráteis – musculatura atrial e ventricular; fibras marcapasso – nó sinoatrial e atrioventricular; fibras condutoras – vias internodais e feixe atrioventricular (Feixe de Hiss). Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 2. CONTRAÇÃO DAS FIBRAS DO MIOCÁRDIO: TEORIA DO FILAMENTO DESLIZANTE Mesmo mecanismo do músculo esquelético, mas só cálcio do retículo sarcoplasmático é insuficiente. RS melhor desenvolvidoque do músculo liso, mas não tanto quanto do músculo esquelético. Cálcio extracelular ativa saída de cálcio do RS pelo RyR II. Não existe receptor de di-hidropiridina. A duração da contração sendo mais longa deve-se a miosina ATPase ter uma ação mais lenta, o retorno do cálcio para o LEC ou para o RS também é um processo mais lento, resultando em um relaxamento mais lento. 3. POTENCIAL DE AÇÃO DA FIBRA DO MÚSCULO VENTRICULAR E NAS FIBRAS DO NODO SINOATRIAL A fase de platô prolonga o potencial por abertura de canal lento de cálcio Potencial de ação no nó-sinoatrial: auto-excitabilidade, não mantém o potencial de repouso constante, gradativamente a negativada vai sendo perdida na fase marcapasso. Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar Carol Mota Destacar 4. AUSÊNCIA DE TÉTANO NO MIOCÁRDIO Não acontece no miocárdio a somação temporal. COMPARAÇÃO ENTRE O MÚSCULO ESQUELÉTICO, CARDÍACO E LISO Carol Mota Destacar
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