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Avaliação Quadril e Joelho

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AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL 
DO QUADRIL
É uma articulação sinovial esferoidal com 3 graus de liberdade;
Posição de repouso: 30°de flexão, 30°de abdução, ligeira rotação lateral;
Posição de aproximação máxima: extensão, rotação medial e abdução.
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL - ANATOMIA
HISTÓRIA CLÍNICA
 Qual é a idade do paciente?
 A ADM diminui com a idade.
 Displasia congênia do quadril é encontrada no lactente e no sexo feminino.
 Doença Legg-Calve-Perthes é maior em meninos de 3 e 12 anos de idade.
 Mulheres idosas são mais propensas a fraturas osteoporóticas do colo femoral.
HISTÓRIA CLÍNICA
 Se trauma esteve envolvido, qual foi o mecanismo da lesão?
 O paciente caiu sobre o lado do quadril (bursite trocanteriana) ou caiu ou bateu sobre 
o joelho, abaulando o quadril (subluxação, laceração do lábio do acetabulo). O paciente 
esteve enolvido em carregamento repetitivo (fratura por estresse do fêmur).
 Há dor? Onde? Que Tipo? É difusa? Contínua? Há irradiação da dor?
 Dor no quadril é sentida principalmente na virilha e ao longo da frente ou do lado 
medial da coxa. Podendo confundir com a raiz nervosa de L4. (Examinar a lombar).
 Dor no quadril pode refletir no joelho e nas costas.
HISTÓRIA CLÍNICA
 Existem posturas ou ações que aumentam ou diminuam a dor?
 Bursite trocanteriana muitas vezes resulta em mecânica anormal de corrida com os pés 
cruzando a linha mediana (adução aumentada), pelve larga e joelho valgo.
 Há quaisquer movimentos que o paciente sinta que são fracos ou anormais?
 Síndrome do piriforme, o nervo ciático pode ser comprimido, o músculo piriforme é 
doloroso à palpação, e a abdução e rotação lateral do quadril são fracas.
 Qual é a atividade usual ou de lazer do paciente?
 Posições repetitivas ou sustentadas pode desenvolver alguma ideia do prejuízo 
funcional sentido pelo paciente.
ANAMNESE
Sexo Idade Raça
Antecedentes 
pessoais
Ocupação Local da dor
Tipo
Crepitações e 
estalidos
Lazer
Horário de 
agravamento
Nutricional Emocional
Cirurgias Irradiação
Queixas 
pélvicas/Ginecol
ógicas
Posição ou 
momentos de 
piora
Traumas e/ou 
quedas
Histórico 
esportivo
Dores na coluna
Dores no joelho 
e/ou tornozelo
Calçados
OBSERVAÇÃO E TRIAGEM
 Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação postural 
global;
 Avaliação da Marcha;
 Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura, 
hipersensibilidade, estalido ou crepitação;
 Observar as articulações periféricas.
INSPEÇÃO
 Descalço, relaxado e roupas intimas
 Pele
 Cicatriz
 Abaulamentos
 Protuberâncias ósseas
 Pregas cutâneas
 Desvios Posturais
 Contraturas
 Hipotrofias
 Alt. Articulações adjacentes
 Marcha
PALPAÇÃO
 Durante a palpação do quadril e músculos 
associados, o fisioterapeuta deve observar 
qualquer dor à palpação, temperatura, 
espasmo muscular ou outros sinais e 
sintomas.
 Face Anterior: Crista Ilíaca, trocânter maior e 
EIAS, articulação do quadril e sínfise púbica;
 Face Posterior: Crista Ilíaca, EIPS, túber
isquiático, trocânter maior, articulações 
sacroilíacas, e lombossacrais.
MOBILIDADE DOS SEGMENTOS
 Triagem para amplitude de movimento:
 Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica 
específica;
 Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser 
realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, 
estabilização e registro das limitações.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
 Flexão do Quadril
 Ocorre no plano sagital entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do ilíaco.
 Amplitude articular com o joelho fletido: 0°-125°.
 Manter o membro oposto plano sobre a mesa para controlar a inclinação pélvica posterior;
 Evitar a movimentação lombossaccra.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
 Extensão do Quadril
 Ocorre no plano sagital.
 Amplitude Articular: 0°-10°
 O indivíduo deverá manter as EIASs planas sobre a 
mesa para se ter certeza de que o movimento irá 
ocorrer nas artic. do quadril e não nas vértebras 
lombares;
 Evitar a inclinação pélvica anterior.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
 Abdução do Quadril
 Na posição anatômica, o movimento ocorre no plano 
frontal.
 Amplitude Articular : 0°-45°
 Evitar a rotação medial ou lateral na articulação do 
quadril;
 Evitar a inclinação lateral da coluna.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
 Adução do Quadril
 Na posição teste, o movimento de adução ocorre no 
plano frontal.
 Amplitude Articular : 0°-15°
 Evitar a rotação medial do quadril;
 Evitar a inclinação lateral da coluna.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
 Rotação Medial do Quadril
 Na posição teste, o movimento de rotação medial 
ocorre no plano transversal.
 Amplitude Articular : 0°-45°
 Evitar a rotação e a inclinação lateral da pelve para o 
mesmo lado;
 Evitar que a pelve se afaste da mesa;
 Na posição sentada evitar a flexão contralateral do 
tronco;
 Evitar a adução na artic. do quadril.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
 Rotação Lateral do Quadril
 Na posição anatômica, o movimento de rotação 
medial ocorre no plano transversal.
 Amplitude Articular : 0°-45°
 Evitar a rotação da pelve para o lado oposto;
 Evitar a adução do quadril;
 Evitar a inclinação contralateral da pelve;
 Evitar a flexão ou rotação ipsilateral do tronco.
TESTES MUSCULARES MANUAIS
 Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico 
diferencial, prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e 
neuromusculares;
 A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras 
limitações articulares ou musculares (encurtamentos) impedindo ou dificultando o 
movimento.
TESTES MUSCULARES MANUAIS
 Músculo Psoas Maior e 
Ilíaco;
 Músculo Sartório;
 Músculo Glúteo Máximo;
 Músculos Glúteo Médio 
e Mínimo;
 Músculo Tensor da Fáscia 
Lata;
 Músculos Adutores 
Longo,
 Magno e Curto, Grácil e 
Pectíneo;
 Músculos Obturador 
Interno e Externo,
 Gêmeo Superior e 
Inferior,
 Quadrado Femoral e 
Piriforme.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
 Há várias escalas de graduação numérica para avaliar a função do quadril;
 A escala funcional de quadril de Harris (J. Bone Joint Surg. Am. 51:737-755, 1969) é
útil para graduar o quadril antes e depois da cirurgia (enfatiza a dor e a função);
 O teste de Palmer e Apler, 1990 (“Clinical Assessment Procedures in Physical
Therapy”) apresenta um esquema de testes da força e da resistência funcionais do
quadril.
TESTES FUNCIONAIS
Agachar-se;
Subir e descer escadas um degrau de cada vez;
Cruzar as pernas;
Subir e descer escadas 2 ou mais degraus de cada vez;
Correr reto à frente;
Correr e desacelerar;
Correr e fazer voltas;
TESTES ESPECIAIS
Sinal de 
Trendelenburg;
Discrepâncias no 
comprimento dos 
membros inferiores e 
Teste Weber-Barston;
Teste de Ely; Teste do Piriforme;
Teste de Ober; Teste de Thomas; Teste de Gaenslen;
TESTES ESPECIAIS
SINAL DE TRENDELENBURG
É encontrado em pessoas com fraqueza da 
musculatura abdutora do quadril. 
É dito positivo se, quando o quadril de um 
paciente que está de pé sustentado por 
somente uma perna, cai para o lado da perna 
levantada. A fraqueza é presente no lado da 
perna em contato com o chão.
TESTES ESPECIAIS
DISCREPÂNCIAS NO COMPRIMENTO DOS MEMBROS INFERIORES E TESTE WEBER-BARSTON
TESTES ESPECIAIS
TESTE DE ELY
Reto femoral encurtado
TESTES ESPECIAIS
TESTE DO PIRIFORME
TESTES ESPECIAIS
TESTE DE OBER
O teste de Ober é utilizado para avaliarse existe contratura ou inflamação do tensor da fáscia lata e banda iliotibial.
O paciente encontra-se deitado sobre o lado 
não envolvido com a anca e joelhos fletidos a 
90º. O examinador coloca o joelho superior 
num ângulo de 5º de flexão, e pega no 
membro inferior trazendo-o para extensão e 
abdução da anca, então, permite que a força 
da gravidade atue sobre o membro trazendo-
o o máximo possível para adução.
TESTES ESPECIAIS
TESTE DE THOMAS
Este teste é utilizado para avaliar retrações anteriores ou laterais da cápsula articular da coxofemoral ou contratura 
dos flexores de quadril.
O paciente deve deitar-se de barriga para cima, o 
examinador deve verificar se existe aumento da 
lordose lombar, que é um sinal de contratura dos flexores 
do quadril.Em seguida o examinador flexiona a 
coxofemoral contralateral, trazendo o joelho para o peito 
e pede ao paciente para o segurar. O teste é positivo 
quando a perna que ficou para baixo se eleva na maca. A 
falta de extensão completa do quadril com uma flexão do 
joelho menor que 45° indica contratura do iliopsoas. Se a 
extensão total do quadril é alcançada e se verifica uma 
extensão do joelho, indica contratura do reto femoral. Se 
for observada qualquer rotação externa do quadril pode 
indicar contratura da banda iliotibial.
TESTES ESPECIAIS
TESTE DE GAENSLEN
AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL 
DO JOELHO
PATOLOGIAS ORTOPÉDICAS NO JOELHO
Menisco Ligamentos Cartilagem
Afecções 
Patelares
Tendinites Miosites Fraturas Tumores
FATORES DE RISCO 
Prática esportiva
Atividades diárias
Idade
Excesso de peso
Trauma
Má postura
Fraqueza muscular
Encurtamento muscular
HISTÓRIA CLÍNICA
 Como ocorreu o acidente, ou qual foi o mecanismo de lesão? De que direção veio a 
força lesiva?
o Força em Valgo – Lesão L. Colateral Medial, cápsula póstero-medial, menisco medial e LCA.
o Hiperextensão – Lesão LCA e lacerações Meniscais.
o Flexão com translação Posterior – LCP.
o Força em Varo – Lesão L. Colateral Lateral.
HISTÓRIA CLÍNICA
HISTÓRIA CLÍNICA
 O que o paciente é capaz de fazer funcionalmente?
 Incapacidade ao correr, mudar de direção, girar, torcer, subir ou descer escadas?
o Resp: Instabilidade ou problemas meniscais.
 Há qualquer estalido ou houve “estalo” quando a lesão ocorreu?
o O estalo nítido pode indicar uma ruptura do LCA ou fratura osteocondral.
 A lesão ocorreu durante a aceleração, desaceleração ou quando o paciente estava se 
movendo a velocidade constante?
o Aceleração: Meniscos
o Desaceleração: Ligamentos Cuzados
o Velocidade c/ mudança de direção: LCA
HISTÓRIA CLÍNICA
 Certas posições ou atividades têm efeito aumentado ou diminuído sobre a dor?
o Relacionar com a postura, atividade, hora, etc...
 O joelho “falseia”(instabilidade no joelho)?
o Patologia meniscal, subluxação, osteocondrite sem desvio, sindrome patelofemoral.
o Ao subir e descer escada: Lesão retropatelar.
INSPEÇÃO
 Vista Anterior, em pé:
 Joelho valgo / joelho varo;
 Anormalidades patelares, como patela 
alta, patela baixa e patelas medializadas;
INSPEÇÃO
 Ângulo Q
 Homem: 12°
 Mulher:15°
PALPAÇÃO
 Palpação anterior com o joelho estendido (patela, tendão patelar, músculo 
Quadríceps, lig. colateral medial e pata de ganso, tensor da fáscia lata, trato iliotibial e 
cabeça da fíbula);
 Palpação anterior com o joelho flexionado (linha articular tibiofemural, platô tibial, 
côndilos femorais e músculos adutores);
 Palpação posterior com o joelho ligeiramente flexionado (face posterior, face póstero-
lateral póstero-medial da artic. do joelho, músculos posteriores da coxa e 
gastrocnêmio).
MOBILIDADE DOS SEGMENTOS
 Triagem para amplitude de movimento:
 Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser 
realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, 
estabilização e registro das limitações.
MOBILIDADE DOS SEGMENTOS
 MOVIMENTOS ATIVOS DO JOELHO:
 Flexão (0 a 135 graus)
 Extensão (0 a 15 graus)
 Rotação medial da tíbia sobre o fêmur (20 a 30 graus)
 Rotação lateral da tíbia sobre o fêmur (20 a 30 graus)
MOBILIDADE DOS SEGMENTOS
 MOVIMENTOS PASSIVOS DO JOELHO:
 A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das 
superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos.
o Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
o Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
o O padrão de limitação do movimento;
o A sensação final do movimento;
o O movimento das articulações associadas;
o A amplitude de movimento disponível.
MOBILIDADE DOS SEGMENTOS
 MOVIMENTOS PASSIVOS DO JOELHO:
 Flexão (aproximação tecidual)
 Extensão (estiramento tecidual)
 Rotação medial da tíbia sobre o fêmur (estiramento tecidual) * Realizada com o joelho 
a 90 graus.
 Rotação lateral da tíbia sobre o fêmur (estiramento tecidual) * Realizada com o joelho 
a 90 graus.
 Movimento patelar (estiramento tecidual – todas as direções)
GONIOMETRIA
 Flexão do Joelho
o Ocorre no plano sagital entre os côndilos do 
fêmur e da tíbia;
o Amplitude articular: 0°- 140°
 PRECAUÇÕES
o Evitar a rotação do quadril, assim como a 
extensão e qualquer flexão adicional;
o Anotar o grau de flexão do quadril, se não for 
de 90 graus;
o Manter a articulação do quadril fletida para 
evitar o estiramento do músculo reto femoral.
 Extensão do Joelho
o Corresponde ao retorno a partir de sua flexão 
e ocorre no plano sagital;
o Amplitude articular: 140°- 0°
MOVIMENTO DO JOGO ARTICULAR
 O teste para folga articular determina a integridade da cápsula;
 A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta) 
na qual a frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor.
o Deslizamento para trás da tíbia sobre o fêmur;
o Deslizamento para a frente da tíbia sobre o fêmur;
o Translação medial da tíbia sobre o fêmur;
o Translação lateral da tíbia sobre o fêmur;
o Deslocamento medial e lateral da patela;
o Depressão da patela;
o Movimento ântero-posterior da fíbula sobre a tíbia.
TESTES MUSCULARES MANUAIS
 Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico 
diferencial, prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e 
neuromusculares;
 A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras 
limitações articulares ou musculares (encurtamentos) impedindo ou dificultando o 
movimento.
TESTES MUSCULARES MANUAIS
 Músculos do Quadríceps Femoral;
 Músculos: Bíceps Femoral, Semimembranáceo, Semitendíneo;
 Musculatura Abdutora e rotadora externa do quadril;
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
“Sistema de graduação para o joelho de Cincinatti” (FR. 
Noyes, GH McGinniss & lA Mooar, Sports Med.1:287-288, 
1984). Sistema de graduação funcional para pessoas ativas;
Escala para o joelho da Knee Society ( JN De Insall, LD Dorr, 
RD Scott & WN Scott, Clin. Orthop. 248:14, 1989).
TESTES FUNCIONAIS SEQUENCIAIS PARA O JOELHO
Andar;
Subir e descer escadas;
Agachamento;
Correr na reta para frente;
Correr na reta para a frente e parar sob comando.
ESTABILIDADE LIGAMENTAR
LCA
LCP
Ligamentos 
Cruzados;
LCL
LCM
Ligamentos 
Colaterais.
ESTABILIDADE LIGAMENTAR – LIG. CRUZADOS
ESTABILIDADE LIGAMENTAR – LIG. COLATERAIS
TESTES ESPECIAIS
TESTE DE GAVETA 
ANTERIOR
TESTE DE 
GODFREY/GAVETA 
POSTERIOR
TESTE DE 
McMURRY
TESTE DE APLEY
TESTE DE 
STEINMANN;
EXAMES POR IMAGEM
 Radiografia Simples:incidências 
ântero-posterior e lateral
 Observar fraturas, espaço articular 
diminuído, lesão epifisária, osteófitos, 
corpos livres, alterações na textura 
óssea, calcificação anormal, ossificação 
ou tumores, centros acessórios de 
ossificação, deformidades, posição 
patelar e assimetria dos côndilos 
femorais.

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