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Política Ambiental no Brasil

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Política Ambiental no Brasil
A questão ambiental no Brasil nunca foi prioridade nas políticas públicas, e isso era evidente devido ao atraso na criação de normas e agências ambientais. Em 1970 ainda não havia um órgão específico para a área ambiental, apenas legislações com medidas isoladas de alguns dos recursos naturais. Apenas em 1973, após a Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente que a área ambiental passou a ter maior atenção com a criação da SEMA (Decreto nº 73.030) – Secretária Especial do Meio Ambiental. Baseado no sistema de gestão norte-americano tinha como característica um grande nível de descentralização e acentuado viés regulatório. 
Temos um marco em 1981 que é a criação da Lei nº 6.938 que instituiu os objetivos, as ações e os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente que tinha por meta mais que a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, mas também se comprometia a garantir as condições para o desenvolvimento socioeconômico aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, seguindo aos princípios que já constavam na Constituição, e deliberando outros que garantem a tutela jurídica do meio ambiente. E mais, foram criados o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente e o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Mas adiante, em 1998 as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente começam a ter sanções penais e administrativas regulamentadas pela Lei n°9.605, a Lei de Crimes Ambientais.
Mas o descaso com a questão ambiental sempre foi claro, como pudemos visualizar na década de 1970 a abertura de indústrias intensivas em emissões vindas dos países desenvolvidos, já em 2000 o caso dos derramamentos de óleo do setor petrolífero, e entre tantos outros acontecimentos que vemos nos noticiários. E as razões para se explicar esse intensivo e crescente desenvolvimento de atividades poluentes na área industrial são os atrasos na normatização das questões e agências centralizadas na área ambiental e principalmente de controle da poluição industrial, a estratégia de crescimento associada à industrialização por substituição de importações no Brasil, e por fim a tendência de especialização do setor exportador em atividades potencialmente poluentes.

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