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A SAÍDA DOS EUA DO ACORDO DE PARIS

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A SAÍDA DOS EUA DO ACORDO DE PARIS
O ACORDO DE PARIS
Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. 
O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. 
Para o alcance do objetivo final do Acordo, os governos se envolveram na construção de seus próprios compromissos, a partir das chamadas Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC, na sigla em inglês). Por meio das iNDCs, cada nação apresentou sua contribuição de redução de emissões dos gases de efeito estufa, seguindo o que cada governo considera viável a partir do cenário social e econômico local. 
No que diz respeito ao financiamento climático, o Acordo de Paris determina que os países desenvolvidos deverão investir 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação, em países em desenvolvimento. Uma novidade no âmbito do apoio financeiro é a possibilidade de financiamento entre países em desenvolvimento, chamada “cooperação Sul-Sul”, o que amplia a base de financiadores dos projetos. 
Observa-se no texto a preocupação em formalizar o processo de desenvolvimento de contribuições nacionais, além de oferecer requisitos obrigatórios para avaliar e revisar o progresso das mesmas. Esse mecanismo exige que os países atualizem continuamente seus compromissos, permitindo que ampliem suas ambições e aumentem as metas de redução de emissões, evitando qualquer retrocesso. Para tanto, a partir do início da vigência do acordo, acontecerão ciclos de revisão desses objetivos de redução de gases de efeito estufa a cada cinco anos.
A PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS NO ACORDO
O ex-presidente Barack Obama se comprometeu a reduzir entre 26% e 28% o nível das emissões americanas de 2005 até 2025. Essa meta não é fixa e o objetivo é aumentá-la ao longo dos anos.
O trato também demanda que os países desenvolvidos, cujas economias historicamente contribuíram para as emissões, ajudem a financiar a transição dos países em desenvolvimento para formas de energia mais limpas. O plano é arrecadar 100 bilhões de dólares por ano com doações públicas e privadas.
Obama transferiu 1 bilhão de dólares, de um total de 3 bilhões com os quais havia se comprometido, para o Fundo das Nações Unidas para o Clima antes de deixar o cargo.
A SAÍDA DOS ESTADOS UNIDOS
O atual Presidente Donald Trump não aceita a ideia de que as emissões estão causando mudanças climáticas significativas e acredita que os cientistas e especialistas estão difundindo teorias da conspiração. Em sua campanha eleitoral, afirmou várias vezes que a mudança climática foi inventada pela China. Mais tarde disse que as afirmações não passavam de uma piada, mas reiterou que não crê que os chineses irão cumprir sua parte no acordo ou estejam sequer tentando reduzir seu consumo de combustíveis fósseis.
De forma geral, o republicano é bem cético em relação a pactos e organizações internacionais, por isso sempre tende a desacreditar de suas políticas e dizer que os Estados Unidos não se beneficiam diretamente dos seus resultados. Em especial, acredita que os gastos com o Acordo de Paris propostos pela antiga administração são absurdos e podem levar a uma redução no crescimento econômico sem nenhum benefício aparente.
O acordo não vai acabar da noite para o dia. Tecnicamente, Trump não pode abandonar o tratado até 2019. No entanto, é possível que ele consiga acelerar o processo e suspender as regulamentações internas já aprovadas pelo Senado americano. Ainda assim, já existem rumores de que a China e a União Europeia estão dispostas a se comprometer publicamente com o tratado mesmo sem os Estados Unidos.
Muitos especialistas acreditam que mesmo fora do acordo, os americanos podem alcançar bons resultados em reduções de emissões e mudança de políticas climáticas. A economia americana já não é dependente de fontes de energia poluentes como o carbono e o carvão e está migrando cada vez mais para o gás natural e a energia renovável. As ações de Trump podem não ser suficientes para alterar essa tendência.
Contudo, defensores do acordo acreditam que a saída dos Estados Unidos prejudicará seu relacionamento com aliados próximos, que podem acabar cedendo eventualmente à influência econômica da China.
No pior dos casos, a retirada do acordo desencorajará as nações em desenvolvimento, que se espelham nos americanos, a tomarem medidas adicionais para limitar suas emissões. Além disso, o fim da contribuição americana com o Fundo das Nações Unidas para o Clima pode prejudicar o orçamento geral do órgão e, consequentemente, os esforços que buscam impedir os perigosos aumentos de temperatura.
Fontes bibliográficas de pesquisa:
http://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/acordo-de-paris
http://veja.abril.com.br/mundo/o-que-acontecera-apos-a-saida-dos-eua-do-acordo-de-paris/ 
https://g1.globo.com/natureza/noticia/trump-anuncia-saida-dos-eua-do-acordo-de-paris-sobre-mudancas-climaticas.ghtml
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-40114352

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