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Caso Concreto 02 Direito Civil

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Caso Concreto 02
Manoel, prestador de serviços em Curitiba, após troca de e-mails com informações sobre o serviço (via Internet) com Maria (residente em Colombo, região metropolitana de Curitiba) apresenta-lhe on-line (também via Internet/Messenger) proposta para realizar pintura de sua residência, indicando o preço que cobraria pela empreitada e o material necessário. 
Responda as questões abaixo: 
Pode-se afirmar que houve negociação preliminar? Se afirmativa a resposta, de que forma? 
Sim, houve negociação preliminar com os primeiros e-mails que antecederam a proposta, de forma eletrônica, através da internet (via e-mail). 
A proposta feita on-line por Manoel vincula? Justifique sua resposta e destaque, em caso afirmativo, o que significaria a obrigatoriedade da oferta. 
Sim, a proposta feita por Manoel vincula, desde que haja aceitação dentro do prazo. 
Obrigatoriedade da oferta significa dizer que o que foi ofertado deve ser cumprido, não podendo deixar de agir conforme pactuado, a não ser com a anuência de outro contratante, conforme art. 427 do CC.
Conforme preceitua Carlos Roberto Gonçalves, “desde que séria e consciente, a proposta vincula o proponente”.
 Qual o prazo de validade da oferta feita por Manoel? 
O prazo necessário para Maria receber a proposta e responder para Manoel no tempo razoável. A Jurisprudência considera, o tempo razoável seria 24h para o recebimento e 24 h para a resposta, ou seja, 02 dias.
Com base no art. 428, no seu inciso I, em caso de pessoa presente (uma vez que se encontra on-line), a proposta deve ser aceita imediatamente, caso isso não ocorra ela perderá sua validade. Ficando assim o policitante desobrigado. 
Em que momento poderia ser considerada aceita a proposta e formado finalmente o contrato? 
No momento quem que a aceitação chega para Maneol.. 
Identifique o lugar da celebração do contrato. 
Colombo, região metropolitana de Curitiba, local em que foi proposto, conforme dispõe o art. 435 do CC
Questão objetiva 1
 A respeito da interpretação de contratos, é certo dizer que 
a) as cláusulas não podem ser revistas em hipótese alguma depois da assinatura do contrato por todos os contratantes, a não ser por determinação judicial em processo de conhecimento. 
b) as expressões com mais de um sentido não devem, em caso de dúvida, ser entendidas de maneira mais conforme à natureza e ao objeto do contrato só podendo ser modificadas em juízo. 
c) as cláusulas ambíguas não são interpretadas de acordo com o costume do lugar em que foram estipuladas. 
d) quando um contrato ou uma cláusula apresenta duplo sentido, deve-se interpretá-lo de maneira que possa gerar algum efeito, e não de modo que não produza nenhum. 
e) as cláusulas inscritas nas condições gerais do contrato, impressas ou formuladas por um dos contratantes, não são interpretadas, na dúvida, em favor do outro.
 Questão objetiva 2 
Sobre os efeitos da boa-fé objetiva, é INCORRETO afirmar que 
a) servem de limite ao exercício de direitos subjetivos. 
b) resultam na proibição do comportamento contraditório.
 c) qualificam a posse, protegendo o possuidor em relação aos frutos já percebidos. 
d) servem como critério para interpretação dos negócios jurídicos.
 e) reforçam o dever de informar das partes na relação obrigacional.
JURISPRUDENCIA
Processo
REsp 1273204 SP 2011/0133691-4
Orgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Publicação
DJe 28/10/2014
Julgamento
7 de Outubro de 2014
Relator
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. SEGURO DE AUTOMÓVEL. FORMAÇÃO DO CONTRATO. NÃO OCORRÊNCIA. ENVIO DA PROPOSTA APÓS O SINISTRO (FURTO DO VEÍCULO). VONTADE DO CONSUMIDOR MANIFESTADA A DESTEMPO. AUSÊNCIA DE ACEITAÇÃO EXPRESSA OU TÁCITA DA SEGURADORA. PERDA DO OBJETO DO CONTRATO. INEXISTÊNCIA DE RISCO SEGURÁVEL. 1. Ação de cobrança visando ao pagamento de indenização securitária, cingindo-se a controvérsia a perquirir se o contrato de seguro de automóvel, após prévias negociações, perfectibiliza-se quando a proposta for encaminhada pelo consumidor à seguradora depois de ocorrido o sinistro. 2. O contrato de seguro, para ser concluído, necessita passar, comumente, por duas fases: i) a da proposta, em que o segurado fornece as informações necessárias para o exame e a mensuração do risco, indispensável para a garantia do interesse segurável, e ii) a da recusa ou aceitação do negócio pela seguradora, ocasião em que emitirá, nessa última hipótese, a apólice. 3. A proposta é a manifestação da vontade de apenas uma das partes e, no caso do seguro, deverá ser escrita e conter a declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco. Todavia, apesar de obrigar o proponente, não gera por si só o contrato, que depende de consentimento recíproco de ambos os contratantes. 4. A seguradora, recebendo a proposta, terá o prazo de até 15 (quinze) dias para recusá-la, caso contrário, o silêncio importará em aceitação tácita (cf. Circular Susep nº 251/2004). 5. No contrato de seguro de automóvel, o início da vigência será a partir da realização da vistoria, exceto para os veículos zero quilômetro ou quando se tratar de renovação do seguro na mesma sociedade seguradora, pois, nessas situações, a vigência será a partir da data da recepção da proposta pelo ente segurador (art. 8º, caput e § 1º, da Circular Susep nº 251/2004). 6. Para que o contrato de seguro se aperfeiçoe, são imprescindíveis o envio da proposta pelo interessado ou pelo corretor e o consentimento, expresso ou tácito, da seguradora, mesmo sendo dispensáveis a apólice ou o pagamento de prêmio. 7. Não há contrato de seguro se o particular envia a proposta após ocorrido o sinistro (a exemplo de furto de veículo), visto que não há a manifestação da vontade em firmar a avença em tempo hábil, tampouco existe a concordância, ainda que tácita, da seguradora. Além disso, nessa hipótese, quando o proponente decidiu ultimar a avença, já não havia mais o objeto do contrato (interesse segurável ou risco futuro). 8. Recurso especial não provido.
(STJ - REsp: 1273204 SP 2011/0133691-4, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 07/10/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 28/10/2014): 
Fonte: https://tj-rj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/135622163/recurso-inominado-ri-448855320128190203-rj-0044885-5320128190203

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