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Fisiologia - Digestão do IG

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Digestão – absorção no IG e de outros componentes na dieta.
Introdução:
O trato gastrointestinal é uma porção do organismo fundamental que faz a ingestão dos alimentos e consequentemente a transformação e absorção dos nutrientes. Seu início se dá na cavidade oral, em seguida esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, terminando no orifício anal. Além disso, glândulas anexas como pâncreas, fígado e glândulas salivares, auxiliam no processo de digestão e absorção.
 O intestino grosso é divido em três porções anatômicas funcionais, sendo elas: Ceco que consiste em câmera de fermentação de suma importância para herbívoros; cólon sendo a maior porção do intestino grosso com variação entres espécies e reto cuja porção é intrapélvico que consiste o orifício anal que promove a eliminação do bolo fecal. 
Desenvolvimento
O intestino grosso (IG) no geral tem funções específicas que busca a absorção do bolo alimentar para em seguida formar o bolo fecal. No entanto algumas espécies possuem suas particularidades em relação a esta porção anatômica do sistema digestório.
 No geral, o IG tem funções separas por cada parte anatômica que o compõe, sendo que o ceco tem função de propulsão e segmentação ativa da mistura ali presente. O cólon atua na absorção de água, estocagem das fezes, fermentação da matéria orgânica, movimentos peristálticos em massa para proporcionar a mistura da matéria orgânica e movimentos antiperistálticos (movimentos lentos) que proporcionam a absorção da mistura. Nesta porção, encontra-se evidente diferença entre herbívoros e carnívoros. Na porção final do IG, caracterizada pelo reto e ânus há presença de esfíncteres internos e externos que irão proporcionar a eliminação das fezes.
Equino: tem maior desenvolvimento de ceco e cólon. Nas primeiras semanas de vida (3-8 s) estes animais devem alimentar-se somente de leite, privando alimentos sólidos para que haja o desenvolvimento de bactérias e protozoários que irão atuar na fermentação. O ceco é o compartimento composto por estas bactérias, pois proporciona um ambiente anaeróbico, sendo assim, sua função é principalmente de fermentação nesta espécie. Nesta área, o peristaltismo tem como finalidade a saída do gás e excesso de conteúdo da mistura, possui alta potência de oxidorredução: colocam ou tiram Nitrogênio de acordo com a necessidade, além da transformação dos carboidratos em Ácidos Graxos Voláteis (AGV) - Substâncias altamente energéticas (70% energia) –proporcionando Formação de gás e água. Além disso, promove Movimentos de mistura que provoca formação de bolos e movimentos de propulsão ou massa para a eliminação do conteúdo.
No cólon maior dessa espécie promove a absorção de AGV e de bicarbonato. No cólon ventral há segmentação, Propulsão peristáltica e movimentos antiperistálticos. Esta região é composta pela flexura pélvica que pode gerar cólica. No cólon dorsal é menos movimentação. No cólon menor ocorre a absorção de água, eletrólitos, bicarbonato e alguns AGV que não foram absorvidos pelo cólon maior, além de Formação das síbalas. O reto e ânus tem como função a eliminação das fezes.
Aves: apresenta uma grande variedade entre elas pelo fato de poder existir um único ceco, dois cecos, ceco rudimentar ou ausente e ceco bem desenvolvido, de acordo com a espécie. Nas galinhas, pombos e patos o ceco é duplo e bem desenvolvido, sendo que no gênero Gallus o ceco pode ter em média 15 cm em aves adultas. O colon-reto é o segmento final do intestino grosso e desemboca na cloaca, não havendo distinção para dividi-lo em dois segmentos (colon e reto) como nos mamíferos. Os cecos servem para absorção de água, digestão da fibra bruta (celulose e ainda a lignina que pode ser utilizada entre 10 e 40% do total),síntese de vitaminas do complexo B e vitamina K. Ao final do intestino grosso ainda encontramos a cloaca que recebe ductos deferentes (macho), oviduto (fêmea em postura), fezes, ureteres (que podem vir direto dos rins - galinha) ou a partir da bexiga (como na avestruz). Há ainda sobre a cloaca a bolsa ( bursa ) de Fabrício, responsável pelos chamados linfócitos B.
Ruminantes: é curto cuja porção terminal se enrola formando um “caracol”, denominado cólon, sendo que nesta parte ocorre a absorção de água, além de fermentação e degradação da celulose do substrato que ali chegou, já que esta porção possui microorganismos semelhantes ao do rúmen. Há formação das fezes pelos músculos da parede do cólon. Finalmente o cólon se comunica com o reto, onde as fezes se acumulam, e são eliminadas através do ânus.
Cães e gatos: Local de Transito rápido, pequeno tempo de permanência do alimento. Ocorre nesta área absorção de eletrólitos e água e fermentação de compostos que escapam à digestão enzimática. Bactérias fermentam restos alimentares e secreções endógenas que escapam do I.D. como Amido - Polissacárides não amilaceos, Açúcares e oligossacárides (Colón proximal); Proteína Enzimas endógenas Muco (Colón distal). Além disso no IG de cães e gatos, há absorção de ácidos graxos, CO2, aminas e amônia.
Suínos: Ocorre pouca absorção, quando ocorrem, são por enzimas arrastadas com os alimentos, por enzimas vegetais e microbianas. Extensa atividade microbiana no ceco. A contribuição dos ácidos graxos voláteis (AGV) produzidos pode chegar a 10 - 12% das necessidades de mantença do porco adulto. Absorve água e nutrientes do bolo ainda não retraídas anteriormente. Em leitões, grande importância nas primeiras semanas de vida na absorção de leite.
Considerações finais
Observa-se a importância fisiológica do intestino grosso para os animais de diversas espécies. O mesmo é fundamental no processo básico de sobrevivência, além de proporcionar melhor funcionamento de outros sistemas. Além disso, possui suas particularidades entre espécies que por sua vez são fundamentais para entendimento de um medico veterinário, como por exemplo em patologias de equinos, onde as cólicas são uma das principais causas de morte desta espécie e muitas vezes o insucesso de alguns profissionais devido sua complexidade. 
Levando isso em conta, nota-se que é de suma importância conhecer e relacionar as diversidades deste sistema no meio animal, já que esta estrutura, possui além de diferenças, importância na absorção de nutrientes, água e produção do bolo fecal que será eliminado pelo indivíduo.
Referências
Reece, W. O. Fisiologia dos animais domésticos – Dukes. 12º Edição, Editora Guanabara Koogan, 2007.
Rocha, N.C. Digestão dos animais domésticos. Apostila- Fisiologia Veterinária II. UFF,2012. http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/apostila2012fisioII.pdf
Rocha, N. C. Digestão dos animais domésticos. Disponível em: http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/digestao_NCR.htm ACESSADO EM 24 JUN 2017.
UNESP. Fisiologia digestiva de cães e gatos. Disponível em: < http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/clinicacv/AULUSCAVALIERICARCIOFI/fisiologia-digestiva.pdf> Acessado em 23 jun 2017.

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