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Sistema digestório comparado FISIOLOGIA B 2

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FISIOLOGIA VETERINÁRIA 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO: FISIOLOGIA COMPARADA 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO DOS SUÍNOS 
O suíno é um animal monogástrico que possui o 
trato digestivo relativamente pequeno, com 
baixa capacidade de armazenamento. 
 
Baixa capacidade de síntese de nutrientes: 
 Executando algumas vitaminas do complexo B, 
sintetizadas indiretamente pelos microrganismos 
que habitam o ceco, o suíno não apresenta 
mapas metabólicos de sínteses endógenas 
importantes. 
 
Baixo aproveitamento de fibras: 
 A morfofisiologia do trato digestivo do suíno 
não oportuniza condições para microrganismos 
que usam como substrato materiais fibrosos. 
 
Digestão e Absorção: 
 A inclusão da lactose, entre 7 e 14% da dieta 
no período pós-desmame é importante devido à 
alta concentração da enzima lactase no 
organismo dos leitões, cuja atividade decresce 
com o avanço da idade. 
 
Curiosidades: 
 Deficiências minerais em leitões recém-
nascidos, como a anemia ferropriva, causada por 
deficiência do ferro 
 A deficiência de ferro é comum em leitões ao 
nascer em função da insuficiente capacidade de 
transferência placentária e mamária. 
 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES 
 
Divisão: boca, esôfago, papo, pró ventrículo, 
moela, intestino, fígado, pâncreas, cloaca. 
Dentes ausentes; variedade de adaptações do 
bico; 24 papilas gustativas. 
 
Variação dos bicos: 
 Influencia na alimentação e nos órgãos do 
sistema digestório; 
 
 Aves granívoras  Moela e papo altamente 
desenvolvidos para ajudar na trituração e 
digestão de sementes e alimentos duros; 
 
 Aves carnívoras  Moela e papo praticamente 
inexistentes, uma vez que o alimento é capturado 
é mais mole e não necessita ser macerado. 
 
Bico: Utilizados para a quebra de alimentos; 
sensíveis em alguns animais, ajudam na 
localização e apreensão. 
 
 
 
 
Pró ventrículo 
Alimento armazenado é liberado em ritmo 
controlado para o pró ventrículo; 
 Responsável pela digestão química dos 
alimentos; 
• secreção HCl, pepsina e muco 
• Alimento é misturado com 
enzimas; 
Exerce função de armazenamento nas aves que 
não possuem papo. 
 
Ventrículo (moela): 
Parede espessa altamente muscular; 
 
 Processo mecânico  Tritura os alimentos; 
trituração com auxílio de pedras (ingeridas). Se 
pedras forem de CaCO3 → dissolvidas → diminui 
eficiência 
 
Rações comerciais → granulometria pequena → 
menor atuação da moela 
 
A motilidade da moela começa em um estágio 
pré-ingestão e aumenta com a presença do 
alimento. 
 
Intestino: responsável pela absorção de 
nutrientes; Água 
 
Mecanismos de digestão nos diferentes 
compartimentos: 
Intestino delgado: 
Duodeno: Não ocorre nenhum tipo de digestão; 
Jejuno: Células caliciformes, enterócitos e células 
enteroendócrinas; 
Íleo: Flora intestinal, imunoglobulina 
 
Intestino grosso: 
Cecos: fermentação por bactérias → produção de 
ácidos graxos → absorvidos 
 Reto  Não há digestão. 
 
Antiperistalse 
Perus: 
Refluxo do conteúdo duodenal e jejunal para o 
proventrículo → novo contato com secreção 
gástrica 
 
Cloaca: 
Onde se abre o canal intestinal, aparelho urinário 
e oviductos; Urina da cloaca para cecos e cólon – 
absorção de água. 
 
Fígado: bilobado e relativamente grande na 
maioria das aves; vascular; secretora; metabólica. 
 
Pâncreas: 
Parte exócrina - libera enzimas 
Parte endócrina – células alfa, beta e delta 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO DOS PEIXES 
 
É um sistema completo. 
 Composto basicamente por boca, faringe, 
esôfago, estômago e intestino. 
 Possui homodontia (todos os dentes da 
mesma forma) 
 Na faringe, abrem-se as fendas branquiais. 
 Os sucos digestores são potentes. 
 O intestino pode terminar em cloaca ou em 
ânus 
NÃO SINTETIZAM VITAMINAS (devem ser 
absorvidas na alimentação) 
 
 
 
 
 Apesar da grande diversidade das estruturas de 
alimentação e de digestão dos peixes, algumas 
generalizações são possíveis. 
 Os peixes podem ser divididos, basicamente, 
em três grandes categorias, de acordo com o 
tipo de alimento consumido: 
· Os herbívoros ingerem itens de origem vegetal - 
a maioria se alimenta de poucas espécies de 
plantas e, freqüentemente, possuem estruturas 
de mastigação specializadas, obtendo o máximo 
valor nutricional através da completa trituração 
do alimento (p. ex.: piava, piau, piavuçu, pacu-
peva); 
 
· Os onívoros se alimentam de itens de origem 
animal e vegetal - possuem uma dieta mista e 
estruturas pouco especializadas. 
Freqüentemente consomem pequenos 
invertebrados, plantas e frutos (p. ex.: lambari, 
piraputanga, pacu, tambaqui, tambacu, tilápia, 
tuvira); 
 
 Os carnívoros ingerem sobretudo itens de 
origem animal - se alimentam de invertebrados 
de maior tamanho e outros peixes, podendo se 
especializar em algum tipo em particular. 
 Essas preferências podem mudar com a 
disponibilidade sazonal dos alimentos (p. ex.: 
tucunaré, dourado, pintado, salmão, cachorra, 
piranha, traíra). 
 Os peixes que se alimentam de plâncton, lama 
ou detritos (uma mistura de sedimento, matéria 
orgânica em decomposição e bactérias) não 
podem ser facilmente classificados como 
herbívoros ou carnívoros, devido a diversidade da 
origem dos organismos, sendo classificados como 
planctófagos (p. ex.: tamboatá), iliófagos ou 
detritívoros (p. ex.: curimbatá, acari). 
 
Herbívoros, onívoros e carnívoros podem ser 
encontrados na mesma família. 
Logo, parece que as estruturas do aparelho 
digestivo são altamente adaptáveis e facilmente 
modificáveis, pelo menos em termos evolutivos. 
 
 Outro aspecto geral é que o comprimento do 
intestino está correlacionado com a dieta. 
 Os herbívoros possuem um maior 
comprimento relativo do intestino (CRI), que leva 
em consideração o comprimento do intestino 
médio e do reto, que os carnívoros. 
 De modo geral nos carnívoros, o CRI varia de 
0,2 a 2,5cm, nos onívoros entre 0,6 e 8,0cm e nos 
herbívoros de 0,8 a 15,0cm. 
 
Comprimento total do TGI 
Carnívoros < onívoros < herbívoros 
 
FISIOLOGIA FERMENTATIVA DE EQUINOS 
 
Os equinos apresentam um sistema digestório 
bem peculiar. São animais herbívoros 
monogástricos não ruminantes. Seu sistema 
digestório é adaptado para digerir o material 
vegetal através da fermentação no cólon, que faz 
parte do intestino grosso. Os equinos são capazes 
de digerir grandes quantidades de alimento rico 
em fibras, se alimentando várias vezes durante o 
dia (eles comem mais vezes por dia, porém a 
fermentação não é tão eficiente como nos 
bovinos). Intestino grosso: Região responsável 
pela intensa fermentação microbiana, algo 
semelhante ao rúmen bovino. O ceco e o cólon 
são responsáveis por essa ação. Nesses locais 
ocorre a digestão dos carboidratos estruturais 
dos vegetais - as fibras. O principal produto dessa 
digestão é a formação de ácidos graxos 
importantes para o metabolismo. A microbiota 
também produz aminoácidos, porém ainda não 
está claro se esses nutrientes são aproveitados 
nutricionalmente, já que boa parte é excretada 
nas fezes. Além disso, também possui função de 
digestão, absorção de substâncias e a habilidade 
de armazenar e absorver água. 
 
 
 
 
 
 
Atuação do pâncreas: produz secreção de 
maneira contínua (bicarbonato); grande 
quantidade de álcalis e bicarbonato para 
neutralização dos ácidos produzidos no cólon; o 
ph após a adição dessa secreção sobe para 6,5 no 
jejuno e íleo. 
 
Ausência da vesícula biliar: liberação de bile é 
constante; característica relacionada ao hábito de 
se alimentar constantemente; a bile emulsiona a 
gordura da dieta para ação da lípase. 
 
Digestão química: quebra dos alimentos por 
hidrólise; algumas enzimas quebram proteínas, 
gorduras e amido. 
Apenas no conteúdo celular dos vegetais; baixa 
capacidade de digerir grandesquantidades de 
concentrado. 
 
Intestino grosso: fermentação das fibras; 
presença de microrganismos; dividido em ceco, 
cólon e reto; os movimentos têm ação de mistura 
e transporte do alimento. 
 A absorção dos nutrientes se dá por co-
transporte; cólon menor dá forma as fezes e nele 
há reabsorção de nutrientes e AGV’s. 
 Possui grande motilidade; as contrações fortes 
ocorrem a cada 3 ou 4 min; válvula ceco-cólica; 
atividade antiperistáltica. 
 
 
 
Características: 
Ação gástrica prévia: umedecimento e exposição 
ao ácido aumentam eficiência dos 
microrganismos 
Digestão prévia de carboidratos não é muito 
eficiente → grandes quantidades de carboidratos 
chegam no ceco (até 29% amido mesmo com 
dietas ricas em grãos) 
Reciclagem de ureia para o ceco e cólon → 
nitrogênio para microrganismos 
Maioria da proteína de microrganismos 
eliminada 
Grande secreção de bicarbonato e fosfato pelo 
íleo e cólon → tamponar pH contra ácidos graxos 
livres 
 
Microrganismos formam ácidos graxos voláteis 
→ absorvidos (até 75% do requerimento 
energético) 
Alimentação com grãos → produz mais ácidos 
graxos que pode absorver → tendência a reduzir 
pH → necessita tamponamento por bicarbonato 
 
Se capacidade de tamponamento não for 
suficiente → cai pH → bactérias produtoras de 
ácido lático se multiplicam → ácido lático pouco 
absorvido → dano ao epitélio 
Fermentação → CO2 e metano → flatos 
 
Consistência das fezes: 
Capim muito novo ou concentrado (pouca fibra = 
fezes pastosas) 
Recomendações: não passar de 50% da dieta em 
concentrado; mínimo de 15 a 18% de fibra bruta. 
 
CÓLICA EQUINA 
Patologia grave, que aparece rapidamente e 
pode levar o animal à morte se não for tratada 
logo. 
 É conhecida popularmente como “Nó nas 
tripas”, justamente porque os sintomas se 
caracterizam por dor na barriga, que pode ser 
leve ou intensa. 
 Devido à dor abdominal o cavalo começa a 
ficar agitado. 
As cólicas são classificadas como verdadeiras e 
falsas. 
 Sua principal característica é a dor, que vai provocar 
uma série de mudanças no comportamento do 
animal. 
Ele pode rolar e se jogar no chão sem maiores 
cuidados, suar em excesso, deitar e levantar 
constantemente ou ter dificuldades para 
caminhar. 
Esse modo de agir é chamado mímica da dor. 
 
Dois tipos de cólica; 
Espasmódica - a dor é contínua, entre os 
ataques, o cavalo pode mostrar aparência 
normal. 
Durante o ataque, sintomas são: o animal deita-
se e levanta-se; retorce-se no solo; dá cabeçadas 
na barriga; dá patadas e transpira 
profundamente; apresenta a boca seca e 
conjuntiva injetada; à medida que o mal 
progride, os períodos de calma vão se tornando 
mais curtos e os espasmos mais intensos. 
 
Flatulenta - que resulta da distensão do 
estômago ou intestino pelos gases produzidos em 
excesso pela fermentação dos alimentos, 
sintomas: dor contínua, porém, pouco intensa; o 
abdomem apresenta-se distendido e o animal 
muda constantemente de posição, com vontade 
de deitar-se, mas com medo de fazê-lo. 
 
 
TRATO DIGESTÓRIO DOS COELHOS E 
COPROFAGIA 
Fezes reingeridas diretamente do ânus (mais 
moles, maiores). 
Semelhantes a Cachos de uva 
 
Os coelhos praticam cecotrofia, que é uma 
mecanismo fisiológico, com uma influência 
decisiva tanto em suas características nutricionais 
como nos processos patológicos que se 
relacionam com o mesmo. O processo digestivo 
do coelho se efetua em uma segunda ingestão, a 
dos alimentos cecotrofos, o excremento mole 
que o animal consome diretamente do ânus, nos 
momentos de máxima quietude durante a noite, 
os quais contém alguns aminoácidos e vitaminas 
do complexo B, sintetizados no intestino ceco, 
que são essenciais para a saúde e 
desenvolvimento do animal. A ingestão dos 
cecotrofos permite o melhor aproveitamento de 
alguns nutrientes,proteínas e vitaminas do 
complexo B, que não foram aproveitados pelo 
organismo do coelho. A necessidade dos coelhos 
praticarem o hábito de ingerirem suas próprias 
fezes deve-se ao fato de a área microbiana 
intestinal situar-se na parte posterior do aparato 
digestivo, diferentemente dos ruminantes ( 
bovinos), nos quais se situam na parte anterior, 
esta parte do intestino age como uma câmara de 
fermentação e, é nesta área em que é quebrada 
a celulose da fibra, onde se obtém os nutrientes 
essenciais para a vida dos animais. Considera-se 
que ao redor de 15 a 20% da matéria seca por dia 
ingerida (alimento + cecotrofo), corresponde a 
cecotrofos; um rol nutricional que tem 
mecanismo fisiológico importante, que permite 
reter no ceco uma digestão gástrica e entérica a 
fim de que as bactérias cecales atuem 
sintetizando as proteínas, aminoácidos essenciais 
e vitaminas, que graças à funcionalidade do cólon 
podem ser ingeridas e aproveitadas pelo animal. 
 
 
 
 
- Caracteirsticas das fezes moles 
- Não mastigadas e separadas no estômago 
- Fermentam no estômago (fezes com 
bactérias do ceco) 
- Permite melhor digestão da celulose, 
aproveitamento de proteínas, retenção de 
nitrogênio e adequado fornecimento de 
vitaminas do complexo B 
 
 
Durante o período de formação de fezes moles 
não há emissão de fezes duras e a ingestão de 
alimento é muito reduzida. 
 
Excreção de fezes moles e fezes duras e ingestão 
de alimento durante um período de 24 horas 
(Carabano e Piqer, 1998 de acordo com Carabano 
e Merino 1996). 
 
 
 
 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO EM RUMINANTES 
PROCESSOS FERMENTATIVOS 
 
O estômago de um ruminante consiste de 
diversos compartimentos, ou seja, o verdadeiro 
(estômago digestivo) é chamado de abomaso, é 
precedido por diversos compartimentos grandes, 
o maior deles é chamado de rúmen, funciona 
como um grande tanque de fermentação onde o 
alimento que foi misturado com saliva, sofre uma 
fermentação intensa, encontrando nesse 
compartimento grande número de bactérias e 
protozoários causando a degradação da celulose 
e a tornam disponível a digestão complementar. 
 Os produtos da fermentação (na maior parte 
ácidos acéticos, propiônicos e butírico) são 
absorvidos e utilizados, o dióxido de carbono e o 
metano formados no processo de fermentação, 
onde são liberados pela eructação. 
 A ruminação, ou mastigação do bolo 
alimentar, consiste na regurgitação e 
remastigarão de substâncias fibrosas indigestivas, 
consequentemente engolidas novamente assim 
se da o nome para seu grupo, alimento reentra 
no rúmen, ele sofre uma outra fermentação. As 
partículas que foram decompostas passam para 
outras partes do estômago, onde são sujeitas aos 
sucos digestivos usuais no abomaso. Os produtos 
fermentados no rúmen são a principal fonte de 
energia. 
Por essas razões que 
os ruminantes apresentam maior eficiência 
no aproveitamento de energia 
dos alimentos fibrosos que os demais animais. 
 
Pré- estômagos 80% Rúmen 5% Retículo 8% 
Omaso 7% Abomaso 
 
 
Mastigação: inicial (Tem por função conferir ao 
alimento tamanho que permita a deglutição) e 
ruminação (Movimento do alimento para dentro do 
esôfago e sequencialmente para a boca através de 
uma onda antiperistáltica) 
 
 
RETÍCULO 
Posição cranial; 5% do volume do estômago; 3-5l; 
ausência de o2; microrganismos; funções e 
motilidades ligadas ao rúmen; abertura do esôfago 
comum ao rúmen. 
Membrana mucosa possui numerosas pregas 
primárias anastomosadas surgem as papilas 
secundárias e terciárias 
Apresenta formato de favos de mel. 
É uma “estrada de passagem” onde as partículas são 
selecionadas. 
Responsável direto pela atividade de ruminação, 
incentivando a regurgitação. 
Digestão fermentativa 
O bolo alimentar regurgitado para a mastigação 
origina-se da porção dorsal do retículo. 
Apresenta um movimento constante em sintonia 
com o rúmen. 
Adaptado para separação de partículas. Somente 
partículas de menor tamanho vão para oomaso (1-
2mm). 
 
 
 
RÚMEN 
 
 
Rúmen, pança ou bucho; 80% do volume total do 
estômago; ocupa quase todo o lado esquerdo da 
cavidade abdominal; bovinos adultos podem conter 
até 200L; ovinos e caprinos sua capacidade é de 20 a 
30 litros. 
Câmara de fermentação – meio anaeróbio – 
temperatura entre 39 a 42 – ph de 6 a 7. 
Movimentos das paredes do rúmen, com auxílio dos 
músculos pilares, os alimentos são triturados 
mecanicamente; 
Ao auscultarmos ou colocarmos a mão, com o punho 
cerrado, sobre o flanco esquerdo do animal, 
podemos perceber os movimentos do rúmen; 
Frequência de uma a duas contrações por minuto. 
 
Microrganismos: 
Bactérias, protozoários e fungos; permite aproveitar 
os nutrientes contidos em alimentos fibrosos e 
grosseiros; essenciais para a fermentação e digestão; 
se dá após o nascimento e se desenvolve nas 
primeiras semanas de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
ERUCTAÇÃ
O:
produção 
de gases = 
30 a 40 
litros/h
RUMINAÇ
ÃO:
30 a 40% 
do dia 
ruminando
MOTILIDA
DE DO 
RUMEN-
RETICULO:
1 a 2 
/minuto 
PRODUÇÃ
O DE 
SALIVA:
150 a 200 
litros/dia
Aderência bacteriana: 
 
 
 
 
Os microrganismos absorvem parte dos nutrientes 
dos alimentos, para sua própria manutenção; 
Ao morrerem retornam ao circuito da digestão. 
 
Ruminação: Regurgitação pós-prandial da ingesta 
seguida por mastigação lenta, formação do bolo 
alimentar e redeglutição. 
 Motilidade rúmen-retículo é que comanda a 
ruminação. 
Ocorre entre 30 a 90 minutos após a ingestão. 
 Se a granulometria do alimento for muito reduzido (< 
20mm) não ocorre ruminação, o que pode gerar 
problemas. 
A fibra deve ser capaz de estimular a mastigação, 
manter o fluxo de saliva e um ambiente ruminal 
favorável. 
A ruminação é importante para a produção de ácido 
acético – aumento do teor de gordura do leite. 
 
• Alimentos concentrados  AGV’s Butírato e 
Propiônato  Papilas maiores e em maior 
quantidade; 
• Alimentos volumosos  AGV Acetato  
Redução do tamanho das papilas e 
distribuição desuniforme; 
 
Pasto: mais acetato 
Grãos: mais propionato e acetato. 
 
 
 
 
Alimentos volumosos são aqueles que contêm alto 
teor de fibra bruta, mais que 18%, e baixo valor 
energético. Nesse grupo, incluem-se as pastagens, as 
forrageiras para corte, fenos, silagens, restos 
culturais, resíduos de agroindústrias, cascas, sabugos 
e outros. As principais características desses são a 
capacidade de manter a flora do rúmen, serem fonte 
de cálcio e microminerais. Para vacas leiteiras, são 
importantes para manter o teor de gordura do leite. 
Seu uso permite a produção de alimentos de alto 
valor nutritivo com menores custos. A 
disponibilização de pastagens permite maior taxa de 
ruminação e por meio dela os animais iniciam a 
degradação da fibra e proteína presentes na dieta e 
ainda produzem bicarbonato de sódio na saliva, 
elemento que é importante para promover o 
tamponamento do pH do rúmen, a fim de que haja 
um melhor aproveitamento dos nutrientes e dos 
demais alimentos ingeridos. 
Em dietas à base de forragem, a proporção de AGV 
seria de aproximadamente 65-70% de acetato, 15-
25% de propionato e 5-10% de butirato. O emprego 
de dietas ricas em carboidratos rapidamente 
fermentáveis (amido) aumenta a proporção de 
propionato, e resulta em proporção de 
aproximadamente de 50-60%acetato, 35-45% de 
propionato e de 5-10% de butirato. Esta mudança 
para maior proporção de propionato é extremamente 
importante para as características da carcaça. É por 
este motivo que animais em confinamentos são 
alimentados com dietas ricas em grãos, já que maior 
produção de propionato resulta em ganho de 
peso mais eficiente e maior marmoreio, uma vez que 
há menor perda de energia da ração sob forma de 
CO2 e CH4. Além disso, dietas à base de grãos 
resultam em órgãos viscerais com menor peso 
quando comparadas com as forragens, deixando mais 
energia para ganho de tecidos. No entanto, em 
quantidades muito elevadas o concentrado pode 
aumentar muito a produção de ácidos graxos voláteis 
que podem causar efeito de redução de pH ruminal, 
com diminuição da degradação dos carboidratos 
estruturais da dieta. 
Dietas de alto concentrado têm como vantagens, 
dentre outras, a alta eficiência alimentar, alto 
desempenho, maior facilidade de manuseio, melhor 
acabamento de carcaça e menores tempos de 
confinamento. Por outro lado, são desafiadoras do 
ponto de vista nutricional e de saúde animal, exigindo 
cuidados na formulação e no manejo de alimentação. 
 
 
 
PROTEÍNAS 
Proteínas e outras fontes de nitrogênio (ureia)  
amônia (NH₃)  utilizada para a síntese de proteína 
microbiana; 
Uréia: pode ser secretada para dentro do rumen pelo 
sangue e deglutição de saliva.; 
Bovinos e ovinos podem secretar dentro do rúmen 
até 80% da uréia produzida no fígado. 
 
 
 
*(correção: ali é intestino delgado) 
 
 
DIGESTÃO FERMENTATIVA (LIPÍDEOS) 
Ruminantes não toleram altos níveis de gordura na 
dieta (4 a 5%); galactoglicerídeos (dietas ricas em 
forragens); triglicerídeos (dietas ricas em grãos ou 
concentrados).  timpanismo espumoso 
 
ADAPTAÇÃO DE DIETA 
Troca brusca de dieta (troca de feno por silagem, 
introdução de ração...)  falta de adaptação da flora 
ruminal ao novo alimento  distúrbios metabólicos 
 A alteração da alimentação deve ser gradativa, 
para adaptação da flora ruminal. 
 
TERNEIROS: rúmen pequeno, pouca capacidade 
funcional, na idade de 2-3 semanas o abomaso é o 
compartimento mais desenvolvido; é recomendável 
que a partir da 2 semana de vida o terneiro tenha 
disponível alimentos sólidos para estimular o 
desenvolvimento dos pré-estômagos. 
ROTA DO LEITE: goteira esofágica: funciona como 
uma calha que desvia o leite levando-o diretamente 
ao abomaso. 
 
RUMINANTE JOVEM: (pré-ruminante 3 semanas =21 
dias) 
-Reflexo da goteira esofágica; digestão do leite no 
abomaso: 
Formação do coagulo; colonização do intestino por 
bactérias patogênicas. 
 
RUMINANTE JOVEM (Recém-nascido 0 a 24h): 
Ingestão rápida do colostro; diminuição da 
capacidade de absorção do intestino; colonização do 
intestino por bactérias patogênicas. 
 
*se o leite em recém nascido cai no rúmen (rúmen 
está acidificado por AGV’s), o leite talha, vai formar 
coágulos, proliferação de bactérias não simbióticas 
(patogênicas). 
 
OMASO 
Características: é a terceira divisão do estômago dos 
ruminantes, entre o retículo e o abomaso; saltério, 
folho ou folhoso; espaço com cerca de 10L de volume; 
absorção de H20, sais minerais, AGV’s e redução de 
partículas alimentares; também absorve Na, K, Mg, 
CO2 e secreta Cl. 
órgão selecionador, define se a digesta que vem do 
retículo-rúmen está apta ou não para prosseguir para 
o abomaso; o material semi-líquido do retículo entra 
no omaso pelo orifício retículo-omasal (ORO); 
contrações omasais frequentes e fortes comprimem e 
triturem a digesta e de 60 a 70% da água é absorvida; 
o material de consistência mais sólida passa para o 
abomaso. 
Parede muscular muito forte; inúmeras lâminas 
musculares; papilas cuja função é absorção. 
Abertura do oro- orifício retículo-omasal: 
O diâmetro determina a quantidade de digesta que 
entra no omaso; abertura máxima durante a segunda 
contração bifásica do retículo. 
Duração de abertura: ovinos de 2 a 3 segundos; 
bovinos de 15 a 20 segundos. 
 
ABOMASO 
Características: estômago verdadeiro; localiza-se do 
lado direito do rúmen; ocorre a digestão química; 
suco gástrico; pregas longas e altas; mucosa úmida. 
 
GLÂNDULAS 
Secretam produtos como: enzimas (pepsina e 
pepsinogênio), hormônios (gastrina), ácido clorídrico 
HCL, água. 
Gastrina é ativada pela presença de conteúdo, 
mecanorreceptores de células G: Gastrina provoca a 
secreção de HCl e pepsinogênio e o HCl transforma 
pepsinogênio em pepsina) 
 
SEMELHANTE O ESTÔMAGO DOS MONOGÁSTRICOSPresença da goteira esofágica, levando o leite 
diretamente para o abomaso – secreta uma enzima 
específica para a digestão do leite, quimosina – 
coagula o colostro formando um coágulo de caseína e 
liberando o soro (pois o ambiente é ácido). 
 
INTESTINO 
Divididos em duas porções: Intestino Delgado e 
Intestino Grosso; 
Tamanho proporcional ao comprimento do corpo; 
 
(não possuem intestino tão grande/especializado, 
pois o rúmen já faz a função de digerir as fibras) 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO INTESTINAL 
Carboidratos, proteínas, gorduras e proteína 
microbiana não degradada no rúmen irão ser 
submetidas ao processo de digestão. 
Na literatura, não é conclusivo a respeito da 
verdadeira capacidade de digestão de amido no 
intestino. Fatores como a produção insuficiente da 
enzima α-amilase pancreática. 
 
MUCOSA INTESTINAL 
 
 
 
 
 
 
FÍGADO 
Formação da bile pelos hepatócitos e excreção; 
excreção de substâncias removidas do sangue, como 
metais pesados e corantes; 
 
BILE: armazenada na vesícula biliar; quando 
estimulada, libera a bile no intestino delgado pelo 
ducto biliar; fundamental no processo de digestão e 
absorção das gorduras, colesterol e vitaminas 
lipossolúveis (A,D,E,K); é composta basicamente por 
água, bicarbonato de sódio e sair; mais de 90% dos 
sais biliares serão reabsorvidos no íleo. 
 
PÂNCREAS: a secreção exócrina está dividida em 
componentes aquosos e componentes enzimáticos; o 
aquoso (bicarbonato) tem função de neutralizar o 
conteúdo duodenal evitando danos à mucosa pela 
ação do ácido clorídrico e pepsina, tornando o ph 
ótimo para a atividade das enzimas pancreáticas; o 
enzimático é um pequeno volume de secreção 
contendo enzimas que vão atuar na digestão dos 
constituintes das dietas dos ruminantes. 
O suco pancreático secretado contém enzimas 
amilolíticas, lipolíticas e proteolíticas; a atividade 
dessas enzimas no intestino é muito baixa, o volume 
total e suco pancreático secretado é de 2,2 a 4,8L por 
dia em bovinos e 350 a 450ml por dia em ovinos. A 
entrada da digesta no duodeno é o fator mais 
importante para regular o volume do suco 
pancreático secretado; a extensão da digesta do 
amido que escapa da fermentação ruminal depende 
da secreção de quantidade adequada de amilase 
pancreática. 
 
*Tudo que o animal ruminante ingere (carboidratos, 
lipídeos, etc) é para o microrganismo que após digerir 
libera AGV’s que são absorvidos pela mucosa ruminal 
para não acidificar o rúmen (e cada tipo de substrato 
vai gerar um agv diferente) (AGV sobrando = 
acidificação ruminal = favorece outro tipo de 
bactérias, que geram proprionato e butirato e ácido 
lático). Depois do AGV ser absorvido pela mucosa 
ruminal, vai ao fígado ser metabolizado e gera 
nutrientes para o animal. O que escapar da ação dos 
microrganismos, cai no intestino e sofre ação química 
do suco pancreático  corrente sanguínea via 
sistema porta hepático  fígado para síntese.

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