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2a APOSTILA NR 10

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NR10 
 
 
 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E 
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Jayme Passos Rachadel 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
NR’s – Requisitos mínimos legais para implementação de medidas de controle 
e sistemas preventivos, que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores. 
 
NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade, recentemente 
alterada pela 
• Portaria MTE nº 598, de 7 de dezembro de 2004. Publicada no DOU 
08.12.2004; 
• Portaria nº 126, de 3 de junho de 2005, publicada no DOU de 
06.06.2005, inclui no anexo II da NR-28 as penalidades e respectivas 
infrações pelo não atendimento à Norma Regulamentadora nº 10. 
Para a aplicação da NR-10, as seguintes NR’s também devem ser observadas: 
 
• NR-1 Disposições Gerais; 
• NR-3 Embargo ou interdição; 
• NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI; 
• NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
PCMSO; 
• NR-17 Ergonomia; 
• NR-23 Proteção Contra Incêndio; 
• NR-26 Sinalização de Segurança; 
• NR-28 Fiscalização e Penalidades. 
 
PENALIDADES 
 
 
 
 
3 
 
2. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA 
 
 Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema 
Elétrico de Potência (SEP), definido como: O conjunto de todas as instalações e 
equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 
até a medição inclusive. 
 
A geração, transmissão e distribuição de energia elétrica apresentam riscos 
diferenciados em relação ao consumidor final. 
A Metodologia de análise de riscos é de fundamental importância para a avaliação 
crítica das condições de trabalho. 
 
2.1. Geração de energia elétrica 
 
No Brasil a GERAÇÃO de energia elétrica é 80% produzida a partir de 
hidrelétricas, 11% por termoelétricas e o restante por outros processos. A partir da 
usina a energia é transformada, em subestações elétricas, e elevada a níveis de 
tensão e transportada em corrente alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, 
até as subestações rebaixadoras, delimitando a etapa de Transmissão. 
Características da geração: se encerram nos sistemas de medição da energia 
usualmente em tensões de 138 a 750 kV. 
 
2.2. Transmissão de energia elétrica 
 
Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados a 
transportar a energia elétrica desde a etapa de geração até a etapa de distribuição, 
abrangendo processos de elevação e rebaixamento de tensão elétrica, realizados em 
subestações próximas aos centros de consumo. 
Essa energia é transmitida em corrente alternada (60 Hz). 
 
2.3. Distribuição de energia elétrica 
É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a 
transmissão, indo das subestações de distribuição entregando energia elétrica aos 
clientes. 
A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais de 
110, 127, 220 e 380 Volts até 23 kV. 
A distribuição de energia elétrica possui diversas etapas de trabalho, 
conforme descrição abaixo: 
• Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações; 
• Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica; 
• Construção de redes de distribuição. 
 
 
 
 
 
4 
 
3. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 
 São muito grandes os riscos que o trabalhador está sujeito quando opera 
com eletricidade. O contato com redes elétricas energizadas poderá provocar 
acidentes graves devido ao choque ou arco elétrico. 
 Podemos classificar os Riscos de Origem Elétrica em: 
• Choque elétrico; 
• Arco elétrico; 
• Campo eletromagnético. 
 
 
3.1. CHOQUE ELÉTRICO 
 
É uma perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no corpo 
humano, quando por ele circula uma CORRENTE ELÉTRICA. 
Por que isso acontece? 
O corpo humano é ou se comporta como um CONDUTOR ELÉTRICO, que possui 
uma RESISTÊNCIA. 
 
EFEITOS: 
 O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas dos músculos, a fibrilação 
ventricular do coração, lesões térmicas e não térmicas podendo levar a óbito, como 
efeito indireto temos as quedas e batidas, etc. 
 O choque elétrico pode se manifestar por três formas distintas: 
• Eletricidade estática (tensão elétrica constante); 
• Eletricidade dinâmica (tensão elétrica na forma de onda eletromagnética 
alternada ou contínua); e 
• Descargas atmosféricas ou arcos elétricos advindos de acumulação de 
cargas elétricas no espaço circundante. 
 
 No caso de choque elétrico por eletricidade estática, a manifestação do 
fenômeno normalmente se dá por um único pulso sensorial de descarga, muitas 
vezes de valor significativo, o qual é sentido pelas partes internas (micro choque) e 
externas (macro choque) do corpo, nos instantes em que ocorrem desligamentos ou 
contatos com as chamadas ¨partes vivas¨ da instalação, como, por exemplo, em 
conexões de baterias e em terminais de capacitores (condensadores), que são 
aparelhos elétricos ou eletrônicos armazenadores de cargas elétricas. 
 
 No caso de choque por eletricidade dinâmica, como ocorre na corrente 
alternada, a sensação que a pessoa experimenta é a de um violento estremecimento 
no corpo, seguido de um calor intenso no ponto de contato. Esse estremecimento é 
tão mais intenso quanto maior for a tensão e a freqüência aplicadas, enquanto que a 
queima do corpo, no ponto de contato, é tanto mais forte quanto maior for a 
intensidade da corrente elétrica sentida. 
 
CONDIÇÕES DE TENSÃO QUE FAVORECEM OS ACIDENTES POR 
CHOQUE ELÉTRICO 
 
TENSÃO DE TOQUE – é a tensão elétrica existente entre os membros superiores 
de um indivíduo, devido a um toque num condutor energizado, ou defeito de 
equipamento; 
 
 
5 
 
 
TENSÃO DE PASSO – é a tensão entre os dos pés no instante da operação. 
 
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE DO CHOQUE 
ELÉTRICO 
 
• Percurso da corrente elétrica; 
• Intensidade da corrente elétrica; 
• Características da corrente elétrica; 
• Tempo de exposição a passagem da corrente elétrica; 
• Resistência elétrica do corpo humano. 
 
PERCURSO DA CORRENTE ELÉTRICA 
 O percurso da corrente elétrica pela região do tórax é extremamente 
perigoso por passar próximo a órgãos vitais (coração e pulmão), podendo resultar 
em fibrilação ventricular e tetanização respectivamente. 
 
 
INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA 
 Quanto maior a corrente elétrica, maior serão os danos ao organismo 
humano. 
A Tabela abaixo apresenta os efeitos da corrente elétrica no organismo humano e as 
medidas de primeiras de primeiros socorros necessárias: 
 
 A fibrilação ventricular do coração se inicia com correntes entre 70 a 100 
mA, mas a parada cardíaca pode ocorrer a partir de 30 mA. A fibrilação ventricular 
é a contração desritimada do coração. O coração raramente se recupera por si só da 
fibrilação ventricular. 
 
 
 
6 
 
A Tabela abaixo apresenta os limiares de percepção para homens e mulheres. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ELÉTRICA 
 Se a corrente for contínua, ao invés de alternada, os experimentos científicos 
mostram que, no caso de choque elétrico ocorre a eletrólise do sangue, com o 
aumento do número de glóbulos brancos – o que podem levar a pessoa a contrair 
leucemia. 
A corrente elétrica pode matar imediatamente ou deixar a pessoa 
inconsciente. A corrente faz os músculos se contraírem a 60 ciclos por segundo, 
que é a freqüência da corrente alternada. 
 O limiar de sensação de corrente alternada varia com a freqüência como 
pode ser visto na Tabela abaixo. 
 
 
 
 
TEMPO DE EXPOSIÇÃO A PASSAGEM DE CORRENTE ELÉTRICA 
 Correntes maiores que 20 mA são muito perigosas, mesmo quando atuam 
durante curto espaço de tempo. As correntes da ordem de 70 mA, quando atingem a 
zona do coração, produzem fibrilaçãoventricular em apenas 2 ou 3 segundos, e a 
morte é praticamente certa. 
Por esta razão a NBR5410 torna obrigatório a instalação de dispositivos de corrente 
de fuga (DR) em locais com muita umidade. 
 
RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO CORPO 
 A resistência que o corpo humano oferece a passagem da corrente é quase 
que exclusivamente devida a camada externa da pele. Esta resistência está situada 
entre 1000 e 2000 ohms quando a pele se encontra seca e não apresenta cortes. 
 
 A resistência oferecida pela parte interna do corpo constituída pelo sangue, 
músculos e demais tecidos, comparativamente a da pele é bem baixa, medindo 
normalmente de 300 a 500 ohms. 
 
 As partes do corpo que oferecem maior resistência a passagem da corrente 
elétrica são os ossos e a pele. 
 
 
 
 
7 
 
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE DO CHOQUE 
ELÉTRICO 
 O choque pode ocorrer pela combinação dos seguintes fatores: 
• Falta de CONHECIMENTO; 
• Falha de TREINAMENTO; 
• Falha de SUPERVISÃO; 
• PRÁTICAS inadequadas de trabalho; 
• Instalação e MANUTENÇÃO precárias; 
• AMBIENTE DE TRABALHO cheio de riscos. 
 
Causas determinantes operacionais 
• Contato com um condutor nu energizado 
• Falha na isolação elétrica 
• Calor e Temperaturas elevadas 
• Umidade 
• Oxidação 
 
 
 
8 
 
3.2. ARCO ELÉTRICO 
 
O arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica através do ar, e 
geralmente é produzido quando da conexão e desconexão de dispositivos elétricos e 
também em caso de curto-circuito, provocando queimaduras de segundo ou terceiro 
grau. 
A energia produzida pelo arco é convertida em calor, pressão, luz visível e 
radiação. 
Esta energia é medida em cal/cm2 e pode queimar roupas e provocar 
incêndios, emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioleta. 
O valor de 1 cal/cm2 é igual a exposição de um dedo na brasa do cigarro por 
1 segundo. 
Quanto mais afastado, menor os efeitos do arco. 
Pode causar ferimentos graves até 3m de distância do ponto de falha nos 
equipamentos industriais de AT. 
 
No interior de painéis elétricos, os arcos elétricos normalmente ocorrem por: 
• Mau contato (perda de pressão dos parafusos); 
• Defeitos de isolação (fim de vida do dielétrico); 
• Defeito de fabricação de componentes ou equipamento; 
• Projeto inadequado ou mal dimensionado; 
• Manutenção inadequada; 
• Contatos acidentais de ferramentas ou peças. 
Outras causas: 
• Operação de liga-desliga; 
• Inserção e remoção de partes ou componentes extraíveis com 
barramentos energizados; 
• Medição de tensão ou inspeção; 
• Alterações ou mudanças introduzidas nos equipamentos após a sua 
instalação pela necessidade de substituição de componentes 
danificados, mudanças alterações e em alguns casos alterações 
construtivas do equipamento para facilitar a operação e manutenção 
alteram as características de segurança original. 
 
O arco elétrico traz duas conseqüências graves: 
 
• O efeito das ondas térmicas; 
• O efeito das ondas eletromagnéticas. 
 
ARCO ELÉTRICO – PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA 
• Para trabalhos com risco elétrico, deverão ser avaliados a severidade de 
exposição potencial, planejando práticas de trabalho seguras, e selecionando 
equipamento proteção pessoal adequado. 
• Trabalhos na zona controlada devem ser precedidos de análise de risco a 
arco e determinada a exposição a energia incidente (em cal/cm2). O 
resultado deverá ser documentado; 
• Os trabalhadores deverão usar roupas resistentes a chama e EPI’s de acordo 
com a exposição da energia incidente em determinada tarefa. 
• A NFPA 70E e IEEE 1584 apresentam as fórmulas para cálculo da energia 
incidente, e sua relação com a resistência das vestimentas a essa energia; 
 
 
9 
 
• O Cálculo leva em conta: 
o Corrente de curto-circuito; 
o Nível de tensão; 
o Tempo de abertura do arco; 
o Afastamento do ponto de origem do arco. 
A NFPA 70E define as seguintes classes de riscos para o arco elétrico: 
• CLASSE 0 – Risco Mínimo; 
• CLASSE 1 – Algum Risco; 
• CLASSE 2 – Risco moderado; 
• CLASSE 3 – Risco Elevado; 
• CLASSE 4 – Risco Elevadíssimo. 
 
Queimaduras 
A queimadura elétrica está entre as mais graves lesões causadas ao corpo 
humano. Ela difere dos outros tipos de queimaduras por conta de um certo “fator 
Iceberg”: a lesão interna sempre é bem maior do que a epidérmica. Diferentemente 
da queimadura causada por qualquer outra fonte de calor externa, a queimadura 
proveniente do arco elétrico queima internamente com mais intensidade do que 
externamente. 
A queimadura produzida pela corrente elétrica que passa no tecido orgânico 
gera um forte calor que é dissipado na pele, através do chamado efeito Joule. Por 
este fenômeno, ao se duplicar o valor da corrente, tem-se quadruplicado o valor da 
energia térmica dissipada. 
A queimadura por eletricidade se manifesta das seguintes formas: 
• Por contato; 
• Por arco elétrico; 
• Por radiação, e 
• Por vapor metálico. 
A queimadura elétrica é mais intensa nos pontos de entrada e saída da 
corrente elétrica e tanto mais grave quanto maior for o valor da corrente e a sua 
respectiva duração. 
 
 
3.3. CAMPO ELETROMAGNÉTICO 
 
 É gerado quando da passagem da corrente elétrica nos meios condutores. O 
campo eletromagnético está presente em inúmeras atividades humanas, tais como 
trabalhos com circuitos ou linhas energizadas, solda elétrica, utilização de telefonia 
celular e fornos de microondas. 
A unidade de medida do campo magnético é o Ampère por Volt, Gauss ou 
Tesla cujo símbolo é representado pela letra T. 
Cuidados especiais devem ser tomados por trabalhadores ou pessoas que 
possuem em seu corpo aparelhos eletrônicos, tais como marca passo, aparelhos 
auditivos, dentre outros, pois seu funcionamento pode ser comprometido na 
presença de campos magnéticos intenso. 
 
 
 
10 
 
4. RISCOS ADICIONAIS 
 
Classificam-se como riscos adicionais os agentes de riscos físicos, químicos, 
biológicos, ergonômicos e de acidentes, (exceto a eletricidade). 
Neste capítulo estudaremos os riscos de áreas classificadas. 
 
4.1. ÁREAS CLASSIFICADAS 
Este assunto será apresentado na 3ª apostila. 
 
 
 
11 
 
5. MEDIDAS DE CONROLE DO RISCO ELÉTRICO 
 
São medidas destinadas a eliminar ou reduzir os riscos, mantendo sob 
controle as incertezas ou eventos indesejáveis, que possam causar danos a saúde do 
trabalhador. 
Devem integrar-se às demais políticas de segurança do trabalho da empresa, 
atendendo ao disposto no item 10.2 da NR-10 que prevê: 
10.2.1 Medidas preventivas de controle do risco elétrico e outros adicionais, 
mediante técnicas de análise de risco. 
10.2.2. Devem integrar-se as demais iniciativas da empresa, no âmbito da 
preservação da segurança, saúde e meio ambiente do trabalho, para: 
 
• Extinguir risco existente; 
• Na impossibilidade de extinção do risco, deverão ser adotadas medidas para 
torná-lo tolerável; 
• Na impossibilidade de obtenção de um valor tolerável, conviver com a 
anuência da responsabilidade frente a um acidente. 
 
Constituem Medidas de Controle: 
• Técnicas de análise de risco; 
• Diagrama unifilar; 
• Prontuário de instalações elétricas; 
• Medidas de proteção coletiva: 
o Desenergização; 
o Aterramentos; 
o Dispositivos a corrente de fuga – DR; 
o Barreiras e invólucros; 
o Bloqueios e impedimentos; 
o Isolação de partes vivas, etc. 
• Medidas de Proteção individual 
 
5.1. PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
O Prontuário das instalações elétricas – deve conter: 
 
• Conjunto de procedimentos e medidas de controle existentes; 
• Informações técnicas sobre o SPDA; 
• Especificações dos EPC’s e EPI’s; 
• Laudo dos testes de isolação elétrica realizados em EPC’s e EPI’s; 
• Comprovação de qualificação, habilitação, capacitação;• Autorização dos trabalhadores; 
• Diagrama unifilar; 
• Certificação dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; 
• Laudo das instalações elétricas com recomendações e cronograma de 
adequações. 
 
 
 
12 
 
5.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA 
 
Dentre as medidas de proteção coletiva podemos citar a desenergização, 
seccionamento automático da alimentação e os sistemas de aterramentos, como 
exemplos. 
 
5.2.1. Desenergização 
É a principal Medida de Controle contra choque elétrico. 
É um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas. Somente 
serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, 
mediante os procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir: 
 
• Seccionamento/desligamento 
• Bloqueio/impedimento de reenergização; 
• Constatação de ausência de tensão; 
• Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores 
dos circuitos 
• Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada 
• Instalação da sinalização de impedimento de reenergização – colocação e 
etiqueta. 
 
5.2.2. Aterramentos 
 
Definição de Aterramento: 
 Ligação intencional à terra através da qual correntes elétricas podem fluir. 
 
O aterramento pode ser: 
• Funcional: ligação através de um dos condutores do sistema neutro. 
• Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à 
instalação. 
• Temporário: ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional à 
terra destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente 
durante a intervenção na instalação elétrica. 
 
5.2.2.1. Aterramentos funcionais 
 
Os diferentes esquemas de aterramento caracterizam o método de aterramento do 
neutro da BT de um transformador AT/BT e o aterramento das partes metálicas expostas 
da instalação suprida por ele. 
A escolha do esquema de aterramento determina as medidas a serem tomadas 
para proteção das pessoas contra os riscos de contatos indiretos. 
Se necessário, vários esquemas de aterramento podem coexistir em uma 
instalação. 
 
Esquema TN 
� TN-S 
� TN-C 
� TN-C-S 
 
 
 
 
13 
 
TN-S. O condutor neutro e o condutor de proteção ficam separados ao longo de toda a 
instalação. 
 
 
TN-C – As funções de neutro e de condutor de proteção são combinadas em um único 
condutor 
 
 
 
TN-C-S – As funções do condutor neutro e do condutor de proteção são combinadas em 
uma parte da instalação. 
 
 
 
 
TT - O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as 
massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do 
eletrodo de aterramento da alimentação, figura abaixo. O condutor neutro é aterrado de 
maneira independente do aterramento das massas. 
 
 
14 
 
 
 
IT - No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da 
alimentação é aterrado através de impedância, figura abaixo. As massas da instalação são 
aterradas. 
Não existe qualquer ponto da alimentação diretamente aterrado, estando aterradas as 
massas da Instalação. 
 
 
 
ESCOLHENDO O TIPO DE ATERRAMENTO 
 
• Quando a alimentação provém de uma rede pública de baixa tensão, o neutro 
deve ser aterrado na origem da instalação (não utilizar esquema IT); 
• O esquema TN não é recomendado para locais com riscos de incêndio ou 
explosões devido aos elevados valores das correntes de falta; 
• Quando possível, utilizar o sistema IT em locais onde não possa ocorrer queda de 
energia, pois a interrupção do sistema só acontece na ocorrência da segunda 
falta, enquanto que esquemas como TN e TT, ocorre na primeira falta; 
• Utilizar o esquema TT quando existirem equipamentos que apresentem correntes 
de fuga consideráveis, pois é menos sensível às correntes diferenciais – residuais. 
 
 
Equipotencialização 
A NBR 5410, item 5.1.2.4 prescreve a equipotencialização e o 
seccionamento automático da alimentação como medidas gerais a serem aplicadas 
na proteção contra choques elétricos, além de outras exigidas em situações 
especiais. 
É o procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, 
visando obter a equipotencialidade necessária para os fins desejados. Todas as 
massas devem estar ligadas a condutores de proteção. 
Usado na proteção contra choques elétricos e sobre tensões e perturbações 
eletromagnéticas; 
Assim, a equipotencialização completa das instalações é estabelecida já na 
fase de projeto, através da previsão de ligação equipotencial a um mesmo 
 
 
15 
 
barramento principal de terra, das seguintes partes metálicas não energizadas das 
instalações: 
• Todos os eletrodos de aterramentos do sistema elétrico, ligados à malha de 
terra da instalação; 
• Todos os eletrodutos, bandejas e eletrocalhas metálicas (seja de circuitos 
elétricos, do SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas 
ou de telecomunicações e transmissão de dados); 
• Todas as capas de cobertura metálica de proteção de cabos de alimentação 
de energia (onde houver); 
• Todas as tubulações metálicas das instalações (seja de água, gás, esgoto, 
etc.), independente de cada uma delas possuir o seu próprio eletrodo de 
aterramento; 
• Todos os elementos metálicos da edificação (colunas e vigas de sustentação 
em aço, treliças de ferro de sustentação de telhados, grades de ferro e cercas 
divisórias, etc.), onde houver. 
Em suma, cada sistema (SPDA, antena de TV, estrutura metálica da 
edificação, etc.) deve ter os seus próprios eletrodos independentes – isso, 
independente das tubulações respectivas serem conectadas ao barramento principal 
de terra, comum aos demais circuitos da instalação. 
Estes procedimentos se complementam. Quando a equipotencialização não 
for suficiente para impedir tensões de contato perigosas, deve entrar em ação o 
seccionamento automático. 
 
As medidas de proteção coletiva contra choques elétricos compreendem: 
• Aterramento; 
• Limitação da tensão de contato (ou de toque); 
• Seccionamento automático. 
 
 
 
 
16 
 
5.2.2.2. Aterramentos de proteção – SPDA (Sistema de proteção contra 
descargas atmosféricas) 
 
Para evitar danos e lesões dos raios que caem sobre a superfície da terra, 
toda a instalação predial deve ser provida de SPDA – Sistema de Proteção contra 
Descargas Atmosféricas, construído de acordo com a norma ABNT NBR 5419, 
última versão. 
 
Pára-raios 
• É um SPDA que tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o 
ponto que ele atinge a edificação até o aterramento, o mais rápido e seguro 
possível; 
• O SPDA não pára o raio, não atrai raios e nem evita que o raio caia. 
• O SPDA protege o patrimônio (edificação) e as pessoas que estão dentro da 
edificação que é protegida. 
 
Gaiola de Faraday 
É formada por um captor, cabos de cobre no formato de uma malha, suportes 
isoladores e tubos de proteção para os condutores de descida até o solo. 
 
 
5.2.3. Dispositivos a corrente de fuga – DR 
 
São dispositivos que detectam pequenas correntes de fuga para a terra (por 
exemplo: fio desencapado em contato com a carcaça do equipamento), 
interrompendo automaticamente a alimentação, desligando o circuito. 
O caminho para terra pode ser o corpo humano. 
Os DR’s são classificados em DR de baixa e alta sensibilidade, de acordo 
com a corrente de atuação: 
• corrente de atuação > 30 mA – DR’s de baixa sensibilidade, utilizados 
apenas para contatos indiretos; 
• corrente de atuação ≤ 30 mA – DR’s de alta sensibilidade, pode ser 
utilizado tanto na proteção contra contatos indiretos quanto na proteção 
complementar contra contatos diretos. 
 
É obrigatório o uso de DR de alta sensibilidade (corrente diferencial-residual < 
30 mA em:• circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à 
edificação; 
• circuitos de tomadas situadas em áreas internas que possam vir a alimentar 
equipamentos no exterior, e 
• circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheiro ou 
chuveiro; 
• circuitos de tomadas de cozinha, copas, lavanderias, áreas de serviço, local 
interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens 
 
CAUSAS TÍPICAS DE FUGAS DE CORRENTE NA INSTALAÇÃO: 
 
• Emendas com isolação inadequada ou mal feita; 
• Danificação da isolação dos condutores durante a instalação; 
 
 
17 
 
• Caixas de passagem que armazenam água de chuva durante a obra, afetando 
as emendas; 
• Fixação e montagem inadequada de luminárias; 
• Parafusos das caixas de passagem que danificam a isolação dos condutores, 
durante a fixação. 
 
5.2.4. Barreiras e invólucros 
 
São dispositivos que impedem qualquer contato com partes energizadas das 
instalações elétricas. São componentes que possam impedir que pessoas ou animais 
toquem acidentalmente as partes energizadas, garantindo assim que as pessoas 
sejam advertidas de que as partes acessíveis através das aberturas estão energizadas 
e não devem ser tocadas. 
 
As barreiras: 
• Devem ser robustas, fixadas de forma segura e ter durabilidade; 
• Não devem ser removíveis sem o uso de chaves ou ferramentas; 
• Devem impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes 
vivas; 
• Garantir que as pessoas sejam advertidas de que as partes vivas 
acessíveis através da abertura são vivas e não devem ser tocadas 
intencionalmente. 
 
Também são exemplos as novas tomadas de energia e os receptáculos 
previstos na NBR 5410/2004, onde, além do recuo da face frontal dos orifícios de 
contato, se observa também o recuo das próprias partes “vivas”, as quais ficam 
praticamente inacessíveis a contatos, servindo de obstáculo para inserção de 
qualquer parte do corpo humano que tenha diâmetro >12 mm. Os plugues para 
essas tomadas contém contato elétrico apenas nas extremidades dos pinos. 
Outro exemplo são as placas de policarbonato. 
INVÓLUCROS – São envoltórios das partes energizadas destinados a impedir 
qualquer contato direto de suas partes internas. 
 
EX.: Pontos destinados a medição e distribuição de energia. 
 
5.2.5. Bloqueios e impedimentos 
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou 
religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores). 
 
5.2.6. Obstáculos e anteparos 
 
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes 
vivas, mas não o contato que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de 
ignorar ou contornar o obstáculo. 
 
5.2.7. Isolamento das partes vivas 
 
São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de 
eletricidade) que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura 
que estão energizadas, para que os serviços possam ser executados com efetivo 
controle dos riscos pelo trabalhador (tapetes, mantas, coberturas, etc.). 
 
 
18 
 
 
 
EXEMPLOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC 
 
As medidas de proteção coletiva são providências estratégicas que visam 
proteger todos os trabalhadores expostos à mesma condição de risco (em um 
mesmo local), eliminando ou minimizando acidentes para garantir a segurança e 
saúde do trabalhador. 
 
A NR-10, item 10.2.8.1 estabelece: 
 
“Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser 
previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva 
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de 
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores”. 
 
A Tabela abaixo apresenta a relação dos itens das Normas Técnicas e 
respectivas medidas de proteção coletiva. 
 
 
MEDIDA DE PROTEÇÃO COLETIVA NR-10 NBR 5410 NBR 14039 
Desenergização elétrica 10.5.1 NA NA 
Extra baixa tensão de segurança 10.2.8.2 5.1.2.5 NA 
Isolação das partes vivas 10.2.8.2.1 B.1 5.1.1.1 
 Invólucro ou barreira 10.2.8.2.1 B.2 5.1.1.2 
Equipotencialização e seccionamento 
automático da alimentação 
10.2.8.2.1 5.1.2.2 5.1.2 
Separação elétrica NA 5.1.2.4 NA 
Isolação dupla ou reforçada NA 5.1.2.3 NA 
Obstáculos 10.2.8.2.1 5.1.5.3 5.1.1.3 
Colocação fora de alcance NA 5.1.5.4 5.1.1.4 
Proteção adicional NA 5.1.3 NA 
 
As medidas de proteção coletiva complementam-se normalmente com 
EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva), onde podemos citar: 
• Dispositivos de isolação elétrica (calha, tapetes, lençóis isolantes, etc.); 
• Bloqueio e sinalização; 
• Varas de manobra; 
• Detectores de tensão; 
• Aterramento temporário e equipotencialização; 
• Dispositivos de sinalização; 
• Dispositivos de manobra; 
 
 
 
 
19 
 
5.3. MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 
 
Nos trabalhos em instalações elétricas quando as medidas de proteção 
coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, 
devem ser implantadas medidas de proteção individual, através dos EPI’s, 
conforme estabelece a NR-6 (Equipamento de Proteção Individual). (NR-10, 
subitem 10.2.9.1) 
Todo EPI deverá possuir CA, de acordo com o que determina a NR-6. Os 
certificados de EPI e de Proteção coletiva deverão estar anexados aos prontuários. 
Os EPI’s devem ser utilizados nas seguintes situações: 
• Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente 
inviáveis ou insuficientes; 
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
• Para atender a situações de emergências. 
 
Em condições normais, os EPI’s são medidas complementares ou adicionais 
às medidas de proteção coletiva e nunca podem ser adotados como primeira opção 
de medida de segurança. 
 As vestimentas de trabalho também mereceram atenção especial pela NR-10 
conforme o estabelecido pelo subitem 10.2.9.2: 
 
“As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo 
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências 
eletromagnéticas”. 
 
 
Alguns exemplos de EPI’s: 
 
PROTETOR FACIAL 
 
 Categoria Riscos 1 e 2 Categoria Riscos 3 e 4 
 
 
 Categoria de Risco 4 
 
 
20 
 
 
 
 
 
LUVAS PARA ALTA TENSÃO ÓCULOS 
 
 
 
 
 
21 
 
5.4. FERRAMENTAS PARA TRABALHOS COM ELETRICIDADE 
 
As ferramentas a serem utilizadas em serviços em eletricidade devem ser 
eletricamente isoladas (corpo inteiro), principalmente quando da utilização em 
instalações elétricas energizadas. Uma ferramenta isolada é aquela submetida pelo 
fabricante a ensaios de isolamento, com os níveis adequados de tensão. 
A isolação para ferramentas manuais até 1000 V deve atender a NBR 9699 última 
versão ou a Norma IEC 60900: 
 
• Origem (identificação do fabricante com sua marca); 
• Referência do produto (exemplo: MS4); 
• Ano de fabricação (exemplo 2007); 
• Símbolo da norma IEC900 e a tensão de uso de 1000 V. 
 
 Também de acordo com o item 6.1.1 da NBR 9699, as inscrições feitas nas 
ferramentas isoladas devem ser inspecionadas através de exame visual, devendo ser 
constatado que estão corretas, completas e bem legíveis. 
 
 Para trabalhos em áreas que contenham atmosfera explosiva deverão ser 
utilizadas ferramentas apropriadas para esses ambientes, denominadas ferramentas 
ATEX. 
As ferramentas ATEX para trabalho em atmosferas explosivas são desenvolvidas 
para que o atrito na utilização ou mesmo o choque entre elas, não gere faíscas. 
A norma NFE 74 400 define as condições a serem cumpridas pelo revestimento 
aplicado às ferramentas manuais em atmosfera explosiva. 
 
Recomendações 
• Os equipamentos e ferramentas a seremutilizados devem ser previamente 
inspecionados, estar em bom estado de conservação e, após seu uso, serem 
limpos, inspecionados, acondicionados e guardados em locais apropriados; 
• Ferramentas, equipamentos ou métodos de trabalho não padronizados não 
devem ser usados sem a aprovação prévia; 
• O empregado não deve trabalhar com ferramentas nos bolsos ou junto ao 
corpo. Não deve também arremessá-las e nem colocá-las em local que 
ofereça risco de queda; 
• As ferramentas e os equipamentos em geral devem ser transportados em 
sacola ou caixa adequada; 
• Para içar e descer todas as ferramentas, equipamentos ou pequenas peças, 
deve ser utilizada a sacola para içar ferramentas com o auxílio de carretilha 
e corda de mão; 
 
 
 
 
22 
 
5.5. PLANO DE INSPEÇÃO 
 
Inspeções 
São vistorias rotineiras realizadas nas instalações e equipamentos que objetivam 
diagnosticar as condições ambientais, procedimentos técnicos de trabalho, bem 
como, comportamentos, atitudes, visando subsidiar estudos que possibilitem a 
implementação ou revisão das medidas de segurança por ventura existente. 
 
Como inspecionar? 
• Planejar antecipadamente o que observar, quando da inspeção; 
• Orientar-se através de um check-list; 
• Identificar causas de atos, procedimentos, condições ambientais 
e/ou condições abaixo dos padrões esperados; 
• Adotar medidas de segurança temporárias e imediatas; 
• Identificar e registrar as “irregularidades” observadas; 
• Classificar os riscos: intolerável, substancial, moderado, trivial; 
• Buscar contribuições fora de seu raio de visão. 
 
Prazos para regularização das pendências 
Definida as ações, o passo seguinte é definir os prazos. Para tanto, 
considerar o tempo necessário para a implementação das ações, considerando a 
severidade dos riscos levantados. 
 
Acompanhamento das Inspeções. 
O check-list objeto da inspeção deve gerar um relatório das condições de 
segurança do ambiente, das instalações, ferramentas, equipamentos e dos 
comportamentos e atitudes observados. 
A rotina de inspeções assegura a implementação de ações corretivas, não 
permitindo novas ocorrências, eliminando os riscos identificados e estabelecendo as 
responsabilidades, quanto: 
• Prazos para ações corretivas dos riscos classes A, B e C; 
• Elaboração de um banco de dados para registro das informações 
levantadas e analisadas; 
• A quem deverá ser encaminhado o relatório, apontando às melhorias 
(alternativas) para a solução dos problemas diagnosticados; 
• Definição do(s) responsável (is) pela implantação das novas medidas 
corretivas, de segurança, visando garantir a sua eficácia. 
 
 
 
 
23 
 
5.6. SISTEMA DE GESTÃO 
 
Conjunto de ações utilizadas por uma empresa, que se relacionam entre si e 
que são interdependentes, com o objetivo de planejar, operar e controlar suas 
atividades visando atingir objetivos estabelecidos e devem possuir princípios, 
objetivos, estratégias, política, diretrizes, sistemas organizacionais, atividades, 
métodos, normas e procedimentos. 
Deve permitir a empresa controlar seus riscos e melhorar continuamente seu 
desempenho em SSO, em atendimento a sua política e legislação vigente, devendo, 
para isto, ser periodicamente avaliado 
A nível nacional, a ABNT (2010) apresentou os requisitos para implantação 
de um Sistema de Gestão, baseado na Norma OHSAS 18001:2007, de forma que as 
empresas possam desenvolver e implementar programas que levem em conta os 
requisitos legais e as informações sobre os riscos nos ambientes de trabalho. O 
Sistema busca a melhoria contínua, através do Planejamento, Execução, 
Verificação e Ação e ressalta que o sucesso depende do envolvimento de toda a 
empresa, principalmente da Alta Direção, sendo elementos desse Sistema: 
• A participação dos trabalhadores 
• O controle social 
• A Política de SST 
• Requisitos gerais 
• Planejamento 
• Execução 
• Verificação 
• Ação 
De acordo com Liggett (2006), a segurança em eletricidade não se resume 
apenas ao fornecimento de equipamentos de proteção individual. Para eliminarmos 
ou reduzirmos os riscos de acidentes devemos avaliar todos os fatores que possam 
contribuir para a geração dessas ocorrências e recomenda que os mesmos sejam 
divididos em grandes grupos e depois sejam subdivididos para que possam ser 
melhor controlados e analisados. 
Covey (1989, apud Liggett, D, 2006) utilizou o conceito de sobreposição de 
três círculos (Figura abaixo) para analisar as influências dos fatores 
individualmente e a combinação dos mesmos. 
Nesse modelo, quanto maior a sobreposição, maior o efeito que cada área 
separada tem sobre outras áreas, e o impacto global será mais significativo. Esse 
mesmo conceito poderá ser aplicado em segurança com eletricidade. 
 
Fonte: Adaptado de (LIGGETT, 2006) 
 
 
 
24 
 
Se a empresa possui pessoal bem treinado e um bom sistema de gestão, mas os 
equipamentos são antigos e não são bem mantidos, há uma grande possibilidade de 
ocorrerem falhas nos mesmos, podendo provocar acidentes. 
 
PROPOSTA PARA O SISTEMA DE GESTÃO 
O sistema deve se basear no princípio da melhoria contínua (PDCA), 
conforme se apresenta na Figura a seguir: 
 
 
Figura: Melhoria contínua do sistema de gestão 
Fonte: O autor (2013) 
 
Num processo de melhoria contínua, além do comprometimento da alta 
direção da empresa, é importante e necessária a participação de todos, devendo esta 
conduta ser estimulada permanentemente. 
Recomendamos a utilização desses sistemas em todas as atividades da 
empresa, não apenas para serviços com eletricidade. 
 
 
 
 
25 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Souza, Alexandre Batista de; Eriedna Santos; Santos Jr., Joacy; 
Nobrega, Justino Sanson Wanderley da – Guia Prático de 
implementação dos treinamentos de NR-10; 
• Souza, João José Barrico de – Manual de auxílio na interpretação e 
aplicação da nova NR-10; 
• Moraes, Giovani Araújo- Normas Regulmentadoras Comentadas; 
• Cardella, Benedito – Segurança no trabalho e prevenção de acidentes; 
• Oliveira, Aloízio Monteiro – Curso básico de segurança em 
eletricidade; 
• Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do 
Trabalho – FUNDACENTRO; 
• Modelo de Sistema de Gestão de Saúde e Segurança em Serviços com 
Eletricidade em Canteiros de Obras de Edificações – Jayme Passos 
Rachadel e Rodrigo Eduardo Catai.

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