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FISIOLOGIA DO TRATO GASTROINTESTINAL Raphael de Souza Pinto Professor Assistente – Ciências Biológicas – Disciplina Fisiologia Humana INTRODUÇÃO • Digestão e absorção de nutrientes INTRODUÇÃO PAPEL AUXILIAR NA DIGESTÃO INTRODUÇÃO Motilidade, secreção, digestão e absorção ESTRUTURA GASTROINTESTINAL MUCOSA GASTROINTESTINAL • Células epiteliais; • Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo – contem glândulas, linfonodos e capilares); • Camada muscular da mucosa SUBMUCOSA • tecido conjuntivo frouxo – contem colágeno e fibras de elastina • Os troncos nervosos e vasos sanguíneos se encontram na submucosa PAREDE MUSCULAR • CAMADA CIRCULAR INTERNA • CAMADA CIRCULAR EXTERNA • Atividade elétrica: ondas lentas e contrações localizadas Esfíncter esofágico superior e inferior Esfíncter pilórico Esfíncter ileocólica e anal Vascularização do TGI • Vascularizado por artérias e veias importantes Artérias: esofágica, gástrica, celíaca hepática, mesentérica superior Função do TGI • Motilidade • Secreção • Digestão • Absorção Por todo o TGI, a contração do músculo liso impulsiona e mistura os conteúdos luminais. Motilidade gastrointestinal • Entrada (boca e esôfago superior) e saída (esfíncter anal) contém músculo esquelético- voluntário • Restante do TGI é revestido por músculo liso – involuntário. Possuem ação contrátil coordenada. • Coordenação regulada pelo estímulos do sistema nervoso entérico e hormônios. Peristaltismo- onda de contração organizada que propele o conteúdo na direção aboral iniciado pela distensão do músculo liso. • A regulação do sistema nervoso entérico utiliza interneurônios que usam neurotransmissores e neuromoduladores. • Os hormônios GI também contribuem para a regulação da motilidade GI. REGULAÇÃO GASTROINTESTINAL O SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO OU INTRÍNSECO • Formado pelos neurônios do plexo mioentérico e submucoso (100 milhões de neurônios) • Corpos celulares localizados nos plexos mioentérico e submucoso • Estão conectados ao SNA (parassimpático e simpático) mas pode funcionar de modo autônomo. • Plexo mioentérico: inerva as camadas musculares longitudinais e circulares e está envolvido com o controle motor • Plexo submucoso: inerva o epitélio glandular, as células endócrinas e os vasos sanguíneos = controle da função secretora O SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO OU INTRÍNSECO • Terminações axônicas sinapse com células musculares lisas • Neurotransmissores deste sistema: acetilcolina, noradrenalina, serotonina, VIP, CCK, NO dentre outros polipeptídeos. Motilidade oral e esofágica • Mastigação- voluntária, triturar o alimento e facilitar a interação da amilase salivar com o amido. Não é essencial, mas facilita o processo. • Deglutição- onda peristáltica move o alimento pelo esôfago em 10 segundos. O peristaltismo secundário se inicia por distensão esofágico (SN entérico) Voluntário - início (língua insere o alimento contra o palato duro) Involuntária- entrada do alimento na faringe desencadeia o reflexo de deglutição (receptores táteis) Esôfago: Parte inicial - músculo estriado esquelético Parte média- músc estriado + liso último terço- músculo liso Deglutição Motilidade gástrica • Fundo e Corpo = reservatórios. • Estimulados pelo NO e VIP liberados na deglutição. • Estímulo para o esvaziamento é por ondas lentas (3 em 3 minutos) Antro:. Contração forte. alimento + suco gástrico= quimo LÍQUIDO – SÓLIDO - LIPÍDIOS Esvaziamento gástrico • Esvaziamento com intensidade e velocidade controlada por reflexos hormonais, originados do duodeno. • Gastrina e Secretina Hormônio Digestivos Ação Estimulados por Origem Gastrina Secreção gástrica de H+ Peptídeos, aminoácidos, acetilcolina Células G gástrica Colecistocinina Secreção de enzimas pancreáticas, contração da vesícula biliar e inibição do esvaziamento gástrico Ácidos graxos Intestino delgado Secretina Liberação de pepsina. Secreção pancreática de HCO3 - Acidez luminal Intestino delgado Peptídeo inibidor gástrico Liberação de insulina, inibição da secreção de HCl Glicose Aminoácidos Ácidos graxos Intestino delgado Peptídeo 1 – semelhante ao glucagon Liberação de insulina, estimulação, inibição da liberação de glucagon Gordura e carboidrato Intestino delgado Duodeno • Contração do antro – relaxamento do duodeno • O piloro evita lesão ácida na mucosa intestinal por ajustar a capacidade de esvaziamento ao tamponamento duodenal e a regurgitação do conteúdo duodenal evitando que a bile lese a mucosa gástrica. • O quimo (pH <3,5) desencadeia reflexos que inibem a motilidade gástrica por reflexo neural e liberação de secretina. • A secreção de HCO3 - neutraliza o quimo presente no duodeno, ficando mais hipertônico a medida que progride. • A tonicidade duodenal diminui com o tempo, à medida que os componentes digeridos da dieta são absorvidos. • Monossacarídeos aumentam a contração do piloro. • Monossacarídeo, aminoácidos (triptofano) e ácidos graxos de cadeia longa e insaturados retardam a velocidade do esvaziamento gástrico. • Lipídios estimulam a liberação de colecistocinina (CCK) que contrai o piloro e relaxa o fundo gástrico. O peptídeo inibidor gástrico (GIP) também pode ter esse mesmo efeito. Elementos do quimo no controle da motilidade gastrointestinal Movimentos do intestino delgado: peristálticos (ou propulsivos) e de mistura (segmentares) VÁLVULA ÍLEOCECAL • Evitar refluxo retrógrado do cólon para o intestino • Esfíncter ileocecal: ceco distendido = aumento da contração do esfíncter (reflexos simpáticos) e peristaltismo ileal inibido Movimentos do intestino grosso: Movimentos haustrais (mistura) e de massa (defecação) http://www.icb.ufmg.br/fib/gradua/digestivo/index.htm Defecação Reflexo de Defecação Parassimpático Iniciado pelo estiramento das paredes do reto Segmentos sacrais da medula espinhal (aferentes) Retornam ao cólon sigmoide e reto através de fibras parassimpáticas dos nervos pélvicos Intensificação de ondas peristálticas e relaxamento do esfíncter anal interno Inspiração profunda, fechamento da glote, contrações abdominais = força o conteúdo para baixo Composição das fezes SECREÇÕES GASTROINTESTINAS SECREÇÕES GASTROINTESTINAS • Secreção salivar • Secreção gástrica • Secreção Intestinal (Duodeno) • Fígado • Pâncreas Exócrino TIPOS DE SECREÇÕES GASTROINTESTINAS • Neurócrinas • Endócrinas • Exócrinas Glândulas Salivares PARÓTIDAS: mais volumosas, secreção serosa, não secretam mucina. SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS: glândulas mistas (contém células serosas e mucosas). Secreção mais viscosa. Produção de saliva: função enzimática e de lubrificação Estruturas das Glândulas Salivares • Células mucosas secretam muco • Células serosas secretam um fluido rico em amilase • Ácinos mistos Secreção Salivar • Composta por água, eletrólitos e matéria orgânica • pH varia de 6 a 7,4 • Secreção diária varia de 800 a 1500 mL • Secreção basal de 0,5 mL/ minuto, aumentando de 10 a 20 vezes durante a alimentação • A saliva é composta por dois tipos de secreção • Secreção Serosa:• Ptialina (a-amilase) • Digestão de polissacarídeos • Produzido pelas parótidas, submandibular e sublingual. • Secreção mucosa: • Mucina, papel na lubrificação e proteção da mucosa GI. • Produzido na submandibular e sublingual. • Secreção íons na saliva: • grandes quantidades de K+ e bicarbonato Secreções Esofágicas MUCO • Células mucosas, lubrificação e proteção PEPSINOGÊNIO • Pró-enzima secretada pelas células oxínticas (gástricas) ÁCIDO CLORÍDRICO • Desnaturação protéica, ativação do pepsinogênio, bactericida FATOR INTRÍNSECO • Essencial para absorção da vitamina B12 COMPOSIÇÃO DO SUCO GÁSTRICO Glândulas Oxínticas ou Gástricas • Estão no corpo e fundo do estômago (80%) • HCl, Pepsinogênio, fator intrínseco e muco Glândulas Pilórica • Localizadas na porção antral (ocupam 20 %) • Muco, gastrina e pouca quanitidade de pepsinogênio Glândulas Oxínticas • Células Mucosas, células zimogênicas ou pépticas e células parientais ou oxintícas • Células Endócrinas • Células G (Esfíncter Pilórico) = Produção da Gastrina Secreções Intestinais • Tanto o intestino delgado como o intestino grosso secreta grandes quantidades de muco, que tem papel importante na proteção da mucosa intestinal. Secreções hepáticas e pancreáticas PÂNCREAS 2 TIPOS DE SECREÇÃO: • EXÓCRINA: funções digestivas • ENDÓCRINA: insulina e glucagon Estrutura semelhante à glandula salivar: • Ácinos: secretam pequeno volume, rico em enzimas • Células epiteliais: produzem grandes quantidades de sódio e bicarbonato Suco pancreático • Estímulos: hormonais, químicos e neurais gerados pela presença do quimo no intestino delgado. • As características do suco pancreático secretado são determinadas pelo tipo de nutriente presente no quimo. Conteúdo enzimático do suco pancreático • Quimiotripsinogênio • Tripsinogênio • Carboxipeptidase • Desoxirribonuclease • Lipase • Amilase Fígado Composição da Bile fosfolípides ácidos biliares ácidos graxos monoglicerídeos diglicerídeos colesterol CG NPC1L1 RE NPC1L1 ABCG5 ABCG8 CE ACAT2 CL ApoB48 TG QM Conclusões • A principal função do sistema GI é a de digerir e absorver a dieta. A dieta contem formas complexas de carboidratos, proteínas e de gorduras, que são degradados a seus componentes mais simples antes de serem absorvidos. • A motilidade, bem como as secreções gastrointestinais facilitam o transporte, degradação e absorção dos nutrientes oriundos da dieta.
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