Texto Crítico

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F FACULDADE PAULISTA DE ARTES 
 4° Semestre – Matutino 
 Arte Contemporânea: Linguagens – Profº Gilberto Habib 
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SAMANTA PEREIRA FERDINANDI 
 
 
TEXTO CRÍTICO 
 
A arte sempre nos causou alguma inquietação, e talvez este seja seu intuito. E, ao mesmo 
tempo que a arte nos proporciona beleza, harmonia, reflexões, ela também nos traz 
instabilidade, desordem e desconforto. Ela é a estética que mexe com nossos sentimentos, 
percorrendo por nosso psicológico. 
São trazidos dois artista que nos mostra o que a arte provoca em cada um de nós. Um deles é 
o artista Flávio de Carvalho, brasileiro nascido na Barra Mansa, Rio de Janeiro, este artista 
dos anos 20, gostava de fugir das regras impostas nas acadêmicas de arte e suas obras eram 
vistas como, macabras e exageradas, buscava mostrar como a mente humana age de forma 
estranha quando está em grupos e como muitas vezes consumimos sem saber por que e como. 
Seu interesse era despertar reações psicológicas em quem via seus trabalhos, buscando sempre 
um contato direto com o espectador. 
Dentre seus trabalhos mais polêmicos esta a performance Experiência 3, onde o artista desfila 
com saia e blusa de mangas custas e bufantes o "Traje Tropical", uma crítica ao vestuário de 
modelo europeu adotado em países de clima tropical como o nosso. Com essa atitude, o 
artista nos aponta para as questões relacionadas ao olhar do estrangeiro sobre as ditas culturas 
"exóticas". 
Um outro artista que gosta de atrair o olhar do espectador, mas de uma forma sutil e cheio de 
enigmas, seria Fabio de Oliveira, da zona norte de São Paulo, mais conhecido como Cranio. 
Seus grafites são polêmicos por se tratarem de questões consumistas, sustentáveis, políticas e 
o rumo que a nossa sociedade vem tomando, mas sempre de uma forma engraçada e 
camuflada. 
Dentre seus trabalhos está seu incrível e clássico índio azul, pintado em um mural de 20 
metros, na Vila Mariana, ele faz uma releitura do game Assassin's Creed, o índio segura uma 
gravata na mão, que possui uma mensagem por trás da imagem. A simbologia em questão. 
representa a corrupção e o contexto da obra representa a vontade de eliminá-la. 
A arte é mais que libertadora, ela é reveladora, permeia pelo espaço e pelo tempo e transcede. 
É um reflexo de nos mesmos e muitas vezes representa nossa condição social e essência de 
ser pensante.