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Aparelho reprodutor feminino

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Milena Araujo – XLIX 
Aparelho reprodutor feminino 
Os constituintes do aparelho reprodutor feminino são:
Ovário. 
Tuba uterina. 
Útero.
Vagina 
Genitália externa. 
É dividido em interno e externo; o externo é composto pelo monte do púbis – coberto de pelos, grandes lábios, óstios da uretra, ânus e canal vaginal, e pelos pequenos lábios. A parte interna compreende as estruturas a partir do canal vaginal. 
O canal da vagina possui lactobacilos que produzem ácido que matam os espermatozoides na entrada do canal. Essa região é revestida por epitélio pavimentoso estratificado até o orifício do colo do útero. 
Ovário
Possui duas regiões:
Medular: rica em vasos e tecido conjuntivo;
Cortical: onde estão presentes os folículos ovarianos 
- Folículo primário; estão presentes desde o desenvolvimento embrionário/nascimento.
- Folículos em crescimento/secundários: presente desde a estimulação do FSH até o 14º dia do ciclo. 
- Folículos maduro ou de Graaf: vai lançar o ovócito secundário para o terço distal da tuba uterina. 
Imagem
Tuba uterina 
Possui duas porções a mucosa e a muscular; 
A porção mucosa:
Dobras longitudinais ramificadas e revestidas por epitélio cilíndrico ciliado – que auxiliam no transporte, e célula produtoras de muco. 
Possui ainda uma película em movimento com função de locomover o ovócito/embrião. 
A porção muscular é composta por músculo liso. 
Útero
O útero possui três regiões macroscópicas – cólo, corpo e fundo do útero. 
O epitélio do istmo, voltinha da entrada do útero, uterino possui células escamosas que depois tornam-se cilíndricas e próximo ao colo do útero o epitélio possui cílios. 
O corpo uterino é formado por três regiões:
Mucosa – estão presentes as glândulas tubulares simples e estroma endometrial. 
Muscular – músculo liso.
Serosa – mesotélio peritoneal ou adventícia. 
O corpo do útero sofre modificações cíclicas – descamação e proliferação do endotélio por exemplo. 
O útero é o órgão que sofre maior quantidade de transformações durante o ciclo menstrual. Esse ciclo se divide em três fases: 
Fase proliferativa: é regida pelo hormônio estrógeno e por isso recebe o nome de estrogênica – acontecem a proliferação das glândulas do fundo do endométrio, a camada basal não sofre alteração hormonal. E o estroma dessa região é composto por tecido conjuntivo denso. 
Fase secretora: é regida pela progesterona e nesta fase acontece a secreção das glândulas, que passam a ter um aspecto tortuoso e uma luz ampla; o estroma passa a ficar com grande quantidade de líquido intersticial; e há desenvolvimento de arteríolas. Essas ações fazem com que o endométrio aumente para cerca de 5mm. 
Fase menstrual: há uma queda brusca de estrógeno e progesterona que causará vasoconstrição das arteríolas gerando uma isquemia e posterior necrose do endométrio; essa necrose causa descamação das camadas superficiais do endométrio (camada basal continua entocada) haverá então ruptura dos vasos e posterior hemorragia. 
O colo uterino possui quatro regiões importantes: 
Porção interna: endocérvice. É o canal endocervical revestido por epitélio colunar e glândulas tubulares ramificadas – denominadas glândulas endocervicais e fazem a secreção de muco. 
Este muco difere conforme a fase cíclica; na fase proliferativa é rico em água e bastante fluído. Já na fase secretora é denso e viscoso e forma um tampão mucoso durante a gravidez – quando na hora do parto é o primeiro sinal. 
Porção externa: ectocérvice – possui epitélio pavimentoso estratificado. 
Orifício externo é onde localiza-se a JEC: uma junção escamo colunar. 
JEC: junção escamo colunar, localizada para fora do orifício ectocérvice, ou seja, na entrada do lado de fora do útero, possui epitélio colunar. É uma região de troca cíclica de epitélio e por isso suscetível a câncer – HPV. 
A JEC é deslocada para fora do orifício externo e possui epitélio colunar, essa região sofre constantes descamações e surge uma metaplasia escamosa. 
A JEC é local de irritação crônica – traumas, infecções, local onde surgem lesões pré-cancerosas. 
Na idade fértil o orifício é mais aberto e fica em contato com o ácido da vagina e por isso o epitélio é substituído, acontece uma metaplasia, por epitélio pavimentoso estratificado, mais resistente, e que fecham a saída de secreção das glândulas e são formados os folículos de Nabith. 
Placenta prévia: é uma gravidez ectópica, acontece quando o embrião faz a nidação no colo do útero e não no fundo ou corpo como é o comum. É a principal causa de sangramento até o 3º bimestre devido ao deslocamento da placenta, ou mesmo de seu rompimento ou lesões mais graves que causará a desnutrição do embrião que não receberá sangue adequadamente.
Vagina
Possui três camadas: 
Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e córion.
Muscular: músculo liso. 
Túnica fibrosa: tecido conjuntivo denso – semelhante a adventícia, não há epitélio.
Quando há aumento de estrógeno há aumento no número de células e aumento da diferenciação e consequentemente aumento das células superficiais. Quando há maior concentração de progesterona há maior síntese e acumulo de glicogênio. 
O glicogênio é utilizado pelas bactérias da flora vaginal para formar ácido com baixo pH que impede a proliferação de outras bactérias. E como já dito pode causar a morte de espermatozoides. 
Em mulheres menopausadas e meninas a quantidade de hormônios sexuais é reduzida e o epitélio fica atrófico, ou seja, imaturo, e sem glicogênio e por isso os bacilos da flora intestinal não se desenvolvem e há maior número de infecções nessas mulheres. Essas mulheres possuem ainda a JEC alta. 
Mama 
Conjunto de glândulas exócrinas independentes túbulo alveolares, separadas por tecido conjuntivo. Essa glândula sofre alterações ao longo do ciclo:
Fase estrogênica: a proliferação dos ductos e porções secretoras. 
Fase progesterônica: aumento do tecido adiposo, e maior hidratação do tecido conjuntivo – aumento de tamanho. 
Na gravidez o estrógeno, progesterona, prolactina e hormônio mamotrófico placentário fazem uma intensa proliferação dos ductos e túbulos para posterior secreção. 
Lactação aumento da quantidade de organelas para secreção de leite e consequente aumento de lipídeos, proteínas e lactose. 
A liberação de oxitocina acontece pelo reflexo de sucção do mamilo, e isso fará a ejeção de leite por meio da contração das células mioepiteliais. 
Quando a lactação acaba, as organelas sofrem autofagia e a mama retorna ao estado de repouso. 
Ciclo menstrual
Cerca de 400 ovócitos serão levados ao ciclo, ou seja, estimulados pelo FSH, que então se tornará secundário iniciando a produção de estrogênio – que continuará a maturação do ovócito. 
O LH é excretado que estimula a produção de progesterona e paralelamente causa uma queda na concentração de estrógeno. A queda na concentração de estrógeno e o aumento da concentração de progesterona fazem com que seus limiares de concentração se tornem iguais e quando isso acontece há a abertura do folículo de Graaf e a ovulação.
Só se torna óvulo quando há fusão das cargas genéticas e fim das zonas pelúcida e radiata. Em caso de fecundação a progesterona se mantém alta até a 4º semana de gestação. A progesterona é produzida pelas células foliculares do corpo lúteo, para haver nutrição do embrião. O corpo lúteo é mantido pelas gonadotrofinas coriônicas do trofoblasto; os níveis de progesterona e estrógeno também se mantém altos e por isso não há estimulo do FSH e consequentemente não há início de um novo ciclo. 
Quando não há fecundação há uma queda hormonal brusca fazendo uma vasoconstrição causando descamação do endométrio e reinicio do ciclo com o estimulo do FSH – devido à queda. 
A cada ciclo o corpo lúteo é aumentado e em caso de não fecundação ele torna-se uma cicatriz na superfície do ovário e torna-se um corpo branco. Após o parto esse processo também acontece. 
Atonia uterina é a deixada de placenta dentro da cavidade uterina causando uma reação infecciosa.Mulheres com grande quantidade de gordura podem menstruar durante a gravidez devido ao tecido adiposo que pode ser convertido em estrógeno. 
Citologia esfoliativa 
É o método de estudo das células que normalmente descama e tem como finalidades:
Detectar lesões precursoras do câncer do colo uterino – Papanicolau. 
Detectar indiretamente a função ovariana – secreção de estrógeno e progesterona. 
Até 14º dia –predomínio de células superficiais.
14° até o 28° - predomínio de células intermediárias. 
Na infância, menopausa ou insuficiência ovariana há predomínio de células basais e parabasais. Em caso de hiperfunção ovariana como tumores haverá predomínio de células superficiais e em caso de inflamações haverá presença de células linfoides.

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