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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OVÁRIOS: 
O ovário contém um grande número de folículos, cada um dos quais inclui um óvulo. Alguns desses 
folículos amadurecem durante o ciclo ovariano, e os óvulos progridem para ovócito secundário no estágio 
de meiose. Durante a ovulação, o folículo maior rompe-se e libera o ovócito secundário. O folículo 
rompido tornase corpo lúteo que regride para se tornar um corpo albicans. 
Os ovários de uma mulher sexualmente madura são estruturas sólidas, ovóides com aproximadamente 3,5 
cm de comprimento, 2 cm de largura e 1 cm de espessura. Os ovários de uma menina jovem são lisos e 
róseos. Em seguida à puberdade, os ovários tornam-se rosa acinzentados e têm uma superfície irregular 
por causa das cicatrizes causadas pelas ovulações. Na porção medial de cada ovário está o hilo, que é o 
ponto de entrada dos vasos e nervos ováricos. A porção lateral do ovário está posicionada próximo à 
extremidade aberta da tuba uterina. 
O par de ovários está posicionado na parte superior da cavidade da pelve, lateralmente ao útero. Cada 
ovário está situado em uma depressão rasa da parede posterior do corpo, a fossa ovária, e mantidos em 
ÓRGÃOS SEXUAIS 
PRIMÁRIOS 
Gônadas = ovários = produz gametas, hormônios 
sexuais esteróides, características sexuais secundárias. 
SECUNDÁRIOS 
Estruturas essenciais para o sucesso da fertilização do 
óvulo, da implantação do blastocisto, do desenvolvimento 
do embrião e feto, e do parto = útero, tubas uterinas, 
vagina, genitais externas, mama. 
Ovários normais e sadios geralmente não 
podem ser palpados. Se os ovários 
estiverem inchados ou deslocados, são 
palpáveis pela vagina. Os ovários se 
atrofiam durante a menopausa, e se o 
ovário estiver aumentado nas mulheres 
após a menopausa, é motivo de 
preocupação. 
CICLO OVARIANO: 
As células germinativas que migram para o interior dos ovários 
multiplicam-se em torno dos 5 meses de gestação, os ovários contém 
ovócitos primordiais = ovogônias. No fim da gestação, as ovogônias 
iniciam a meiose, quando são chamadas de ovócitos primários. A 
meiose está ligada à prófase I da primeira divisão meiótica e, 
portanto, os ovócitos primários ainda são diploides. 
posição através de várias fixações membranosas. A principal membrana de sustentação do sistema genital 
feminino é o ligamento largo do útero. O ligamento largo do útero é o peritônio parietal que sustenta as 
tubas uterinas e o útero. O mesovário é uma extensão posterior do ligamento largo específica que se 
prende a um ovário. Cada ovário é ainda mantido em posição pelo ligamento útero-ovárico, que está 
ancorado ao útero, e um ligamento suspensor do ovário, que está preso à parede da pelve. 
Cada ovário consiste em quatro camadas. O epitélio germinativo é a fina camada externa composta de 
células epiteliais cúbicas. Uma camada de tecido conjuntivo denso chamado túnica albugínea está 
localizada imediatamente abaixo do epitélio germinativo. A parte principal do ovário é dividida em uma 
camada externa, o córtex, e outra interna vascular, a medular, embora o limite entre estas camadas não 
seja distinto. O estroma – o material do ovário no qual os folículos e vasos sanguíneos estão imersos. 
A irrigação sanguínea é feita pelas artérias ováricas que se originam nas laterais da parte abdominal da 
aorta, logo abaixo da origem das artérias renais. Um suprimento adicional vem dos ramos ováricos das 
artérias uterinas. O retorno venoso se faz através das veias ováricas. A veia ovárica direita se abre na veia 
cava inferior, enquanto a veia ovárica esquerda desemboca na veia renal esquerda. 
Os ovários possuem inervação simpática e parassimpática a partir do plexo ovárico. Contudo, a inervação 
dos ovários é apenas para as redes vasculares e não para a substância folicular no interior do estroma. 
 
 
Os ovócitos primários que não são estimulados a completar a primeira divisão meiótica ficam 
contidos no interior de folículos primordiais. Em resposta à estimulação através de hormônios 
gonadotróficos, alguns desses ovócitos e folículos crescem, e as células foliculares dividem-se para 
produzir o epitélio folicular que envolve o ovócito e preenche o folículo. Um folículo nessa fase do 
desenvolvimento é chamado de folículo primário. 
Alguns folículos primários são estimulados a crescer ainda mais e desenvolvem uma cavidade cheia de 
líquido, chamada antro. Nesse ponto, eles são chamados folículos secundários. O epitélio folicular dos 
folículos secundários forma um anel em torno da circunferência do folículo, chamada corona radiata, e 
um espessamento que sustenta o ovócito, chamado cumulus oophorus. Entre o ovócito e a corona radiata 
encontra-se uma fina camada semelhante a um gel de proteínas e polissacarídeos chamada zona pelúcida. 
Sob estímulo do hormônio folículo estimulante (FSH) da adeno-hipófise, as células foliculares secretam 
estrógeno (células foliculares produzem estrógenos a partir de seu precursor testosterona, que é fornecida 
por uma camada externa ao folículo chamada teca interna). 
Enquanto o folículo se desenvolve, o ovócito primário, completa sua primeira divisão meiótica. Contudo, 
não se formam duas células completas: ovócito secundário – fica com quase todo o citoplasma e outra 
célula, que se torna um pequeno corpúsculo polar, que finalmente se fragmenta e desaparece. O ovócito 
secundário entra na segunda divisão meiótica, mas a meiose permanece parada na metáfase II e nunca se 
completará a menos que ocorra a fertilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ovulação: em torno do décimo ao décimo quarto dias seguintes ao primeiro dia de um período menstrual, 
comumente apenas um folículo amadureceu 
completamente para se tornar um folículo ovárico 
vesiculoso (de Graaf). Outros folículos 
secundários regridem durante aquele ciclo 
menstrual e se tornam atrésicos. Sob estimulação 
hormonal adequada (uma súbita liberação de 
hormônio luteinizante pela adeno-hipófise, ativada 
por um nível elevado de estrógeno), esse folículo 
se romperá e expulsará seu ovócito secundário na 
cavidade peritoneal, perto da abertura da tuba 
uterina no processo de ovulação. 
O ovócito secundário liberado está envolvido pela zona pelúcida e corona radiata. Se não for fertilizado, 
desintegra-se em poucos dias. Se um espermatozoide atravessa a corona radiata e a zona pelúcida e entra 
no citoplasma do ovócito secundário, o ovócito completa a segunda divisão meiótica e se torna um ovo 
maduro. Nesse processo, o citoplasma, novamente, não se divide igualmente; a maior parte permanece no 
zigoto, deixando outro corpúsculo polar. 
Folículo primordial e primário 
Folículo ovárico vesiculoso maduro 
Ovócito primário na metáfase I da meiose e 
um ovócito secundário no fim da primeira 
divisão meiótica e o corpúsculo polar (seta). 
Como o infundíbulo da tuba 
uterina não está fixo, torna-se uma 
via para que agentes patogênicos 
entrem na cavidade peritoneal. A 
mucosa da tuba uterina é contínua 
com a do útero e da vagina 
Corpo lúteo: Sob influência do hormônio luteinizante, o folículo vazio sofre mudanças estruturais e 
bioquímicas para se tornar corpo lúteo. O corpo lúteo secreta dois hormônios sexuais esteróides: 
estrógeno e progesterona. Ao final de um ciclo não fertilizado, o corpo lúteo regride e se transforma no 
corpo albicans não funcionante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TUBAS UTERINAS: 
Cada tuba uterina tem aproximadamente 10 cm de comprimento e 0,7 cm de diâmetro e estão 
posicionadas entre as pregas do ligamento largo do útero. A parte terminal aberta e em forma de funil da 
tuba uterina, o infundíbulo, encontra-se próxima ao ovário, mas não está fixa. 
Várias franjas, saliências semelhantes a dedos chamadas fímbrias, projetam-se das margens do 
infundíbulo sobre a face lateral do ovário. Movimentos ondulatórios das fímbrias captam um ovócito 
ovulado para o lume da tuba uterina.Do infundíbulo, a tuba uterina se estende 
medial e inferiormente para se abrir na cavidade do útero. A ampola da tuba 
uterina é sua porção mais longa e mais larga. 
O ovócito leva de 4 a 5 dias para se deslocar ao longo da tuba uterina. Caso um 
número grande de espermatozóides viáveis for ejaculado na vagina durante o 
coito, e se houver um ovócito na tuba uterina, a fertilização acontecerá dentro 
de horas depois da descarga do sêmen. O zigoto se dirigirá em direção ao 
útero onde irá ocorrer a implantação. 
A irrigação sanguínea das tubas uterinas procede das artérias ováricas e 
uterinas. A drenagem venosa termina nas veias uterinas que acompanham 
as artérias. 
As tubas uterinas possuem ambas as inervações simpática e 
parassimpática do plexo hipogástrico e dos nervos esplâncnicos pélvicos. 
A inervação das tubas uterinas regula a atividade dos músculos lisos e dos 
vasos sanguíneos. 
 
OVOGÊNESE 
 ÚTERO: 
O útero é um órgão que possui uma cavidade envolvida por 
espessa musculatura com a forma de uma pêra invertida. Está 
localizado perto do assoalho da cavidade pélvica, anterior ao reto e 
póstero-superiormente à bexiga urinária. 
No estado não gravídico tem aproximadamente 7 cm de 
comprimento, 5 cm de largura (em sua região mais larga) e 2,5 cm 
de diâmetro. As regiões anatômicas do útero incluem a porção 
mais superior em forma de cúpula, por onde entram as tubas 
uterinas, chamada fundo do útero; a porção maior e mais larga, 
chamada corpo do útero; e a porção inferior mais estreita que se 
abre na vagina, chamada colo do útero. O colo do útero projeta-se 
posteriormente e inferiormente unindo-se à vagina quase em 
ângulo reto. 
A cavidade do útero é o espaço situado no interior das regiões do útero: fundo e corpo. A junção da 
cavidade do útero com o canal do colo do útero é chamada de istmo do útero, e a abertura do canal do 
colo do útero na vagina é chamada de óstio do útero. 
O útero é mantido em posição pelos músculos do assoalho da pelve e por ligamentos que se fixam nele 
estendendo-se do cíngulo do membro inferior ou da parede do corpo. O diafragma da pelve, 
especialmente o músculo levantador do ânus, fornece a principal sustentação muscular à vagina e ao 
útero. Eles se atrofiam depois da menopausa, o que pode contribuir para uma situação chamada prolapso 
uterino. 
Os ligamentos largos do útero são pregas de peritônio que se estendem das paredes da pelve e soalho da 
pelve para as paredes laterais do útero. As pregas retouterinas, que também são continuações do peritônio, 
encurvam-se ao longo da parede lateral da pelve em ambos os lados do reto para ligar o útero ao sacro. Os 
ligamentos transversos do colo (cardinais) são faixas fibrosas dentro do ligamento largo que se estendem 
lateralmente do colo do útero e da vagina através do soalho da pelve para se fixarem à parede da pelve. O 
quarto par de ligamentos é o ligamento redondo do útero. Os ligamentos redondos do útero são de fato 
prolongamentos dos ligamentos útero-ováricos, que dão suporte aos ovários. Cada ligamento redondo do 
útero se estende da margem lateral do útero, logo abaixo da tuba uterina, para a parede lateral da pelve. 
Semelhante ao trajeto do ducto deferente no homem, cada ligamento redondo do útero continua através 
do canal inguinal da parede abdominal para se fixar nos tecidos profundos do lábio maior do pudendo. 
A parede do útero é composta de três camadas: o perimétrio, o miométrio e o endométrio. O perimétrio, a 
camada serosa externa, consiste no fino peritônio visceral. A porção lateral do perimétrio é contínua com 
o ligamento largo. Uma bolsa rasa chamada escavação 
vesicouterina forma-se quando o peritônio se reflete sobre a 
bexiga urinária. A escavação retouterina (fundo de saco de 
Douglas) forma-se quando o peritônio se reflete sobre o reto. 
O espesso miométrio é composto de três espessas camadas, pouco 
definidas, de músculo liso dispostas em sentido longitudinal, 
circular, e espiral. O miométrio é mais espesso no fundo do útero 
e mais fino no colo do útero. Durante o parto, os músculos desta 
camada são estimulados a se contrair vigorosamente. 
O endométrio, o revestimento mucoso interno do útero, é 
composto de duas camadas distintas. A camada funcional 
superficial, composta de epitélio colunar e glândulas secretoras, é 
eliminada durante a menstruação e reconstruída sob estímulo de 
hormônios esteróides ovarianos. A camada basal mais profunda é 
altamente vascularizada e serve para regenerar a camada funcional 
depois de cada menstruação. 
A irrigação sanguínea do útero se faz 
através das artérias uterinas que se 
originam das artérias ilíacas internas e 
pelos ramos uterinos das artérias 
ováricas. Cada um desses pares de vasos 
se anastomosam na parte superior da 
margem lateral do útero. O retorno do 
sangue do útero é feito pelas veias 
uterinas que acompanham as artérias. 
O útero possui ambas as inervações simpática e parassimpática provenientes dos plexos pélvico e 
hipogástrico. Ambas as inervações autônomas destinam-se às artérias do útero, enquanto o músculo liso 
do miométrio recebe inervação apenas simpática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos genitais externos femininos 
 
PRÉ – ECLAMPSIA 
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) é um termo genérico que se refere à hipertensão que se 
desenvolve durante a segunda metade da gravidez decorrente das alterações ocorridas na invasão trofoblástica. 
Pré-eclâmpsia se refere ao aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação em gestante 
previamente normotensa. Trata-se de um distúrbio placentário, uma vez que já foi descrita em situações em que 
há apenas tecido trofoblástico, mas não fetal (gravidez molar completa). 
A etiologia da pré-eclâmpsia ainda é desconhecida e motivo de investigação. Muitas teorias têm sido propostas 
para explicar o seu desenvolvimento: 
 Teoria da Placentação Anormal: A placenta desenvolve-se primariamente de células chamadas trofoblastos, 
que se diferenciam inicialmente em dois tipos: o citotrofoblasto, que é o precursor de todos os trofoblastos, 
e o sinciciotrofoblasto, que é o responsável pela invasão da decídua e das artérias espiraladas. A invasão 
destas artérias pelo sincício leva a um alargamento do diâmetro do vaso de quatro a seis vezes; o resultado é 
um aumento do fluxo sanguíneo, que desenvolverá feto e placenta. Na pré-eclâmpsia, a invasão 
trofoblástica e o remodelamento subsequente das artérias espiraladas (principalmente na segunda onda) é 
deficiente. A consequência é uma isquemia placentária. 
Na gestação sem anormalidades, a migração trofoblástica acontece em duas ondas, no primeiro e no 
segundo trimestres. Na primeira onda ocorre a destruição da capa musculoelástica das artérias espiraladas 
no seu segmento decidual. O segmento miometrial é consumido na segunda onda, entre a 16ª e 18ª-20ª 
semanas. Essas ondas acabam convertendo as artérias em vasos de baixa resistência. Acredita-se que em 
grávidas com pré-eclâmpsia (por mecanismos imunológicos e genéticos), a segunda onda de migração 
trofoblástica não ocorra. Assim, a resistência arterial não cai adequadamente, os vasos permanecem 
estreitos e desenvolve-se isquemia placentária. A hipoperfusão placentária se torna mais pronunciada com a 
progressão da gestação, uma vez que a vascularização uterina anormal é incapaz de acomodar o 
crescimento do fluxo sanguíneo para o feto e placenta que ocorre com o progredir da gestação. Este evento 
isquêmico acaba levando à injúria do endotélio vascular por mecanismos ainda pouco compreendidos 
(radicais livres e outras toxinas têm sido implicados). 
Durante a gravidez, o endotélio placentário intacto produz quantidades equilibradas de substâncias 
vasodilatadoras e anticoagulantes, como a Prostaciclina (PGI2); e substâncias vasoconstritoras e pró-
coagulantes, como o Tromboxano A2 (TXA2), fazendo com que a reatividadevascular seja controlada, não 
ocorrendo, dessa forma, o espasmo arteriolar. A sensibilidade dos vasos sanguíneos à ação vasoconstritora 
da angiotensina II e da noradrenalina, por exemplo, está naturalmente diminuída durante a gravidez por 
conta desta regulação. O endotélio lesado, em decorrência de isquemia, promove a coagulação e aumenta 
sua sensibilidade aos agentes vasopressores. Diversos estudos mostram que, comparado com a gestação 
normal, a produção placentária de PGI2 está significativamente reduzida e a de TXA2 significativamente 
aumentada.Este aumento do TXA2 em relação a PGI2 promove vasoconstrição e agregação plaquetária e 
sensibiliza os vasos à ação da angiotensina II e da noradrenalina. 
A lesão endotelial, além de aumentar a reatividade vascular e causar o desenvolvimento da hipertensão 
arterial, também favorece a deposição de fibrina nos leitos vasculares, deflagrando eventos de Coagulação 
Intravascular Disseminada (CID). As lesões características da eclâmpsia são, em grande parte, causadas por 
trombose de arteríolas e capilares por todo o organismo, particularmente no fígado, rins, cérebro e placenta. 
Isso justifica a indicação de prevenção de tromboembolismo em pacientes com pré-eclâmpsia e eclâmpsia, 
defendida por alguns autores. A permeabilidade vascular também se encontra aumentada secundariamente à 
lesão endotelial. Este fato é o principal responsável pelo edema periférico generalizado observado na pré-
eclâmpsia/eclâmpsia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DAS IMAGENS: 
 
 
HISTOLOGIA DOS OVÁRIOS E DO ÚTERO 
Os ovários têm a forma de amêndoas, medindo aproximadamente 3 
cm de comprimento, 1,5 cm de largura e l cm de espessura. A sua 
superfície é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, 
o epitélio germinativo. Sob o epitélio germinativo há uma camada de 
tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que é responsável pela 
cor esbranquiçada do ovário. Abaixo da túnica albugínea há uma 
região chamada cortical, na qual predominam os folículos ovarianos. 
Os folículos se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região 
cortical, o qual contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito 
característico, formando redemoinhos. Esses fibroblastos respondem 
a estímulos hormonais. A parte mais interna do ovário é a região 
medular, que contém tecido conjuntivo frouxo com um rico leito 
vascular. 
Nas gônadas, no sexo feminino, essas células se dividem e se transformam nas ovogônias. A partir do 
terceiro mês, as ovogônias começam a entrar na prófase da primeira divisão meiótica, mas param na fase 
de diplóteno. Essas células constituem os ovócitos primários e são envolvidas por uma camada de células 
achatadas chamadas células foliculares. 
FOLÍCULOS PRIMORDIAIS: O folículo ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais 
camadas de células foliculares, também chamadas células da granulosa. A maioria desses folículos está 
"em repouso". Os folículos primordiais são formados por um ovócito primário envolvido por uma única 
camada de células foliculares achatadas. A maioria desses folículos se localiza na região cortical, próximo 
à túnica albugínea. 
O ovócito do folículo primordial é uma célula esférica com aproximadamente 25 µ.m de diâmetro, com 
um grande núcleo esférico e um nucléolo bastante evidente. Essas células estão na fase da primeira 
prófase da meiose. Os cromossomos estão em grande parte desenrolados e não se coram intensamente. As 
organelas citoplasmáticas tendem a se aglomerar próximo do núcleo. Há numerosas mitocôndrias, vários 
complexos de Golgi e cisternas de retículo endoplasmático. Uma lâmina basal envolve as células 
foliculares e marca o limite entre 
o folículo e o estroma conjuntivo 
adjacente. 
 
 
 
 
CRESCIMENTO FOLICULAR: A partir da puberdade, os folículos primordiais iniciam um processo 
conhecido como crescimento folicular, saindo da fase de repouso e entrando na fase de crescimento. O 
crescimento é estimulado pelo hormônio FSH liberado pela 
hipófise. 
 Folículos primários: O crescimento do ovócito é muito 
rápido durante a primeira fase do crescimento folicular. O 
núcleo aumenta de volume, as mitocôndrias aumentam em 
número e são distribuídas uniformemente pelo citoplasma; o 
retículo endoplasmático cresce e os complexos de Golgi 
migram para próximo da superfície celular. As células 
foliculares aumentam de volume e se dividem por mitose, 
formando uma camada única de células cuboides - neste 
momento o folículo é chamado de folículo primário 
unilaminar 
 
As células foliculares continuam proliferando e originam um 
epitélio estratificado também chamado de camada granulosa, 
as quais frequentemente se comunicam por junções 
comunicantes (gap ). O folículo é então chamado folículo 
primário multilaminar ou folículo pré-antral. Uma espessa 
camada amorfa, chamada zona pelúcida, composta de várias 
glicoproteínas, é secretada e envolve todo o ovócito. 
Delgados prolongamentos de células foliculares e microvilos 
do ovócito penetram a zona pelúcida e estabelecem contato 
entre si por junções comunicantes. 
 
 Folículos secundários: por conta do crescimento dos 
folículos, eles passam a ocupar as camadas mais profundas da 
região cortical. O líquido, líquido folicular, começa a se 
acumular entre as células foliculares. Os pequenos espaços 
que contêm esse fluido se unem e as células da granulosa 
gradativamente se reorganizam, formando uma grande 
cavidade, o antro folicular. Esses folículos são chamados 
folículos secundários ou antrais. O líquido folicular contém 
componentes do plasma e produtos secretados por células foliculares. Nele são encontrados 
glicosaminoglicanos, várias proteínas (inclusive proteínas ligántes de esteróides) e altas 
concentrações de esteróides (progesterona, andrógenos e estrógenos). 
 
Durante a reorganização do antro, algumas células dessa 
camada se concentram em determinado local da parede 
do folículo, formando um pequeno espessamento, o 
cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito. 
Além disso, um pequeno grupo de células foliculares 
envolve o ovócito, constituindo a corona radiata. A 
grande maioria de células foliculares forma uma camada 
multicelular que reveste internamente a parede do 
folículo - camada granulosa. 
 
 
 FOLÍCULO ANTRAL 
 
 Tecas foliculares: Durante essas modificações que ocorrem no 
folículo, o estroma se modifica para formar as tecas foliculares, 
com duas camadas - a teca interna e a teca externa. As células da 
teca interna, quando completamente diferenciadas, são poliédricas, 
têm núcleos arredondados e citoplasma acidófilo, e suas 
características ultraestruturais são de células produtoras de 
esteroides. As células da teca externa são semelhantes às células 
do estroma ovariano, porém se arranjam de modo organizado 
concentricamente em volta do folículo. O limite entre a teca 
interna e a camada granulosa é bem evidente, pois suas células são 
distintas morfologicamente (imagem); além disso, entre a teca 
interna e a granulosa existe uma lâmina basal. Pequenos vasos 
sanguíneos percorrem a teca interna e formam um rico plexo 
capilar ao redor das células secretoras. Não há vasos 
sanguíneos na camada de células granulosas durante a fase de 
crescimento folicular. 
 Folículos pré-ovulatórios: Normalmente durante cada ciclo 
menstrual um folículo antral cresce muito mais que os outros e 
se torna o folículo dominante, que pode alcançar o estágio mais 
desenvolvido de crescimento e prosseguir até a ovulação. 
Quando alcança seu máximo desenvolvimento, esse folículo é 
chamado folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf . Os 
outros folículos, pertencentes ao grupo que estava crescendo 
com certa sincronia, entram em atresia. Como resultado do 
acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta de tamanho e 
a camada de células da granulosa daparede do folículo torna-
se mais delgada. Esses folículos têm suas tecas espessas. 
OVULAÇÃO: A ovulação consiste na ruptura de parte da parede 
do folículo maduro e a consequente liberação do ovócito, que será 
capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. Acontece frequentemente na época próxima à 
metade do ciclo menstrual, isto é, ao redor do décimo quarto dia de um ciclo de 28 dias. 
O estímulo para a ovulação é um pico de secreção de hormônio luteinizante liberado pela hipófise em 
resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento. Poucos 
minutos após o aumento de LH circulante há um aumento do fluxo de sangue no ovário, e proteínas do 
plasma escoam por capilares e vênulas pós-capilares, resultando em edema. Há liberação local de 
prostaglandinas, histamina, vasopressina e colagenase. As células da granulosa produzem mais ácido 
hialurônico e se soltam de sua camada. Uma pequena área da parede do folículo enfraquece por causa da 
degradação de colágeno da túnica albugínea, por causa de isquemia e pela morte de algumas células. Essa 
fraqueza localizada e possivelmente a contração de células musculares lisas que circundam o folículo 
conduzem à ruptura de parte da parede exterior do folículo e à ovulação. Devido à ruptura da parede 
folicular, o ovócito e o primeiro corpúsculo polar, envoltos pela zona pelúcida, pela carona radiata e 
juntamente com um pouco de fluido folicular, deixam o ovário e entram na extremidade aberta da tuba 
uterina, onde o ovócito pode ser fertilizado. Se isso não acontece nas primeiras 24 h após a ovulação, ele 
degenera e é fagocitado. 
A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes da ovulação. Os cromossomos são divididos 
igualmente entre as células-filhas, mas um dos ovócitos secundários retém quase todo o citoplasma. O 
outro se toma o primeiro corpúsculo polar, uma célula muito pequena que contém um pequeno núcleo e 
uma quantidade mínima de citoplasma. Imediatamente após a expulsão do primeiro corpo polar o núcleo 
do ovócito inicia a segunda divisão da meiose, que estaciona em metáfase até que haja fertilização. 
CORPO LÚTEO: Após a ovulação, as células da granulosa e as células da teca interna do folículo que 
ovalou se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária chamada corpo lúteo. 
Folículo antral 
A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em colapso da 
parede do folículo, que se torna pregueada. Devido à ruptura da 
parede do folículo um pouco de sangue pode fluir para a cavidade 
do antro folicular, onde coagula e é, depois, invadido por tecido 
conjuntivo. Esse tecido conjuntivo constitui a parte mais central 
do corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue que 
são gradualmente removidos. Embora as células da granulosa 
aumentam muito de tamanho = células granulosa-luteínicas, com 
características de células secretoras de esteroides. Isso contrasta 
com a sua estrutura no folículo pré-ovulatório, no qual tinham 
aspecto de células secretoras de proteínas. Embora em menor 
número, as células da teca interna também contribuem para a 
formação do corpo lúteo, elas tendem a se acumular nas pregas da 
parede do corpo lúteo. Os vasos sanguíneos e linfáticos, que eram 
restritos à teca interna, agora crescem, dirigem-se para o interior do 
corpo lúteo e formam uma abundante rede vascular. A reorganização 
do folículo ovulado e o desenvolvimento do corpo lúteo resultam de 
estímulo pelo hormônio luteinizante liberado antes da ovulação. 
Ainda sob efeito do LH, as células modificam seus componentes 
enzimáticos e secretar progesterona e estrogênio. 
O destino do corpo lúteo depende de como ele é estimulado. Pelo 
estímulo inicial de LH (que ocasionou a ovulação) o corpo lúteo é 
programado para secretar durante 10 a 12 dias. Se não houver 
nenhum estímulo adicional, suas células degeneram por apoptose. 
Isso é o que acontece quando uma gravidez não se estabelece. Uma 
das consequências da secreção decrescente de progesterona (por falta 
de estímulo de LH) é a menstruação, que é a descamação de parte da 
mucosa uterina. Altas taxas de estrógeno circulante inibem a 
liberação de FSH pela hipófise. Em contrapartida, depois da 
degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue 
diminui e FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o 
crescimento rápido de alguns folículos e iniciando o ciclo menstrual 
seguinte. Fibroblastos adjacentes invadem a área e produzem uma 
cicatriz de tecido conjuntivo denso chamado corpo albicans. 
 
 
 
 
 
ÚTERO 
O útero tem a forma de uma pera, em que o corpo do útero é a porção dilatada cuja parte superior, em 
forma de cúpula, é chamada fundo do útero; a sua porção estreitada, que se abre na vagina, é a cérvice ou 
colo uterino. 
A parede do útero é relativamente espessa e formada por três camadas. Externamente há uma delgada 
serosa - constituída de mesotélio e tecido conjuntivo - ou, dependendo da porção do órgão, uma 
adventícia - constituída de tecido conjuntivo sem revestimento de mesotélio. As outras camadas uterinas 
são o miométrio, uma espessa camada de músculo liso, e o endométrio, ou mucosa uterina revestindo a 
cavidade uterina. 
 Miométrio: 
O miométrio, a camada mais espessa do útero, é composto de pacotes ou grandes feixes de fibras 
musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. Os pacotes de músculo liso se distribuem em quatro 
camadas não muito bem definidas. A primeira e a quarta camadas são compostas principalmente de fibras 
dispostas longitudinalmente, isto é, paralelas ao eixo longo do órgão. Pelas camadas intermediárias 
passam os grandes vasos sanguíneos que irrigam o órgão. 
Durante a gravidez o miométrio passa por um período de grande crescimento como resultado de 
hiperplasia (aumento no número de células musculares lisas) e hipertrofia (aumento no tamanho das 
células). Durante esta fase, muitas células musculares lisas adquirem características ultraestruturais de 
células secretoras de proteínas e sintetizam ativamente colágeno, cuja quantidade aumenta 
significantemente no útero. Após a gravidez há degeneração de algumas células musculares lisas, redução 
no tamanho de outras e degradação enzimática de colágeno. O útero reduz seu tamanho para as dimensões 
aproximadas de antes da gravidez. 
 Endométrio: 
O endométrio consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples que 
às vezes se ramificam nas porções mais profundas (próximo do miométrio). As células que revestem a 
cavidade uterina se organizam em um epitélio simples colunar formado por células ciliadas e células 
secretoras. O epitélio das glândulas uterinas é semelhante ao epitélio superficial, mas células ciliadas são 
raras no interior das glândulas. O tecido conjuntivo da lâmina própria é rico em fibroblastos e contém 
abundante matriz extracelular. As fibras de tecido conjuntivo são constituídas principalmente de colágeno 
de tipo III. 
O endométrio pode ser subdividido em duas camadas que não podem ser bem delimitadas 
morfologicamente: ( l) a camada basal, mais profunda, adjacente ao miométrio, constituída por tecido 
conjuntivo e pela porção inicial das glândulas uterinas; (2) a camada funcional, formada pelo restante do 
tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final e desembocadura das glândulas e também pelo 
epitélio superficial. Enquanto a camada funcional sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais, a 
basal permanece quase inalterada. 
Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são muito importantes para o fenômeno cíclico de perda 
de parte do endométrio durante a menstruação. Das artérias arqueadas, que se orientam 
circunferencialmente nas camadas médias do miométrio, partem dois grupos de artérias que proveem 
sangue para o endométrio: as artérias retas, que irrigam a camada basal, e as artérias espirais, que irrigam 
a camada funcional.CICLO MENSTRUAL: 
Estrógenos e progesterona controlam grande parte da estrutura e das 
funções dos órgãos do aparelho reprodutor feminino. A proliferação, 
diferenciação e secreção das células epiteliais, como também o tecido 
conjuntivo, dependem desses hormônios. A duração do ciclo menstrual é 
variável, com média de 28 dias. Para finalidades práticas, considera-se o 
começo de um ciclo menstrual como o dia em que se inicia o sangramento 
menstrual. Este sangramento consiste em minúsculos fragmentos de 
endométrio misturados com sangue dos vasos sanguíneos rompidos 
durante a menstruação. 
 Fase proliferativa, folicular ou estrogênica 
A mucosa uterina é bastante delgada após sofrer descamação na fase 
menstrual, medindo cerca de 0,5 mm de espessura. O começo da fase 
proliferativa coincide com o crescimento rápido de um pequeno grupo de 
folículos ovarianos que estão provavelmente na transição entre folículos 
pré-antrais e antrais. Quando sua teca interna se desenvolve mais 
intensamente, esses folículos começam a secretar ativamente estrógenos. 
Os estrógenos agem no endométrio induzindo a proliferação celular, que 
reconstitui o endométrio perdido durante a menstruação. Durante a fase 
proliferativa o endométrio está coberto por um epitélio colunar simples. As 
glândulas uterinas, formadas por um epitélio colunar simples, são tubos 
retilíneos, e seu lúmen é estreito. As células epiteliais gradualmente 
acumulam cisternas de retículo endoplasmático granuloso e o complexo de 
Golgi aumenta de tamanho, em preparação para um crescimento da sua 
atividade secretora. Ao término da fase proliferativa, o endométrio mede 
cerca de 2 a 3 mm de espessura. 
 
 
 
 Fase secretória ou luteal: 
A fase secretória começa depois da ovulação e resulta da ação de 
progesterona secretada pelo corpo lúteo que se forma após a 
ovulação. A progesterona continua estimulando as células 
epiteliais das glândulas que já haviam crescido na fase 
proliferativa por ação do estrógeno. As células epiteliais começam 
a acumular glicogênio na porção infranuclear. Em seguida, a 
quantidade de glicogênio das células diminui, e produtos de 
secreção dilatam o lúmen das glândulas. Uma característica 
morfológica importante desta fase é o fato de as glândulas se 
tornarem muito tortuosas. Nesta fase, o endométrio alcança sua 
máxima espessura (cerca de 5 mm) como resultado do 
crescimento da mucosa, do acúmulo de secreção e do edema no 
estroma. Mitoses são raras durante a fase secretória. 
Se tiver ocorrido fertilização, o embrião terá sido transportado ao 
útero e aderido ao epitélio uterino durante a fase secretória, cerca 
de 7 ou 8 dias depois da ovulação. É possível que a secreção das 
glândulas seja uma fonte de nutrição para o embrião antes de sua 
implantação no endométrio. Um papel importante da progesterona 
é inibir contrações das células musculares lisas do miométrio, que 
poderiam interferir na implantação do embrião. 
 
 Fase menstrual: 
Se não ocorre a fertilização do ovócito e a implantação do embrião, o corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 
12 dias depois da ovulação. Em consequência, diminuem rapidamente os níveis de estrógenos e, 
principalmente, progesterona no sangue. Ocorrem vários ciclos de contração das artérias espirais do 
endométrio que são fonte para a irrigação da camada funcional. Disso resulta bloqueio do fluxo de 
sangue, produzindo isquemia e causando morte (por necrose) das paredes das artérias, assim como das 
células da porção da camada funcional do endométrio irrigada por esses vasos. As artérias se rompem 
após os locais de constrição e o sangramento começa. A maior parte da camada funcional do endométrio 
é separada da mucosa e cai no lúmen uterino, fazendo parte do fluido menstrual. O resto do endométrio 
encolhe devido à perda de fluido intersticial. Ao término da fase menstrual, o endométrio é reduzido a 
uma espessura muito delgada (a camada basal). O endométrio está, assim, pronto para iniciar um novo 
ciclo, pois suas células começam a se dividir para reconstituir a mucosa por ação de estrógenos secretados 
em quantidades crescentes por folículos em ativo crescimento. 
 Endométrio gravídico: 
Região superficial do 
endométrio durante a fase 
proliferativa 
Ingestão de hormônios ovarianos (a "pílula”, 
que inibe o pico de secreção de LH que induz 
ovulação. 
Utilização do DIU (dispositivo intrauterino), 
que consiste na inserção de um pequeno pedaço 
de plástico ou cobre dentro da cavidade uterina. 
Supõe-se que ele cause uma reação inflamatória 
local que é espermicida 
Ingestão de um composto ("pílula do dia 
seguinte"), que é um análogo de progesterona. 
Este composto se liga aos receptores de 
progesterona no útero, prevenindo a ação da 
progesterona e consequentemente a 
implantação do embrião. 
Se houve uma implantação embrionária, as células trofoblásticas produzem gonadotropina coriônica 
(HCG) que estimula o corpo lúteo a continuar secretando progesterona. Portanto, assim que a gravidez se 
estabelece a menstruação não ocorre e o ciclo menstrual cessa durante toda a duração da gravidez. A 
progesterona faz as glândulas uterinas tornarem-se mais dilatadas e mais tortuosas, bem como produzirem 
mais secreção que durante a fase secretória. 
A implantação ou nidação compreende a adesão do embrião às 
células do epitélio endometrial seguida pela penetração do 
embrião na mucosa uterina. Este tipo de implantação é chamado 
intersticial. Este processo começa ao redor do sétimo dia, e, em 
torno do nono ou décimo dia após a ovulação, o embrião está 
totalmente imerso no endométrio, do qual receberá proteção e 
nutrição durante a gravidez. Após a implantação do embrião, o 
tecido conjuntivo endometrial sofre mudanças profundas. Os 
fibroblastos da lâmina própria aumentam de tamanho, tornam-se 
arredondados e exibem características de células produtoras de 
proteínas. Eles são agora chamados células deciduais e o 
endométrio inteiro recebe o nome de decídua. Esta pode ser 
dividida em três porções: decídua basal, situada entre o embrião 
e o miométrio; decídua capsular, entre o embrião e o lúmen 
uterino; e decídua parietal, no restante da mucosa uterina. 
 
CÉRVIX UTERINA 
A cérvice é a porção cilíndrica, mais baixa do útero. A estrutura histológica dessa porção difere do 
restante do útero. A mucosa é revestida por um epitélio simples colunar secretor de muco. A cérvice tem 
poucas fibras de músculo liso e consiste principalmente de tecido conjuntivo denso. A extremidade 
externa da cérvice, que provoca saliência no lúmen da vagina, é revestida por epitélio estratificado 
pavimentoso. 
A mucosa da cérvice contém as glândulas mucosas cervicais, que se ramificam intensamente. Esta 
mucosa não sofre mudanças notáveis durante o ciclo menstrual e não descama durante a menstruação. 
Durante a gravidez, as células das glândulas mucosas cervicais proliferam e secretam um líquido mucoso 
mais abundante e mais viscoso. As secreções cervicais têm um papel importante na fertilização. Na época 
da ovulação, as secreções mucosas são mais fluidas e facilitam a penetração do esperma no útero. Na fase 
luteal ou na gravidez, os níveis de progesterona alteram as secreções mucosas de forma que elas tornam-
se mais viscosas e previnem a passagem de esperma e de microrganismos para o interior do útero. A 
dilatação da cérvice que precede o parto se deve à intensa colagenólise, que promove o amolecimento de 
sua parede.

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