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Capítulos: 4 e 10 Título: A Beleza vista por Aristóteles Autor: Ariano Suassuna Referência Bibliográfica SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. 9° ed. - Rio de Janeiro: José Olympio, 2008. Palavras Chaves: Platão, Beleza, Harmonia, Arte, Estética Tema: O abandono do idealismo platônico e a Estética moderna. Estrutura Argumentativa "A Beleza - seja a de um ser vivo, seja a de qualquer coisa que se componha de pares - não só deve ter estas partes ordenadas mas também uma grandeza que obedeça a certas condições". (SUASSUNA, p. 52) "O belo consiste na grandeza e na ordem, e portanto um organismo vivo pequeníssimo não poderia ser belo, pois a visão é confusa quando se olha por tempo quase imperceptível, e também não seria belo sendo enorme, porque faltaria a visão de conjunto, escapando à vista dos espectadores a unidade e a totalidade". (SUASSUANA, p. 53) "Para Platão, a Arte teria de, forçosamente, se aproximar dos seus arquétipos no mundo das ideias, porque o mundo sensível não passaria, em última análise, de mera sombra do primeiro. Daí porque o conceito de mímesis em Platão não tem a mesma propriedade que em Aristóteles, o qual toma a mímesis (imitação) como a representação superior do sensível e não como a reprodução imperfeita do Absoluto". (SUASSUNA, p. 57) Tese de oração Aristóteles abandona inteiramente o idealismo platônico, no que diz respeito à Beleza como em outros campos. Segundo o filósofo, a beleza de um objeto é decorrente de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo. Sinopse Contudo, o Belo exige características como, certa grandeza ou imponência, e, ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza, em resumo é necessário harmonia ou ordem, grandeza e proporção. Os gregos identificavam a beleza com o Belo clássico, já Aristóteles mostra que a Beleza possui vários aspectos além do Belo. A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é “a unidade na variedade”. Diferentemente de Platão, que considerava a Beleza um empréstimo de uma luz superior, Aristóteles considera a Beleza como uma propriedade particular do objeto. Essa é a sua contribuição mais importante para definição da essência da Beleza, buscando uma objetividade do ponto de vista realista, recorrendo apenas ao próprio objeto para explicá-la. Juntamente a essa definição objetiva da Beleza, o filósofo propõe que não é mais no objeto que ele estuda a Beleza, mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador. A Beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído. O prazer estético decorre da apreensão, sem nenhum esforço, do objeto, pelo espírito do indivíduo. Em geral, o pensamento platônico e o aristotélico são processos diferentes de definição da realidade íntima das coisas.
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