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Fraude Contábil na WorlCom

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM LIDERANÇA E COACHING
Fichamento de Estudo de Caso
Fraude Contábil na WorldCom
Chandler Mitchel Campos
Trabalho da disciplina Governança 
Corporativa e Excelência Empresarial
 
 					Tutor: Prof. Ricardo Barbosa da Silveira
Ribeirão Preto
2017
Estudo de Caso de Harvard: Fraude Contábil na WorldCom
Texto do Fichamento:
	Discorre o texto acerca do Caso WorldCom, um dos maiores escândalos financeiros ocorridos nos Estados Unidos, no início do Século XXI, definindo-o como um “imenso colapso do sistema de controles internos, governança corporativa e responsabilidade individual”.
 	A WorldCom surgiu iniciamente sob a denominação LDSS, e teve origem na divisão da AT&T, em 1983, começando a operar em 1984, oferecendo seus serviços a consumidores locais de varejo no Sul dos Estados Unidos, pagando para usar ou alugando a estrutura de terceiros, crescendo rapidamente mediante aquisições de outras empresas, tornando-se, em 1989, uma empresa aberta, em decorrência da fusão com a Advantage Companies.
	Desde o início surge o nome de Bernard J. Ebbers, um dos novo investidores originais, para dirigir a empresa, focando no crescimento interno, adquirindo empresas de longa distância com áreas de serviço geograficamente limitadas, incorporando operadoras de longa distância, de terceiro nível, com maior participação de mercado.
	A partir dos anos 1990, a indústria de telecomunicações evoluiu significativamente através do fornecimento de pacotes de dados através de cabos de fibra ótica, transmitindo, assim, voz, dados e vídeo.
 	A WorldCom prosseguiu na aquisição de outras empresas e em 1997 comprou a MCI, que era, à época, a segunda maior operadora de longa distância dos EUA, destacando-se a atuação de Scott Sullivan. Os pacotes de serviços integrados permitiram que ultrapasse até suas principais concorrentes, dentre as quais a AT&T.
	Buscada a aquisição da empresa Sprint, entre 1999 e 2000, o Departamento de Justiça norte-americano não permitiu tal fusão, apontando o texto, sobre este aponto que “pareceu faltar a Ebbers um sentido estratégico de direção e a companhia começou a entrar em deriva”.
	As aquisições de outras empresas pela WorldCom provocou uma “pulverização” de seus departamentos: a matriz operacional estava no Texas, o departamento de RH na Flórida, o departamento jurídico em Washington, decorrendo daí a falta de uma cultura corporativa uníssona.
 	Cada departamento adotava regras e estilo de gestão próprios. Opondo-se à criação de um código de conduta corporativo, considerava Ebbers que seria uma “perda de tempo colossal”.
	Foi incentivada pela WorldCom um atitude de que os funcionários não deveriam questionar seus superiores. Ebbers e Sullivan promoviam concediam compensações e gratificações para determinados funcionários que reputavam leais, não havendo oposição do departamento de recursos humanos.
	A partir de 2000 a indústria de telecomunicações passou a sofrer com uma maior competição, excesso de capacidade e redução da demanda com o estouro da bolha das empresas ponto.com.
 	Sullivan passou então a usar táticas contábeis para alcançar o desempenho almejado, uma vez que as operações comerciais passavam a declinar, orientando a equipe de funcionários a reverter provisionamentos que ele considerava altos demais em relação aos pagamentos futuros. No primeiro trimestre de 2001 já havia poucos provisionamentos para reverter, e essa manobra já se mostrava insuficiente, assim “Mandou sua equipe de funcionários identificar os custos do excesso de capacidade da rede. Ele raciocinou que esses custos poderiam ser tratados como gastos de capital, ao in´ves de custos de operação, uma vez que a capacidade excedente contratada daria à companhia uma oportunidade de entrar rapidamente no mercado em algum momento futuro em que a demanda fosse mais forte que nos níveis correntes” (pág. 06).
 	São apontados os nomes de Myers, Yates e Betty Vinson como colaboradores na efetivação das fraudes em que a WorldCom se enveredava.
 	Em contraponto, eleva-se o nome de Cynthia Cooper, que dirigia o deparmento de auditoria interna da WorldCom, que em agosto de 2001, iniciou uma auditoria operacional de rotina nos gastos de capital da WorldCom, em que se apurou que o departamento corporativo apresentava gastos de capital superiors a U$2,3 bilhões e, solicitados esclarecimentos, foram fornecidos números que tais gastos se restringiriam a U$174 milhões. 
 	O auditor externo Arthur Anderson foi omisso quanto aos indicadores de irregularidades e, instado por Cooper a trazer explicações, afirmava que só recebia ordens de Sullivan. A Arthur Andersen classificava a WorldCom como de risco moderado, sujeitando-se ao acesso apenas parcial aos dados da empresa, avaliando-a, a despeito disso, como aceitável no quesito de fornecimento de informações, deixando de informar o comitê de auditoria acerca de quaisquer restrições quanto ao acesso de informações.
 	Os trabalhos de auditoria interna por Cooper se intensificaram, acessando-se dados de TI que permitiram o conhecimento das manobras contábeis que se tentava esconder.
	O Conselho de Administração da WorldCom, entre 1999 e 2002 era composto por mais de 50% de membros não executivos, desempenhando, contudo, um papel apenas honorário, pois era Ebbers quem presidia as reuniões e determinava suas agendas, recebendo o conselho um “pacote” de informações apenas uma semana antes das reuniões, nas quais eram expostas generalidades por Sullivan durante trinta minutos a uma hora, manipulando as informações relativas aos ganhos de capital e aos custos de linhas.
	Ebbers assumiu também diversos negócios não relacionados à WorldCom, tais como hotéis, investimentos imobiliários, criação de gado, entre outros, financiando a aquisição de tais negócios com créditos bancários grantidos por suas ações pessoais da WorldCom; com o declínio de tais ações, começou a fazer uso de garantias e empréstimos da empresa, sem garantias, excendo, em 29 de abril de 2002, U$400 milhões.
 	Foi descoberto pela auditoria interna de Cooper U$3 bilhões em despesas questionáveis, admitindo Vinson ter feito muitos dos lançamentos, mas sem ter embasamento para eles. Sullivan e Myers não puderam explicar os gastos de capital impróprios e, instados a renunciar, apenas Myers o fez, sendo Sullivan demitido. As negociações das ações da WorldCom na Nasdaq foram imediamente suspensas e a Standard & Poor’s rebaixou o rating de crédito da WorlCom para CCC-.
 	Foram iniciadas investigações criminais sobre as atividades desenvolvidas pelos principais nomes da WorldCom, com a posterior condenação criminal de Ebbers (sentenciado a 25 anos de prisão), Sullivan (sentenciado a 5 anos de prisão), Myers (sentenciado a 1 ano e 1 dia de prisão), Yates (sentenciado a 1 ano e 1 dia de prisão), Vinson (sentenciada a 5 meses de prisão e 5 meses de prisão domiciliar) e Normand (não recebeu pena de prisão em virtude de suas tentativas de deixar a companhia e evitar cometer fraude contábil.
 	A Arthur Andersen nunca foi responsabilizada pela auditoria na WorlCom.
 	Por sua vez, Cynthia Cooper permaneceu no mesmo cargo na WorldCom até julho de 2004, jamais tendo recebido agradecimentos por qualquer executivo sênior da empresa, estando vários funcionários ressentidos com ela por acreditarem que teria prejudicado a empresa por suas revelações.
 	
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