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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE DISTÚRBIOS CUTÂNEOS Feridas Interrupção da continuidade dos tecidos. Divide-se em traumáticas, cirúrgicas e ulcerativas crônicas. Pode ser com ou sem perda de substância. Classificação das Feridas Operatórias Limpas Limpas/Contaminadas Contaminadas Sujas / Infectadas Feridas Operatórias Se dividem em: Incisivas - quando não há perda de tecido. Excisivas - quando ocorre a remoção de uma área da pele. Feridas Limpas São as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário; Não há evidência de infecção Condições assépticas Cicatrização por primeira intenção Risco de infecção pós-operatória 1 - 2% Feridas Limpas / Contaminadas Também são conhecidas como potencialmente contaminadas; Pode haver contaminação grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados como digestório, genito-urinário; Risco de infecção pós-operatória 3 a 11%. Feridas Contaminadas Grande desvio na técnica estéril - procedimentos cirúrgicos de emergência Grande derramamento de fluido do trato gastroin-testinal Inflamação não purulenta Lesão traumática exposta Risco de infecção pós-operatória 15 - 20% Feridas Sujas / Infectadas Presença de ferida traumática, com retenção de tecidos desativados Fechamento por primeira intenção retardado, com drenagem purulenta conhecida Infecção clínica já existente Risco de infecção pós-operatória 50% Fisiologia da cicatrização Fase inflamatória Fase trombocítica Agregação plaquetária (trombo) Fase granulocítica Fagocitose de bactérias (formação de pus) e sujidade Fase macrofásica Ativação do processo cicatricial Sinais clínicos: Hiperemia, calor, edema e dor. FASE PROLIFERATIVA (Fibroblástica ou Granulação) Principais funções (angiogênese, síntese de colágeno e proliferação, contração e epitelização). Principal característica é a formação de um tecido novo, vermelho vivo, de aspecto granuloso (brotos capilares), composto de capilares e colágeno. Fase de maturação Reparadora ou Remodeladora: é a última e mais prolongada fase de cicatrização. Principais funções: Deposição de colágeno na ferida. Diminuição da capilarização. Surgem os miofibroblastos (contração da ferida) Nesta fase a cicatriz torna-se mais plana e macia . Podem ocorrer defeitos cicatriciais como quelóides, cicatrizes hipertróficas ou muito finas e friáveis e hipercromias. Tipos de cicatrização Cicatrização primária ou de primeira intenção; Cicatrização secundária ou de segunda intenção; Cicatrização terciária ou de terceira intenção. Tipos de cicatrização Cicatrização primaria/ primeira intenção Ocorre em ferimentos assépticos . Mínimo de perda tecidual ou em feridas superficiais . Resposta inflamatória rápida. Reduz incidência de complicações . Cicatriz com menor índice de defeitos . Ex: sutura cirúrgica sem complicação. Cicatrização secundária Grande perda tecidual ou feridas profundas. As bordas não são aproximadas. Período cicatricial mais prolongado devido a resposta inflamatória intensa. Maior incidência de defeitos cicatriciais (cicatriz hipertrófica, quelóide). Cicatrização terciária É sutura secundária. Ocorre quando a lesão não consegue fechar por si só e necessita ser suturada. Ocorre quando o ferimento não foi suturado no início ou sofreu deiscência, sendo, mais tarde, novamente suturado. Nestes casos, formam-se duas superfícies de granulação justapostas, resultando numa cicatriz maior e mais profunda. Cicatrização terciária com Deiscência Fatores adversos à cicatrização Subdividem-se em fatores sistêmicos e fatores locais. Fatores sistêmicos: Má nutrição Doenças crônicas (diabete mellitus) Insuficiência do sistema imunológico Má perfusão tecidual Idade avançada Fatores locais: Infecção Necrose Corpos estranhos Lesão muito extensa Avaliando a ferida Qual o tamanho ? Qual a localização ? Há quanto tempo existe ? É infectada ou colonizada ? Qual é o agente infectante ? Necessita desbridamento ? De que tipo ? Que curativo usar ? Está em qual fase da cicatrização ? Como está a pele ao redor ? Tem odor ? Tem exsudato ? Potencial de contaminação Limpa Contaminada Infectada. Tecido de granulação sadio Características do tecido de granulação Vermelho vivo Brilhante Não sangra facilmente ou muito pouco Tecido de granulação doente Características do tecido de granulação Vermelho escuro Sem brilho ou ressecado Sangra com abundância Identificação de feridas infectadas Presença de sinais inflamatórios (dor, calor, rubor e tumor) associado à presença de secreção purulenta; Doentes imunossuprimidos podem não apresentar sintomas clássicos de inflamação ou sequer de infecção. Uma ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção. Mensuração Medida linear (comprimento e largura). Avaliação da profundidade. Extensão do tecido envolvido Estruturas envolvidas: Pele Tecido adiposo Tecido muscular Tecido ósseo Espaços mortos ou cavitários Profundidade Presença de secreção Localização anatômica ⦿ Conforme região do corpo (sacral, abdominal, etc...) Tipo de tecido no leito da ferida Tecidos viáveis: ⦿ Granulação e epitelização. Tecidos inviáveis: ⦿ Fibrina desvitalizada, tecidos necróticos ⦿ Tecido de granulação sadio Tecido de granulação doente Cor do tecido Granulação: ⦿ Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo. Fibrina: ⦿ Amarelo, marrom . Necrose: ⦿ Cinza, marrom, negra Exsudato Volume Odor Cor Consistência Pode ser: Seroso, Serosanguinolento, Sanguinolento Purulento Bordas Regulares Irregulares Necrosada Macerada Infectada Infecção Cultura : Swab Aspiração Biópsia Sinais clínicos de infecção: Dor, Calor, Hiperemia, Mudança na cor do exsudato, Odor . Crônicas x Aguda ⦿ Tempo de reparação tissular. Tipos de ferida de acordo com o agente causal: Incisas ou cortantes. Corto-contusas. Perfurantes Pérfuro-contusas ⦿ Laceração ⦿ Escoriação: Equimose Hematoma Úlceras Lesão que rompe toda a epiderme, de profundidade variável; Pode tornar-se crônica Úlcera Neurotrófica Úlcera Venosa x Úlcera arterial Úlcera Venosa x Úlcera arterial Úlcera Hipertensiva Lesão por Pressão ⦿ Área de trauma tecidual causada por pressão contínua e prolongada, excedendo a pressão capilar normal, aplicada à pele e tecidos adjacentes provocando uma isquemia que pode levar à morte celular. Classificação Estágio 1 Pele íntegra; Eritema que não regride após alívio da pressão; Pode ter edema discreto, inflamação local e perda da sensibilidade; Em pele escura pode se caracterizar por descoloração, endurecimento calor e edema. Estágio 2 ⦿ ⦿ Perda parcial da espessura da pele, com envolvimento da epiderme e/ou derme; O Leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode, também, apresentar bolha intacta ou rompida Estágio 3 Perda completa da espessura da pele, envolvendo perda ou necrose do tecido subcutâneo; Pode se aprofundar, mas não abaixo da fáscia muscular; tunelização. Presença de exsudato; Presença de infecção. Estágio 4: ⦿ Perda completa da espessura da pele, com destruição extensa; ⦿ Necrose tecidual com dano ao músculo, ossos ou estruturas de suporte (tendão, cápsula articular); ⦿ Presença de infecção local. Avaliação de úlceras Avaliação integral e criteriosa do doente, levando em consideração os aspectos biopsicossociais. História do doente ⦿ Exame físico ⦿ Autocuidado ⦿ ⦿ ⦿ ⦿ Localização Tempo de existência Estado da pele adjacente Características do exsudato. FIM...
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