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AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II Aula 4: Decadência e prescrição AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Distinção entre decadência e prescrição Características e peculiaridades Modalidades de prescrição tributária Principais questões controvertidas Temas/objetivos desta aula AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Decadência e prescrição Razão de Direito • Segurança jurídica, paz social, estabilidade das relações jurídicas; • Distinção entre decadência, prescrição e imprescritibilidade: • Direito subjetivo X Direito potestativo X Ações de Estado AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Conceito • Perda do direito de lançar • Lançamento como poder-dever X direito potestativo; • Antes do lançamento somente ocorre da decadência. • Súmula 153 do TFR: “Constituído, no quinquênio, através do auto de infração ou notificação de lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência fluindo, a partir daí, em princípio, o prazo prescricional que, todavia, fica em suspenso, até que sejam decididos os recursos administrativos”. Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Exigência de lei complementar • Súmula Vinculante 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 50 do Decreto-Lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei n. 8212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Regras específicas • Termo inicial: • art. 173, I, do CTN: devemos identificar quando o lançamento já poderia ser realizado, e começar a contagem a partir do primeiro dia do exercício seguinte (e não desde a ocorrência do fato gerador). • Pela contagem a partir do fato gerador, juntamos trecho de julgado do STJ. “PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO (ART. 174 DO CTN). 1. Em Direito Tributário, o prazo decadencial, que não se sujeita a suspensões ou interrupções, tem início na data do fato gerador, devendo o Fisco efetuar o lançamento no prazo de cinco anos a partir desta data. (Resp 332.366/MG, 2ª T., rel. Min. Eliana Calmon, j. 19/02/2002). • Veremos, a seguir, vários exemplos com a contagem pelo texto do CTN! Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Contagem no lançamento de ofício – ex. IPTU • Análise de caso concreto: • Exemplo: último Fato Gerador ocorrido (01/01 deste ano). • Termo inicial: 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode ser efetuado. Como ele já pode ser efetuado no primeiro dia útil seguinte, o exercício seguinte é o ano seguinte ao do fato gerador = (01/01 do ano que vem). • Termo final: após cinco anos desta última data. • Resultado: extinção pela decadência – art. 156 V 2ª parte CTN. Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Contagem no lançamento por homologação: Ex. IRPF • Se o contribuinte declara e paga. • Análise de caso concreto: • Exemplo: último ano civil (01/01 a 31/12 do ano passado). • Termo inicial: Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode ser efetuado. Neste caso, o fisco deve esperar para que o contribuinte faça a sua declaração e pague (ou inicie o pagamento parcelado) até o último dia útil de abril, e somente a partir do primeiro dia útil de maio, do corrente ano, poderá lançar. • Entretanto, uma vez que ele declara e paga, o prazo será de cinco anos para homologação do lançamento, que se conta, nos termos do art. 150 §4º do CTN da ocorrência do fato gerador. • Resultado: extinção pelo art. 156 VII do CTN (crédito satisfeito). Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Decadência Contagem no lançamento por homologação: Ex. IRPF • Se o contribuinte não declarar nem pagar. • Análise de caso concreto: • Exemplo: último ano civil (01/01 a 31/12 do ano passado). • Termo inicial: Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode ser efetuado. Neste caso, o fisco deve esperar para que o contribuinte faça a sua declaração e pague (ou inicie o pagamento parcelado) até o último dia útil de abril, e somente a partir do primeiro dia útil de maio, do corrente ano, poderá ele lançar. Assim, o termo inicial será o dia 01/01 do ano que vem. • Termo final: após cinco anos desta última data. • Resultado: extinção pela decadência – art. 156 V 2ª parte CTN. AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Contagem no lançamento por homologação: Ex. IRPF • Se o contribuinte não declarar nem pagar – Posição curiosa do STJ 5+5 • Análise de caso concreto: • Exemplo: último ano civil (01/01 a 31/12 do ano passado). • Cumulação os prazos dos arts. 150 §4º e 173 I do CTN: o termo inicial do prazo decadencial é o termo final do prazo que a Fazenda teria para homologar se o contribuinte houvesse declarado. O raciocínio decorre do fato de que se não houve declaração e pagamento, não haveria homologação tácita. • Termo final: após cinco anos desta última data. • Resultado: extinção pela decadência – art. 156 V 2ª parte CTN. Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Regras específicas • Interrupção: • Art. 173, II do CTN é uma verdadeira causa de interrupção, pois faz começar-se a contar de novo o prazo de decadência. • Decisão pode ser administrativa ou judicial. • Vício formal: inerente ao procedimento do lançamento. Decadência AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Regras específicas • Conceito: é a perda do direito de fiscalizar e cobrar o crédito tributário, ou seja, promover a execução fiscal. • Prescrição e solidariedade. • Extingue o próprio crédito. Dá ensejo à repetição o pagamento de débito prescrito. • Termo inicial: a partir da data da constituição definitiva do crédito. • 1ª corrente: lançamento; • 2ª corrente: lançamento que não pode mais ser reformado na via administrativa; • 3ª corrente: lançamento que não pode mais ser reformado, nem na via judicial; • 4ª corrente: inscrição na dívida ativa. Prescrição AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Regras específicas • Impedimento: não se pode começar a contar o prazo de prescrição (são as mesmas causas de suspensão que ocorrem antes do início do prazo de contagem). • Suspensão: as causas de suspensão da exigibilidade suspendem a prescrição. • Art. 2, §3º, da LEF: como se trata de lei ordinária, não pode tratar de matéria reservada à Lei Complementar. Logo não se aplica ao crédito tributário. • Art. 40 da LEF: trata, na realidade, de regulamentar o art. 174, parágrafo único, I, do CTN. • Súmula 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco”. • O termo inicial será o vencimento para o pagamento do tributo declarado. Prescrição AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Interrupção – art. 174, parágrafo único do CTN • Despacho do juiz que ordenar a citação: • Súmula 106 do STJ: “Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência.” • Protesto judicial. • Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor. • Ato inequívoco que importe emreconhecimento do débito pelo devedor. • Súmula 248 do STJ: “O prazo da prescrição interrompido pela confissão e parcelamento da dívida fiscal recomeça a fluir no dia que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado”. Prescrição AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Intercorrente: art. 40 LEF • Suspensão da execução diante da hipótese em que não se encontra nem o devedor nem seus bens. • Abre-se vista à Fazenda Pública por um ano. • Após este prazo, deve o juiz ordenar o arquivamento. Súmula 314 do STJ: “Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, finco o qual inicia-se o prazo de prescrição quinquenal intercorrente.” • Encontrados o devedor ou os bens, a execução seguirá. • Caso contrário, após cinco anos, ocorrerá a prescrição, que o juiz poderá reconhecer de ofício após ouvida a Fazenda, nos casos em que não há dispensa de executar. Prescrição AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II Saiba mais Decadência e Prescrição • Leia a monografia “Decadência e Prescrição do Crédito Tributário” de autoria de Nelson Mallmann. Disponível em: http://www.esaf.fazenda.gov.br/assuntos/biblioteca/arquivos_monografias/arquivo.2013-04- 17.2067487320 • Leia o artigo clássico “Critério científico para distinguir a prescrição da decadência e para identificar as ações imprescritíveis”de Agnelo Amorim Filho. Disponível em: http://www.direitocontemporaneo.com/wp-content/uploads/2014/02/prescricao-agnelo1.pdf • Assista ao vídeo sobre decadência e prescrição do Saber Direito. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LI1hf1OtaGI AULA 4: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Direito financeiro e tributário II AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Exclusão do crédito tributário; Isenção: conceito, institutos afins, classificações; Anistia: conceito, institutos afins, classificações.
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