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Seminário 3 - Mód 3 - Decadência E Prescrição Em Matéria Tributária

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1 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS 
 
 
 
 
GABRIEL LAZZARI 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Modulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
SEMINÁRIO III 
Decadência e Prescrição em Matéria Tributária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
05 de maio de 2021 
 
2 
 
 
QUESTÕES 
 
1. Defina o conceito “decadência” no âmbito do direito 
tributário. 
 
Não raras vezes os operadores do direito enfrentam 
dificuldades em entender as pretensões do legislador quando 
abordado respectivo termo linguístico, isto ocorre com a palavra 
decadência, onde ao analisar o ordenamento jurídico, podem ser 
absorvidas várias significações. 
 
Nesse contexto, o glorioso professor Paulo de Barros 
Carvalho1, defende que a palavra decadência no campo do 
direito tributário pode representar: (i) norma geral e abstrata; (ii) 
hipótese desta norma, descrevendo termo final de um lapso de 
tempo; (iii) consequente da norma geral e abstrata, tipi ficando o 
efeito extintivo; (iv) norma individual e concreta, que constitui o 
fato de haver decorrido o tempo referido na regra geral e abstrata, 
no mesmo instante que determina, no consequente, o efeito 
fulminante de desconstituir uma relação existente; (v) antecedente 
desta ultima norma individual e concreta; (vi) consequente da 
norma individual e concreta. 
 
(a) Com base na bibliografia indicada para desenvolvimento deste 
seminário apresente as diferentes acepções do conceito 
“decadência”. 
 
 
1 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo, Noeses, 
2009. 3º ed. Fls. 560 
 
3 
 
Decadência, seguindo as acepções de Paulo de Barros 
Carvalho2, representa norma, procedimento e ato. Onde o termo 
“procedimento da decadência” representa o processo de 
preparação, com início no termo disposto em lei para contagem do 
prazo e término no ato de produção do fato jurídico, com 
expedição do documento competente; “ato da decadência” seria 
o produto final do procedimento, ou seja, o fato jurídico 
decadencial, composto por enunciados prescritivos, relacionados a 
um documento que passa a integrar o sistema do direito positivo e 
“norma jurídica da decadência” seria a previsão legal abstrata do 
ato e procedimento, formulada como: “dado o decurso de certo 
espaço de tempo, sem que o titular do direito o exercite, com início 
do marco especificado em lei e termino com a expedição do 
documento competente, tem-se a extinção do direito”. 
 
Além disso, Eurico de Santi3, em seu livro Decadência e 
Prescrição em Matéria Tributária, refere que a decadência pode 
representar, como primeira opção, a extinção da possibilidade de 
constituição do crédito tributário por parte do Fisco devido ao 
transcurso de certo lapso temporal e, como segunda opção, a 
impossibilidade de o contribuinte repetir indébito na esfera 
administrativa, também em decorrência da passagem do tempo. 
 
No pensamento do citado autor, existem seis regras 
jurídicas gerais e abstratas que disciplinam a decadência em face 
do Fisco, sendo: (i) decadência do direito de lançar sem 
pagamento antecipado; (i) decadência do direito de lançar sem 
 
2 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo, Noeses, 
2009. 3º ed. Fls. 570 e 571 
3 SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Decadência e prescrição no direito tributário. São Paulo: Max 
Limonad. Capítulos 8, 9 e 10. 
 
4 
 
pagamento antecipado e com notificação; (ii i) decadência do 
direito de lançar com pagamento antecipado; (iv) decadência do 
direito de lançar com pagamento antecipado, ilícito e notificação; 
(v) decadência do direito de lançar diante da anulação de 
lançamento anterior; (vi) decadência do direito de crédito do fisco. 
 
(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção 
(ex. NGA, NIC, antecedente, consequente...), indicando quai(is) 
dessa(s) estrutura(s) normativa(s)) são norma em sentido estrito. 
 
(c) É correta a afirmação de que a decadência se opera 
automática e infalivelmente? Justifique sua resposta. 
 
Os ensinamentos de Paulo de Barros Carvalho apresentam 
diferenciação entre evento e fato jurídico, premissas que 
compactuo. Assim, a decadência não se opera automática e 
infalivelmente, sendo pertinente que o fato, ocorrido no mundo 
fenomênico, seja vertido em linguagem competente, ou seja, só se 
verifica a decadência, enquanto consequente da norma individual 
e concreta, quando transcender o mundo factual e adentrar ao 
mundo jurídico. Portanto, para que a decadência adentre ao 
subsistema jurídico, é imprescindível sua apresentação como 
expressão linguística portadora de sentido jurídico, ser produzida 
por órgão credenciado pelo ordenamento para sua expedição e 
ser obtida através de procedimento especifico estipulado pela 
ordem jurídica por meio de uma norma geral e abstrata. 
 
(d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito 
tributário (arts. 150 e 173, do CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) 
extintivos ou (ii) impeditivos? Justifique sua resposta. 
 
5 
 
 
A decadência tem efeito impeditivo quando relacionada a 
crédito tributário, eis que macula o direito e competência de a 
Fazenda Pública constituir esse crédito, ou seja, a decadência 
fulmina a possibilidade de a autoridade administrativa realizar o ato 
jurídico administrativo do lançamento, impedindo a constituição da 
obrigação tributária. 
 
Assim, não se tem o que falar em extinção de crédito 
tributário, vez que esse nunca existiu. 
 
(e) Diferençar, se possível: (i) decadência do direito de lançar, (ii) 
prescrição do direito de o Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) 
decadência do direito de o contribuinte pleitear a restituição do 
indébito tributário e (iv) prescrição do direito de ação do 
contribuinte repetir o indébito tributário. 
 
(i) Decadência do direito de lançar seria a perda da 
competência administrativa do fisco constituir o crédito tributário, 
ante o decurso de certo período de tempo sem que o tenha 
exercitado; 
(ii) Prescrição do direito do fisco de cobrar o crédito 
tributária é representado pela vedação do fisco exigir respectivo 
crédito tributário, notadamente através de execução fiscal, diante 
do transcurso de certo lapso temporal; 
(ii i) Decadência do direito do contribuinte seria a perda 
da legitimidade, isto é, a impossibilidade de o contribuinte repetir 
indébito na esfera administrativa, causado pelo decurso de certo 
período de tempo sem o exercício deste direito; 
 
 
6 
 
(iv) Prescrição do direito de ação do contribuinte repetir o 
indébito tributário é representada pela perda do direito de o 
contribuinte pleitear judicialmente seu indébito, em decorrência do 
transcurso de certo lapso temporal. 
 
2. Conjugando o art. 146, I II, “b”, da CF e o princípio da 
autonomia dos entes federativos , responda: A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, por meio de lei ordinária, podem 
estabelecer prazo diverso do constante no CTN para a 
decadência e prescrição de seus créditos? E mediante lei 
complementar estadual ou municipal? (Vide anexo I e Súmula 
Vinculante n. 8 do STF). 4 
 
Conforme preceitua o art. 146, II I, “b” da Constituição 
Federal, prescrição e decadência são matérias exclusiva de Lei 
Complementar, motivo pelo qual a União, Estados e Municípios não 
podem dispor sobre o assunto, sobretudo através de Lei Ordinária. 
 
Ainda, sabe-se que estados e municípios só possuem 
competência legislativa plena na hipótese de inexistir Lei Federal 
sobre o tema, nos termos do art. 24, § 3º, da CF, assim, 
considerando que a prescrição e decadência foram devidamente 
abordadas no CNT, que tem status de Lei Complementar, tais 
matérias são inconcebíveis aos respectivos entes federativos. Tal 
interpretação é reverberada na Súmula Vinculante nº 8. 
 
 
 
4. Súmula Vinculante n. 8: “São inconstitucionaiso parágrafo único do art. 5º do Dec.-lei 
1.569/77 e os arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam da prescrição e decadência de 
crédito tributário.” 
 
7 
 
3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco 
lançar nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos 
sujeitos ao “lançamento por homologação”? Se não houver o que 
homologar, o prazo passa a ser o dos tributos sujeitos ao 
lançamento de ofício (vide anexos II e III)? E no caso de fraude 
(vide anexo IV)? 
 
O início da contagem do prazo decadencial para o fisco 
lançar tributos sujeitos a lançamento de ofício é o primeiro dia do 
exercício seguinte a ocorrência do evento tributário, conforme 
preceitua o art. 173, I, do CTN5. 
 
No caso de lançamento por homologação, o marco inicial 
seria a ocorrência do pagamento antecipado, que será objeto de 
análise para oportuna homologação pelo fisco, assim, aplicando-se 
a regra do art. 150, § 4º, do CTN6. 
 
Embora exista divergência doutrinaria sobre a terceira 
questão, entendo que deve seguir a regra estabelecida no art. 150, 
§ 4º, do CTN, ou seja, que o início do prazo prescriscional ocorre a 
partir do pagamento antecipado, evento tributário. 
 
 
 
5 Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 
(cinco) anos, contados: 
 I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido 
efetuado 
6 Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação 
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da 
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 
 § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência 
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, 
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se 
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
 
8 
 
No caso de dolo, fraude ou simulação, entendo pela 
aplicação do art. 173, I, do CTN, tendo como marco inicial o 
primeiro dia do exercício seguinte ao qual o tributo poderia ser 
lançado. 
 
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do 
CTN? Que se entende por “medida preparatória indispensável ao 
lançamento”? Tal medida tem apenas o condão de antecipar o 
termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I ou pode 
também postergá-lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo 
decadencial? (Vide anexo V e VI). 
 
A meu ver, medida preparatória indispensável ao 
lançamento tributário representa qualquer intimação, notificação 
ou comunicação destinada ao contribuinte, que de conta de 
demonstrar que o Fisco está tomando iniciativa para apurar e 
constituir eventual crédito tributário. Sendo que tal medida possui 
exclusivamente o condão de antecipar o prazo decadencial . Caso 
não ocorra, respeita-se a regra geral do art. 173, I, do CTN, motivo 
pelo qual não se tem o que falar em marco interruptivo do prazo 
decadencial. 
 
5. A Lei n. 11.051/04 trouxe previsão de prescrição intercorrente no 
processo judicial. Quanto ao processo administrativo fiscal, existe 
prescrição intercorrente no seu curso? E no decorrer do processo 
executivo fiscal? Qual é o tratamento mais adequado em caso de 
falta de intimação da Fazenda Pública sobre o despacho que 
determina sua manifestação antes da decisão que decreta a 
prescrição intercorrente? É possível que a decretação da prescrição 
intercorrente seja ilidida? Justificar (vide anexos VII, VIII e IX e X). 
 
9 
 
 
Entendo que a prescrição intercorrente é aplicável ao 
processo administrativo fiscal, evitando a perpetuidade e inércia do 
fisco, o que representa inquestionável prejuízo ao contribuinte. 
Considerando a regra geral do dormientibus non sucurrit Ius. 
Portanto, seria inaplicável a Súmula 11 do CARF. 
 
Em processo executivo fiscal a aplicação do instituto foi 
ratificada pelo Resp 1.340.553, que fixou os marcos iniciais para 
contagem do respctivo lapso temporal, considerando que o marco 
de 1 (um) ano previsto no art. 40 da LEF tem inicio 
automaticamente na data em que a Fazenda Publica for 
cientificada quanto a falta de citação do devedor ou localização 
de bens penhoraveis em diligencia a endereço fornecido, sendo 
que, transcorrido o respectivo prazo, inicia-se automaticamente o 
prazo prescrional intercorrente. 
No caso da Fazenda Pública não ser intimada antes da 
decretação da prescrição intercorrente, entendo adequada a 
oportunização de manifestação, sendo dever desta indicar tais 
aspectos na primeira oportunidade que possuir junto aos autos, sob 
pena de preclusão. 
Sim, se a Fazenda demonstrar, na primeira oportunidade 
que possuir no processo, a falta de sua intimação antecedente a 
decisão que reconheceu a prescrição intercorrente, ainda, 
apresentar argumento apto a descaracteriza-la, entendo que esta 
poderia ser il idida. 
 
6. Qual o marco inicial da contagem do prazo para 
redirecionamento da execução fiscal contra os sócios? Trata-se de 
prazo decadencial ou prescricional? É possível compreender que o 
https://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=Resp1340553
 
10 
 
mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja considerado ilícito 
suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito 
tributário e não o seja para a execução fiscal de débito não-
tributário. (Vide anexos XI, XII e XIII) 
 
Quanto análise da prescrição para redirecionamento da 
execução fiscal contra o sócio, entendo que, caso a suposta 
irregularidade motivadora da responsabilidade, a exemplo do 
encerramento irregular da atividade, seja anterior a propositura da 
ação, o marco inicial para a contagem do prazo é o despacho 
citatório, conforme I, do Parágrafo Único, do art. 174 do CTN, que 
retroagirá a data da distribuição da ação, conforme REsp nº 
1.120.295/SP. 
 
Contudo, se a irregularidade for posterior a distribuição da 
ação e regular citação, entendo aplicavel a teoria do actio nata. 
Ressalvando, em minha interpretação, que o prazo prescriscional 
não inicia no momento que a Fazenda Pública toma inequívoco 
conhecimento dos motivos que ensejam o redirecionamento da 
cobrança, mas sim, no momento em que esses passaram a ser 
percpiveis através de diligências, buscas administrativas ou afins, ou 
seja, neste caso, o marco inicial para a contagem do prazo 
prescricional seria o evento ou fato que possibilita a administração 
pública constatar a irregularidade motivadora da responsabilidade 
do sócio. 
 
7. Sobre a decadência/prescrição do direito de repetir o indébito 
tributário pergunta-se: 
a) Quais indébitos estão sujeitos ao art. 3º da LC n. 118/05: todos, 
independente da data do pagamento indevido; aqueles cuja 
 
11 
 
restituição seja requerida depois do termo inicial de sua vigência; 
ou somente os pagamentos efetuados após iniciada sua vigência? 
Justificar (vide anexos XIV e XV). 
 
Cumpre esclarecer que antes da edição da LC 118/05 a 
jurisprudência, através do EREsp 435.835, havia reconhecido que o 
prazo para ajuizamento de ação de repetição de indébito no caso 
de lançamento por homologação era de 5 (cinco) anos, contados 
da efetiva homologação expressa ou tácita. 
 
Assim, embora pretenda o art. 4º da mesma lei, dar 
aplicação pretérita ao art. 3º, na forma do art. 106, I do CTN, advogo 
pela inconstitucionalidade do dispositivo, sendo inconcebível sua 
aplicação em situações que precedem a vigência da LC 118/05. 
 
b) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem 
modulação de efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito 
tributário? Conta-se do pagamento indevido ou o termo inicial seria 
a “data da declaraçãode inconstitucionalidade da lei que 
fundamentou o gravame”? (Vide anexos XVI e XVII). 
 
Considerando a teoria do actio nata, a data para 
repetição do indébito seria a publicação da decisão que declarou 
a inconstitucionalidade da lei.

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