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NR 25 – RESÍDUOS INDURSTRIAIS
O Que são Resíduos Industriais?
25.1 Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos.
Resíduo industrial, vulgarmente chamado de lixo industrial, é o resíduo proveniente de processos produtivos industriais. É muito variado o processo de produção industrial o que gera grande variedade de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Diferentes são as indústrias e também os processos por elas utilizados e assim os dejetos resultantes. Alguns podem ser reutilizados ou reaproveitados. Muito do refugo das indústrias alimentícias são utilizados como ração animal. Por outro lado, o das que geram material químico são bem menos aproveitados por apresentarem maior grau de toxicidade, elevado custo para reaproveitamento (reciclagem), exigindo, às vezes, o uso de tecnologia avançada para tal.
A liberação de resíduos ou produtos “não-necessários” da indústria para o ambiente, pode causar a poluição do ar, da água e do solo.
Resíduos Sólidos: 
Segundo as normas da ABNT, resíduos sólidos industriais são todos os resíduos no estado sólido ou semi-sólido resultantes das atividades industriais, incluindo lodos e determinados líquidos, cujas características tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d´água ou que exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis.
Classificação do Resíduos sólidos:
Segundo a Norma ABNT NBR 10 004 de 09/1987, os resíduos sólidos industriais são classificados nas seguintes classes:
a) Resíduos de Classe I - Perigosos - Resíduos que, em função de suas propriedades físico-químicas e infecto-contagiosas, podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente. Devem apresentar ao menos uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
b) Resíduos de Classe II - Não Inertes - Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I ou classe III. Apresentam propriedades tais como: combustibilidade, biodegrabilidade ou solubilidade em água.
c) Resíduos de Classe III - Inertes - Quaisquer resíduos que submetidos a um contato estático ou dinâmico com água, não tenham nenhum de seus componentes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água definidos pelo Anexo H da Norma NBR 10.004.
Resíduos Líquidos: 
Resíduos líquidos são geralmente provenientes de atividades industriais ou domésticas e muitas vezes contêm elementos tóxicos que acabam sendo lançados no meio ambiente. Por isso, é importante conhecer os procedimentos corretos para gerenciamento e descarte destes resíduos, já que eles podem causar danos ao solo, plantas, água e animais.
			
Resíduos gasosos:
 Esse tipo de resíduo é resultado de grandes indústrias e os processos químicos que acontecem dentro delas, fazendo com que a combustão de materiais – muitas vezes para a formação de outros – acabe por lançar na atmosfera todo tipo de resíduos tóxicos. Uma vez emitido para a atmosfera é praticamente impossível tratar este tipo de resíduo. No entanto, antes de ser colocado para fora das indústrias, ele pode ser contido e tratado, diminuindo – quando não eliminando completamente – a sua capacidade de poluição. Quando é emitido sem tratamento, este tipo de resíduo é o que gera a chamada “chuva ácida”: ela é a chuva que, apesar de se iniciar naturalmente, acaba por conter tantos componentes poluentes em si – resultado da emissão não tratada de resíduos gasosos e gases tóxicos na atmosfera – que se torna prejudicial, podendo causar problemas de pele, dificuldade para o nascimento de plantas e vegetais, problemas respiratórios diversos.
25.2 A empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da adoção das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.
RECICLAGEM:
Contribui para diminuir a poluição da água,ar e solo.
Melhora a limpeza da indústria e a qualidade de vida dos funcionários no meio ambiente de trabalho.
Prolonga a vida útil de aterros sanitários
Gera emprego para popolução não qualificadas
Estimula a concorrência , uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são comercializados em paralelos aqueles gerados a partir de matérias – primas virgens.
Redução de Geração de resíduos sólidos
Reciclagem: dos seus resíduos sólidos, pois a segregação do material, ainda na fonte geradora, diminui o volume total de resíduos, reduz os gastos operacionais e, em alguns casos, pode gerar uma nova receita para indústria. Entre os principais tipos de reciclagem estão a de material orgânico, para fabricação de compostos e fertilizantes; a de papel, cartões, cartolinas e papelões, para fabricação de papel reciclado; a de plásticos, cacos de vidro e metais, para uso na própria indústria ou fabricação de produtos recicláveis, como embalagens.
A incineração de resíduos sólidos industriais: é uma alternativa para redução do seu volume, sendo bastante discutida. Os que a defendem consideram que é uma forma de eliminar possíveis riscos para a saúde pública, enquanto os que a combatem argumentam que a má operação dos incineradores pode ser uma nova fonte de poluição / contaminação atmosférica (gases e material particulado).
A disposição dos resíduos em aterros industriais: é muito utilizada, pois essas grandes escavações no terreno armazenam grande volume desse material. Contudo, os aterros sanitários precisam ser constru ídos e operados com grande segurança, para que 8 não ocorra contato do material com o solo ou percolação de líquidos para o aqüífero livre.
Redução de Geração de Resíduos Líquidos
Processo: Estudo do processo produtivo, incluindo a realização de balanços materiais para quantificar as perdas de produto e determinar os locais de sua ocorrência, de modo a identificar as mudanças cabíveis e as necessidades de manutenção dos equipamentos danificados.
Equipamentos: - Instalação de recipientes para coletar os líquidos oriundos.				
 -Instalação de coletores de respingos em equipamentos como máquinas moldadeiras, mesas de enformagem e prensas para evitar perdas de matérias primas, produtos e subprodutos, junto aos demais efluentes.
 - Instalar válvulas nas pontas das mangueiras de água, impedindo o desperdício.
Treinamento: - Treinamento dos funcionários para correta operação e manutenção dos equipamentos e instalações e aplicação de boas práticas ambientais nos processos.
Rotinas operacionais: -Manter os tanques e tubulações em boas condições de funcionamento, evitando perdas por vazamentos.
- Operar os equipamentos com um nível de líquido adequado, evitando perdas.
Redução de Geração de Resíduos Gasosos:
• Gradeamento: separação por meio de grades do material efluente mais grosseiro;
• Sedimentação: também uma separação do material, porém orientada pela diferença de densidade existente entre eles (os mais “pesados” concentram-se no fundo e os mais “leves”, na superfície);
• Equalização e correção do Ph: equilibra-se o Ph do efluente antes dele ser liberado numa massa de água ou esgoto;
• Flotação: remoção de substâncias colóides.
25.3 Os resíduos industriais devem ter destino adequado sendo proibido o lançamento ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º 253, de 04/08/11)
Destino adequdoSÓLIDOS:
Aterro Controlado
O Aterro Controlado é um local onde os resíduos são descartados diretamente no solo (sem nenhuma impermeabilização), porém recebe um certo controle paraminimizar seus impactos. Na maioria dos casos, eles são apenas um lixão que recebeu algumas adequações com o fim de atender a legislação vigente. A diferença entre estes e os lixões é que eles são cercados para impedir a entrada de pessoas e podem apresentar algum tipo de controle para evitar a poluição, como o monitoramento do lençol freático. Embora não sejam uma forma de destinação ideal, costumam ser aceitos pelos órgãos ambientais (isso varia de Estado para Estado) de forma temporária, enquanto o município procura outras formas de destinação. Podemos dizer, então, que os aterros controlados são uma espécie de transição entre os lixões e os aterros sanitários, mas é importante frisar que os aterros controlados são apenas uma forma de minimizar o impacto do descarte de resíduos e atender a legislação não constituindo de forma alguma um meio adequado do ponto de vista ambiental.
Aterro Sanitário
Geralmente denomina-se de aterro sanitário o local para onde são destinados os resíduos urbanos provenientes do serviço de coleta municipal, mas ele também pode receber alguns resíduos industriais não perigosos (Classe II), podendo ser chamado também de “Aterro Classe II”. O solo do local onde será despejado o resíduo deve ser impermeabilizado e são implantadas canaletas para coleta do chorume que será enviado para uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Também é feito o monitoramento do lençol freático e das emissões atmosféricas, podendo haver a captação dos gases gerados no aterro para geração de energia.
O local de despejo dos resíduos deve ser protegido das chuvas e o resíduo, compactado e enterrado todos os dias. Geralmente é feita a triagem dos resíduos (separação dos materiais recicláveis) e apenas o que não pode mesmo ser reciclado é enviado para o aterro.
Aterro Industrial
Possui o mesmo esquema básico do aterro sanitário, porém, para cá são enviados os resíduos provenientes das indústrias. Dependendo do tipo de resíduo eles necessitam de um pré-tratamento antes que sejam enterrados, podendo ser: estabilização, solidificação, encapsulamento ou neutralização. Você ainda poderá encontrar uma classificação para estes aterros de acordo com o tipo de resíduo que eles costumam receber: quando recebem resíduos perigosos recebem o nome de Aterro Industrial Classe I (ou somente “Aterro Classe I”), e quando recebem resíduos não perigosos são chamados de Aterro Industrial Classe IIA, para resíduos não inertes e Aterro Industrial Classe IIB para resíduos inertes. Este último pode dispensar a impermeabilização do solo, porém ainda deverá contar com um sistema completo de monitoramento.
Bioreatores
São chamados de biorreatores os aterros onde há uma aceleração induzida do processo de decomposição dos resíduos através do controle do pH do solo, da taxa de umidade da pilha de resíduos e, consequente, o aumento da atividade bacteriana.
Outra forma de destinação de resíduos, geralmente dos industriais, é o co-processamento: uma técnica onde eles podem ser utilizados na fabricação do clínquer (cimento) e em fornos de alta temperatura onde são reduzidos a compostos simples e cinzas.
Destinos adequados para resíduos líquidos
Os efluentes, devem sofrer um pré-tratamento antes de serem lançados na rede de esgoto ou no manancial, para garantir a conservação da qualidade do recurso hídrico. 
O investimento no tratamento de efluentes pode significar um grande salto para o desenvolvimento em termos da dotação da infra-estrutura requerida para proteger o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da população, assim como propiciar novas oportunidades de negócios. Assim, a coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada de efluentes são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população e pré-requisito para busca da sustentabilidade. 
25.3.1 As medidas, métodos, equipamentos ou dispositivos de controle do lançamento ou liberação dos contaminantes gasosos, líquidos e sólidos devem ser submetidos ao exame e à aprovação dos órgãos competentes.
A NR 25 APRESENTA PARÂMETROS DE CONTROLE AMBIENTAL?
Não, a Nr 25 não determina parâmetros de controles ambientais, deixando essa abordagem a critério das legislações competentes, em níveis federal, estadual e municipal. Vale ressaltar que cada estado possui um órgão ambiental, para realizar fiscalizações, emitir multa e, até mesmo, processar o empregadores que desrespeitam as leis ambientais vigentes.
QUAL O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL?
O conselho nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso dasatribuições que lhe confere a Lei Federal n° 6.938 (31/08/81) é o órgão competente para implementação da política Nacional no Meio Ambiente. Dependendo da competência de cada caso, a fiscalização ambiental ficará a cargo do IBAMA, Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e respectivos órgãos estaduais de controle ao meio ambiente. 
QUAL O PAPEL DOS AUDITORES FISCAIS DO TRABALHO (AFTs) NA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL.
Embora não seja da competência direta dos AFTs a fiscalização ambiental, eles podem denunciara empresa aos órgãos ambientais competentes caso seja constatado visívil descaso no gerenciamento de resíduos industriais.
QUAL A RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR COM REALAÇÃO AOS ASPECTOS AMBIENTAIS?
A Lei Federal n° 9.605/98 introduz a criminalidade da conduta do empregador e determina as penas previstas para as condutas danosas ao patrimônio ambiental.
Destaca-se nesta Lei a questão da tripla responsabilidade. As empresas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente quando a infração for cometida “por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade (Art.3°). As disposições gerais inseridas nesta Lei enquadram a hipótese de responsabilidade das pessoas jurídicas e físicas, de direito público e privado, podendo responsabilizar Diretores, Gerentes e Funcionários. 
25.3.2 Os resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações industriais devem ser adequadamente coletados, acondicionados, armazenados, transportados, tratados e encaminhados à adequada disposição final pela empresa.
ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS
Segundo a NBR 12235 , item 3.1
Contenção temporária de Resíduos pelo órgão de controle Ambiental , à espera de reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final adequada.
O armazenamento de resíduos perigosos de ser feito de modo a não alterar a quantidade/qualidade do resíduo.
O acondicionamento de resíduos perigosos, como forma temporária de espera pode ser realizado em contêineres, tambores, tanques e/ ou a granel.
Nenhum resíduo pode ser armazenado sem analisar suas propriedades;
LOCAL DE ARMAZENAMENTO
O local a ser utilizado para armazenamento de resíduos de ser tal que:
O perigo de contaminação ambiental seja minimizado;
A aceitação da instalação pelos funcionários e população seja maximizada;
 Evite ao máximo, a alteração da ecologia da região;
Esteja de acordo com o zonemanto da região.
LOCAL DE ARMAZENAMENTO (ISOLAMENTO)
Um local de armazenamento de resíduos perigosos de possuir:
Sistema de isolamento tal que impeça o acesso de pessoas estranhas;
Sinalização de segurança que indentifique a instalação para os riscos de acesso ao local;
Áreas definidas , isoladas e sinalizadas para armazenamentos de resíduos compatíveis.
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS A UMA INSTALAÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS
Uma instalação de armazenamento deve ser operada e mantida de forma minimizar a possibilidade de fogo, explosão, derramamento ou vazamentos de resíduos.
A instalação de possuir registro de sua operação, que deve ser mantido até o fim da sua vida útil.
TRANSPORTES DE RESÍDUOS
O transporte deve ser feito por meio de equipamento adequado.
O equipamento deve ser bem conservado durante o transporte, não pode haver vazamento ou derramamento dos resíduos.
O resíduo, durante o transporte, deve estar protegido de intempéries, assim como deve estar devidamente acondicionado para evitar o seu espalhamento nas viaspúblicas ou férrea.
25.3.3.1 Os rejeitos radioativos devem ser dispostos conforme legislação específica da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. (Inserido pela Portaria SIT n.º 253, de 04/08/11)
O que são rejeitos radioativos?
Rejeito radioativo é qualquer material resultante de atividades humanas relacionadas a radionuclídeos (materiais radioativos) em quantidades superiores aos limites estabelecidos por normas da CNEN, de acordo com parâmetros internacionais, e para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista. 
Frequentemente emprega-se a expressão lixo atômico como referência ao rejeito radioativo. A CNEN mantém, armazenadas em seus institutos, fontes radioativas em desuso, recebidas de clínicas médicas, hospitais, indústrias e centros de pesquisa.
 O transporte, o tratamento e o armazenamento desses materiais são realizados em consonância com os padrões internacionais de segurança recomendados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
25.3.3.2 Os resíduos de risco biológico devem ser dispostos conforme previsto nas legislações sanitária e ambiental. (Inserido pela Portaria SIT n.º 253, de 04/08/11)
O que são riscos biológicos?
Os resíduos biológicos são aqueles que apresentam produtos biológicos que podem ou não representar risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente, devido à presença de micro-organismos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Para fazer a correta segregação dos resíduos dentro do local de trabalho (laboratórios, laboratórios de ensino, ambulatórios), é necessário conhecê-los. 
As embalagens para o acondicionamento correto dos resíduos biológicos são o saco de lixo branco com símbolo de infectante e a caixa amarela para o descarte de material perfurocortante, ambos disponibilizados pelo almoxarifado.
25.5 Os trabalhadores envolvidos em atividades de coleta, manipulação, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição de resíduos devem ser capacitados pela empresa, de forma continuada, sobre os riscos envolvidos e as medidas de controle e eliminação adequadas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 253, de 04/08/11)
QUAL A INTERFACE DA NR25 COM AS DEMAIS NRS?
Existe uma relação entre a NR 25 com a NR 6 – EPI, NR 7 – PCMSO, NR 9 – PPRA, e NR 15 – Atividade e Operações Insalubres. A preocupação principal dessa NR é garantir a proteção dos trabalhadores sobre os efeitos provocados exposição dos produtos Químicos e Biológicos presentes nos resíduos industriais e hospitalares tóxicos, dentro do campo da higiene ocupacional.
EPI:
EPC:
TREINAMENTOS:

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