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Rio de Janeiro DIREITO DO TRABALHO II • Resolução do Contrato de Trabalho: Justa Causa, Rescisão Indireta, Culpa Recíproca e Homologação do CT Entendendo o Art. 482, CLT Art. 482 – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. a) Ato de improbidade • De acordo com a corrente majoritária (subjetiva), improbidade é todo ato de desonestidade, ato contrário aos bons costumes, à moral, à lei, enseja justa causa. • Segundo Délio Maranhão, improbidade é a violação a um dever moral. • A corrente objetiva entende que a improbidade como ato praticado contra o patrimônio da empresa. b1) Incontinência de conduta • Ela existirá quando o empregado levar uma vida irregular fora da empresa, que de alguma forma (direta ou indireta) interfira no seu trabalho, ferindo a imagem da empresa. • Deve existir habitualidade nesta vida desregrada. O comportamento desordenado pode estar ligado a desvios sexuais. • Ex. envio de e-mails de conteúdo pornográfico; expor partes íntimas, etc. b2) Mau procedimento • Para a maioria da doutrina é tudo que não se enquadra nos demais tipo legais. (Conceito - controvertido) • É definido pela quebra de regras sociais de boa conduta, como a falta de paciência e educação. • Atos contrários ao bom viver. Ex. tem o hábito de proferir palavrões. • É diferente da incontinência porque ela ocorre fora do trabalho e este dentro do emprego. c1) Negociação Habitual (Concorrência à Empresa) • A negociação deve ser habitual, fora do serviço, sem o conhecimento do empregador e desde que importe em concorrência e desvio de clientela. • Atenção: a falta só estará caracterizada se houver concorrência efetiva e prejuízo real. Tendo o empregado vantagem ou não. Há quem entenda que uma negociação de forma eventual, é caso de improbidade. Concorrência desleal é toda prática desonesta em matéria industrial e comercial. Previsão criminal: Art. 195, Lei. nº 9279/96. c2) Negociação habitual (Prejudicial ao serviço) • Neste caso o empregado pode ter ciência do fato e nada fazer, contudo, se a negociação estiver trazendo prejuízo ao trabalho e perturbando seu bom andamento, estará caracterizado o tipo. • Se tais atos não prejudicarem o trabalho, não haverá falta a ser punida. d) Condenação criminal Transitada em Julgado • Essa falta pressupõe três requisitos: condenação criminal, que haja transito em julgado, que inexista condicional da pena. • Não é a condenação criminal em si, mas a impossibilidade física do empregado de continuar prestando o serviço. • Desnecessário que os fatos processuais estejam relacionados com o serviço. e) Desídia • O tipo caracteriza o empregado relapso, imprudente, negligente, desinteressado, imperito que não exerce suas atividades de forma produtiva, quantitativa e qualitativamente. • Em regra a desídia não se caracteriza por único ato, e sim por uma síntese de atos faltosos de menor gravidade. Excepcionalmente, a desídia pode ocorrer por único ato*. • A desídia pressupõe culpa, que se divide em imprudência, negligencia e imperícia. f) Embriaguez habitual ou em serviço • A embriaguez deve ser entendida além do sentido “alcoólatra”, para poder atingir todas as substâncias químicas embriagantes, tóxicas ou entorpecentes, como: éter, haxixe, ópio, maconha, cocaína, morfina, crack etc. • A embriaguez habitual relaciona-se com o uso frequente pelo trabalhador fora do serviço da droga causadora do estado alucinógeno. • A embriaguez em serviço ocorrida uma única vez enseja a justa causa. g) Violação de segredo da Empresa • Violar significa, divulgar sem permissão um segredo e tornar público, de conhecimento de todos. • Segredo é algo sigiloso, secreto que você tem “posse” e não deve propalar. Na empresa é tudo ao que se refere à produção ou ao negócio. • Não constitui violação de segredo o empregado que divulga informação sigilosa que seja ilegal, abusiva, fraudulenta, etc. h) Insubordinação e indisciplina • Ato de insubordinação e indisciplina revela-se quando há violação na obrigação do empregado em obedecer às ordens do patrão. • A subordinação decorre do Art. 3º, CLT. • Insubordinação é o desrespeito intencional de uma ordem específica (determinada a uma pessoa ou grupo para agir de tal modo) de caráter pessoal dada pelo superior hierárquico. • A indisciplina é a desobediência de uma ordem geral (destinada a todos os empregados da empresa). • Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal ou abusiva. i) Abandono de emprego • Configura-se o abandono de emprego a ausência injustificada ou não justificada tempestivamente e sem a permissão do patrão, que ocorra de forma reiterada e sucessiva. • O decurso do prazo de 30 dias (súmula 32, TST), faz presumir a intenção do empregado em abandonar o emprego. • Mesmo que o motivo das faltas seja justo, previsto em lei, se o empregado não comunica em 30 dias, a justa causa pode ser aplicada, salvo se comprovar que não tinha como se comunicar. J e k) Ofensas físicas contra o empregador - (pode ser sócio, diretor, clientes, colegas) • Refere-se a ofensa moral ou física que significa ataque, lesão, à integridade física, pessoal, corpórea. Desta forma, brigas, rixas, cotoveladas, joelhadas, cabeçadas, socos, murros, tapas, beliscões, empurrões e pontapés, constituem ofensas físicas. • As ofensas devem ser praticas em serviço, contudo, aceita-se as praticadas fora, quando trata-se de trabalhador externo. • Ressalvados os casos de Legítima Defesa, Art. 21,CP l) Práticas constantes de jogos de azar • Jogo é a designação genérica de certas atividades cuja natureza ou finalidade é recreativa. • O jogo de azar é aquele que o ganho ou a perda depende exclusivamente da sorte. Ex. jogo do bicho, loteria, raspadinha, corrida de cavalo, roleta, cartas, bingo, rinha de galo. • O tipo caracteriza-se quando há habitualidade, constância, vício ou repetição. §Ú) Atos atentatórios à segurança nacional • O tipo está previsto no art. 482, §Ú. Foi criado para atender interesses momentâneos de uma situação política particular. É a única justa causa que não estava prevista na CLT. • O pressuposto está em desuso mas não foi revogado. • Os atos atentatórios estão postulados na Lei nº 7.170/83. – Crimes contra Seg. Nacional. Nomenclaturas: • Despedida indireta, • Dispensa indireta, • Rescisão forçada, • Demissão forçada, • Justa causa do empregador.O empregador é quem comete falta grave na relação de emprego. RESCISÃO INDIRETA Conceito • É a faculdade que possui o empregado de romper o contrato por justo motivo quando o empregador praticar uma das hipóteses prevista em lei como justa causa. • Diploma legal: Art. 483, CLT. Requisitos • Devem ser preenchidos concomitantemente; sob pena da punição ser afastada pelo judiciário convertendo-se a despedida indireta em pedido de demissão. Já que foi o empregado que tomou a iniciativa. • São 4 requisitos a saber: • Gravidade da falta do empregador; • Imediatidade, Atualidade e Contemporaneidade; • Teoria dos fatos determinantes; • Não ter havido perdão tácito ou expresso 1) Gravidade da falta do empregador • A falta do empregador deve ser muito grave a ponto de tornar insuportável a continuidade da relação de emprego. Há a quebra de confiança. • Uma síntese de faltas leves ou reiteração podem tornar grave a falta de modo a se tornar insuportável a convivência laboral. 2) Imediatidade, Atualidade, Contemporaneidade • É um requisito recíproco, aplicado tanto nas faltas cometidas pelo empregado e pelo empregador. Logo que tomar conhecimento da falta deve romper o contrato, sob pena de perdoar a falta. • O prazo máximo sugerido para doutrina é de 30 dias. Contudo, o caso concreto pode diminuí-lo ou estendê-lo. ATENÇÃO: Este prazo é uma construção doutrinária, não há artigo na CLT! 3) Teoria dos fatos determinantes • Esta teoria conclui que entre a falta e a resolução do contrato por justa causa deve haver uma relação de causa e efeito, um nexo causal. RELEMBRANDO: Nexo causal é o vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido! 4) Não ter havido perdão tácito ou expresso • Se o empregado expressamente declarar que perdoa a falta praticada pelo patrão (empregador), não poderá mais tarde punir essa falta. LEMBRAR: Havendo o perdão não há que se falar em punição posterior! Forma - Teórica • Em tese, a despedida indireta se opera-se apenas com a declaração de vontade emitida pelo empregado ao empregador. - Ope iuris. • Bastaria simples comunicação ao empregador da extinção do contrato, seja via telegrama, pessoalmente ou através de ação judicial. O legislador expressamente apontou as únicas hipóteses em que o trabalhador poderá permanecer em serviço e postular judicialmente a resolução contratual. Art. 483, §3º, CLT. Nas demais hipóteses, a permanência no emprego é incompatível com a falta alegada. Forma – Prática • Infelizmente, a prática tem nos demonstrado que ação trabalhista tem sido utilizada como meio para comunicar o empregador do afastamento do empregado em face do término do contrato. Assim, cabe ao trabalhador ingressar perante a Justiça do Trabalho com de rescisão indireta do contrato de trabalho. Julgada procedente tal ação, estará extinto o vínculo e, como punição, será o empregador condenado a pagar todas as verbas devidas em caso de despedida sem justa causa. Em síntese: • Em regra, deve primeiro o empregado romper o contrato por rescisão indireta, comunicando este fato ao patrão. • Num segundo momento deve-se postular a reclamação trabalhista após expirado o prazo do vencimento da obrigação contratual. Salvo as hipóteses do Art. 483, §3º, CLT Art. 483, §3º, CLT • Apenas nestas hipóteses, alíneas “d” e “g” o empregado pode continuar no trabalho. • Nas demais hipóteses a permanência no serviço é incompatível com a falta alegada. Devendo-se romper o contrato enquanto se ajuíza (ou para ajuizar) a ação trabalhista. d) Não cumprir o empregador as obrigações do contrato. g) O empregador reduzir seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa... Pedido justo de demissão • São hipóteses que não se encontram no rol de alíneas do Art. 483, CLT, por não se tratarem de rescisão indireta e sim de extinção justa. • Elas estão nos §1º e §2º do 483. Tratam-se de pedido de demissão “justo”, isto é, pedido de demissão sem que o empregado tenha que conceder aviso prévio ao patrão. Há outras hipóteses de demissão justa na CLT. Arts: 394 e 408 da CLT Tipos do Art. 483, CLT a) Serviços superiores às forças do empregado, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato. • O empregado deve prestar serviços que estejam relacionados com o trabalho e que sejam compatíveis com sua força física e intelectual e que sejam legais e não firam o bom costume. Exemplos: ➢ Artigos: 198 e 390 da CLT – (força física) ➢ Empregador que obriga empregado a vender produto falsificado como se fosse original ➢ Condomínio pede pra porteiro “puxar um gato” do prédio vizinho. b) Tratado pelo empregado ou superior hierárquico com rigor excessivo • Rigor excessivo significa intransigência exagerada, má educação, maus tratos, tortura, ou falta de cortesia, desproporcionalidade na punição. • Podem ser: repreensões verbais grosseiras; exagero nas ordens, perfeição na realização de tarefas, punições desnecessárias e excessivo, maus tratos, etc. Exemplos: > Assédio moral > Impedimento de ir ao banheiro ou sentar-se no horário de trabalho. c) Correr perigo manifesto de mal considerável • Perigo significa um risco anormal, não previsto no contrato de trabalho. Manifesto é aquilo que é flagrante, indiscutível. • O tipo estará afastado se o perigo a saúde não for iminente. Exemplos: ➢ Motorista de empresa / transportadora que sai pra viajar com caminhão ou com carro da empresa com pneus “carecas”. Empregador sabe da situação mas o obriga a trabalhar sob estas condições. ➢ FALTA DE EPI E EPC d) Não cumprimento das obrigações contratuais • O contrato de trabalho implica em compromissos bilaterais decorrentes de lei. O acúmulo de faltas leves, sua reiteração pode se tornar grave e incidir nesse tipo. Ex. não pagamento de salário. Súmula 13, TST e) e f) praticar ato lesivo da honra...praticar ofensa física • O primeiro consiste na ofensa moral à pessoa do trabalhador; tanto faz se a ofensa é cometida diretamente pelo empregador ou através de seus subordinados. • O segundo caso é a ofensa física praticada pelo empregador ou por seus prepostos. A legítima defesa elide a falta. g) Redução de trabalho por parte do empregador quando este for por peça ou tarefa • Se o empregado tem o salário fixado por produção e empregador reduz significativamente de forma a reduzir sensivelmente sua remuneração, estará configurado este tipo. Ex: PROFESSOR! OJ – SDI 1 – 244 - A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula. Art. 407, CLT • Importante! Quando o empregador não tomar as medidas para mudar o menor de função, quando esta lhe for prejudicial a saúde ou à moral, o trabalhador menor poderá lhe aplicar a justa causa prevista no art. 407, §U, da CLT CULPA RECÍPROCA • Conceito: É a concorrência de culpas. Dificilmente é reconhecida pelas partes, pois ambas sempre se julgam com a razão. • A culpa recíproca na maioria das vezes é reconhecida pelo judiciário, já que as partes sequer alegam-na em sua suas petições. • É fato conhecido de ofício pelo juiz. • Diploma legal: Art. 484, CLT Requisitos • A) duas faltas graves; • B) proporcionalidade entre as faltas; • C) atualidade ou contemporaneidade; • D) nexo de causalidade; Súmula 14 do TST • A súmula 14 do TST se posicionou pela aplicação analógica do art. 484 da CLT para todas as verbas resilitórias no caso de culpa recíproca. • Direitos: Saldo de salário, 100% das férias vencidas + 1/3, 50% das férias proporcionais, 50% do aviso prévio; 50% do 13º proporcional; além do FGTS + 20%. As férias vencidase 13º vencidos são devidos integralmente. Súmula 14/TST - 26/10/2016. Culpa recíproca. Rescisão do contrato de trabalho. Indenização. Aviso prévio. Décimo terceiro. Férias proporcionais. CLT, arts. 129, 484 e 487. «Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (CLT, art. 484), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.» Rio de Janeiro Homologação do Contrato de Trabalho CONCEITO • Homologar a rescisão nada mais é do que efetuar o pagamento das verbas rescisórias a que o empregado fizer jus, nas entidades competentes, que orientarão e esclarecerão as partes sobre o cumprimento da lei. OBRIGATORIEDADE • A homologação será obrigatória sempre que se tratar de rescisão de contrato firmado por mais de 1 ano de serviço (art. 477, §1º, CLT), observando que o Termo de Rescisão deverá especificar a natureza de cada parcela paga e o seu respectivo valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas (art. 477, § 2º, CLT). REFORMA TRABALHISTA - LEI 13.467, DE 13-7-2017 (DO-U DE 14-7-2017) CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – Alteração "Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. Arts. 477, §1º e §2º § 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social § 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. REVOGADO Enunciado 330 do TST Nº 330 Quitação. Validade. Revisão da Súmula nº 41 A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do artigo 477, da Consolidação das Leis do Trabalho, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. TERMO DE QUITAÇÃO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO EMPREGADOR 01 CNPJ/CEI 02 Razão Social/Nome TRABALHADOR 10 PIS/PASEP 11 Nome 17 CTPS (nº, série, UF) 18 CPF 19 Data de Nascimento 20 Nome da Mãe CONTRATO 22 Causa do Afastamento 24 Data de Admissão 25 Data do Aviso Prévio 26 Data de Afastamento 27 Cód. Afast. 29 Pensão Alimentícia (%) (FGTS) 30 Categoria do Trabalhador Foi realizada a rescisão do contrato de trabalho do trabalhador acima qualificado, nos termos do artigo n.º 477 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A assistência à rescisão prevista no § 1º do art. n.º 477 da CLT não é devida, tendo em vista a duração do contrato de trabalho não ser superior a um ano de serviço e não existir previsão de assistência à rescisão contratual em Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho da categoria a qual pertence o trabalhador. No dia / / foi realizado, nos termos do art. 23 da Instrução Normativa/SRT n.º 15/2010, o efetivo pagamento das verbas rescisórias especificadas no corpo do TRCT, no valor líquido de R$ ,o qual, devidamente rubricado pelas partes, é parte integrante do presente Termo de Quitação. / , de de . 150 Assinatura do Empregador ou Preposto 151 Assinatura do Trabalhador 152 Assinatura do Responsável Legal do Trabalhador 156 Informações à CAIXA: A ASSISTÊNCIA NO ATO DE RESCISÃO CONTRATUAL É GRATUITA. Pode o trabalhador iniciar ação judicial quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (Inc. XXIX, Art. 7º da Constituição Federal/1988). COMPETÊNCIA • São competentes para assistir o empregado na rescisão do contrato de trabalho, cuja vigência tenha ultrapassado o período de um ano: a) o sindicato profissional respectivo; b) a autoridade local do Ministério do Trabalho. § 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz. REVOGADO PRESENÇA DAS PARTES • No momento da homologação, deverão estar presentes o empregado e o empregador. • O empregador poderá ser representado por preposto formalmente credenciado e o empregado, excepcionalmente, por procurador legalmente constituído, com poderes expressos para receber e dar quitação. EMPREGADO MENOR • Tratando-se de empregado menor, será obrigatória, também, a presença e a assinatura do pai ou da mãe, ou de seu representante legal, que comprovará esta qualidade, Art. 439 da CLT. DOCUMENTOS E REQUISITOS NECESSÁRIOS • I - o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, em 4 (quatro) vias;* • II - a Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, com as anotações devidamente atualizadas; • III - o Registro de Empregado, em livro, ficha ou cópia dos dados obrigatórios do registro de empregados, quando informatizados, nos termos da Portaria MTPS 3.626/91; Documentos... • IV - o comprovante do aviso prévio, se tiver sido dado, ou do pedido de demissão, quando for o caso; • V - a cópia do acordo ou convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa, se houver; • VI - as duas últimas Guias de Recolhimento - GR, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, ou extrato bimestral atualizado da conta vinculada; • VII - a Comunicação da Dispensa - CD, para fins de habilitação ao Seguro-desemprego, na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem justa causa; • *VIII - o Requerimento do Seguro-desemprego, na hipótese já mencionada no item anterior; As vias do termo a que se refere o inc. I deste artigo, depois de assinadas, serão assim distribuídas: as três primeiras vias para o empregado, sendo uma para sua documentação pessoal e as outras duas para movimentação do FGTS junto ao banco depositário; a quarta via para o empregador. • IX - Exame médico demissional. Documentos... OBSERVAÇÃO Quando a rescisão decorrer de adesão a Plano de Demissão Voluntária ou quando se tratar de empregado aposentado, é dispensada a apresentação de Comunicação de Dispensa ou Requerimento de Seguro-Desemprego. • O pagamento das verbas salariais será efetuado no ato da rescisão assistida, em moeda corrente ou cheque visado, ou mediante comprovação de depósito bancário em conta corrente do empregado, ordem bancária de pagamento ou ordem bancária de crédito, desde que o estabelecimento bancário esteja situado na mesma cidade do local de trabalho. Art. 477, §4º e §5º, CLT § 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento sómente poderá ser feito em dinheiro. § 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado: I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes; ou II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto. REFORMA TRABALHISTA - LEI 13.467, DE 13-7-2017 (DO-U DE 14-7-2017) § 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregadoIMPORTANTE! ➢No ordenamento jurídico trabalhista vigente não existe previsão para o pagamento parcelado das verbas rescisórias, ainda que exista algum acordo entre as partes (empregador/empregado) homologado ou não pelo sindicato da categoria profissional. Assim sendo, a quitação deverá ser realizada em um único ato, salvo se houver sentença judicial. Art. 477, §6º • Contudo, a evolução da legislação trouxe a extensão da obrigatoriedade da assistência para todos os contratos de trabalho extintos após um ano de vigência, na fixação de prazos (Art. 477, §6º, CLT) para pagamento das verbas rescisórias § 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. REFORMA TRABALHISTA - LEI 13.467, DE 13-7-2017 (DO-U DE 14-7-2017) a) Até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) Até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenizado do mesmo, ou dispensa de seu cumprimento. REVOGADO OJ 162 SDI1 TST MULTA. ART. 477 DA CLT. CONTAGEM DO PRAZO. APLICÁVEL O ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. (atualizada a legislação e inserido dispositivo, DJ 20.04.2005) A contagem do prazo para quitação das verbas decorrentes da rescisão contratual prevista no artigo 477 da CLT exclui necessariamente o dia da notificação da demissão e inclui o dia do vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132 do Código Civil de 2002 PORIBIÇÃO DE COBRANÇA PELA ASSISTÊNCIA • É vedada a cobrança de qualquer taxa ou encargo pela prestação da assistência na rescisão contratual tanto para o trabalhador quanto ao empregador. Art. 477, § 7º CLT • A assistência na extinção do contrato de trabalho foi prevista inicialmente no art. 500 da CLT, com o objetivo de preservar e garantir a autenticidade do pedido de demissão do trabalhador que gozava de estabilidade no emprego. REVOGADO OBJETIVO DA ASSISTÊNCIA • Objetivo da assistência é, assim, garantir o cumprimento da lei e o efetivo pagamento das verbas rescisórias, bem como orientar e esclarecer as partes sobre os direitos e deveres decorrentes do fim da relação empregatícia. Art. 477, §8º • Penalidades para o descumprimento. § 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. Em regra, a aplicação do parágrafo 8º, decorre do descumprimento pelo empregador, dos prazos estabelecidos nas alíneas “a” e “b” do parágrafo 6º, do art. 477 da CLT CASOS DE DISPENSA DE HOMOLOGAÇÃO a) Rescisão de empregado doméstico, ainda que esteja incluído no sistema FGTS (mesmo que conte com mais de 01 ano de trabalho); b) Rescisão indireta, declarada judicialmente; c) Na ocorrência de motivo de força maior, reconhecida em juízo; d) Na culpa recíproca judicialmente determinada; e) Nos processos de quitação no âmbito das entidades federais, estaduais/DF e municípios, assim como autarquias ou fundações de direito público que não explorem atividades econômicas, por possuírem “presunção relativa de validade dos recibos de quitação ou pedidos de demissão de seus empregados”.
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