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Classificação de plantas daninhas quanto ao ciclo (cont.) Perenes (ou vivazes): podem dar flores e frutos durante anos consecutivos (mais de 2 anos). Reproduzem por sementes e por meios vegetativos. São mais bem controladas através de herbicidas sistêmicos pois, sistema mecânico de controle fazem com que se multipliquem ainda mais através de suas partes vegetativas. Ex.: guaxuma (Sida rhombifolia). Podem ser subclassificadas em: Perenes herbáceas simples – reproduzem-se por sementes ou vegetativamente se injuriadas ou cortadas. De fácil controle. Ex.: dente de leão (Taraxacum officinale). Perenes herbáceas mais complexas – multiplicam-se por sementes e por mecanismos vegetativos. Ex. grama seda (Cynodon dactylon), tiririca (Cyperus rotundus) sapé (Imperata brasiliensis). Além desta classificação de perenes, pode-se considerar ainda: 1. Perenes rizomatosas - produzem caule subterrâneo (rizoma) que se propaga e se reproduz à certa distância da planta mãe. Controle através de herbicida sistêmicos. Ex.: capim massambará (Sorghum halepense). 2. Perenes estoloníferas - produzem estólons, os quais emitem nós e daí raízes e a nova planta. Ex.: capim angola (Brachiaria purpuracens). 3. Perenes tuberosas - reproduzem basicamente por tubérculos (ou batatinhas). Ex.: tiririca (Cyperus rotundus). 4. Perenes lenhosas: plantas cujos caules têm crescimento secundário, com incremento anual. Infestam normalmente pastagens. Ex.: assa-peixe; fedegoso (Senna obtusifolia). Classificação das plantas daninhas quanto ao hábito de crescimento Herbácea - tenra, de pequeno porte (altura e diâmetro de copa inferior a 1 m); Subarbustivas – porte entre 0,80 a 1,5 m – caule lenhoso e ereto; Arbustiva – caule ereto, lenhosas e porte variando entre 1,50m a 2,5 m. Arbórea – idem anterior, porém porte acima de 2,5m. Trepadeira – precisam-se de outras plantas como suporte para o crescimento. Podem ser: volúveis ou cirríferas; Classificação das plantas daninhas quanto ao hábito de crescimento (cont.) Hemiepífita - iniciam seu desenvolvimento como trepadeiras e, posteriormente, emitem sistema radicular. Epífita - crescem sobre outras sem, no entanto, utilizar o fotossintato do hospedeiro. Parasita - cresce sobre outra utilizando-se do seu alimento. Classificação das plantas daninhas quanto ao hábito de crescimento Herbácea - tenra, de porte baixo. Arbórea Herbácea Arbustiva Classificação das plantas daninhas quanto ao hábito de crescimento Trepadeira Hemiepífita Epífita Classificação das plantas daninhas quanto ao hábito de crescimento Parasita Classificação de plantas daninhas quanto ao habitat Plantas daninhas terrestres: Vivem sobre o solo. Algumas se desenvolvem melhor sobre solo mais fértil. Exemplos: carurú (Amaranthus spp), beldroega (Portulaca oleracea). São consideradas indicadoras de solo fértil, sendo que sua presença valoriza a terra. Ao contrário, existem as espécies que se desenvolvem em solos de baixa fertilidade. Exemplos: capim barba de bode (Aristida pallens), guanxumas (Sida spp). São indicadoras de solo pobre e desvalorizam a terra. Existem ainda aquelas indiferentes à fertilidade. Exemplo: tiririca (Cyperus spp). Plantas daninhas de baixada São aquelas espécies que se desenvolvem melhor em solos orgânicos e úmidos. Exemplos: sete sangrias (Cuphea carthaginensis), tripa de sapo (Alternanthera philoxeroides). Plantas daninhas aquáticas Podem ser: Aquáticas marginais (ou de talude) - são terrestres que ocorrem às margens de rios, lagoas, represas, etc. Exemplos: tiririca, capim fino (Brachiaria purpurascens). Aquáticas flutuantes - ocorrem livremente nas superfícies da água, com as folhas fora da água e as raízes submersas. Ex. aguapé (Eichornia crassipes). Aquáticas submersas livres - vivem inteiramente abaixo do nível da água. Ex. algas. Aquáticas submersas ancoradas - submersas com as raízes presas ao fundo. Ex. elódea (Egeria densa). Aquáticas emergentes - possuem as folhas na superfície da água e as raízes ancoradas no fundo. Ex. taboa (Typha angustifolia). Plantas daninhas de ambiente indiferente Vivem tanto dentro como fora da água. Ex.: capim arroz (Echinochloa spp). BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS NO SOLO GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA Banco de sementes: A quantidade de sementes no solo; pode-se consistir de milhares (10- 100) de sementes por m2 e é a fonte de sementes para as futuras infestações; A maioria das sementes de plantas daninhas localizadas na camada de 0-6 cm do solo, podendo ir até aos 15 a 20 cm; Tipos de Banco de sementes Transiente e persistente. Transiente sementes que permanecem viáveis por 1 ano apenas; Persistente contém sementes que não germinam no 10 ano (dormência primária ou secundária); Algumas podem permanecer em dormência por até 20 anos em solos trabalhados; Tipos de Banco de sementes persistente: Curto prazo (<8 anos) e de longo prazo (>8 anos). O banco de sementes é constituído principalmente por anuais que representam 95% e as perenes, bianuais e outras, o restante; FATORES PODEM AFETAR O BANCO DE SEMENTES NO SOLO Fatores que diminuem: Germinação (emissão de radícula), seguida pela emergência (primeira causa da diminuição do banco de sementes do solo); A atividade de microorganismos (fator importante na deterioração das sementes); A exaustão metabólica da semente (sementes embebidas com pouca umidade, exibe baixa germinação mas, constante respiração (causas da diminuição da concentração de carboidratos); A baixa respiração não é suficiente para provocar a germinação; Fatores que diminuem (cont.): A germinação fatal: germinação não acompanhada pela emergência (mais comum em sementes velhas); Os métodos de cultivo (o não revolvimento do solo no plantio direto; Processo nunca irá trazer sementes mais profundas; Fatores que aumentam Não controle de áreas adjacentes; Máquinas, homem, pássaros; Não controle de espécies infestantes; Dormência: Causa sérios problemas na estratégia de controle; Todos os fatores que estimulam a germinação, quando em concentrações não favoráveis provocam a dormência da semente; Fatores que levam a dormência Fatores ambientais; Fatores intrínsecos à semente: presença, em altas concentrações, de inibidores de germinação, embrião imaturo, casca da semente impermeável; Definição:Retardamento do início da germinação por causas externas e internas; Tipos de Dormência Primária é aquela causada por fatores intrínsecos como: tegumento impermeável, inibidores internos de germinação, etc... Secundária é aquela causada por fatores extrínsecos como: baixa luz, baixa umidade, etc. Dormência secundária a semente já esteve pronta para germinar (dormência primária quebrada), mas por causas externas ela entrou novamente em dormência e agora necessita de ter a dormência quebrada novamente para germinar; Quiescência a semente já esteve também pronta para germinar e devido aos mesmos fatores externos ela não germina (assim que estes fatores voltarem ao normal ela germina imediatamente sem necessidade de nova quebra de dormência); Em resumo: Quiescência = dormência ambiental e a semente germina assim que estes fatores se normalizarem. Dormência secundária ou induzida =dormência ambiental e a semente necessita de ter a dormência quebrada novamente assim que tais fatores se normalizarem. Dormência primária ou inata = devido a fatores intrínsecos. Ex: tegumento impermeável, inibidores bioquímicos; Principais fatores da quiescência: •Falta de água - não haverá embebição; •Falta de oxigênio; •Excesso de CO2 (acontece com as enterradas a maior profundidade); •Temperatura baixa; •Luz inadequada Principais fatores da dormência primária: •Impermeabilidade do tegumento. Ex.: leguminosas são impermeáveis à água; capim carrapicho (Cenchrus echiratus) ao O2. •Resistência mecânica do tegumento. Ex.: carurú, Lepidium. •Imaturidade fisiológica do embrião. •Dormência do embrião. •Presença de inibidores. Principais fatores da dormência secundária: Luz, oxigênio, temperatura. Numa mesma população as sementes podem estar em diferentes estados de germinação e produzirem plântulas durante um período longo.
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