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A CLT (1)

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A CLT- Consolidação das Leis Trabalhistas sofreu grande alteração em decorrência da Lei 13.467. As mudanças entrarão em vigor após 120 dias desde a sua publicação ocorrida no dia 14/07/2017, ou seja, em novembro de 2017. 
 O principio protetor do direito do trabalho, protege o lado hipossuficiente da relação. O mercado de trabalho impõe uma desvantagem em relação aos trabalhadores e favorece os empregadores. Trata de expressar historicamente o reconhecimento da necessidade de intervenção estatal na ordem econômica e no mercado de trabalho para satisfazer determinadas carências e interesses dos trabalhadores, limitando a exploração sobre eles exercida. 
Existem três princípios: 
Princípio “in dúbio pro operário”: havendo duvida quanto à interpretação de uma lei ou de um caso concreto, deve o interprete decidir a favor do empregado. 
Princípio da norma mais favorável: duas normas aplicadas no caso concreto, o intérprete deve utilizar a norma mais favorável ao empregado. 
Princípio da condição mais benéfica: busca nas relações de emprego, a criação de condição e regras, mais benéficas como também vantagens já conquistadas, não podendo ser modificadas a trazerem prejuízo ao trabalhador. 
Algumas das mudanças da CLT com a Reforma Trabalhista:  
- Férias:  As férias de 30 dias podem ser divididas em três períodos, um deles não poderá ser  menor que 14 dias. Antes não era permitido o parcelamento. E ficou decido também que as férias não poderão começar dois dias antes do fim da semana ou de um feriado, para os dias não sejam somados pelas férias. 
 
-Demissão: Antes da reforma, caso o trabalhador se demitisse ou fosse demitido por justa causa, ele não poderia sacar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), seguro-desemprego e nem recebia multa de 40% sobre os depósitos de FGTS. Os benefícios e indenizações eram recebidos pelo funcionário caso de demissão sem justa causa. Agora, o trabalhador e a empresa possuem uma nova alternativa: juntos podem rescindir um contrato em comum, garantindo alguns benefícios para o trabalhador. 
 
Nesse caso, o funcionário recebe uma multa de 20% sobre os depósitos do FGTS e poderá ficar com até 80% do fundo. E não possui o direito ao seguro-desemprego. Demissão em massa sem autorização: não será necessário que o sindicato autoriza qualquer tipo de demissão em massa. 
 –Intervalo de almoço:  O intervalo de almoço que é de 1 hora ser reduzido há até 30 minutos, caso seja um acordo coletivo para jornadas com mais de seis horas de duração. 
 – Horas extras: Horas extras é um sistema de compensação, também conhecido como banco de horas, em que as horas excedentes trabalhadas em um dia são compensadas com a diminuição da jornada de outro dia. Antes da reforma, era necessário ser negociado em convenção coletiva e as horas extras precisavam ser compensadas em ate um ano. Quando o prazo acaba, elas deveriam ser pagas em dinheiro com acréscimo de 50%. Agora, o prezo será zerado, com as horas compensadas, é menor, de até seis meses. Porem é permitido que o banco de horas fosse feito via acordos individuais. A negociação poderá ser feita entre trabalhador e empregado para que adequem ás necessidades especificas de sua empresa. 
 –Tempo de trabalho:  Algumas atividades no âmbito de empresa deixam de alimentação, higiene pessoal, troca de uniforme e estudo. Muitas empresas oferecem aulas de língua estrangeira que deve ser considerada fora do horário de trabalho. Antes da mudança, a CLT considerava o serviço eletivo, o momento em o trabalhador entrava na empresa e ficava à disposição do empregado, apenas seguindo ordens. 
 
Relação entre empregado e empregador: 
Vale ressaltar que nem todo tornado de serviços é empregado, o que define empregado e empregador é o Art. 2° e 3° da CLT, que compreende empregador toda pessoa física ou jurídica que contrata, dirige e assalaria a prestação de serviços de natureza não eventual, e empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual mediante subordinação e mediante salario que é a contra prestação pelos serviços prestados. 
O vinculo empregatício é caracterizado por cinco elementos sendo eles, a habitualidade que é a não eventualidade de prestação de serviços, a onerosidade onde todo trabalho prestado com exceção feita ao trabalho voluntario, exige a contra prestação, ou seja, o salário; a subordinação em que o empregado tem que estar sob, as ordens de alguém hierarquicamente superior, ou seja, do seu empregador, cabe a este determinar ou até mesmo limitar as atividades do empregado; na pessoalidade deve ser prestado o serviço por aquele empregado sem exceção, diferente, por exemplo, daquele prestador de serviços de natureza eventual; e por fim a alteridade no qual ninguém pode ser empregado ou empregador de si mesmo, por que a pessoa física não se confunde com a pessoa jurídica. A jurídica tem natureza distinta dos membros que há integram. 
Nas relações de trabalho sempre haverá em contrato, previsto no Art. 442° da CLT que poderá ser tácito, verbal ou escrito e por um prazo determinado ou indeterminado, tendo como características; bilateral, pois há participação do sujeito ativo, empregador seja ele pessoa física ou jurídica e o empregado que deve ser obrigatoriamente pessoa física, consensual deve haver entre as partes o consentimento, independente da formalidade, seja ele escrita ou verbal, onerosa onde não existe uma relação entre empregado e empregador em que não há remuneração, sucessivo deve haver continuidade na prestação de serviços e o não solene em que não há formalidade para sua formação, sendo observada a primazia da realidade.
  
Face ao exposto é de grande importância adquirir conhecimento das relações entre empregado e empregador, na qual a CLT vem realizando a manutenção entre ambas as partes, estabelecendo direitos e deveres a serem cumpridos, a fim de garantir o equilíbrio entre eles.

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