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Artigo FIBRA DO COCO

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DOSSIÊ TÉCNICO – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aproveitamento da fibra de 
coco 
 
 
 
 
Lisiane Fernanda Fabro de Castilhos 
Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR 
 
Agosto/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos 
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de 
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a 
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aproveitamento da fibra de 
coco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dossiê Técnico CASTILHOS, Lisiane Fernanda Fabro de 
 Aproveitamento da fibra de coco 
 Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR 
8/8/2011 
 
 Resumo Informações sobre o processo de obtenção da fibra de coco, 
suas propriedades e aplicações. Descrição da composição do 
fruto, método e equipamentos para obtenção da fibra, sua 
utilização como substrato agrícola, como matéria-prima para 
fabricação de objetos de jardinagem, na construção de placas 
acústicas e de isolamento térmico, no revestimento para bancos 
de automóveis, na adição como reforço em compósitos 
poliméricos, fibrocimento, concreto e mistura asfáltica, fabricação 
de mantas para proteção de encostas, recuperação de áreas 
desmatadas e biofilme em tratamentos de efluentes. 
 
 
 Assunto RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS 
ANTERIORMENTE 
 
 Palavras-chave Acondicionamento; acústica; biomanta; capacho; casca de coco; 
coco; compósito; concreto; corda; embalagem; extração de fibra; 
fibra de coco; fibra natural; fibra vegetal; fruto; isolamento 
acústico; isolamento térmico; jardinagem; nutrição animal; ração; 
som; substrato; tapete; tratamento de efluente; vassoura 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvo indicação contrária, este conteúdo está licenciado sob a proteção da Licença de Atribuição 3.0 da Creative Commons. É permitida a 
cópia, distribuição e execução desta obra - bem como as obras derivadas criadas a partir dela - desde que dado os créditos ao autor, com 
menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br 
 
Para os termos desta licença, visite: http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ 
DOSSIÊ TÉCNICO 
2 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Sumário 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 
 
 
2 COMPOSIÇÃO DO FRUTO ............................................................................................. 3 
 
 
3 CONSTITUIÇÃO DAS FIBRAS VEGETAIS ..................................................................... 4 
 
 
4 PROCESSO DE EXTRAÇÃO DAS FIBRAS .................................................................... 5 
 
 
5 APLICAÇÃO DAS FIBRAS .............................................................................................. 7 
5.1 Fibra da casca do coco verde como substrato agrícola ........................................... 7 
5.2 Embalagem de fibra de coco ....................................................................................... 8 
5.3 Adição de fibra de coco em concreto não estrutural ................................................ 9 
5.4 Uso de fibras de coco em compósitos ....................................................................... 9 
5.5 Adição de fibras de coco em misturas asfálticas ...................................................... 11 
5.6 Mantas de fibra de coco .............................................................................................. 12 
5.7 Objetos para jardinagem ............................................................................................. 13 
5.8 Chapas de fibra de coco .............................................................................................. 14 
5.9 Produção de gabinetes ecológicos de computadores .............................................. 15 
5.10 Banco de automóveis ................................................................................................ 16 
5.11 Obtenção de papel ..................................................................................................... 18 
5.12 Produção de enzimas ................................................................................................ 18 
5.13 Complementação alimentar animal .......................................................................... 18 
5.14 Fabricação de cordas, vassouras e capachos ......................................................... 19 
5.15 Suporte para biofilme em sistema de tratamento de efluente ................................ 20 
 
 
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................................................. 20 
 
 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 21 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
3 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
 
Conteúdo 
 
1 INTRODUÇÃO 
O coqueiro (Cocos nucifera L.) é uma planta comum da região litorânea do Nordeste, 
entretanto, pode ser cultivado em outras regiões de clima tropical caracterizado por uma 
temperatura acima de 220C, com elevada umidade e chuvas sazonais. Para que haja um 
bom desenvolvimento da planta, além do clima, o solo deve ser leve, profundo, permeável e 
arejado (PORTAL SÃO FRANCISCO, [200-?]). 
As cascas do coco verde correspondem a 80% do peso bruto do fruto. O Brasil produz cerca 
de 8,1 bilhões de unidades de coco e este material vem sendo disposto em aterros e lixões, 
provocando um enorme problema aos serviços municipais de coleta de lixo devido ao seu 
grande volume. O meio ambiente leva de 8 a 12 anos para decompor o coco. O 
desenvolvimento de alternativas de aproveitamento da casca de coco verde possibilita 
reduzir a quantidade de resíduos sólidos nos aterros sanitários, além de proporcionar uma 
nova opção de rendimento (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007; CARRIJO; LIZ; 
MAKISHIMA, 2002). 
Com a grande expansão da produção de coco, a garantia da disponibilidade de matéria-
prima aumentou, possibilitando a fabricação dos mais variados produtos. Segundo 
informações do Grupo de Coco do Vale, a área plantada no país, somente com o coco anão, 
destinado à produção de água-de-coco, aumentou cerca de 57 mil hectares, dos quais cerca 
de 33 mil encontram-se no Nordeste do Brasil (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007; 
CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA, 2002). 
Analisando o comportamento histórico do coco verde no mercado observa-se um expressivo 
crescimento dos plantios nos últimos cinco anos, contudo, ao contrário das cascas de coco 
seco, grande parte do coco verde ainda é descartado como resíduo, cerca de sete mil 
toneladas de fibra são beneficiadas, enquanto dois milhões de toneladas de coco são 
produzidas anualmente. O processo de coleta da casca ocorre nos próprios locais de vendade água de coco, descartando-se aquelas de coloração marrom, por apresentarem 
dificuldade no processamento (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007; CARRIJO; LIZ; 
MAKISHIMA, 2002). 
As fibras de coco se destacam por apresentarem alta disponibilidade no país, baixo custo e 
propriedades físico-químicas adequadas à confecção de diversos produtos como cordas, 
escovas, tapetes, estofamentos automotivos, reforço em compósitos, entre outros 
(DUARTE; IMAI; NII, 2009). 
Um coco fornece cerca de 70 gramas de fibra, sendo que, do processo de desfibramento, 
somente 25% da casca é revertida em fibras multidimensionais aproveitáveis, o restante é 
formado principalmente por fibras de comprimento reduzido e pó de coco que têm sido 
utilizados experimentalmente como adubo (DUARTE; IMAI; NII, 2009). 
2 COMPOSIÇÃO DO FRUTO 
O coco, fruto formado a partir de uma semente chamada drupa, é constituído basicamente 
por um epicarpo, que consiste em uma camada externa fina e lisa que forma a sua casca; 
mesocarpo, camada intermediária fibrosa de onde obtém-se a fibra; endocarpo, uma 
camada lenhosa e dura e a castanha chamada de albúmem sólido, que é a parte do fruto de 
maior valor comercial, além da água de coco. O fruto chega a alcançar o peso médio de 3 a 
4 Kg e a quantidade de água diminui à medida que o coco amadurece (PORTAL SÃO 
FRANCISCO [200-?]; FAGURY, 2005). 
Aproveitamento da fibra de coco 
www.respostatecnica.org.br 4 
 
Figura 1 – Partes do coco 
Fonte: (PASSOS, 2005) 
 
3 CONSTITUIÇÃO DAS FIBRAS VEGETAIS 
A fibra de coco extraída do mesocarpo, parte espessa fibrosa do fruto (FIG. 2) apresenta 
uma elasticidade superior a outras fibras vegetais, além de uma elevada capacidade de 
resistir à umidade e a altas variações nas condições climáticas. É constituída de materiais 
lignocelulósicos, sendo suas principais características a baixa densidade, a boa flexibilidade 
no processamento e a facilidade de modificação perante agentes químicos, além de fonte de 
recursos renováveis, biodegradáveis e não abrasivos (PANNIRSELVAM et al., 2005; VALE; 
SOARES; CASAGRANDE, 2007). 
 
Figura 2 – Mesocarpo fibroso 
Fonte: (DUARTE; IMAI; NII, 2009) 
 
Quanto à sua composição, as fibras são formadas basicamente de celulose, hemicelulose, 
lignina, pectina e minerais. A celulose é o principal constituinte estruturante, sendo um 
polissacarídeo linear de alto peso molecular formado principalmente de glicose, responsável 
pela estabilidade e resistência das fibras. A hemicelulose é um polissacarídeo formado pela 
DOSSIÊ TÉCNICO 
5 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
polimerização de vários açúcares (glicose, xilose, galactose, arabinose e manose), atua 
como ligante entre a celulose e a lignina (PASSOS, 2005). 
A lignina é um polímero complexo responsável pela formação da parede celular. Sua 
concentração nas fibras influencia na estrutura, na morfologia, na flexibilidade e taxa de 
hidrólise. Fibras com alto teor de lignina são de excelente qualidade e alta flexibilidade 
(PASSOS, 2005). 
A pectina, um polissacarídeo com função aglutinante, é um dos constituintes da parede 
celular. Já os componentes minerais são os responsáveis pela formação das cinzas após a 
incineração das fibras (PASSOS, 2005). 
As fibras das cascas de coco possuem uma quantidade menor de celulose, contudo, o 
percentual de lignina é grande, cerca de duas a quatro vezes maiores que os valores 
existentes nas fibras de juta e sisal, tornando-a extremamente vantajosas frente às outras 
fibras. O teor de lignina nas fibras varia em função da idade do fruto, girando entre 20% nas 
fibras de coco jovem e de aproximadamente 35% no fruto maduro (PASSOS, 2005). 
As principais características a serem avaliadas nas fibras são: qual tipo de celulose está 
presente (cada tipo de celulose tem a sua geometria e a geometria das células influencia 
nas propriedades físicas); qual é a idade da fibra; qual é a relação entre as quantidades de 
celulose, hemicelulose e lignina e, finalmente, qual é o nível de cristalização das fibrilas que 
formam as fibras. As propriedades mecânicas das fibras de coco estão descritas no Quadro 
1. 
Comprimento da fibra 15 a 33 cm 
Diâmetro da fibra 0,05 a 0,4 mm 
Cor Marrom claro a escuro 
Toque Áspero, duro 
Alongamento Muito alto 
Densidade Muito baixa 
Higroscopicidade Tolerância de 13% 
Lignificação Forte 
Tingibilidade Boa 
Quadro 1 – Características mecânicas da fibra de coco 
Fonte: Adaptado de (CLAUS, [200-?]) 
 
4 PROCESSO DE EXTRAÇÃO DAS FIBRAS 
O processo convencional de extração das fibras ocorre de duas formas: por maceração ou 
desfibramento mecânico. A maceração é realizada nas fibras de coco verde, enquanto o 
desfibramento mecânico ocorre nas fibras de coco seco. 
A maceração é um processo de origem biológica, no qual as cascas de coco são imersas 
em água por um período de 4 a 12 semanas para que ocorra uma fermentação anaeróbia 
espontânea da matéria vegetal, auxiliando a liberação dos feixes fibrosos. Esta variação de 
tempo depende de fatores químicos e físicos como pH e temperatura da água (DUARTE; 
IMAI; NII, 2009; PANNIRSELVAM et al., 2005). 
Aproveitamento da fibra de coco 
www.respostatecnica.org.br 6 
 
Figura 3 – Tanque de maceração 
Fonte: (CALDSTEEL EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, [200-?]) 
 
Depois de maceradas, as cascas seguem para o desfibramento, onde ocorre a separação 
da parte celulósica (fibra) da semicelulósica (pó). Este processo resulta em cerca de 25% de 
fibras aproveitáveis e 75% de pó (CLAUS, [200-?]; DUARTE; IMAI; NII, 2009). 
Após o desfibramento, as fibras devem ser lavadas em água corrente para a remoção 
parcial da lignina. Então, seguem para a secagem que pode ser feita ao sol ou em estufas, 
são separadas através de peneiramento (longas ou curtas) (CLAUS, [200-?]). 
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), unidade Agroindústria 
Tropical, juntamente com a metalúrgica Fortalmag desenvolveram um equipamento conjunto 
para a obtenção do pó e fibra da casca de coco verde. A produção é realizada basicamente 
em três etapas (ROSA, [200-?]): 
• A trituração onde a casca de coco é cortada e triturada por um rolo de facas fixas; 
• A prensagem é realizada para eliminar a alta concentração de sais tóxicos para o cultivo 
das diversas espécies vegetais. A eficiência desta etapa é de importância fundamental para 
a seleção do material na etapa seguinte e também para a adequação do nível de salinidade 
do pó obtido no processamento; 
• Na seleção, as fibras são separadas do pó na máquina selecionadora que é equipada com 
um rolo de facas fixas e uma chapa perfurada. O material é turbilhonado ao longo do eixo da 
máquina, o que faz com que o pó caia pela chapa perfurada e a fibra saia no fim do 
percurso (FIG. 4). 
DOSSIÊ TÉCNICO 
7 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Figura 4 – Desfibrador de fibra de coco produzido pela Embrapa 
Fonte: (ROSA, [200-?]) 
 
5 APLICAÇÃO DAS FIBRAS 
As fibras de coco são utilizadas na fabricação de tapetes e capachos, pois têm alta 
durabilidade, maior retenção da sujeira, além de fungicida natural; em cordame especial 
para navios, devido a sua resistência à água do mar; em escovas e vassouras; como 
enchimento de almofadas; na fabricação de madeira prensada; mantas para 
reflorestamento; suporte para biofilme, entre outras (CLAUS, [200-?]) 
5.1 Fibra da casca do coco verde como substrato agrícola 
A fibra da casca de coco verde tem sido utilizada na preparação de substratos para cultivo 
de mudas de hortaliças. Para isto, as fibras devem passar por um processo de 
compostagem (CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA, 2002). 
Após o desfibramento, já descrito anteriormente, as fibras são separadas e lavadas em água 
corrente de boa qualidade, para diminuir o teor de substâncias tóxicas comoo tanino, 
cloreto de potássio e sódio. Em seguida, passam por uma secagem ao sol, onde sua 
umidade é reduzida para uma faixa de 15 a 20%, pois o teor de umidade influencia no 
tamanho das partículas finais de substrato (CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA, 2002). 
Para obter-se um bom substrato é necessário que o cumprimento das fibras seja pequeno, 
portanto, deve-se diminuir o tamanho das fibras, o que consequentemente aumenta a 
capacidade de retenção de umidade e nutrientes. A unidade da Embrapa Hortaliças tem 
obtido bons resultados utilizando trituradoras e peneiras com furos de 3 mm ou 4 mm de 
diâmetro para o cultivo sem solo, entretanto, para a produção de mudas é recomendável 
substrato com granulometria ainda menor (CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA, 2002). 
Para produção de um substrato a base de fibra de coco de qualidade, com o intuito de 
produzir mudas, é necessário adicionar adubos de acordo com as necessidades da espécie 
a ser cultivada, pois a fibra não possui os nutrientes suficientes (CARRIJO; LIZ; 
MAKISHIMA, 2002). 
 
Aproveitamento da fibra de coco 
www.respostatecnica.org.br 8 
As principais características para um bom substrato são, entre outras, uma porosidade 
acima de 85%, a capacidade de aeração entre 10 e 30% e facilidade na assimilação de 
água de 20 a 30%. Já as propriedades físico-químicas da fibra de coco dependem do 
processamento e da casca, entretanto, estima-se que a porosidade média é cerca de 95% a 
capacidade média de aeração 45,5% e a facilidade na assimilação de água 19,8%. 
Conferindo ao substrato com fibra de coco uma boa qualidade (CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA, 
2002). 
Segundo Carrijo, Liz e Makishima (2002), o cultivo de hortaliças sem o uso do solo com 
substrato de fibra de coco apresentou excelente resultado devido a sua baixa degradação 
mediante a intensa aplicação de água e fertilizantes. Quando comparado a outros sete tipos 
de substratos, este apresentou uma pequena superioridade. 
Para que a utilização do substrato de fibra de coco seja eficiente no plantio de mudas é 
necessário um processo de compostagem. A maneira de preparar o substrato é descrita a 
seguir. 
Para 3 partes de fibra de coco deve-se adicionar uma parte de cama de aviário e mais 2 
kg/m3 de fosfato, deixando em compostagem por 60 dias e revirando o conteúdo a cada 15 
dias. O armazenamento deve ser em local limpo, seco e coberto (EMPRESA BRASILEIRA 
DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [200-?]). 
 
Figura 5 – Substrato de fibra de coco 
Fonte: (PROJETO COCO VIVO, 2011) 
 
5.2 Embalagem de fibra de coco 
Chamados de “coco bag” são sacos feitos com fibra de coco para armazenamento de 
substrato e germinação de mudas, substituindo os tradicionais sacos de plástico (FIG. 6). 
Suas principais características são (ENGEPLAS, [200-?]): 
• eliminação do lixo residual, devido a degradação do saco após um tempo; 
• produto reciclável e biodegradável; 
• expansão do saco quando adicionado água. 
DOSSIÊ TÉCNICO 
9 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Figura 6 – Sacos de fibra de coco 
Fonte: (ENGEPLAS, [200-?]) 
 
5.3 Adição de fibra de coco em concreto não estrutural 
Diversos estudos sobre adição de fibras em concreto com intuito de melhoramento das 
propriedades do concreto convencional foram realizados entre eles a adição da fibra de 
coco (BENTO et al., 2008). 
Ensaios laboratoriais foram realizados para avaliar as vantagens e desvantagens para a 
utilização do concreto acrescido de fibras de coco. Para a analise utilizou-se duas 
composições de concreto. A primeira havia brita, areia, cimento, água e fibra de coco. A 
segunda não possuía a fibra. Foram feitos corpos de provas das duas amostras de concreto 
submetendo-as a testes de tração e compressão para então compara-los (BENTO et al., 
2008). 
O concreto composto com a fibra de coco apresentou resultado satisfatório apenas para a 
aplicação não estrutural onde não sofre grandes solicitações, pois a degradação da fibra 
em relação ao tempo não permite que ele suporte grandes esforços tanto de compressão 
como tração. Entretanto ele apresentou boa propriedade de vedação devido ao baixo 
módulo de elasticidade, além de isolamento acústico e térmico (BENTO et al., 2008). 
5.4 Uso de fibras de coco em compósitos 
O desenvolvimento de novos materiais com adição de fibras vegetais tem sido pesquisado e 
utilizado para substituição da fibra de vidro em compósitos poliméricos, com intuito de 
reduzir a quantidade destas fontes não renováveis. Com o advento desta tecnologia, os 
compósitos reforçados com fibra de coco, sisal e juta estão competindo com os plásticos 
reforçados com fibra de vidro (PASSOS, 2005). 
As vantagens apresentadas pelos compósitos a base de fibras quando comparadas a outros 
materiais sintéticos são (PANNIRSELVAM et al., 2005): 
• Altas propriedades mecânicas específicas; 
• Biodegradabilidade e reciclabilidade; 
• Baixa densidade e não-abrasividade; 
• Baixo consumo de energia e custo de produção; 
• Oferta de empregos rurais; 
Aproveitamento da fibra de coco 
www.respostatecnica.org.br 10 
• Resistência a temperaturas (até 2000C) altas sem perda significativa das suas 
propriedades. 
As propriedades das fibras podem ser alteradas pela modificação química, o que permite um 
crescimento do seu potencial em aplicação tecnológica. A modificação química convencional 
consiste na reação de esterificação, copolimerização superficial, onde a superfície da fibra 
lignocelulósica pode ser alterada pelas ligações de ramificação com monômeros vinílicos e a 
ativação por plasma, onde um gás ionizado modifica as propriedades da fibra de acordo 
com sua natureza (PANNIRSELVAM et al., 2005). 
A utilização de fibras vegetais em compósitos de fibrocimento também tem sido estudada 
para substituição do asbesto, um mineral com propriedade carcinogênicas, proibido em 
diversos países, que provoca asbestose, uma doença respiratória que ocorre devido ao 
acúmulo de fragmentos deste material nos pulmões (PASSOS, 2005; TELHA..., [200-?]). 
O novo produto foi desenvolvido a partir de uma mistura de cimento, resíduos siderúrgicos, 
fibras vegetais (de bananeira, sisal, coco, eucalipto ou outras plantas) e sintéticas. Seu 
nome técnico é fibrocimento vegetal (TELHA..., [200-?]). 
Ensaios mecânicos de tração, testes físicos de permeabilidade, densidade e absorção de 
água comprovaram a eficiência do produto em substituição ao fibrocimento tradicional, além 
de apresentar algumas vantagens, entre elas, a maior capacidade de isolamento térmico, 
leveza e durabilidade equivalente ao fibrocimento com asbesto. Entretanto, sua maior 
vantagem é que não oferece riscos à saúde (TELHA..., [200-?]). 
Outra possibilidade é a produção de compósitos com celulose de papel usado e fibras de 
coco para a utilização em coberturas de edificações, substituindo os compósitos tradicionais 
(PASSOS, 2005). 
O processo desenvolvido consistiu na mistura de água, papel e fibra de coco em um 
refinador sob agitação, transformando estes componentes em uma massa que foi 
transferida para um equipamento chamado desaguadouro, para formação de placas e 
eliminação do excesso de água. Seguindo para secagem em estufa a uma temperatura de 
70°C, então foram prensadas a frio e aparadas para o processo de impermeabilização com 
cimento asfáltico (CAP 20) a 180ºC por 2 horas. O resultado pode ser observado na Figura 7 
(PASSOS, 2005). 
 
Figura 7 – (a) placa de compósito com papel e fibra de coco (b) telha do compósito impermeabilizada 
Fonte: (PASSOS, 2005) 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
11 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
5.5 Adição de fibras de coco em misturas asfálticas 
Com o aumento do volume de tráfego e da carga dos veículos nas rodovias, a preocupação 
em desenvolver pavimentos de alta durabilidade e segurança que atendam osrequisitos de 
custo e beneficio é cada vez mais importante, pois este é um fator que exerce forte 
influência na escolha do revestimento (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007). 
A utilização de uma camada de rolamento com misturas asfálticas mais resistentes e 
duráveis tem sido uma alternativa para a redução de custos de manutenção e operação das 
vias. Como resposta das pesquisas, obteve-se uma mistura de graduação descontínua 
chamada SMA. Esse tipo de mistura asfáltica tem sido muito utilizado na Alemanha, Bélgica, 
nos Estados Unidos e no Canadá. Sua aplicação tem sido realizada principalmente em vias 
de tráfego intenso, pesado e aeroportos (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007). 
A mistura SMA é um concreto asfáltico usinado a quente de alto desempenho estrutural e 
funcional, é utilizado como camada de aderência em pista molhada, na diminuição efetiva do 
borrifo de água pelos pneus, na redução da reflexão das luzes de faróis em noites chuvosas, 
e na redução de ruídos nas áreas lindeiras à via. A espessura de aplicação varia entre 1,5 a 
7,0 cm, dependendo da faixa granulométrica. A formação de pequenos canais devido a sua 
macrotextura promove uma drenagem superficial bastante eficiente (VALE; SOARES; 
CASAGRANDE, 2007). 
A composição da mistura SMA consiste basicamente em uma elevada quantidade de 
agregados graúdos (entre 70 a 80%) preenchidos por um ligante asfáltico (6 a 7%) e fibras, 
que penetram nos espaços vazios formando o revestimento (FIG. 8). Este ligante aumenta o 
contato entre os grãos, formando um revestimento asfáltico resistente e impermeável com 
um volume de espaços vazios menor que 4% (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007). 
 
Figura 8 – Mistura asfáltica SMA 
Fonte: (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007) 
 
As principais fibras utilizadas na Europa e na América do Norte são as de celulose e 
minerais. As fibras de celulose apresentam vantagens em relação às minerais, devido ao 
fato de serem produzidas a partir de fontes renováveis (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 
2007). 
No Brasil, devido a grande quantidade de coco produzida, a pesquisa utilizou a fibra deste 
fruto para avaliar sua aplicabilidade quando incorporada ao revestimento em substituição a 
celulose. A percentagem de fibra adicionada ao revestimento asfáltico varia entre 0,3 a 
0,4%, apesar das fibras não exercerem influencia no desempenho da mistura após a 
compactação. Quando adicionada ela forma uma película ao redor do granulado retardando 
a oxidação, a penetração de umidade e a sua separação e, consequentemente, 
Aproveitamento da fibra de coco 
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aumentando a resistência ao desgaste do concreto asfáltico produzido (VALE; SOARES; 
CASAGRANDE, 2007). 
Foram realizados ensaios de resistência à tração, a fadiga, de escorrimento e resistência à 
tração retida por umidade induzida. Os valores encontrados foram comparados ao 
revestimento com a fibra de celulose. A fibra de coco apresentou boa eficiência com relação 
ao escorrimento, contudo apresentou dificuldade de trabalhabilidade devido ao seu 
comprimento, o que levou a concluir que ela não pode ultrapassar 20 mm de comprimento. 
Quanto à resistência a tração, o revestimento apresentou resultados satisfatórios, 
entretanto, nas análises de fadiga, os resultados foram equivalentes tanto com as fibras de 
celulose e coco como sem a presença delas (VALE; SOARES; CASAGRANDE, 2007). 
5.6 Mantas de fibra de coco 
A utilização de fibra de coco para fabricação de mantas para proteção de encostas, 
recuperação de áreas desmatadas ou devastadas pela mineração, contra erosão do solo, 
sementeira, filtros industriais, porta-copos, jogo americano, entre outros, tem se 
desenvolvido cada vez mais (POEMATEC, [200-?]). 
O processo de obtenção das fibras e o mesmo descrito anteriormente, a tecelagem da 
manta é à base de fibra, látex e tanino, um fungicida natural. As mantas de fibra de coco 
podem ser fofas ou prensadas, possuem várias gramaturas, sendo utilizadas em uma série 
de finalidades (POEMATEC, [200-?]). 
 
Figura 9 – Equipamento para fabricação de manta 
Fonte: (POEMATEC, [200-?]) 
 
As mantas de fibra de coco são ideais para o controle de erosão, formação de taludes para 
contenção de encostas e assoreamento na beira de rios, canais e córregos, revegetação em 
estradas, paisagismo de parques urbanos e urbanização de jardins (ENGEPLAS, [200-?]). 
Também podem ser incorporadas a sementeiras para germinação e para enraizamento de 
várias espécies, evita o crescimento de mato e ervas daninhas, auxilia na retenção de 
adubos, água e nutrientes no solo (ENGEPLAS, [200-?]). 
Suas características diferenciadas atendem a processos erosivos específicos, sendo 
adaptáveis a diferentes locais e finalidades. Algumas vantagens da sua utilização são 
degradação programável e adição de matérias orgânicas e nutrientes ao solo (ENGEPLAS, 
[200-?]). 
DOSSIÊ TÉCNICO 
13 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Figura 10 – Manta para contenção de encostas 
Fonte: (ENGEPLAS, [200-?]) 
 
Outra variedade de manta de fibra são as semiprensadas, chamadas de mantas fofas, 
utilizadas como antirruído para aplicação em veículos ou máquinas, filtros de contenção de 
material particulado (poeira, tintas, etc.), decorações, tapetes, cortinas e palmilhas 
(ENGEPLAS, [200-?]). 
 
Figura 11 – Manta semi-prensada 
Fonte: (ENGEPLAS, [200-?]) 
 
5.7 Objetos para jardinagem 
O uso da fibra de coco na confecção de produtos para jardinagem tem se difundido devido 
ao fato da fibra ser antifungo e possuir propriedades semelhantes às do xaxim, que em 
razão de sua quase extinção tem extração controlada. Sua homogeneidade e capacidade de 
absorção faz dos vasos de fibra um excelente retentor de água, auxiliando na hidratação e 
aeração das plantas (VASOS..., 2009; POEMATEC, [200-?]). 
Para o processo de fabricação de vasos e peças de jardinagem são utilizadas as fibras 
curtas, geralmente desprezadas na fabricação de pinceis, o que faz a atividade muito 
lucrativa, desde que fornecedores garantam a produção (VASOS..., 2009). 
As principais características dos vasos de fibra de coco são (SILVA et al., 2003): 
• Contribuir para o enraizamento e crescimento das plantas; 
Aproveitamento da fibra de coco 
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• Absorver umidade; 
• Perspirante; 
• Alta durabilidade; 
• Fungicida natural; 
• Maleável; 
• Leve. 
Para a fabricação de vasos de coco deve-se seguir as etapas de moagem, onde a casca do 
coco é moída formando um granulado bem próximo ao pó; aglutinação onde um látex é 
misturado a fibra (relação em peso é de 30% de látex para 70% de coco), para então ser 
prensado e moldado; em seguida, vulcanizado em estufas durante 1 hora e meia a uma 
temperatura de 70ºC (VASOS..., 2009). 
 
Figura 12 – Produtos para jardinagem 
Fonte: (CLAUS, [200-?]) 
 
5.8 Chapas de fibra de coco 
A confecção de chapas usando fibras de coco e resinas como aglutinante, com a finalidade 
de isolamento acústico e térmico, tem ganho mercado devido ao custo e a sustentabilidade 
do produto. O isolamento acústico é uma das utilidades mais nobres da fibra de coco. A 
elevada quantidade de lignina produz placas rígidas que absorvem as baixas frequências, 
reduzindo substancialmente os níveis sonoros, quer seja por impacto ou aéreos, tornando o 
material um excelente isolante. Sua utilização em conjunto com a cortiça apresenta um dos 
melhores índices de isolamento acústico (SILVA et al., 2003). 
A confecção de painéis acústicos a partir da fibra de coco atende às exigências técnicas 
quanto ao controle da qualidade, equiparando-se com os materiais disponíveis no mercado, 
inclusive com baixo custo para sua aquisição (MACHADO; DAMM; FORNARI JUNIOR, 
2009). 
Estas placas de fibra possuem resistência inferior à madeira, entretanto, sua capacidadede 
isolamento térmico representa um alto ganho energético com refrigeração, principalmente 
em países de clima tropical. Sua aplicação em paredes e tetos é recomendada nestas 
regiões (PASSOS, 2005). 
Dentro desta concepção, diversos produtos foram introduzidos no mercado com as mais 
variadas finalidades. 
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A utilização de fibras de coco aglomeradas com látex natural e acoplada com plástico e 
tecido não tecido (TNT) como revestimento para piso possui grandes vantagens, além da 
sustentabilidade (FIG. 13). A utilização deste piso reduz em torno de 20% os ruídos quando 
comparados aos demais e isola o frio e umidade devido a sua camada de plástico 
(ENGEPLAS, [200-?]). 
 
Figura 13 – Piso de fibra de coco 
Fonte: (ENGEPLAS, [200-?]) 
 
Utilizadas na construção civil como pisos, forros e paredes, as placas são aglomeradas com 
látex natural e resina acrílica (FIG. 14). Funcionam como antirruído, junta de dilatação e 
isolante térmico. Suas principais características são redução de ruído e isolamento térmico 
de 20%, fácil aplicação, possuem várias densidades e espessuras (ENGEPLAS, [200-?]). 
 
Figura 14 – Placa de fibra de coco 
Fonte: (ENGEPLAS, [200-?]) 
 
5.9 Produção de gabinetes ecológicos de computadores 
A substituição de placas convencionais dos gabinetes de computadores por placas de 
compósitos a base de fibra de coco foi avaliada para possível produção de gabinetes 
ecológicos. O projeto visou substituir as duas placas laterais e a placa superior, mantendo 
os demais componentes originais (MACHADO; DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009). 
Inicialmente, a casca do coco foi fatiada uniformemente com espessuras de 2 a 3 mm, 
seguindo para um tratamento químico onde as fatia foram expostas à uma substância 
oxidante para então serem prensadas. A prensa foi idealizada de forma a possibilitar uma 
redução da espessura da lâmina processada através de dois rolos em inox (MACHADO; 
DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009). 
Aproveitamento da fibra de coco 
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A seguir, as fibras foram levadas à estufa a temperatura em torno de 120ºC para ser 
desidratadas por um período de duas horas. Este valor de temperatura foi determinado de 
modo experimental para que a taxa de evaporação não modifique as suas propriedades 
mecânicas (MACHADO; DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009). 
A remoção total da umidade foi feita em micro-ondas com potência de 40 Watts em 
intervalos de 2,5 minutos, onde a fibra foi pesada e aquecida até que não houvesse mais 
alteração na sua massa. Então, iniciou-se a moagem em moinho de bolas pelo período de 
uma hora e meia para redução do tamanho da fibra de coco, propiciando uma mistura mais 
homogênea para produzir um compósito com maiores propriedades mecânicas (MACHADO; 
DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009). 
As fibras moídas foram separadas em peneiras vibratórias e então coloridas com anilina 
diluída em álcool, ou por fervura em corantes diluídos em agua. A granulometria das fibras 
escolhidas para o compósito era de 40 mesh, para esta escolha foram realizados testes 
experimentais com pequenos corpos de prova com vários comprimentos de fibras 
(MACHADO; DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009). 
Para confecção das placas foram construídas molduras nos tamanhos correspondentes às 
placas originais do computador. As placas fabricadas foram compostas de resina, fibra de 
coco e iniciador, responsável pelo endurecimento da resina. Durante os ensaios, algumas 
placas apresentaram defeitos como empeno, trincas e bolhas devido a quantidade de 
iniciador. Após vários testes, definiu-se que o valor ideal de iniciador para composição das 
placas é de 0,8% mássico (MACHADO; DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009). 
O processo de fabricação das placas consistiu em cinco etapas (MACHADO; DAMM; 
FORNARI JUNIOR, 2009): 
• Aplicação de desmoldante nas matrizes para auxiliar na retirada do compósito; 
• Adição do iniciador na resina e despejo sobre a matriz; 
• Distribuição das fibras uniformemente sobre a lâmina de resina; 
• Recobrimento da camada de fibra com a resina já preparada; 
• Desinformação das placas após a cura do compósito. 
Finalizado o processo, o gabinete apresentou design agradável e satisfatório, pois o projeto 
focou apenas o aspecto visual do compósito. O objetivo do trabalho que era o 
reaproveitamento de um produto abundante e pouco utilizado foi alcançado, de forma 
sustentável e ecologicamente correta (MACHADO; DAMM; FORNARI JUNIOR, 2009) . 
5.10 Banco de automóveis 
A utilização de fibra de coco na composição de assentos para automóveis teve inicio com a 
Mercedes-Benz em 1994, com a fabricação de encostos de cabeça para os caminhões. A 
partir de 1999 a fibra passou a ser utilizada na composição dos assentos dianteiros do 
modelo Classe A. Hoje, diversas fábricas europeias utilizam o estofamento de fibra de coco 
(FIG. 15) (CLAUS, [200-?]). 
Comparando os assentos fabricados com fibra de coco e os de espuma derivada de 
petróleo, considera-se a fibra superior à espuma devido a condensação do vapor do corpo 
que a espuma provoca, enquanto que a fibra permite a aeração, evitando assim o incômodo 
do suor (ENGEPLAS, [200-?]). 
Algumas vantagens da fibra de coco em relação às espumas de poliuretano, que geralmente 
são usadas nos estofamentos, estão descritas a seguir (ENGEPLAS, [200-?]): 
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• Permite troca de calor com o ambiente; 
• Fabricado com produtos naturais de fontes renováveis; 
• Contém tanino, um fungicida natural; 
• Resistente a impactos; 
• Maior conforto devido a possibilidade de ter várias densidades em uma mesma peça; 
• Biodegradável e reciclável; 
• Alta resistência; 
• São retardantes de chama; 
• Não tem odor; 
• Mais durável que os materiais similares. 
 
Figura 15 – Bancos de automóveis com fibra de coco 
Fonte: (ENGEPLAS, [200-?]) 
 
Salazar e Leão ([200-?]) pesquisaram a qualidade dos assentos de fibra de coco utilizados 
em automóveis, comparando-os aos de poliuretano. Para as análises de teste de qualidade 
e vida útil desenvolveu-se um equipamento que realiza simultaneamente a compressão e 
torção do material com o objetivo de simular as condições de uso. 
A simulação do envelhecimento foi feita por aquecimento em estufa com circulação de ar 
por um período de 7, 30 e 45 dias, com temperatura entre 70 e 750C. Os testes foram 
realizados tomando por base que o usuário utilize o assento pelo menos 10 vezes ao dia. 
Estabelecendo-se assim 4000 ciclos no ano, como fator de segurança, foram realizados 
5000 ciclos no teste. Cada ciclo corresponde a uma torção e uma compressão. Após os 
ciclos fez-se a medida para avaliar a deformação (SALAZAR; LEÃO, 2000). 
Com base nos testes de comparação concluiu-se que todas as amostras com fibra de coco 
apresentaram deformação superior a da espuma, independente das condições de 
envelhecimento e umidade (SALAZAR; LEÃO, 2000). 
Aproveitamento da fibra de coco 
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5.11 Obtenção de papel 
A preocupação em encontrar alternativas sustentáveis para a fabricação de papel e evitar o 
desflorestamento tem incentivado o resgate dos processos de fabricação a partir de 
resíduos agrícolas (SENHORAS, [2004]). 
Diante dessa preocupação, a utilização da casca do coco verde para substituição da 
madeira é uma possibilidade visto que, dentro dos padrões industriais, a casca de coco é 
considerada um material vegetal apto para a produção de papel, pois possui 33% de 
celulose em sua composição (SENHORAS, [2004]). 
O engenheiro Fred Albán desenvolveu uma pesquisa para a produção de papel com fibras 
de coco mescladas à de pinheiros e eucaliptos comumente utilizadas na produção de papel. 
Segundo ele, esta mescla é necessária,pois as fibras de coco não são suficientemente 
compridas para obter um papel flexível e resistente (SENHORAS, [2004]). 
A utilização da fibra de coco reduz a quantidade dos outros materiais, diminuindo tempo de 
corte das árvores e área de plantio. Entretanto, existem limitações quanto ao planejamento e 
a gestão logística, é necessária uma integração entre a indústria de papel e celulose e a 
cadeia agroindustrial do coco verde (SENHORAS, [2004]). 
O projeto programa Pobreza e Meio Ambiente da Amazônia (POEMA) desenvolveu diversos 
processos para o auxilio da população pobre da Amazônia, entre ele a fabricação do 
Amazon Paper, um papel produzido a partir de técnicas orientais e conhecimentos dos 
ancestrais amazônicos, 100% natural (CLAUS, [200-?]). 
A produção do papel consiste na seleção das fibras para eliminar os possíveis nós formados 
durante a sua extração, seguindo para o corte e fervura. Durante este período, as fibras 
podem ou não receber corantes. Após a fervura, as fibras seguem para a bateção onde são 
agitadas até se transformarem em uma pasta. Finalizada esta etapa, a pasta é colocada em 
placas teladas e seguem para tanques com água onde, por movimentos alternados, se 
transformam no papel que é prensado para a remoção do excesso de água (CLAUS, [200-?]). 
5.12 Produção de enzimas 
Uma boa alternativa para a casca de coco verde é a utilização em processos fermentativos, 
com a produção de enzimas. Assim como os demais rejeitos agroindustriais, a fibra de coco 
verde contém grande quantidade de compostos como celulose, hemicelulose e pectina que 
funcionam como indutores na produção de enzimas extracelulares, como as celulases, 
xilanases, pectinases e outras, sendo adequada para o desenvolvimento microbiano sem 
que haja necessidade de grandes complementações nutricionais (SENHORAS, [2004]). 
A inserção deste processo na fabricação de enzimas no Brasil é muito importante, sendo 
que o desenvolvimento da indústria de enzimas nacional é muito pequeno. A maioria das 
enzimas utilizadas é importada. É grande o interesse gerado por processos que envolvem 
tecnologia de baixo custo energético, com menor impacto ambiental e que utiliza matérias-
primas renováveis, adequando-se ao reaproveitamento de subprodutos da agroindústria 
(SENHORAS, [2004]). 
5.13 Complementação alimentar animal 
A complentação alimentar para animais ruminantes durante os períodos de secas nas 
regiões áridas e semiáridas é uma difícil tarefa para os produtores rurais, sendo a utilização 
de subprodutos agropecuários, como as palhas, o bagaço de cana-de-açúcar e a fibra do 
coco verde uma alternativa satisfatória nesta época (SENHORAS, [2004]). 
A alimentação animal não deve ser feita exclusivamente com a fibra de coco como ração, 
pois a baixa digestibilidade e pouca palatabilidade dificultam a ingestão voluntária, além de 
DOSSIÊ TÉCNICO 
19 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
possuir quantidades insuficientes de minerais, energia e proteínas. Por isso, é necessário o 
acréscimo de outros complementos. Para melhorar o aproveitamento da fibra do coco verde 
é necessário um tratamento químico relativamente fácil barato e bastante acessível aos 
produtores (SENHORAS, [2004]). 
5.14 Fabricação de vassouras, cordas e capachos 
As fibras de coco podem ser usadas para a fabricação de cordas, capachos e vassouras. 
Para fabricação de cordas e vassouras são utilizadas as fibras curtas, o processo é simples 
e não exige pessoal especializado (SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS DE SANTA CATARINA, [200-?]). 
A fabricação de vassouras segue as seguintes etapas: 
• As fibras são amolecidas com água para evitar desfiamento durante o corte; 
• É feito o corte das fibras em comprimentos próximos a 36 cm; 
• Desembaraçamento das fibras com pente de ferro, para remoção de pedaços soltos; 
• Separação e fixação dos molhos de fibra com arame; 
• Fixação do suporte; 
• Amarração dos molhos de fibras no suporte; 
• Colocação de suporte para fixar a fibra ao fundo da peça; 
• Apara da fibra para uniformizar o tamanho; 
• Preparada a peça, ela é novamente desembaraçada e fixada ao cabo. 
Até a Segunda Guerra Mundial, as cordas eram feitas de fibras naturais como cânhamo, 
linho, coco, sisal, com o surgimento das fibras sintéticas hoje existem diversos tipos de 
cordas para diferentes funções (NÓS..., 1999). 
As cordas tradicionais são formadas de fibras torcidas, a grande maioria das cordas de 
fibras naturais possuem 3 cordões que são enrolados para a direita, geralmente as cordas 
enroladas para a esquerda possuem 4 cordões e são em média 10% mais fracas que as 
cordas com 3 cordões (NÓS..., 1999). 
As fibras são enroladas para a direita, cada uma na direção oposta à anterior para formar o 
fio; os fios são reunidos e torcidos para formar os cordões; estes por sua vez são torcidos 
para formar a corda (FIG. 16) (NÓS..., 1999). 
Aproveitamento da fibra de coco 
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Figura 16 – Processo de encordamento 
Fonte: (NÓS..., 1999) 
 
Algumas desvantagens das cordas naturais são facilidade de desgaste quando exposta ao 
sol e a produtos químicos, o inchamento quando em contato com água e a menor 
resistência devido ao fato das fibras naturais não serem contínuas como as sintéticas 
(NÓS..., 1999). 
Os capachos de fibra de coco são resistentes ao tráfego podendo ser usados em encaixe de 
entradas, elevadores e escadas. Suas fibras funcionam como escovas que limpam e retêm 
a sujeira em até 70% deixando o ambiente mais limpo e um piso protegido. Geralmente, sua 
base é emborrachada e antiderrapante, tornando-o mais seguro, além de proteger as fibras, 
aumentando sua vida útil e mantendo-o livre da umidade (REAL TAPETES, [200-?]). 
Algumas desvantagens do capacho de fibra natural em relação a fibra sintética é que ele 
não permite a pintura de boa qualidade e não pode ser lavado, devido ao elevado tempo de 
secagem (REAL TAPETES, [200-?]). 
5.15 Suporte para biofilme em sistema de tratamento de efluente 
Em busca de um método sustentável para minimizar os impactos causados pelos efluentes 
industriais realizou-se um estudo de sistema de tratamento biológico utilizando fibra de coco 
como suporte para a formação do biofilme. Estes tratamentos geram um menor custo e alta 
eficiência na redução da matéria orgânica. 
Foram realizados testes em colunas de acrílico utilizando a fibra de coco como suporte. 
Estas colunas foram alimentadas com um efluente de esgoto contaminado artificialmente 
com cádmio. Análises de demanda química de oxigênio (DQO), demanda biológica de 
oxigênio (DBO) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) demonstraram que a utilização 
da fibra apresentou desempenho satisfatório em relação a redução de DQO, DBO e cádmio 
(BEZERRA; RIZZO; AZEVEDO, 2008). 
Conclusões e recomendações 
 
O aproveitamento da fibra de coco além de reduzir a quantidade de resíduos sólidos 
proporciona uma nova opção de rendimento. A alta disponibilidade, baixo custo e 
propriedades físico-químicas adequadas proporcionam a fabricação de diversos produtos 
como cordas, escovas, tapetes, estofamentos automotivos, reforço em compósitos, 
substratos, entre outros. 
Na produção de substrato, sua longa durabilidade, inércia, abundância e baixo custo, as 
fibras de coco se tornaram ideal para cultivo de mudas de hortaliças e flores. 
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21 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
A substituição de fibras sintéticas e minerais por fibras vegetais em compósitos poliméricos 
e de fibrocimento tornou-se bastante vantajosa, devido a sua biodegradabilidade e 
reciclabilidade, além de baixo consumo de energia e custo de produção. 
A utilização de fibra de coco para fabricação de manta para proteção de encostas, 
recuperação de áreas desmatadas ou devastadaspela mineração, contra erosão do solo, 
sementeira, filtros industriais, porta-copos, jogo americano, entre outros, tem se 
desenvolvido cada vez mais. 
O uso da fibra de coco na confecção de produtos de jardinagem tem se difundido devido ao 
fato da fibra ser antifungo e possuir propriedades semelhantes às do xaxim que, em razão 
de sua quase extinção, tem extração controlada. Além disso, os produtos de fibra de coco 
são absorvente, fungicida, leve, maleável e de alta durabilidade. 
A confecção de chapas usando fibras de coco com a finalidade de isolamento acústico e 
térmico possui propriedades equivalentes aos materiais disponíveis no mercado. 
A utilização de fibra de coco na composição de assentos para automóveis, além da 
sustentabilidade, possui vantagens como troca térmica com o ambiente, fungicida, não tem 
odor, entre outros. 
A preocupação em diminuir o desmatamento tem desenvolvido novas alternativas para a 
fabricação de papel. A utilização de fibra de coco na fabricação de papel associada às fibras 
convencionais mostrou-se eficiente, produzindo um papel de qualidade e boa flexibilidade. A 
grande parte dos projetos e pesquisas desenvolvidos para a criação de novos produtos de 
custos mais baixos e de boa qualidade obtiveram bons resultados com uso dos princípios da 
conservação ambiental e do desenvolvimento para a sustentabilidade. 
 
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